Leitora Viciada 16/06/2013Este é o primeiro volume de uma longa história: a Trilogia dos Templários, pelo escritor de romances históricos Jack Whyte. É realmente comprida, pois cada livro da saga é bastante grosso e conforme se inicia, muitas páginas esperam por você. Os Cavaleiros de Preto-e-Branco possui mais de 600; sua continuação, O Estandarte da Honra, quase 800. E o último volume, lançado em maio de 2013 pela Editora Record, Ordem no Caos, mais de 800.
Conheci o autor por outra saga e me apaixonei pela escrita dele. Ele não somente sabe escrever ficção histórica, como tem um modo muito particular de contar as aventuras e fatos. Novamente estou completamente extasiada com o talento de Jack Whyte.
Amantes de livros históricos que ainda não o conhecem precisam experimentar. Quem gosta de Bernard Cornwell, Steven Pressfield ou Conn Iggulden e ainda não leu Jack Whyte provavelmente vai acrescentá-lo à lista de melhores escritores de históricos e épicos.
A capa é simples, porém poderosa, demonstrando fielmente como um dos cavaleiros centrais aparentava em sua indumentária e durante a ação. As cores escuras e neutras da imagem mostram a seriedade do livro e o lado mais sombrio da história, enquanto o preto e o branco são cores predominantes, pois são as cores dos cavaleiros. E o vermelho completa o visual, porque muito sangue é derramado em pleno solo sagrado.
O trabalho de tradução é fabuloso. Sei que o autor possui um vocabulário fantástico e rico, mas não é preciso comparações para imaginar que o tradutor está à altura.
E a Record foi perfeita com o tratamento dado ao livro. O material gráfico, diagramação, todo o projeto merece nota dez. O livro vale cada centavo.
O livro pesa, então são necessários local e posição confortáveis. Eu realmente adoro livros grossos, embora digam que livro assim é melhor ser lido na versão digital. Adoro livros volumosos e com a aparência de imponentes.
No caso de Os Cavaleiros de Preto-e-Branco o nível de dificuldade de leitura é médio. Não é qualquer pessoa que está preparada para lê-lo e absorver todas as informações. Não afirmo apenas pela quantidade de páginas, mas principalmente pelo texto. O conteúdo é meticuloso; o vocabulário é extenso; a história é complexa.
A narrativa é em terceira pessoa e sempre mostra variados pontos de vista. Em uma mesma cena você sabe o que cada um dos envolvidos pensa; em outros momentos a narração permite ao leitor saber apenas um dos lados. Essa variação é benáfica e dinâmica. Conforme a necessidade o leitor sabe ou não o que cada personagem pensa sobre as coisas. Em certas partes o autor faz suspense.
Não é apenas uma aventura de cavaleiros templários duelando na Terra Santa - Não espere isso do livro, apesar disso existir nele. O livro possui doses de ação, mas o foco está nas mudanças ocorridas naquela época; nas intrigas políticas e religiosas; no desenvolvimento das personagens e suas motivações; e, claro nos fatos históricos.
Jack Whyte possui a facilidade em apresentar uma época remota e diferente ao leitor. Ele consegue dissecar o mito e a veracidade para extrair o melhor de cada lado ao criar seu texto. No caso dos Cavaleiros Templários é complicado distinguir fato de lenda. Whyte consegue tecer com firmeza um dos antigos mitos que mais curiosidade traz à humanidade
Consegue retratar uma época, fatos e personalidades de forma única e completa, utilizando as maiores e mais sólidas informações e versões palpáveis que chega ao ponto de nos convencer de que provavelmente foi dessa forma que tudo aconteceu.
Com um talento para escrever mesclando ficção à dura e bem feita pesquisa histórica, uma saga foi criada para parecer verdadeira, fiel e ao mesmo tempo, épica!
Leia o restante em http://www.leitoraviciada.com/2013/06/trilogia-dos-templarios-livro-1-os.html
Desculpe não colocar a resenha completa aqui, mas tenho sofrido com plágios. Lá no blogue o script protege o texto de cópias diretas. Obrigada pela compreensão. :)