Marlonbsan 18/10/2022
O Corretor
Joel Backman, um poderoso corretor foi solto da prisão a mando do presidente dos Estados Unidos, motivado por interesses da CIA. Joel é levado para a Itália, onde tem que aprender a língua e todos os caminhos para sobreviver.
O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos alguns personagens, na maior parte do tempo, Joel. A linguagem é relativamente simples, mas tem pontos de elevada densidade.
O início do livro é bem parado, há uma inserção de termos que envolvem questões políticas dos Estados Unidos, assim como termos mais especializados do direito.
Depois desse início, há nuances que melhoram um pouco o ritmo, porém há um foco muito grande nas descrições dos ambientes, restaurantes, comidas e cultura da Itália, além de apresentar muitos termos da língua italiana e em seguida a sua tradução, elementos que quebram o ritmo da leitura.
Essas nuances deixam a leitura um pouco repetitiva e com uma progressão mais lenta, pouco acontece para desenvolver os desfechos. Há alguns personagens interessantes e bem-criados, mas não a ponto de se apegar a eles, tanto é que, quando um ou outro aparecia, já nem sabia mais quem era.
Há ainda questões de espionagem, algumas subtramas de conspiração, mas que não são tão bem aglutinadas ao restante da história, que parecem deslocadas. Já no final, há todo um plano envolvido que é interessante e faz com que o livro tenha um bom desfecho, mas também de forma mais abrupta.
No geral, um livro com leitura mais densa, com bastante foco na cultura italiana, uma pitada de espionagem e conspiração, mas para quem gosta do gênero e questões políticas, pode ser uma boa experiência.