A casa de Isabel

A casa de Isabel Clara Mello




Resenhas - A casa de Isabel


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elooo 28/04/2022

CLARA MELLO - A CASA DE ISABEL
"Um carnaval. Uma velha casa. Uma amizade de infância" Definitivamente "A Casa de Isabel" tornara o meu livro favorito quando o lera durante o momento conturbado da pandemia, um livro extremamente bem escrito pela piauiense que na época tinha apenas 16 anos, Clara Mello. Mesmo com a pouca idade o livro consegue retratar muito bem a vida, com assuntos sérios porém sem perder a sensibilidade. Bonito e profundo, com uma maturidade na escrita que eu nunca tinha visto antes. O texto lhe faz uma reflexão enorme, meche com suas ideias e o confunde de uma maneira bonita.

A história gira em torno de Téo e Isabel, ambos amigos de infância que agora encontram-se na vida adulta, de certa forma eles distanciaram quando ficaram mais velhos, mas não por muito tempo, um acontecimento em forma de tragédia vai mudar isso, reaproxima-los e os levarão de volta a aquela velha casa onde eles passaram a infância. Em que agora, várias memórias e momentos voltaram a tona, e estes serão revividos plenamente por eles. Téo é um rapaz com desgosto a vida, monótono, que sempre foi secretamente apaixonado por isabel (bel), já Isabel é uma daquelas musas cariocas apaixonadas por carnaval e que amam viver. Uma curiosidade é que o livro se passa durante o carnaval no RJ. Nada contra os personagens principais, mas quem me fez amar a obra foi Cecília, irmã mais velha de Isabel, uma explosão de sentimentos, era uma pessoa misteriosa e profunda, como define Téo, que narra a história, ?Cecília era quatro anos mais velha, a quantidade exata para ser inatingível? esta que faz parte do acontecimento que define a história inteira em forma de tragédia. Cecília era indescritível e apaixonante. Esta figura, foi um dos motivos de várias perguntas minhas a Clara. A personagem além de por si só extremamente bem escrita, também me levou a lembrança de vários momentos da infância que me lembram características da própria.
Um outro adendo é que a Casa deve ser considerada um personagem junto aos outros, esta deixada intacta desde a infância deles, possuia suas características misteriosas e místicas que sempre levavam a nostalgia e outros sentimentos.

A obra em sua versão original também conta com as ilustrações de Fernanda Barreto feitas em carvão que tornam o enredo ainda mais completos e introdutórios. O livro é curto, porém a história envolvente, perfeito para uma reflexão leve porém dolorosa de domingo a tarde. Personagens apaixonantes.

Em conclusão, o livro, em minha opinião, deve ser considerada como uma leitura obrigatória e fica aqui a minha indicação.

Em agradecimento a Clara, por uma leitura que me fez refletir como ser.
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Gaby 18/12/2021

Na medida certa (como a beleza de Isabel)
Clara Mello, piauiense radicada no Rio, escreveu seu segundo livro com apenas 16 anos, durante o carnaval de 2010. A casa de Isabel foi publicada no ano seguinte pela mirabolante. Tratando luto, saudade, desejo, amor e tempo com uma austeridade espantosa, sua escrita prende do princípio ao fim.

Tudo parece feito sobre medida. As personagens são bem elaboradas e tratadas com carinho de sobra. Sua escrita tem a leveza de um passeio no jardim, sem parecer fútil nem por um momento. As ilustrações de Fernanda Barreto foram adição perfeita à obra, refletindo a dor das personagens com seus traços sóbrios e adquirindo aos poucos a suavidade da esperança.

Em 143 páginas, conhecemos um período particularmente difícil para a sempre feliz Isabel, observado por seu melhor amigo Teo. Apesar de ser na primeira pessoa, a narrativa é delicada e amena, adquirindo contornos frugais de 3ª pessoa, sem perder a intimidade com os acontecimentos. É muito curioso acompanhar o desabrochar do próprio Teo, que passa de se sentir mero espectador da própria vida a se ver mais vivo junto a Bel.

Acontece num carnaval. Pro Teo, fingimento; Pra Isabel, libertação de um outro eu. Uma tragédia (que machuca demais pela sensação de que poderia ter sido evitada), leva os dois amigos de volta à casa de sua infância, com pais ausentes, mas com um ao outro e a casa por explorar. A aflição é tão próxima (e ligada aos dois) que força Teo a ver que seu refúgio de alegria e plenitude era uma imagem sublimada de Isabel ? que também se sente sozinha, desolada e com saudade de voar.

O tema do luto repentino e, de certa maneira, do vazio da alma, é admiravelmente bem elaborado. Traduzido no distanciamento e mistério de Cecília, no esgotamento de Teo ou na ânsia de Isabel por viajar pelo tempo na velha casa, voltando pra quando acreditar era fácil, parece tudo muito próximo, com metáforas sempre bem trabalhadas. Outra coisa que salta aos olhos são os diálogos, naturais, e o raro domínio na construção de uma personagem masculina e introspectiva.

As páginas são poucas, mas significativas.

Afinal, precisamos nos encontrar. Onde será que estamos?

Esse livro é como um abraço (de Bel); seu maior defeito é que tem fim.

https://gabiidifolco.wixsite.com/resenhandocomgaby/post/a-casa-de-isabel
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Isis.Damasceno 24/05/2020

A obra de Clara Mello , ilustrada por Fernanda Barreto foi publicada pela editora Mirabolante no ano de 2010 trazendo temas característicos da juventude : crise de identidade , o auto conhecimento e também a depressão .
O livro é dividido por capítulos curtos narrados em primeira pessoa pelo protagonista ; tem uma diagramação excelente e é facinho de ler . É um livro pequeno , 137 páginas , daqueles que a gente lê em um dia , mas , apesar de pequeno , traz uma mensagem linda e impactante .
Nele temos como protagonistas a mocinha , Isabel , e o mocinho, Téo. Eles são amigos de infância e após um trágico acontecimento resolvem voltar à casa onde passaram a infância e a adolescência . O fato de retornarem àquela casa, depois de um acontecimento tão triste , que nos deixa tão aterrorizados por ser um mistério para a mente humana , faz com que todas as perguntas típicas da adolescência, do tipo ? Quem eu sou ?? ou ?Quem eu quero ser ?? voltem a martelar na cabeça de dois adultos . No meio de tudo isso , tem também aquelas perguntas de pessoas que convivem com alguém que tenha depressão ,?Como foi que eu não vi isso?? , ?Como foi que eu deixei passar ?? .
Todo o livro é muito nostálgico e em alguns momentos ,até mesmo angustiante . Lidar com a morte foi algo que deixou os protagonistas muito perdidos , e isso reforçou nossa percepção em relação às emoções que a obra carrega , o fato de serem sentimentos tão reais faz com que nos sintamos mais próximos do universo criado pela autora .
Gostei muito da obra e da escrita de Clara , achei a trama muito simples e envolvente , me encantei pela forma com que a autora trabalhou os temas , dando leveza a assuntos tão pesados. Foi um livro de emoções ; Tanto a dos personagens , quanto as minhas ficaram muito nítidas , isso se deu ao fato de eu me identificar muito com os protagonistas em diversos pontos . Enfim , recomendo este e qualquer outro livro da autora , a brasileirinha conquistou meu coração !

Por : Isis Damasceno
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Jaqueson 04/08/2016

Esse livro é uma delícia! Muito bem escrito, muito bem elaborado e mexe bastante com as nossas ideias!
A estória gira em torno de Isabel e Teo na casa que dá título ao livro! Uma tragédia na vida de Isabel faz com que ela e Teo retornem à casa, onde cada pedaço dela faz eles lembrarem de situações e experiências nela, desvendando alguns segredos, ajudando a superar alguns traumas e despertando sentimentos!
Isabel é linda, animada, cheia de vida, questionadora e decidida! Por outro lado, Teo é um vacilão, não sabe o que quer da vida e fica fugindo dos seus medos!
O texto parece um roteiro de teatro ou curta-metragem, é fácil de imaginar as cenas com a leitura! Quando Isabel questiona Teo, pareceu que ela estava me questionando, foi impressionante!
A mensagem que tiro desse livro é: temos que nos permitir! Temos que viajar, amar, respeitar e não perder as oportunidades! Temos que nos expressar e se preciso for, procurar ajuda ou ajudar quem precisar!
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Mariana Garcia 18/06/2014

A Casa de Isabel – Clara Mello – #Resenha | O Blog da Mari
A Casa de Isabel foi uma agradável surpresa, comecei a ler o livro sem expectativas e me deparei com uma leitura reflexiva, atemporal e de uma narrativa primorosa. Clara Mello o escreveu aos seus dezesseis anos e eu ainda me sinto inconformada com isso. Como alguém tão jovem pode ter uma escrita tão madura e abordar temas tão profundos com tamanha simplicidade? Com Clarice Lispector, Cecília Meireles e Erico Veríssimo entre seus autores favoritos, Clara faz isso muito bem.

A autora escreve de forma poética, usando a figura masculina de Teo, como seu narrador, nos transportando para a casa de Isabel junto com eles. Os dois personagens voltam a casa onde cresceram, após um trágico acontecimento e naquele momento o tempo parece parar. Na casa onde podiam ter a idade que quisessem, conhecemos o essencial sobre o passado de Cecilia, Isabel e Teo, os personagens principais.

O que me impressionava mais em Isabel era o seu poder de compreensão. Ela realmente se conformava quando as coisas seguiam seu curso natural. E talvez por isso estivesse tão inconsolável agora.
Cecilia pode ser definida como uma caixinha de surpresas, a irmã mais velha de Isabel nunca esteve muito presente e por esse motivo Teo não nos diz muito sobre ela, até encontrar um de seus diários antigos. Através dele conhecemos a garota de forma mais profunda. Já Isabel é vista por Teo de forma deslumbrada. Nos olhos dele, ela é perfeita, bonita, alegre e cheia de energia e vontades. Isabel é basicamente a parte ying, de um Teo yang. O rapaz não demonstra muitas vontades, ele vive aprisionado em seu próprio mundo, de um jeito apático, com perguntas que não sabe as respostas. Apesar disso Teo é bastante protetor com Cecilia, sem dúvidas um ótimo amigo. Os três personagens tem personalidades bem diferentes, mas todos tem um vazio dentro si em comum, que me fez sentir vontade de abraça-los.

Continue lendo a resenha no link abaixo:

site: http://www.oblogdamari.com/2014/04/a-casa-de-isabel-clara-mello-resenha.html
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Lorena 31/10/2013

A casa de Isabel - Clara Mello
A Casa de Isabel é um dos melhores livros nacionais que já li.
Ainda mais por ter sido escrito por uma Clara tão jovem, mas tão madura e poética. Não consegui parar de ler, muito menos não me deixar levar por uma narrativa tão suave e intensa, profunda ao mesmo tempo.
É um livro lindo.
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Driza 01/08/2011

Na foto da autora constante na orelha do livro está uma moça sorridente, de aparelho nos dentes e meiguice no olhar. Clara Mello escreveu A Casa de Isabel com apenas 16 anos, mas nada da escrita desse livro remete a uma autora tão jovem. O texto é profundo, carregado de sentimentos e mais lembra palavras de alguém já muito experiente. Vivido mesmo! O dom de Clara é incrível!

... - Uma árvore? Deve ser chato ser uma árvore, Teo! Eu queria ser uma borboleta. Ela está sempre deixando tudo mais bonito. Antes é uma lagarta e depois que vira uma borboleta, com toda a graciosidade, morre em vinte e quatro horas. Mais vale um só dia intenso que uma longa vida mansa. ...

Teo e Isabel são os personagens centrais da história. Já não são tão jovens, mas em pleno carnaval um acontecimento leva os amigos de infância de volta à antiga casa dela. Lá eles viveram seus melhores anos e agora Isabel quer rememorar aquele tempo.

Teo não é sociável, não tem amigos, nem trabalho e gosta mesmo é de pintar... os outros.

“Não retrato nada de mim, pois sou apenas essa casca oca sem nenhuma emoção maior.”

Já Isabel é cheia de vida.

“...aquela alegria, aquela segurança inabalável, aquele jeito de Isabel de sempre tocar a vida para a frente, não importando o que acontecesse. ...”

A história toda é contada por Teo e muitas partes trazem emoção ao leitor. Eu me senti assim, maravilhada com toda a trama. Teo e Isabel ficam na casa para rememorar, mas também para descobrir, para se descobrirem. Em todas as palavras trocadas e olhares cúmplices está a promessa do romance, do amor.

... – Algumas coisas lançam a semente do amor dentro de nós. Como convivência, admiração. E outras coisas cultivam esas sementes, como carinho, companheirismo. Então logo sentimos brotar aquela flor, que cresce e fica mais viçosa e bonita. Mas é preciso cultivá-la, ela precisa de cuidados e de atenção, como todas as flores. Senão murcha e vira uma rosa seca dentro do coração. ...

São apenas 143 páginas. Mas o prazer em lê-las é enorme. Além disso, a cada capítulo o livro é belamente ilustrado com desenhos feitos com carvão.

Maravilhosa obra. Recomendado.
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