Extraneus Volume 2

Extraneus Volume 2 Adriano Siqueira...




Resenhas - Extraneus Volume 2


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Nathalia717 08/10/2023

Crianças + Terror= Perfeição
Como todo livro de contos, uma ótima maneira de sair de uma ressaca literária, histórias curtas onde você não precisa encarar um desenvolvimento longo pra chegar ao climax. Junte suspense, histórias curtas, crianças e o sobrenatural, a receita de bolo pra me agradar, eu amei o livro, é claro, alguns contos gostei mais que outros, dentinho fazendo sua aparição perfeita e nossa vampirinha hipnotizante merecem destaque. Li, reli e pretendo ler novamente quando precisar renovar os ânimos, recomendo a qualquer um que goste de um thriller, não tem erro.
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Cristiano Rosa 01/07/2012

Diário CT: Extraneus 2 – Quase Inocentes
Confesso que sou daqueles que gostam de livros quadradinhos. Sim, aqueles bem montados, capinha mais dura, folha mais grossinha e de boa qualidade, e sem muita mistura de cores ou contrastes com imagens. Extraneus 2 , publicado esse ano pela Editora Literata em parceria com a Editora Estronho, é assim.

Para começar, não procurei saber muito sobre o livro antes de começar a lê-lo. Somente conhecia o título, Extraneus 2 – Quase Inocentes, o organizador e alguns autores. Ao recebê-lo, a imagem da capa já me agradou, e o escrito da Martha Argel na contra-capa mais ainda.

O livro é de contos sobre crianças, mostrando seu lado monstrinho, perdido, assassino. Sete autores convidados e mais sete participantes, juntando com o organizador, M. D. Amado, somam-se os 15 contos que são apresentados ao leitor. As primeiras páginas negras atiçaram mais ainda a curiosidade leitora em mim.

Essas mesmas páginas são mágicas, porque se você força o tato contra elas, suas digitais permanecem ali. O que me remeteu imediatamente à parede da casa em Maryland onde a bruxa de Blair matava as crianças, que se colocavam com as mãos contra as paredes para que a mulher pudesse assassinar as outras longe de olhares.

Lendo os contos, conheci a menina Berenice e a sua vontade de brincar com o presente que ganhou de Natal; Joelma e seu vestido cor-de-rosa de saia curta; Adriano e seus desejos secretos nas brincadeiras de criança; Vince a sua visão de guerra no seu vilarejo; Leo, Rafa e Edu e suas delinquências para com os animais.

Conheci também Sêthrekh, o menino humilde e que sabia muito; Clarice, uma menina no navio de piratas; Taís, e os mistérios que rondam por entre as sombras da noite; Aline, Camila e Amanda, suas bonecas, Rosana e o pacto; Oliver, um anjo da noite disfarçado de garotinho de longos cabelos pretos.

E para finalizar, conheci Alice, uma menina de olhos cinzas e com a arte em seu sangue; a garotinha de olhos azuis com seu urso protetor Dentinho; a criança japonesa de vestido vermelho e os seus troféus; o pequeno que partiu e seu anjo guardião; e o cuidadoso neto das Harpias e seu olhar sereno.

Crianças essas que me fizeram refletir de forma interessante sobre as que conheço. Poderiam as ao meu redor serem capazes de tudo aquilo? É… talvez. Criança é uma criatura imprevisível, assim como os desfechos dos contos de Extraneus 2. Não apenas os finais, mas o desenrolar de alguns contos também, surpreendentes.

Crianças, que nem sempre são mesmo crianças, são lobisomens, são vampiros, e utilizam-se de tudo para saciar as suas vontades: desde bonecas, urso, a machado, espátula, pedaço de vidro, corda, e, por vezes, as próprias mãos ou a própria fome.

Outro ponto interessante: os narradores! Ora personagens, ora observadores, e ora oniscientes. A diversidade narrativa também foi algo bacana, não caiu na mesmice de todos os contos serem estruturados da mesma forma. Como destaque, cito 3 contos que me chamaram mais a atenção: Duas Crianças e Duas Chaves, de Felipe Pierantoni; Os Servos de Thoth, de Ana Lúcia Merege; e Criança Noturna, de Giulia Moon.

Em suma, o livro é grandioso, contos envolventes, e a visão nossa de criança é questionada a toda hora pelo mundo fantástico que nos é apresentado na obra. Terminei Extraneus 2 – Quase Inocentes, com a certeza de que o que falou a Martha no seu prefácio, “crianças e terror são palavras que combinam bem”, é a mais pura verdade.

Autores convidados: Adriano Siqueira, André Bozzetto Jr., Camila Fernandes, Georgette Silen, Giulia Moon, Juliano Sasseron e Luciana Fátima. Os outros autores: Ana Lúcia Merege, Andrés C. Fumega, Celly Monteiro, Felipe Pierantoni, Lucas Rezc, Luísa Vianna e Suzy M. Hekamiah.

Fonte: http://www.blogcriandotestralios.com/?p=8488
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Tânia Souza 14/08/2011

Extraneus II - Páginas em Chiaroscuro
"Tropeçou e caiu de joelhos. Chorou mais ainda, sentindo o corte que sangrou, manchando as figurinhas estampadas da Hello Kitty em seu pijama. Por que saiu sem as pantufas? Agora seus pézinhos doíam...

- N-nós vamos f-ficar bem, D-Dentinho... - agarrou-se ao pelo do amiguinho de pelúcia. O ursinho sorria um eterno otimismo. " (Dentinho - Georgette Silen)

Comovente não é? No entanto, tem cuidado leitor. Trata-se de um dos contos da Série Extraneus II – Quase inocentes. Creio que não preciso dizer mais. Essa coletânea apresenta um tema que me assusta bastante. A Série Extraneus nasceu marcada pelo inusitado. Em Extraneus I o medieval e a ficção cientifica uniram-se de forma muito criativa, resultando em um dos meus favoritos da editora. Pois o segundo volume da série apresenta uma dupla que não é nova, mas que nos enche de assombro: crianças e terror. Esse tema, para mim, está bastante ligado ao cinema. Apesar de várias representações serem baseadas em livros, foi nos filmes que conheci as crianças mais cruéis da arte.

Não sei quanto a vocês leitores, mas essa dupla que me apavora desde sempre: terror e crianças. Desde os filmes dos anos oitenta que passavam durante a tarde até as últimas produções do cinema, sempre aparece alguma novidade no gênero. Não o terror que elas possam sentir perante o desconhecido, perante criaturas que há muito reinam no imaginário infantil traduzidas em formas de lobos, bruxas e monstros diversos. Refiro-me a casos como os dos contos de Extraneus II, onde elas são, simplesmente, (direta ou indiretamente) agentes do medo.

E por que isso nos assombra tanto? Eu por exemplo fiquei dias sem dormir depois do adorável protagonista de Cemitério Maldito. Inquietante não é?

Creio que essa reação vem do fato de que crianças são dependentes, por isso, delicadas. Encantadoras, são vulneráveis e nos tornam vulneráveis perante sua fragilidade. Como essa adorável criança em vestido vermelho que Giulia Mon nos apresenta.

"A menina saltou para o vazio. Uma mancha vermelha, invisível no céu escuro aterrissou sem ruído perto da moça, que se virou, surpresa. A criança sorriu o seu sorriso mais inocente. A moça sorriu de volta. Ela era gentil e as pessoas gentis são amistosas com japonesinhas que parecem bibelôs em lojinhas de souvenir." ( Criança Noturna - Giulia Mon)

Claro que diversas representações artísticas apresentam o tema da infância. A criança já foi o sonho, a vítima, o algoz, a fantasia. A doçura, a meiguice e também a crueldade presente no universo infantil alimentam obras que marcam a história da arte. Mas delas, sempre se espera a inocência. Como este sorriso tão meigo descrito por M.D.Amado.

"Rosana se detém por mais tempo diante de uma menina. Olha o nome na pulseira - Aline - E depois de brincar por alguns segundo, dá-lhe um beijo na sola dos pés, vira-a de costas e sopra-lhe a nuca. Novamente de frente para ela, olha-a diretamente nos olhos, ainda semiabertos, e sorri. A retribuição é imediata. Aquele sorrisinho dos bebês, assim, meio de canto de boca..." ( Corações Negros - M.D.Amado).

Desconstruir esse aspecto da inocência, sem pender para o exagero nem perder o toque de vulnerabilidade que o tema pede foi um trabalho muito bem realizado em Extraneus II e autores selecionados. E o título da coletânea combinou perfeitamente com os contos que apresenta, afinal, elas são apenas... quase inocentes. O livro é composto por 15 contos e durante a leitura, o leitor tem a oportunidade de conhecer algumas criaturas angelicais e seus brinquedos ahn... inusitados. Entre as páginas, transitam vampiros, múmias, harpias, animais sobrenaturais, deuses, sacerdotes, lobisomens, piratas e serial killers.

Como espaço narrativo, os personagens desfilam por mansões assombradas, casebres, catacumbas, lares insuspeitos, ruas escuras, cidades modernas, hospitais, florestas, poços fétidos e vilas, entre outros. E, por fim, os personagens têm seus caminhos marcados por pactos, sonhos, maldições, traições, violência física ou psicológica, guerra, vingança, a mais pura essência da maldade ou missões de origens divinas, como a que o pequeno Sêtherekh recebe.

"Então, naquela noite, Sêtherekh sonha com o deus. Ele se insinua sem ruído na câmara, agacha-se ao seu lado na esteira e o desperta sussurrando em seu ouvido. Seu hálito é quente, um pouco fétido; ele segura a cabeça do garoto, prendendo-a com as garras para que não perca uma só palavra. São novas ordens, compreende Sêtherekh." ( Os servos de Thoth - Ana Lúcia Merege)

Nessa coletânea, não há nenhum conto que eu não tenha gostado, cada um traz algo de especial e a variação de temas, espaço e personagens foi bem legal. Mesmo temas considerados clichês são abordados de forma bem criativa.

Brinquedos macabros que exercem seu fascínio ou ainda, crianças marcadas pelo sobrenatural que apóiam-se nestes objetos fantásticos e sombrios também são temas explorados em mais de um conto no livro, como no quase doce e ao mesmo tempo, sangrento Dentinho, de Georgette Silen.

Declaradamente uma homenagem a Anne Rice, o conto Criança Noturna, de Giulia Mon apresenta o mito do vampiro na sua concepção mais perigosa, representado pela mais pura inocência. Esse conto me agradou muito, tem poesia, solidão e ferocidade.

M. D. Amado, em Corações Negros, apresenta um conto sombrio onde o macabro não é exatamente uma escolha. De mãos e faces inocentes, crianças são marcadas por pactos dos quais não podem escapar. Gostei da forma da narrativa escolhida pelo autor. As cenas vão se apresentando quase em fragmentos, mas de forma bem coerente até o desfecho.

No conto Vestido cor-de-rosa, de Camila Fernandes o foco não está no sobrenatural, a violência é o mote que estilhaça toda a inocência que o título em rosa prometia. Joelma consegue cativar o leitor em poucas linhas e quando a violência se instaura, é de forma implícita. Uma narrativa contundente que angustia pelo que tem de realidade. Ótimo conto.

A Revelação Kyngá, de André Bozzetto Jr. remonta a lendas de tribos perdidas nos confins da floresta. A procura, por parte de pais desesperados, por uma sabedoria milenar com poder de cura tem conseqüências inimagináveis. Para quem conhece o autor, não tão inimaginável assim. Conto bem construído e uma boa leitura.


Guardian Angel, de Luciana Fátima foi um conto que me surpreendeu, numa mescla de piedade e também de horror, claro. A presença de um anjo, com todos os elementos que os estereótipos pedem, como os cachinhos dourados, por exemplo, escondem uma realidade bem mais cruel.

Crianças, vizinhos misteriosos e presentes instigantes. Em O Presente de Berenice, de Adriano Siqueira, o mistério e a aventura estão a um passo dos inocentes protagonistas. Achei esse conto divertido, principalmente o desfecho.

Um relato surpreendente de um pirata assombrado pelo passado. Em Loucos, Ossos, Passos de Sopros, de Lucas Rezc, a superstição de outrora, na qual unir mulheres e navios era sinônimo de azar é retomada e com esse sentimento a tripulação do Tempestade Noturna recebe a pequena Clarice. Mas logo, ela não estará mais só. E os piratas agora precisam conviver com duas garotas e fatos que vão bem além da superstição. Elaine e sua presença misteriosa é apenas o começo de uma série de acontecimentos inusitados. Título bem sacado que fez todo sentido no final.


Em O Grande Estopim para a Vida Criminosa de Alice Carmesim, de Luísa Vianna, o cinema e a vida imitando a arte, ou a arte imitando a vida sao o cenário para uma descoberta inquietante. Neste conto, a força de uma cena marcada por vermelho rubi torna-se uma revelação na vida de Alice, a pequena filha de uma estrela de cinema que escolhe seu próprio e sangrento caminho. Diferente e bem interessante este conto.

Ah, o amor, por ele, ou em nome dele tudo, tudo pode acontecer. No universo das descobertas, o conto Brincadeiras de Crianças, de Juliano Sasseron, apresenta-nos Adriano, um personagem comovente, melancólico e cujo destino será para sempre marcado pela força de um sentimento que guarda com intensidade dentro de si. Amor de criança? Talvez. Mas com todos os sentimentos que traz com ele, como a solidão, o ciúme, o desespero e a fatalidade. Achei esse conto comovente, e o final tem uma poeticidade incrível.

Em Os Servos de Thoth, de Ana Lúcia Merege, um universo distante é palco da luta de um pequeno servo para cumprir sua missão, e nesse caminho, não há espaço para piedade ou medo. Alguns momentos são quase surreais, e o cenário é muito bem construído pela autora. Entre reinos decadentes, injustiças e corrupção, o mote é a fé e, talvez, o receio de um poder superior que não pode ser negado. E apesar das dúvidas e do medo, essa é a motivação para Sêtherekh seguir até o fim na sua missão.

Em O Poço das Harpias, de Celly Monteiro, elementos como a crueldade, o amor, traição, o desespero da sobrevivência e criaturas indescritíveis são a tônica dessa narrativa. Ler o conto possibilita experimentar sentimentos como piedade, asco, assombro e confesso, sabor de vingança. Um conto muito bom.


A crueldade infantil poucas vezes foi tão friamente representada quanto pelo trio que protagoniza o conto Reversões, de Andrés Carreiro Fumega, a narrativa conseguiu inovar por meio de elementos diferenciados, além de um cenário muito bem construído e um desfecho surpreendente. Ah, e um gato fascinante.

Crianças e Guerra formam uma combinação das mais injustas e o tema é retomado em Duas Crianças, Duas Chaves, de Felipe Pierantoni. Quando o poder da decisão e a força das armas passam a ser guiadas por mãos e corações ainda presos à infância, tudo pode acontecer. Conto triste e ainda que o final seja de certa forma, esperado, nos surpreende ainda assim.

E por fim, o conto Caindo no Despertar, de Suzy M. Hekamiah apresenta ao leitor um cenário frio e silencioso, repleto de impressões sombrias e lembranças trágicas. Neste local, o garoto Oliver vive um universo onírico, onde sonhos, pesadelos e lembranças se confundem até que finalmente, a realidade se revela.

Ah, se alguém quiser ver essa resenha ilustrada com as crianças mais, ahn, “angelicais” da história do cinema, dê uma olhadinha no À LitFan:
http://alitfan.blogspot.com/2011/08/impressoes-e-expressoes-de-leitura.html
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Yane 09/05/2011

Extraneus 2 - Quase Inocentes
Quando o assunto é criança, o que nos vem imediatamente à cabeça é a doçura, ingenuidade, pureza e muitas coisas agradáveis. Mas ao lermos Extraneus vol. 2 - Quase Inocentes, nos convencemos que nem sempre essas características condizem com a realidade.
De início nos deparamos com uma adorável garotinha e seu inseparável ursinho de pelúcia a quem carinhosamente batizou de Dentinho. Aliás, “Dentinho” é o titulo do primeiro desses 15 surpreendentes contos que preenchem magistralmente essa deliciosa antologia de contos de terror.
Depois de “Dentinho” de Georgette Silen enveredamos pelo mundo soturno de Giulia Moon com uma espertíssima “Criança Noturna”.
Definitivamente essa garotinha me fez lembrar uma outra também fascinante vampirinha, Claudia do livro Entrevista com o Vampiro. Mas, claro, Claudia era loura como um anjo de olhos vítreos ao contrário dessa japonesinha de olhos puxados que faria qualquer um querer levá-la para casa.
M. D. Amado nos trás “Corações Negros”, um conto instigante, protagonizado por uma enfermeira carinhosa que trabalha em uma maternidade, e suas três adoráveis crianças, possíveis herdeiras de seu fatídico legado.
“Vestido Cor-de-Rosa”, de Camila Fernandes, me lembrou Clarisse Lispector com seu tom realista. Infelizmente histórias como a da menina Joelma acontecem todos os dias no mundo, mas nem todas elas possuem a coragem que essa menina tem no final.
“A Revelação Kyngá”, de André Bozeto jr. Nos remete ao mundo lupino e nos faz refletir. Afinal o que um pai e uma mãe não são capazes de fazer pelo amor a um filho?
“Guardian Angel”, de Luciana Fátima, nos trás uma mistura de sentimentos contraditórios. Sentimentos que ora nos fazem querer mudar o destino desse anjinho, outra nos fazem aceitar o destino dele.
“O Presente de Berenice”, de Adriano Siqueira trata-se de um conto consideravelmente curto e de fácil leitura. Narra uma aventura agradável, com um final não só surpreendente, mas também divertido.
“Loucos, Ocos, Passos de Sopros” de Lucas Rezc, nos trás um misto de tudo; aventuras, piratas, suspense, misticismo e magia dando um toque especial a esse conto de terror.
“O Grande Estopim para a Vida Criminosa de Alice Carmesim” de Luíza Viana.
O titulo nos faz lembrar os romances policiais de Agatha Christie. E o conto não deixa por menos, é convincente e envolvente.
“Brincadeira de Criança” de Juliano Sasseron nos mostra a difícil e às vezes até traumática passagem da infância para adolescência. Essa complicada fase onde sentimentos contraditórios digladiam-se por um espaço dentro da gente. Onde não se é mais criança, mas também ainda não se é adulto.
“Os Servos de Thoth” de Ana Lúcia Merege nos faz viajar para um mundo fascinante, onde existem reis déspotas, sacrifícios e oferendas, injustiças e desigualdades. Onde um pequeno escravo mostra sua coragem e fé no seu Deus, mostrando-se capaz de um grandioso feito para cumprir sua missão. Este conto que se passa no Egito Antigo, reúne ingredientes suficientes para nos proporcionar uma agradável e fascinante leitura.
“O Poço das Harpias” por Celly Monteiro.
Um conto surpreendente, quase palpável, minuciosamente relatado nos fazendo perceber que para a personagem, apesar do tempo transcorrido, tudo ainda a machuca como se tivesse sido ontem.
Amor, traição, compaixão, ódio e vingança se juntam perfeitamente nesse horripilante conto de terror deixando um gostinho de prazer no final.
“Reversões” de André Carreiro Fumega traz as aventuras nada saudáveis de três diabinhos que tem como passatempo praticar vis crueldades.
Quem nunca conheceu uma criança perversa que sente prazer em torturar animais indefesos?
Eu conheci várias. Aliás, acho que fui vizinha do Léo, do Rafa e do Edu quando era pequena.
“Duas Crianças e Duas Chaves” de Felipe Pierantoni narra como o ódio e a rivalidade entre duas localidades pode influenciar gerações após gerações. Mostra também como a guerra não trás nada de benéfico, principalmente para as crianças.
Finalmente o 15º conto. “Caindo no Despertar” de Suzy M. Hekamiah que vem fechar de forma brilhante essa antologia.
Um conto envolvente que consegue nos prender até seu desfecho final.
Oliver que no início se mostra confuso, perdido, como uma peça que não se encaixa no quebra cabeça, vai sutilmente mostrando a que veio, tomando finalmente o lugar que lhe é de direito no mundo.
Bom, termino por aqui minha resenha da mesma forma que acabei de ler o livro, com um desejo enorme de ter muito mais. Nem acreditei quando cheguei ao fim. Definitivamente virei fã desses 15 autores sensacionais. Parabéns a todos! O tema é ótimo e a idéia merece ser repetida. Esse eu recomendo!
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Kraken 05/05/2011

De QUASE, ali não tem NADA!!!!
Diários de bordo de Jowfish.
Terça-feira, 3 de maio de 2011.

“CAPITÃO!!! O QUE TU TÁ FAZENDO, HOMEM!!!”
EU VOU QUEIMAR!!! EU VOU QUEIMAR!!!
“PARA COM ISSO, HOMEM!!! DÁ ISSO AQUI” [arranca o livro da mão do capitão].
“Extraneus 2... Quase inocentes... Mas esse não é o...”
O livro da Estronho, sim! Dá isso aqui!!!
“Mas por que tu quer queimar ele???”
PORQUE TEM UMA BRUXA AÍ DENTRO!!!
“Uma... Poxa, capitão... desse tamanhão, acreditando em bruxa?!”
Mas é... essa coisa tem uruca, Marujo! Só pode! Magia negra das braba!!!
“O quê?! Porquê?”
Ah, eu já tava meio que com medo antes de ler esse livro aí.
“Oloco... mas... do que esse livro fala?”
É de terror.........................com o tema CRIANÇAS!!!
“HAHAHAHAHAHAHAHAHA Terror e criança combina muito mesmo.”
ORRA! Ainda mais quando ficamos sozinhos com elas... A gente NUNCA Sabe o que eles vão falar, ou perguntar... e quando perguntam, não sabemos como responder, nem...
- Hei, capi... Calma, meu querido...
AHHHHHHHHHHHHH!!! QUEM TE CHAMOU?! DE ONDE TU SURGIU?!?!?!?!
- Nossa... que estresse, capi... vou te fazer um chá pra acalmar...
Me faça um favor, Marujo.
“Diga, capitão.”
Bota fogo na cozinha...
“Tá, mas voltando pro livro...”
Ah, sim... Então... Dá um medo danado ficar sozinho com uma criança... daí eu pensei: E se eu ler isso... e ficar sozinho de novo?! E pior... LEMBRAR dessas histórias?!
“Mas isso é pensamento bobo, capitão. Fica tranquilo...”
Daí eu comecei a ler... e me aparece uma BRUXA chamada Martha Argel... guarde esse nome... ARGEL!!! Já diz tudo: Arde no Hell!!! SÓ PODE ser uma bruxa que veio me atormentar!
“Mas por que toda essa violência com a mulher, capitão?”
Olha aqui: [pega o livro]
‘A não ser quando, de repente, virem-se a sós com uma adorável menininha ou um pimpolho rechonchudo e sorridente, e as lembranças dos contos começarem a se agitar...’
“Que que tem?”
COMO ELA SABIA O QUE EU TAVA PENSANDO?! É BRUXARIA! URUCA!!! MAMALA ZUMALA HAMALA HÁ!!!
“Mamala o quê?!”
Não interessa...
“Tá, mas e os contos?”
Que que tem?
“Como são? São tão de terror assim mesmo?”
Óia... O começa bom, viu?! Começa tenso... com medo... E termina bom também. O último conto é mesmo de terror... dá uns sustos...
“Ué, os outros não são de terror?”
São mais de suspense. O último te dá uns PÁ! sustos assim... mas os outros deixam aquele medo... pra descobrir o que vai acontecer...
“Tá, ele começa e termina muito bem, mas e o meio?!”
Então, dos 15, grande parte é muito boa... outros são legais... e uns eu não entendi.
“*COF COF COF COF COF* Não entendeu?! Como assim?! Mal escrito?”
Não, não. Nada disso. É que tem alguns que não falam de criança...
Falam, mas é bem rápido... o foco fica na parte adulta deles... ou na adolescência...
“Ah... mas o adolescente é meio criança ainda... e tem adulto aí mais infantil que muita criança...”
... Olha... e não é que faz sentido mesmo?! Agora as coisas se encaixam...
“E qual conto tu gostou mais?”
O “Vestido Cor-de-Rosa”. Foi o que mais me chamou atenção. Não esperava por ele ali... e eu que gosto POUCO de terror psicológico...
“Do que ele fala?”
Mas é ÓBVIO que não vou dizer!
“Isso é mancada, capitão...”
Eu ando na perna de pau, sou manco por natureza... Agora me devolve o livro.
“Pra quê?”
Eu vou purificar esse bicho aí...
“De jeito nenhum! Eu vou ler!”
Mas então... o que eu... tó.
“Uma tocha?! O que eu faço com ela?”
Bota fogo na cozinha. Rápido...
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