Elite da tropa

Elite da tropa Luiz Eduardo Soares




Resenhas - Elite da tropa


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Martina.Fernandes 26/02/2024

Não sei descrever o quanto é bom
O livro é exatamente o que tem na sinopse, é uma compilado de vários relatos de polícias sobre o dia a dia no RJ e na segunda parte nos é apresentado uma história fictícia (talvez ?).
O livro tem diversas tiradas e ironias e muitos relatos são chocantes e tristes, seja pela violência que é a vida de um policial, ou pelo fato que eles também erram e tem o peso na consciência disso.
Ao contrário de muitos que fizeram resenhas aqui no Skoob, achei livro o máximo, e não perde de nada para o filme. De longe um dos melhores que já li. ???
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Alexia182 17/02/2024

Mostrando e explicando como que funciona as operações especiais sem papas na língua e sem romantizar nada
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gisela.borges.1 23/01/2024

Muito bom. Leitura envolvente que nos faz encarnar o personagem
Ainda cheguei a pensar que na segunda parte a história perderia o rumo mas pelo contrário, só melhorou
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Thales.Santos 11/01/2024

Letalidade policial e corrupção:os dois lados da mesma moeda
No capítulo “Tarja preta, Fitinha Azul” o narrador fala da política do BOPE em não aceitar rendição do “opositor”, em que a única opção viável é a morte. Logo em seguida ele diz como, supostamente, as resistências contra os policiais aumentaram drasticamente, afinal, os opositores sabendo que não vão sobreviver de qualquer jeito, é mais fácil cair atirando. Já na segunda parte, Alice e Renata conversam sobre o papel da polícia na manutenção da violência e do crime. Alice se mostra indignada com sua amiga por essa só pensar no lado dos criminosos, afinal, ninguém na sociedade pensa no lado dos policiais... Colocam suas vidas em risco todo dia que saem de casa, vivendo quase um estado de guerra hobbeseano, todos contra todos. Vigilância máxima, olhos sempre aberto: é matar ou morrer. Numa dinâmica dessas, o treinamento com requinte de crueldade e desumano do BOPE parecem ser um bom caminho. Afinal, quem irá nos salvar, não é mesmo?

Para quem não está familiarizado com os debates da segurança pública, de fato parece que há uma correlação de forças entre a polícia e o tráfico. Mas, quando a gente pesquisa algumas coisas básicas, percebemos que morte em confronto não é a principal causa de morte entre os policiais. Na verdade, não é nem mesmo a segunda causa… O suicídio é o principal fator que leva os policiais a morte fazendo com que, com um toque perverso de ironia, nossa força policial seja conhecida no mundo como a que mais mata e a que mais se mata… Em segundo lugar, estariam as mortes em “bicos” feitos pelos PM’s para completar renda ou mesmo estando em folga. Por exemplo, o primeiro capítulo da primeira parte do livro, o “Tiro Amigo”, temos a história de Amâncio, que toma um tiro nas costas voltando para casa.

Vamos a alguns dados? Enfatizando que aqui, estamos falando particularmente da realidade fluminense, que além de ser o estado em que a história se passa, é também a minha área de pesquisa. Em primeiro lugar, se a gente pegar os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2006, o ano em que o livro foi lançado, morreram 26 PM e 2 PC. Em contraposição, morreram 1.063 civis em decorrência da intervenção de agentes do Estado. Se pegarmos de 2003 a 2023, o ano em que mais morreram PM e PC em serviço temos, respectivamente, 2004 (50 PM mortos) e 2005/2007 (dois anos em que morreram 9 PC). Em contraste, se pegarmos o ano em que mais morreram civis em decorrência da intervenção policial temos 2019 com 1.814 mortos.

Mas você pode questionar dizendo “mas de repente esse ano foi um ponto fora da curva”. Acontece que não. Se pegarmos de 2003 a 2008, temos em média, aproximadamente 1100 civis mortos por ano. De 2016 a 2022, são 1300 mortes. Ou seja: não é novidade os números de civis mortos pela polícia no estado do RJ ultrapassarem a faixa de mil por ano.

Caso você não esteja suficientemente convencido, temos um outro aspecto a se considerar: as chacinas. Tradicionalmente, as chacinas são consideradas a partir da morte de 3 pessoas ou mais e pode ser perpetuado por diversos atores sociais diferentes: desde facções criminosas à própria polícia. Se pegarmos as 16 maiores chacinas perpetradas pela PC e PM no RJ (sendo a maior delas a do Jacarezinha) temos um total de 253 civis mortos em oposição à morte de 4 policiais (3 PM + 1 PC). Em qualquer ângulo que se analise, é impossível encontrar qualquer correlação de forças.

Não, não estou negando a força do crime organizado e nem que essas operações são perigosas. Mas há fatores a serem considerados. Em primeiro lugar, grande parte das ações policiais, sejam elas da PM ou PC, são realizadas em territórios controladas pelo tráfico. E seja o Comando Vermelho, ou seja o ADA, TCP etc, é fato que a maior parte dos “soldados” dessas facções só são soldados num plano simbólico, porque treinamento militar de fato quase nenhum deles têm. Grande parte são jovens, que trocam tiros com a polícia usando camisetas e chinelos de dedo e sem saber manejar uma arma direito.

Se essa visão de que o tráfico é muito bem organizado e possui um arsenal de guerra, temos três opções: ou os criminosos possuem deficiência visual e, portanto, não acertam seus alvos; ou a polícia tem muita sorte em não ser atingida; ou, como dito anteriormente, são pessoas que claramente não possuem a menor instrução de como manejar um material bélico.

Reafirmo: por mais que o livro tente passar essa ideia, não existe qualquer equilíbrio nessa "guerra". Na verdade, vender a imagem que existe uma "guerra urbana" só resulta em dois cenários. O primeiro deles é a impossibilidade de separar a letalidade policial da corrupção. Quanto mais letal for a polícia, mais corrupta ela é. Tem uma passagem do livro, na parte do "diário de guerra", que um major chega no batalhão em que o Santiago já estava atuando um tempo. E ele já chega ali querendo saber como ele vai conseguir receber propina e como funcionava os esquemas e o Santiago diz que se ele quer de fato ganhar uma grana, ele precisa causar medo. Ser truculento aumenta e valoriza o passe daquele policial. Basta se perguntar: você sendo traficante. pq pagaria propina a um policial molenga, que não mete bala em ninguém? Tradicionalmente, os policiais (sejam PC ou PM) mais "linha dura" e matadores que são famosos na história do RJ, principalmente aqueles ligados a Scuderie Le Cocq e outros grupos de extermínio (como o Mariscot, Sivuca, Ronnie Lessa etc) eram também policiais extremamente corruptos. Não é coincidência a milícia ser formada principalmente por esses tipos de policiais matadores.

Por fim, esse cenário também favorece políticos que se elegem alimentando o sentimento de insegurança da população, prometendo respostas rápidas e fáceis. Os últimos governadores do RJ, pelo menos todo de 2000 pra cá, se elegeram usando a segurança pública como principal base de suas campanhas. Mas a segurança pública que eles vendem é essa que, como diz uma famosa pesquisadora, deixa a polícia nessa eterna sina de "síndrome do cabrito", pois sobe e desce morro toda semana e no final do dia a famosa "crise" vivida na segurança pública permanece do jeito que está. Mas essa crise, alimenta na sociedade um desejo de resolução rápida do problema, daí em diante pode tudo, contanto que eu possa andar com meu celular na rua ou mesmo estacionar meu carro em qualquer lugar. Mas acontece que qualquer um que se eleja prometendo uma polícia com ainda mais poderes e liberdade para agir, a insegurança só permanece. Para esses tipo de político, essas operações policiais ou diversos confrontos armados são mais importante, porque sai no jornal e demais mídias passando uma falsa sensação de que a polícia está fazendo algo, do que de fato organizar um policiamento conforme as necessidades da população. Um policiamento bem organizado não rende capa de jornal, portanto não vale a pena...

E se você que está lendo acha a solução é matar mais, você na verdade não está pensando em nada na segurança do policial. Dos três batalhões que mais mataram no ano de 2023 (respectivamente, o 15 BPM, o 18 BPM e o 33 BPM), dois deles foram os que mais tiveram policiais mortos em serviço, o 15 BPM com 4 mortes e o 33 BPM com 2 mortes.

Em matéria de segurança pública, um dos poucos acertos do livro é demonstrar com precisão a rivalidade entre a polícia civil e a polícia militar. Dei boas gargalhadas na segunda parte com alguns comentários feitos de um debochando do outro. Para quem trabalha ou convive no meio de policiais sabe que é exatamente da forma como foi descrito.
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Gmcampanini 06/01/2024

Um óbvio surpreendente
Se você já teve um maior contato com a polícia, a política e principalmente o BOPE, muita coisa aqui não será novidade. Se você não faz a mínima ideia de como a máquina funciona, as verdades desse livro podem ser bem difíceis de engolir. Não há meias palavras. Se bem que muita coisa foi omitida, por óbvio. De toda forma, é uma ótima leitura
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Melissa 12/12/2023

Li depois de ver o filme. Na verdade, assisti o filme sem saber que tinha um livro. Descobri que um dos autores é um antropólogo. Interessante.
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Neila Porto 26/11/2023

"Elite da Tropa" é um livro escrito por Luiz Eduardo Soares em parceria com os ex-policiais André Batista e Rodrigo Pimentel. Lançado em 2006, o livro é uma obra de não-ficção que aborda a realidade do tráfico de drogas e da violência no Rio de Janeiro.

A obra é baseada nas experiências reais dos autores, que trabalharam na Polícia Civil do Rio de Janeiro e tiveram contato direto com o combate ao crime organizado. O livro apresenta relatos e histórias que revelam os bastidores do sistema policial, a corrupção, a violência e as estratégias utilizadas no enfrentamento ao tráfico.

"Elite da Tropa" oferece uma visão crua e realista sobre o cenário do crime no Rio de Janeiro, mostrando os dilemas éticos e morais enfrentados pelos policiais, bem como as consequências sociais desse contexto. A obra também discute questões mais amplas, como a relação entre a polícia e a sociedade e os desafios enfrentados no combate à criminalidade.

O livro foi adaptado para o cinema em 2007, com o filme "Tropa de Elite", dirigido por José Padilha. A obra literária e sua adaptação cinematográfica geraram debates intensos sobre a violência urbana, a atuação das forças policiais e as políticas de segurança pública.
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Aline Mota 14/11/2023

Quem é o inimigo?
O livro é dividido em duas partes: O diário da guerra e a cidade beija a lona. O beijo pode ter um significado de traição se lembrarmos da passagem bíblica de Judas. Podemos metaforizar dessa forma o que é relatado no livro sobre a "traição" de alguns membros da instituição Policia Militar do Rio de Janeiro e do governo (deputados, secretários de segurança, governadores). Para quem só viu o filme indico fazer a leitura, mas já falo que achei bem mais pesado ler algumas passagens descritas na obra. Acredito que todo profissional da segurança pública deve fazer essa leitura e refletir sobre suas práticas diárias.
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airamlaceratti 27/10/2023

Metalinguagem
O livro é um dossiê das memórias de um capitão do BOPE durante sua estadia servindo a PM do Rio de Janeiro. Seus relatos são de momentos em que presenciou fazendo incursões em favelas, conversando com seus colegas de profissão ou presenciando situações de corrupção.
É divido em duas partes, onde a primeira, ?Diário da Guerra?, vemos nosso narrador apaixonado e iludido com a máquina pública. Já na segunda, ?A cidade beija a lona?, dois anos depois, já o vemos mais maduro e recém dado baixa na PM. Capaz de ver tudo de errado ao seu redor, decide escrever um livro: Elite da Tropa
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Milena 15/09/2023

Boa sorte
Eu amei muito o início do livro, as narrativas, pequenas histórias e toda descrição fidedigna, entretanto do meio para o final mudou totalmente o formato da escrita, um livro que era gostoso e curto se enche de falas de pessoas que me deixou confusa, seria facilmente 2 livros distintos sobre o mesmo tema na minha opinião, pq eu não estava preparada para isso, o que me fez ficar arrastando a leitura e postergando outras
Então esteja preparado!


SPOILER!!!!


ESTOU AVISANDO!!!



ÚLTIMO AVISO!!!




A parte que mais me doeu do livro foi na hora que fuzilaram o barraco e mataram a menininha q estava atrás dos traficantes sem querer, isso doeu, pq um deles diz claramente que os traficantes estavam de costas para ela e com certeza foi uma das balas dos policiais que a atingiu.
Thales.Santos 03/01/2024minha estante
É porque, de fato, a ideia do livro é ser distinto do meio para o fim. O livro foi escrito por dois policiais que eram capitães do BOPE e por um famoso antropólogo e que tem uma vasta experiência na gestão pública.

Portanto, a primeira parte tem mais essa pegada de diário, um relato ali do cotidiano da corporação: operações, invasões a morro, chacinas, torturas, esquemas de sacanagem etc. Os dois autores que foram do BOPE, acredito eu, condensaram suas histórias em uma só através ali daquele narrador. Então a primeira parte é mais das experiências deles.

A segunda parte, é mais baseada na experiência do Luiz Eduardo Soares, o antropólogo que mencionei antes. Na área da Segurança Pública, ele é uma das maiores referências no debate, o que o fez ser escolhido para atuar como secretário de segurança do estado do RJ e também da secretaria nacional de segurança no governo Lula I. Falando isso tudo para mostrar que ele teve muito contato com essa parte da gestão da segurança pública e que, por consequência, viu de perto muita coisa envolvendo a polícia.

Inclusive, duas coisas foram bem marcantes quando ele foi secretario aqui no RJ. Primeiro que ele teve uma postura mais crítica em relação a atuação das polícias, sempre batendo na tecla a necessidade de um maior controle externo de suas atividade (ele mesmo chegou a denunciar alguns casos de corrupção policial) e, somado ao fato de que durante sua gestão as operações policiais truculentas foram substituídas por ocupações "pacíficas", o fizeram ser hostilizado tanto pela PM quanto pela PC. A segunda coisa é o episódio do Caso Salles (uma das famílias mais ricas do Brasil), onde descobriu-se que o João Salles dava mesadas mensais para o Marcinho VP, o traficante mais procurado do RJ e um dos mais procurados no Br, quando ele resolveu largar o tráfico. Na época, o antropólogo elogiou publicamente essa ação, o que foi um escândalo e logo depois foi demitido da sua função pelo governador Garotinho. Ele saiu Depois quando foi para o governo Lula I, também rolou uma repercussão e fizeram pressão para ele ser demitido.

Enfim, em geral é isso. Por isso essa segunda parte nós temos uma maior presença de atores políticos, porque é para mostrar mais esse lado da relação corrupta entre a polícia e a política institucional.




morozovastag 14/09/2023

Brasilidades (não tão agradáveis) e outras coisas mais.
?Elite da Tropa? é um livro intrigante, com o tipo de narrativa que faz com que o leitor se sinta envolvido em uma verdadeira conversa de bar, mas num bom sentido. É o tipo de livro que, quando lido, é como um golpe de realidade, um sopro de consciência acerca de um Brasil por muitas vezes varrido pra debaixo do carpete.
É o tipo de história que te parte ao meio, que te faz sentir nojo, admiração, confusão, e que, acima de tudo, te faz pensar.
No final das contas, tanto o livro quanto o filme são mídias que literalmente jogam m3rda no ventilador ao berrar a plenos pulmões acerca dos mecanismos podres de uma máquina tão antiga quanto o país; o sistema.
Sistema esse que tem seus peões, uns melhores de vida que outos, uns mais corruptos que outros, enfim.

É chocante à sua maneira, necessária de forma unânime e absolutamente chocante, uma leitura de cair o cool da bunda mesmo. 4,5/5.
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Lenon 15/07/2023

Bom para quem é policial.
O livro não entrega absolutamente nada... Talvez você retire alguns pontos de reflexão, mas nada que seja uma grande coisa.
A primeira parte do livro é construída a partir
de relatos das operações que o autor realizou com o BOPE, ou seja, somente relatos. Na segunda parte,o livro se torna MUITO BOM, com uma história bem contada, a respeito de 1 fato que aconteceu no RJ, mas o.autor não fala sobre o fim da história,aborda apenas os fatos, mas não as consequências e finais dos envolvidos.
Bom, se você for da polícia, é um livro legal, vai ter mostrar algumas coisas que talvez você só conheceria na prática, caso você não seja, não recomendo não.. leitura fraca.
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JuStifler 20/06/2023

Apesar de ter dado origem ao filme, o livro é bem diferente, no início quando são apresentadas histórias curtas é maravilhoso e prende a sua atenção, mas conforme avançamos no livro a história se torna um pouco maçante e chata de acompanhar, arrastei muito para terminar essa leitura pois o final não segurou minha atenção.
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xtuannyx 04/05/2023

Forte.
Ser carioca e vivenciar essa realidade a anos foi muito diferente de ler esse livro e recordar de cada nome, cada escândalo.

São muitas páginas de vergonha e nojo do que o ser humano é capaz, infelizmente.
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