Mapas do Acaso

Mapas do Acaso Humberto Gessinger




Resenhas - Mapas do Acaso


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Leonardo.Capeleto 10/03/2011

Um Norte para Mapas do Acaso
"Desde sempre Gessinger foi amado ou odiado. 8 ou 80 ... nunca na mediana 44. Talvez o livro siga o mesmo caminho."

PS (na forma de um pré-scriptum!).: gostar do HG/EngHaw, e ter ouvido [todas] suas músicas não é pré-requisito, porém dará [muito] mais sentido a tudo.

Eu não consideraria este livro uma auto-biografia... diria mais que é um livro de memórias ou crônicas... com a (in)formalidade de uma mesa de bar, de um papo de elevador, de um twitter sem limite de caracteres.

O 'papo' vai num ritmo de pensamentos; aquela voz interior que ensaia um discurso que nunca será feito, de uma conversa que poderia/irá ocorrer. Colocamos um microfone na cabeça do autor e ouvimos seus pensamentos... por vezes confusos... por vezes fugindo do assunto.
Em partes o livro nem fala sobre o autor e sua(s) banda(s)... ‘falas de mesa de bar’ mesmo - sem comprometimento. Tudo pincelado pelas letras das músicas de toda sua carreira. O livro de certo modo é como uma longa música, quase rimando em algumas folhas. Com várias imagens - que falam mais do que mil palavras.

A primeira parte do livro ("Âncora") é composta por textos - sem formalidades ou padrão metódico -, sendo cansativos em algumas partes; porém o livro não se detém a nenhum estilo, não possuí ‘âncoras’. O autor tem total liberdade de escrita, sendo assim, difícil criticar.

A segunda parte ("Vela") é composta por várias letras - em ordem cronológicas - do mesmo autor, desde a época dos EngHaw na Universidade, até o Pouca Vogal. As imagens muitas vezes falam por sí mesmas; as guitarras/baixos utilizados, símbolos, fotos, etc. Em muitos pontos há textos de outras épocas, publicados na mídia em geral, o que mostra - de certo modo - o início da carreira literária de HG.
A segunda parte, lembra muito o seu livro anterior (Pra Ser Sincero), onde comenta várias letras. Mas neste há a peculiaridade de em certo modo mostrar a prática da construção das letras, o que o autor define como "AS SEMENTES" - faltou talvez comentar mais as letras novamente.

Certamente é clara uma evolução nas letras de 80' à 2000'; talvez pela época, talvez pelo autor. Isso talvez fique pra outro livro explicar...

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“âncora, vela
?qual me leva?
?qual me prende?
mapas e bússola
sorte e acaso
?quem sabe (?) do que depende?”
Vanne 16/03/2011minha estante
Bá, tua resenha ficou ótima!
Tu escreves bem =]

Realmente, gostar do Humberto/Eng. do Hawaii é 8 ou 80.. Não há uma mediana.
Eu, como sou suspeita para falar, já que AMO ele, bem como TODAS as músicas.. Só posso dizer que, depois de ler tua resenha, me deu ainda mais vontade de lê-lo.

Parabéns!




Amanda Azevedo 17/02/2012

Mapas do Acaso - Humberto Gessinger

Nesse segundo livro a narrativa é um pouco diferente. O Humberto não está tão focado em contar a trajetória, por assim dizer, da banda. Ele escreve sobre coisas aleatórias, fala sobre sua vida, sobre alguns fatos ocorridos.

A leitura flui naturalmente. Através de detalhes que ele observa e reflete sobre, ele faz com que nós também paremos para pensar naquilo. Coisas e fatos que facilmente passariam despercebidos aos nossos olhos. Acho que é aquilo que dizem, é a alma de poeta.

A capacidade de fazer do feio, belo. De transformar fatos do nosso cotidiano em poesia, em música, em emoção. De descrever em algumas linhas, sentimentos de milhares de pessoas. Da sua falta de objetividade, que só faz com que a atenção e o cuidado ao ouvir suas músicas se tornem algo, incrivelmente minucioso.

Quando ouvimos uma música, as vezes, pensamos: "o que será que quem compôs estava pensando, sentindo?" E muitas vezes nos identificamos com aquilo, ouvimos a nossa história ali, escrita e transformada em música por um desconhecido. Eu cresci ouvindo os EngHaw, várias músicas deles me marcaram e foi deliciosamente prazeroso saber sobre o que se passava na cabeça do Humberto ao compor tais canções.

Você pode até não ser grande apreciador da banda, mas acho um pouco difícil que nunca tenha escutado nenhuma música dos EngHaw. Não conheça os conheça apenas superficialmente, dê uma chance e ouça. Algumas pessoas não gostam, isso é fato. Mas muita gente gosta, então, acho que vale a pena conferir e tirar suas próprias conclusões a respeito.

Se você conhece o trabalho deles e está certo de que não gosta, é sem sentido a leitura, então, eu não recomendo. Se você não conhece o trabalho deles, faça o que eu disse no parágrafo anterior, ouça, e caso te agrade, parta para o próximo passo, os livros. Se você conhece o trabalho deles e curte a banda esses livros passam a ser uma leitura obrigatória. Foi incrível poder descobrir detalhes sobre essa banda que vem fazendo história desde a década de 80.

Isso foi um pouco dos Engenheiros do Hawaii pra vocês. A banda feita para durar apenas uma noite, mas que ficou e ficará presente na vida de muitos, através de suas músicas que marcaram e continuarão marcando gerações.

O livro pode ser visto como a história da banda ou como a história do próprio Humberto? Não sei, talvez sejam a mesma coisa. Afinal, ele é o único que continua na banda desde a formação inicial. Ele começou com a banda em sua adolescência e permanece até hoje, no Duo do Pouca Vogal, então, acho impossível falar de Humberto Gessinger e não falar de Engenheiros do Hawaii e vice-versa.

Porque o subtítulo '45 variações sobre um mesmo tema'? Porque no finalzinho do livro tem a letra de 45 músicas, algumas com alguns comentários a respeito de sua criação ou sobre algum outro fato que ele decidiu citar ali.


Amanda — Lendo & Comentando
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Felipe 19/04/2011

Decepcionante, de novo
Este é o segundo livro de Gessinger em dois anos. O primeiro já tinha me decepcionado enormemente, “Pra ser sincero”, este segundo foi ainda mais decepcionante. Aliás, não sei se livro seria a classificação mais adequada, esta obra é formada por várias espécies de crônicas desconexas, desarticulas, mal escritas e sem sentido. Se não fosse um de meus heróis o autor, eu simplesmente não teria lido até o final e nem me daria o trabalho de comentar sobre a leitura, mas como é o Gessinger...
As frases feitas, que são exageradamente usadas no primeiro livro, estão de volta. Todo capítulo (crônica?) começa com um ‘Nota mental para a próxima vida’. Não é uma autobiografia como “Pra ser sincero”, nem sei bem sobre o que é o livro. Parece mais uma conversa de bar com um amigo, ou várias. Diferente de uma conversa, o assunto é sempre sobre a mesma pessoa. Seja os fantasmas que perseguem Gessinger, o design de seus óculos, a facilidade de ter a face vermelha ou sua viagem do Engenheiros para Rússia. Cada um destes temas, e tantos outros, tem uma crônica, em capítulo separado.
Outro aspecto que não agrada no livro são os enxertos. Seja textos públicos em revistas e jornais, no fim ou meio de capítulos, que em sua maioria não contribui ou amplia o tema abordado ou mesmo as letras que estão nos encartes, parece que faltaram páginas para o livro e teve-se que se preencher de alguma forma. Mas mesmo nas letras, há algumas inéditas que valem a pena a leitura e imaginar o Humberto cantando.
Mas a leitura vale para nos deliciarmos com alguns detalhes da vida de nosso herói. Seja para saber sobre o gosto de não gostar de cinema, ou suas bandas esquisitas preferidas ou mesmo detalhes banais como o suposto talento juvenil para vôlei. Outros aspectos me soaram mais interessantes ainda, saber que como eu, ele divide a vida em ciclos de Copa do Mundo, esta parte a maioria das mulheres jamais entenderá.
Enfim, o livro não é bom, mas é o Gessinger. Quando ele lançar qualquer outra coisa, seja livro ou disco, eu serei um dos primeiros a comprar. Mesmo que ele só faça obras sem qualidade literária o resto da vida, ele ainda tem crédito com todos nós que crescemos ouvindo suas poesias em forma de música. Talvez esteja aí o X da questão, ele devia se dedicar a um livro de poesia e não prosa. Quem sabe?
Simone 29/11/2017minha estante
Também não gostei muito do livro e concordo contigo.




Fabio.Barbosa 24/09/2020

Super recomendo
Relata um pouco da trajetória tanto dele como da banda, gostei muito
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Gih 12/07/2020

Muito bom!
Adoro o estilo do Gessinger, parece que a gente está em uma mesa de bar batendo papo com ele!
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Lima Neto 16/03/2011

eu sou um daqueles tipos que podem ser rotulados de "fã incondicional" de Humberto Gessinger. acompanho sua carreira desde antes de saber o que era o Engenheiros do Hawaii, pois, ainda muito pequeno, escutava as músicas (todas, de todos os LPs, que meu irmão tinha em casa e vivia escutando). o vício meio que passou de irmão mais velho para o mais novo.
tenho o imenso orgulho de ostentar no rack de minha sala, para quem quiser ver (e invejar) a coleção completa dos CDs e DVDs de Humberto (seja como Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger Trio ou Pouca Vogal), todos originais (nessa época em que é tão difícil se comprar um CD...).
suas músicas marcaram uma geração e têm ultrapassado os tempos, sobrevivendo, se renovando eternamente, como um círculo, ou, como o próprio Gessinger disse em um de seus livros, "como uma serpente engolindo a própria cauda". suas letras são inconfundíveis, repletas de figuras de linguagem, cheias de significados que muitas vezes só têm significados para os que se atrevem a tentar compreendê-lo.
agora, Gessinger está incurcionando em outras áreas, em uma outra arte, a literatura. seu novo livro, "Mapas do Acaso", tão magistralmente bem escrito quanto o anterior, "Pra ser Sincero", tem a forma de um livro de crônicas, repleto de histórias e pensamentos. livro para ser lido não "de um fôlego só", mas sim, ser lido bem devagar, para ser verdadeiramente bebido, palavra por palavra.
"Mapas do Acaso" não é um livro para ser necessariamente entendido, mas sim apreciado, como uma boa música composta por Humberto Gessinger.
Parabólica 01/08/2012minha estante
("Mapas do Acaso" não é um livro para ser necessariamente entendido, mas sim apreciado, como uma boa música composta por Humberto Gessinger.) Falou pouco mais falou TU-DO, amei essa ultima frase um tal de Felipe ali em cima bem que podia dar uma lida nessa tua resenha. Cara, também sou muito fã do Humberto Gessinger e o Mapas do Acaso sem duvidas tá entre os melhores livros que eu já li. Tu me encheu de orgulho com esse texto, continue assim DE FÉ!!




Brian.Gentil 07/04/2017

Pela janela do avião;
Não sei se as notas para a próxima vida ou as mentais foram tão impactantes quanto uma guerra fria, ou vice-versa. (Como gre-nal é clássico, e vice-versa).
Sabendo que o silêncio seria sempre maior, escreveu o mestre. Trata-se de mais uma obra metafísica e transdisciplinar, virtuosa. (Aristóteles é pop).
Talvez a "Âncora" desta obra valeu por "mapas e bússolas", ou foi "por acaso"?


Enquanto o GLM não volta... Enquanto o carnaval não chega... "Estaremos sempre sob a mesma lua".


Nota mental: A onda do barco é a mesma que toca a ilha que não se curva às águas turvas desse mar? Seria o barco, o responsável pela crise dos mísseis de Cuba? E Guantánamo?

Nota para a próxima vida:
"Do que depende?"
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Paulo 29/09/2013

“As coisas mudam de nome, mas continuam sendo religiões”. Quem diria que a frase impressa em 1988 no encarte de Ouça o que eu digo, não ouça ninguém acabaria por definir o próprio artista. Seja com os Engenheiros do Hawaii, Gessinger Trio, Pouca Vogal ou ainda, na literatura, o culto gessingeriano permanece inabalado.
Humberto Gessinger é um artista de trilogias. Quem é fã vai entender: a trilogia das cores, a cada três discos um ao vivo, os discos gerúndios, etc. A mais nova trilogia de Gessinger é literária (e para isto, não estou contando Meu Pequeno Gremista, livro sobre futebol destinado ao público infantil).
Depois de Pra Ser Sincero, 123 variações sobre um mesmo tema, chegou às livrarias este ano Mapas Do Acaso, 45 Variações Sobre Um Mesmo Tema que serve para que Humberto passe o seu passado a limpo e é, analogamente a um disco de vinil, o lado B da primeira obra.
Se em sua incursão anterior ele dissecava a trajetória dos Engenheiros do Hawaii, nesta obra o tom é mais intimista. Menos linear e escrito a partir de crônicas, ou melhor ‘notas mentais para uma próxima vida’, o livro não deixa de lado as frases feitas, clichês habituais na composição deste engenheiro há 25 anos na estrada.
Ponto para letras inéditas incluídas ao final do livro que a exemplo do primeiro, compila a letra de algumas das principais músicas compostas por HG. O projeto gráfico reproduz a já conhecida estética presente nos álbuns do grupo e também em Pra ser sincero. Resta aguardar a seqüência desta trilogia que tem em seu segundo capítulo uma boa opção de leitura, para gessingerianos ou não. Editora Belas Letras, 144 páginas.

Nota mental para hoje:
Após vasta divulgação nas redes sociais web afora, Humberto aporta hoje em Santa Maria para divulgação e sessão de autógrafos de seu mais novo livro na Livraria Nobel à partir das 16h e à noite para show do power duo Pouca Vogal.
Post composto no outono de 2011 utilizando o editor do wordpress.

site: http://sequelacoletiva.wordpress.com/2011/05/07/livro-%e2%80%93-mapas-do-acaso-45-variacoes-sobre-um-mesmo-tema/
Guilherme 23/11/2016minha estante
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Gian Felippe 03/04/2011

Perfeito
Sempre digo: Humberto Gessinger é um filosofo...
Nesse livro ele falou varias coisas sobre os engenheiros, sobre a vida pessoal dele, a forma que ele ve a vida, e digo, que se você parar e refletir sobre o que ele fala, pode ter certeza que você aproveitara muita coisa, vera a vida de uma forma muito diferente do que via e muitas coisas começara a seguir...
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Edmilson 19/04/2011

Filosofia
Entre ciência e religião, entre acaso e determinação, entre carinhos e pedradas, enfim, só nessas terras de ninguém encontraremos o pensamento de Humberto Gessinger. Repleto de humor, velocidade e autorreferências, Humberto filosofa sobre esta vida (lembrando-nos do que esquecer [ou lembrar?] para a próxima) e nos mostra que não é pecado pensar além dos outdoors. É um típico livro de autoatrapalho (para quem não gosta, como nós, de livros de autoajuda).

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Bárbara 12/01/2012

Mapas do Acaso, Humberto Gessinger
Crônicas, crônicas e mais crônicas do mestre Humerto Gessinger: 45 Variações sobre um mesmo tema e todas começando com um padrão: Nota Mental para uma próxima vida.

Não vou começar a resenha me nomeando a maior fã de Engenheiros do Hawaii, até porque, antes de entrarmos em 2011, as únicas músicas que eu sabia cantar (mais ou menos) eram Era um Garoto e O Papa é Pop, mas, ao conhecer meu namorado, esse quadro mudou e eu tenho alguns CDs aqui no Notebook - que escuto praticamente todos os dias.
Além disso, tive o prazer de ir a um show de Pouca Vogal este ano e acabar de me apaixonar pelo 1berto (e pelo Duca!) ao vivo.

E foi depois desse show que acabei entrando em contato com a Belas Letras e pedindo os livros do Humberto (agora quero ler Pra Ser Sincero) pra poder conhecê-lo como escritor (e não apenas como compositor e músico).

Vocês já sabem que eu amo crônicas, certo? Então seria impossível não ver a combinação Crônicas e Humberto e não querer ler. E seria mais impossível ainda ler e não gostar.

Gosto de crônicas que me fazem rir ou que me deixam divagando no final. E eram essas as coisas que ele me proporcionava a cada fim de crônica (e vocês podem ver um pouco disso nos trechos que separei e escrevi aqui no final da resenha).

Além disso, pra quem é super fã de Engenheiros, tem aquela parte no final com várias letras de músicas inéditas. Bem bacana pra ler e reconhecer um trecho ou outro de alguma música que nós já escutamos.
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Maurício 02/04/2012

Surpreendente
Ótimo livro, achei super interessante a experiência passada ao leitor pelo Humberto, e há trechos do livro que fazem a gente pensar um pouco sobre algumas coisas que nunca tínhamos parado para pensar, eu pelo menos não; do tipo: um relógio parado acerta a hora duas vezes, na frase viva como se não houvesse amanhã, não pode ser dita aos chineses. No livro, o autor consegue contar suas experiências ao longo da vida, envolvendo seriedade e humor de tal forma que acaba nos cativando. Acho que esse livro é quase como se fosse uma boa conversa de bar com um amigo.
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