O Caso da Criada Desaparecida

O Caso da Criada Desaparecida Tarquin Hall




Resenhas - O Caso da Criada Desaparecida


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Helena 26/07/2020

Método dedutivo, mas não é Holmes
Um cliente entra em contato com Vish Puri quanto a uma emprega doméstica, Mary, que simplesmente desapareceu, não foi ao trabalho, não pediu demissão... simplesmente não estava lá. E assim o renomado detetive inicia suas investigações em busca da jovem Mary.

Bom, em primeiro lugar nunca ouvi falar nessa obra, o encontrei por acaso na pilha de livros em promoção da Leitura. Assim, além de estar em um preço consideravelmente baixo e ser de um gênero literário que me agrada bastante, eu tenho sentido vontade de ler livros que se passem em outros lugares e/ou cultura, vez que a maioria que já li se passava nos EUA ou Inglaterra.
Assim, me agradou bastante as descrições claras e até divertidas do cotidiano na Índia, assim o autor observa de roupas ao trânsito caótico. De modo que por alguns instantes quase conseguia ouvir o barulho das buzinas no trânsito caótico ou menos o fedor dos rios. O autor também trouxe bem questões sociais como castas e pobreza no país, inclusive destacando a desigualdade social na própria Nova Délhi, tal qual se comparada a outras regiões do país. O livro também nos mostra como se comporta a família indiana e os preconceitos que a costumam rodear. Contudo, me incomodou a necessidade de verificar constantemente o glossário no livro, principalmente rock palavras que são facilmente traduzidas no mesmo, como jardineiro, por mais que eu entenda que tenha sido uma forma de aumentar o contato com o glossário do local.
Além disso, eu gostei de como Vish Puri é um detive bem humano, quase real. Cheio de defeitos, problemas de saúde e até egocêntrico. O qual utiliza uma série de meios para investigar, não se limitando ao método dedutivo, assim como tendo uma equipe de agentes para ajudar na investigação.
Aqui ressalto que na história notei alguns comentários machistas do personagem como afirmar que detetives não podem ser mulheres, por exemplo.
Quanto a resolução dos dois casos apresentados no livro. O primeiro e, a princípio, mais misterioso caso no desenrolar do livro o autor nos da algumas pistas, de maneira que ao final eu tinha desvendado alguns pontos da trama. Já o segundo caso, apesar da sua menor importância da história, achei o seu desenrolar um pouco mais surpreendente.
Por fim, achei um bom livro de cozy mistery, inclusive o acho um bom começo pra quem não tem tanta experiência com livros de investigação. Nesse sentido, acho que aqueles que têm mais bagagem nessa área podem achar um livro não tão interessante ou surpreendente. Eu considero um livro bom, cumpriu o prometido e gostei muito do contato com a cultura indiana, tal qual desenvolvi um certo carinho por Vish Puri e sua família, de forma que pretendo ler a continuação que foi publicada aqui no Brasil.
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Beatriz.Vieira 28/10/2020

Quero ir pra Índia??
No estilo Sherlock e Agatha!
Primeiro ele se passa numa ambientação totalmente diferente da que costumamos ler! Se passa na Índia e a escrita de Tarquin Hall é tão boa que vc consegue escutar as buzinas do trânsito caótico, o cheiro desagravem dos rios e até mesmo sentir vontade de provar o frango com manteiga de lá kkkkk

História
Uma criada chamada Mary desaparece muito suspeitosamente e o detetive Vihs Puri é contratado para esclarecer o caso, não se sabe o nome completo da criada e muito menos se tem foto ou qualquer tipo de documentação, um caso aparentemente impossível de se resolver visto que a Índia tem uma população gigantesca!
Consegui adivinhar o final do livro mas para isso troquei muitas vezes de palpite.
Não é um Agatha Cristie da vida porém pretendo ler alguma outra obra dele!
O Vihs puri já tem um cantinho no meu coração
Uma leitura legal para se fazer fora da zona de conforto! Recomendo bastante ??
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Val 17/12/2020

Mergulho na cultura indiana
Nunca havia lido livro deste gênero, e gostei da leitura. Curiosa pela cultura indiana, o local da trama me chamou a atenção e como muitos relataram, realmente é um mergulho nesta cultura, com boas descrições da realidade do local. A história é interessante, apesar de na minha opinião ter demorado um pouco para engrenar. Achei o começo do livro um pouco chato, mas isso melhorou e perto do fim não consegui largar, pois queria descobrir o que havia acontecido logo.
Outra parte chatinha foi precisar consultar o glossário no final do livro toda hora, haviam palavras que poderiam ter sido normalmente traduzidas, evitando a necessidade de buscar o significado de maneira excessiva e um pouco irritante.
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Bruno Leandro 09/04/2011

Apesar de rosa, este não é um livro de garotas... até porque tem bigodes!
O detetive Vish Puri é uma interessante mistura de Sherlock Holmes com Austin Powers, com seu método de investigação altamente detalhista e tiradas de comédia nos momentos mais inesperados. Isso dito, vamos à resenha.
Puri é um detetive indiano dono da Mais Particulares Investigadores, um detetive fora do padrão físico a que estamos acostumados (é meio gordinho), mas muito perspicaz.
Contratado por um rico advogado honesto (raridade tanto na Índia quanto no Brasil) para provar a inocência do homem sobre quem pesam acusações de assassinato, Vish Puri, um dos melhores, senão o melhor detetive da Índia aceita imediatamente o caso, que se provará extremamente desafiador, uma vez que o caso não seja exatamente o que parece ser (curiosa essa fórmula em livros policiais, não?). Porém, Puri não é o melhor detetive da Índia à toa e imediatamente seus dotes de detetive começam a trabalhar no caso.
Algo interessante neste livro é boa parte dos personagens não é chamada por seus nomes, mas por apelidos que podem ter a ver com habilidades (Lanterna, Cosmética, Freio de Mão – ajudantes de Puri), aparência (Tanajura – a mulher de Puri, Gorducho – o próprio Puri) e Mamãe (a mãe do detetive que não é uma personagem tão simples quanto uma mãe deveria ser. E ela fala como o mestre Yoda). Isso dá um tom cômico à história, quebrando qualquer seriedade britânica, sem se tornar uma paródia do gênero, no entanto.
Eu diria que a história é interessante, mas faltam resoluções de alguns mistérios, enquanto outros são facilmente resolvidos, mas a história é leve, então creio que agradará a muitas pessoas. Não amei, mas foi uma boa distração.
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Joice (Jojo) 23/05/2011minha estante
Gostei da sua resenha. Deu pra ter uma boa ideia do livro (e do que esperar dele). Parabéns!




Karol 30/09/2011

O Caso da Criada Desaparecida- Livros em Série
Vou começar essa resenha pelo que mais me chamou a atenção: a capa! Assim que eu abri a caixa que recebi me deparei com uma capa cor de rosa bem forte com um bigode enorme desenhado no meio. Minha reação foi “ok, bem chamativa e acho que seria difícil ver um homem comprando esse livro”. Confesso que estava bem enganada e depois que comecei a ler o livro percebi que aquela cor forte e chamativa era mais um dos milhares de signos indianos que o autor inglês jogou no livro.

Assim que você começa a história, você se depara com um mundo completamente diferente. As idéias e rotinas dos personagens são o que fazem esse livro deixar de ser mais um romance policial e o tornam uma série super diferente e engraçadíssima.

Vish Puri é um detetive que se acha! Não tem um minuto em que ele não se gabe dos seus mistérios solucionados e da sua empresa de investigação, isso faz o personagem ser super engraçado e, às vezes, não levado tão a sério. Contratado a maioria das vezes para resolver problemas matrimoniais, Puri é pego de surpresa quando é contratado por um famoso advogado da região para solucionar um caso: uma das suas criadas desapareceu e a polícia o incrimina de assassinato. Ajay Kasliwal, se mostra ser um homem bom durante todo o livro; ele tem uma mulher que está mais preocupada com o que pode acontecer com a família por causa desse desaparecimento, do que com o que vai acontecer com o seu marido caso ele seja preso, e um filho que estuda em Londres.

Alguns capítulos á frente, Puri sofre uma tentativa de assassinato, um dia pela manhã enquanto cuidava das suas mudas de pimenta. Outros capítulos à frente um honrado homem contrata Puri para investigar o noivo rico de sua neta, que tem mais de 30 anos e é super gorda.

No meio de tantos casos e nomes indianos- muitos explicados no glossário no final do livro- você acaba ficando meio confuso, ainda mais que cada hora aparece uma pista diferente sobre um dos casos e você acaba se vendo tentando solucioná-los antes mesmo de Puri. O que é um total fracasso, a solução de todas as investigações são reveladas somente nos últimos capítulos do livro e você acaba se impressionando.

O livro é o primeiro de uma série que, por enquanto, tem dois livros. O segundo se chama ‘The Case of the Man Who Died Laughing’ ( O caso do homem que morreu rindo’), foi lançado no dia 15 de junho de 2010, mas não ainda no Brasil, e tem a mesma capa chamativa, com o bigodão no meio, só que dessa vez azul turquesa.

Um pouco sobre o autor, que também tem uma vida super curiosa e que explica um pouco o fato dele entender tão bem sobre a Índia e seus costumes: Tarquin Hall é um jornalista inglês, a sua mãe é americana, que passou a maior parte da sua vida fora do Reino Unido, viajando entre Estados Unidos, Paquistão, Índia, Turquia e pela África. Ele escreveu para inúmeros jornais, lançou alguns livros, sempre sobre a vida ocidental e personalidades controvérsias. Ele se casou com uma repórter indiana da BBC e hoje vive entre Nova Delhi com a mulher e seu filho- que já tem casamento arranjado- e Londres.

Se eu fosse escolher uma adjetivo para esse livro, teria que inventar uma e seria: indianamente interessante. Sim, isso faz sentido! É só pegar algo muito interessante, jogar um pouco de gulal, misturar com lal mirch, haldi e colocar um bindi que você chega no indianamente interessante! O livro te pega não só pelo mistério mas, também, pela quantidade de informação sobre essa cultura tão diferente da nossa.

http://livrosemserie.com.br/2011/06/01/resenha-o-caso-da-criada-desaparecida-de-tarquin-hall/
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Joice (Jojo) 14/06/2011

"O caso da criada desaparecida" é uma viagem à Índia. Enquanto o "melhor detetive do País", Vish Puri, vai de um lugar a outro para tentar resolver os mistérios que caem em seu colo, também somos apresentados à paisagem indiana, à burocracia do País, ao seu povo e costumes. E devo destacar que essa "viagem" é um dos pontos fortes do livro de Tarquin Hall.

O autor britânico escreve muito bem. Ele não se prende a detalhes desnecessários à narrativa, o que é bom, principalmente para quem não é familiarizado com a cultura indiana.

Todos os personagens de "O caso da criada desaparecida" são fascinantes, em especial Vish Puri e seus ajudantes (Freio de Mão, Lanterna e Cosmética), mas também devo citar a Mamãe de "Gorducho" (Vish Puri) e a esposa do detetive, Tanajura.

Vish Puri, durante a narrativa, cita diversas vezes Sherlock Holmes, mas é com outro detetive - Hercule Poirot, de Agatha Christie - com quem ele se parece mais. Vish Puri possui a mesma mania do detetive belga de remexer nos bigodes, além de ter um ego/orgulho muito semelhante a Poirot.

Se o final não foi tão brilhante quanto os de Agatha Chritie, o desenvolvimento do livro foi muito bom e divertido.

Recomendo!
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