Matadouro Cinco

Matadouro Cinco Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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Alessandra395 16/03/2024

Sempre tive curiosidade com os livros desse autor. Tem um status cult neles. E sempre quando ouvia falar dele era como alguém descolado, louco e cheio de sensor de humor e mostrando uma paródia da vida. Acho que é válido o livro. Achei um pouco leve demais, como se o autor quisesse não ofender ninguém que o lesse, mas vai ver é essa intenção com ele querendo falar de um modo que não ofenda ninguém e aí quando você percebe a mensagem já está em você. deve ser essa a intenção. Estou tentando ler mais do autor, mas esse aqui foi o que achei mais instigante. Começa de uma forma meio confusa, mas essa confusão faz parte do conceito do livro.
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iwhendria 13/03/2024

Até a metade do tempo eu não estava entendendo bulhufas.
Do início ao meio achei a passagem do tempo dos eventos muito confusa e estranha de ler, uma hora ele falava sobre a guerra, depois sobre sua esposa, etc. Loucura. Não esperava nada desse livro, mas confesso que me surpreendeu pela escrita tão fluida e fácil de ler. Sobre a história, quando li a sinopse achava que ia ser um livro anti-guerra focado apenas nisso mas não foi assim, não afetou muito a minha leitura, estava meio sem expectativas, vou confessar. Em geral, acho que o Billy enlouqueceu pelos traumas da guerra e por isso criou tantos cenários falsos como os tralfamadorianos, e tals. Eu gostei, acho que foi um dos clássicos mais fáceis que já li, recomendo.
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Capives 08/03/2024

É assim mesmo
Não sei o que eu esperava ao ler Matadouro Cinco, mas fui surpreendido, confundido e impressionado por este livro. É criativo e sutil, transmite sua mensagem de forma muito única, é um livro extremamente carismático.
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bexx. 05/03/2024

A cruzada das crianças
No início a ordem dos acontecimentos e a passagem de tempo estavam meio confusas, mas ainda foi possível perceber as maneiras que o billy tentou escapar do trauma que foi a guerra e também as consequências que ela trouxe.

as constantes repetições de frases ("é assim mesmo." ou "sobe-e-desce sobe-e-desce.") mostra bem a aceitação/acomodação por parte dele no pós guerra

enfim, é claramente um livro anti-guerra e eu entendo que o billy criou toda aquela realidade de viagem no tempo e tralfamadore como uma forma de escapar das lembranças de guerra, uma tentativa não tão bem sucedida visto que em vários momentos ele voltava pros anos de conflito

"Aceite cada momento e descobrirá que somos todos, como já mencionaei, insetos presos em âmbar."
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Ericky.Sirtoli 11/02/2024

Solto no tempo
?Matadouro Cinco? é uma experiência bem agradável.

A forma como o livro é estruturado pode deixar o leitor confuso no começo, mas aos poucos é possível entender o motivo pelo qual é narrado dessa forma.

História bacana, um protagonista legal e uma leitura muito fácil resumem bem essa obra.

Primeira resenha aqui no aplicativo, prometo que vou melhorar.
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Leo Leiva 11/02/2024

Faltou acidez, faltou peso. Talvez não tenha faltado nada, já que gostei do livro. Sempre acho o Vonnegut um pouco leve demais, pois o tema aqui é guerra e ele sempre resvala nesse tema.


Viajando do presente ao passado e futuro, intercalando lembranças com viagens psicodélicas em outro planeta e vidas, acho que merece uma releitura.

Sátira às guerras. Um forte discurso anti-guerra em um personagem que surta ao voltar da guerra, anos depois, com sua boa vida, pacata vida e que é tragado pela loucura - ou não. Ele simplesmente não consegue se manter conectado a sua realidade, ao seu tempo.

“É assim mesmo”. Frase terrível e reveladora sobre o personagem, sobre nós, sobre tudo.
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patinhoo__ 07/02/2024

Ainda estou pensando se eu gostei... É uma escrita bem característica, tem um estilo, é confusa, rápida. Quando vi que era sobre a 2ª Guerra e era um livro satírico, me interessei, mas certamente não foi nada do que eu esperava com essa descrição.

Acho que as idas e vindas no tempo são um recurso interessante, mas faltou crítica, faltou pesar... e talvez seja exatamente isso que o autor buscou passar! É aquele tipo de livro que você sai muito confuso, mas honestamente, o que tem para ser entendido na confusão da guerra? A escolha estilística foi perfeita.

Não é um livro que você grifa ou reposta frases nos stories, é uma experiência bem doida.

Entendo a genialidade, mas não é muito meu estilo de leitura...
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Gi reader 30/01/2024

É Assim mesmo
Um livro um pouco confuso mas muito bom. Foi o primeiro livro de ficção científica que li e gostei bastante, outra coisa é que, livros sobre a segunda guerra mundial me prende bastante, é um assunto que me deixa bastante focada e interessada sobre os horrores que os nazistas fizeram. ?Nada de inteligente pode ser dito sobre um massacre. Todos devem estar mortos, sem nunca mais dizer ou querer nada.?
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Kementarij 28/01/2024

Em Matadouro-Cinco, Vonnegut mescla situações vivenciadas por ele mesmo durante a Segunda Guerra Mundial (enfatizando o bombardeio a Dresden pelos aliados) com ficção científica.

Logo no início, o autor já deixa clara sua visão sobre os eventos; é doloroso para ele o simples fato de lembrar:

"As pessoas não devem olhar para trás. Eu garanto que não vou mais fazer isso. Já terminei meu livro sobre a guerra. O próximo livro que eu escrever vai ser divertido."

Parece que justamente pelo horror que sente aos eventos citados, o autor opta por um afastamento ao contar a maior parte da história através do personagem Billy, apenas indicando rapidamente sua própria presença em alguns momentos ("Billy e os outros estavam marchando pelas ruínas sob o olhar dos guardas. Eu estava lá.").

O autor consegue descrever eventos catastróficos e "pesados" com uma linguagem simples, além de uma boa dose de humor, o que torna a leitura sobre eventos tão terríveis mais facilmente "tragável".

Não obstante, o que mais me atraiu nesta obra foi o fato de Vonnegut não escrever um livro sobre guerra como se esta fosse algo belo, honrado, como alguns o fazem. Muito pelo contrário, o livro enfatiza, em diversos momentos, a desumanidade de tal evento.

A frase "é assim mesmo", repetida à exaustão ao longo do livro em contextos de morte, parece demonstrar a resignação das personagens diante das tragédias vivenciadas: a violência e a morte tornam-se banais, de forma que o ser humano vai perdendo cada vez mais sua sensibilidade e humanidade.

No final, somos deixados vazios num cenário totalmente desolado e quase desprovido de vida. "É assim mesmo."
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Rond 28/01/2024

É assim mesmo!
"Matadouro 5", de Kurt Vonnegut, é uma obra que se destaca por sua narrativa não linear e enredo complexo, influenciada pelas experiências pessoais do autor como prisioneiro de guerra e sobrevivente do bombardeio de Dresden durante a Segunda Guerra Mundial. A escrita do livro foi um processo profundamente pessoal para Vonnegut, marcado por anos de contemplação sobre como abordar suas vivências traumáticas.

Um momento chave na preparação para a escrita de "Matadouro 5" foi um encontro com Bernard V. O'Hare, amigo de guerra de Vonnegut, e a esposa de O'Hare. Esta visita não ajudou a reavivar grandes memórias de Vonnegut sobre a guerra, entretanto proporcionou uma base fundamental para o livro: "como falar sobre a guerra sem criar um fascínio?". Essa experiência se tornou a espinha dorsal da história, refletindo o impacto emocional e psicológico da guerra sobre Vonnegut.

O personagem central da história, Billy Pilgrim, é marcado por sua natureza dispersa no tempo, experimentando eventos de sua vida de forma desordenada. Dos tormentos da guerra ao futuro inevitável que lhe sucedeu. Esse aspecto reflete não só o trauma e a desorientação vividos por muitos veteranos de guerra. Billy tinha uma capacidade sobrenatural de saltar no tempo.

Além dos elementos realistas, a história se destaca por incluir encontros paranormais de Billy com alienígenas e viagens no tempo, introduzindo componentes de ficção científica. Esses elementos servem para explorar temas mais amplos, como fatalismo, e questionamentos sobre a natureza da existência humana e do tempo.
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babylonsisters 24/01/2024

?O livro é tão curto, tão confuso, tão desarmônico, Sam, porque nada de inteligente pode ser dito sobre um massacre. Todos devem estar mortos, sem nunca mais querer ou dizer nada. Tudo deve ser muito quieto depois de um massacre, e sempre é, exceto pelos passarinhos. E o que dizem os passarinhos? Tudo que pode ser dito sobre um massacre, coisas como ?pu-ti-uít???
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Iza 23/01/2024

Bom.................
Uma obra de Kurt Vonnegut com 288 páginas divididas em 10 capítulos (uns são curtinhos e outros enormes). O livro possui uma escrita densa, simples mas meio confusa, a trama em si tem muitos saltos temporais (o quê de certo modo trava a leitura) e contém um humor distinto. A guerra em si não é muito abordada (não diretamente), e sim suas causas e efeitos na vida.
"Coisas da vida."
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Bruno 14/01/2024

É assim mesmo
Sempre que alguma morte acontece aparece a frase "é assim mesmo". De fato é assim mesmo, se não fosse um cenário causado por HOMENS que não batalham. O livro narra a história de Billy Pilgrin, sobrevivente da segunda guerra mundial, como o autor também sobrevivente de Dresden. É um livro com situações engraçadas onde menos se espera, nos cenários de guerra. Matadouro 5 é um claro manifesto anti-guerra onde quem mais morre são pessoas que sequer sabem porque estão ali, inclusive crianças, A cruzada das crianças. Engraçado, comovente e triste são alguns adjetivos que podem descrever o livro. Fora da guerra, também conhecemos a vida daqueles que sobreviveram, mas foram permanentemente afetados pelos horrores que vivenciaram. Ainda com uma pitada de ficção científica e um narrador não-confiável, exploramos ideias peculiares sobre como vemos a vida e nos deixa a pergunta se é da mente de Billy ou se aquilo é real.

Kurt Vonnnegut é o extremo oposto de Marcel Proust. Talvez, seja o livro com a narração mais rápida que já li, não é nem rápido, é corrido mesmo. A falta de descrições em muitas partes me incomodou um pouco e só por isso não dei 5 estrelas para o livro. A leitura é facílima e rápida, mas poderia ter o dobro de páginas que ainda seria um bom livro. Pelo meu gosto pessoal, prefiro livros que mesclem a narração rápida, com uma narração mais lenta, com mais descrições sobre as coisas e acontecimentos. Aqui tudo é muito direto e acontece coisas o tempo inteiro, o que facilita a leitura e deixa mais fluída, porém perde um tanto em profundidade.

Foi uma excelente leitura e com certeza recomendo o livro. Irei ler mais livros do autor para ter uma opinião melhor sobre sua escrita. É assim mesmo.
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eurenato 09/01/2024

Das minhas leituras favoritas
Matadouro-Cinco ou A Cruzada das Crianças: uma dança compulsória com a morte é um livro sobre guerra e sobre tempo. Me afetou de tantas formas que me abriu reflexões filosóficas intensas, dentro de uma escrita ágil e simples.
.
Da guerra, trata do seu absurdo, em tudo que esta tem de desumano, caótico e aleatório. Aleatório pois os motivos da guerra em sua maioria são motivos de pessoas que não são as que morrem e são dilaceradas pelos confrontos da guerra. É sempre uma guerra com motivos dos outros, para quem está no cerne da violência. Dentro dessa devastação é efeito do esgotamento a resignação, que no livro aparece repetidas vezes na frase "é assim mesmo". Kurt Vonnegut foi sobrevivente de guerra e esse livro mistura realidade e delírio para narrar sua vivência em Dresden. O Bombardeamento de Dresden (1945) foi uma das tragédias mais marcantes da Segunda Guerra Mundial, onde mais de 4 mil toneladas de explosivos foram lançadas por aviões numa cidade sem atividade militar. Dreseden era um pólo cultural com grande relevância artística e arquitetônica. As mortes se equivalem às da bomba atômica de Hiroshima. Kurt, de um bunker, viu uma cidade inteira morrer. Desaparecer. E a guerra, é assim mesmo.
...
Do tempo o livro traz sua perspectiva mais insólita. Na compressão monumental do universo, todos os momentos são instantâneos. Em relâmpagos e fagulhas surgem e se demolem civilizações. Nossa memória transporta nossa experiência no tempo num ir e vir. Nossas experiências são espiraladas em constantes ritornelos. Traumas fazem-nos entrar em linhas de fuga, para uma esperança futura ou um conforto pretérito. Revisitamos e ressignificamos constantemente o tempo. O passado coexiste com o presente e o futuro. E é assim mesmo.
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