Doutor Jivago

Doutor Jivago Boris Pasternak




Resenhas - Doutor Jivago


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kiki.marino 08/02/2023

Não é melancólico que só sentimos a cruel realidade das reminiscências de uma vida depois do fim. Para os que ficam ou para mim ao terminar de lê-lo. Não foi uma leitura fluida ma Pasternak criou um refugio de imaginação poético,puro e cheio luminosidade ,dentro de uma estória permeada de sombras,neblinas,cenários gélidos e frieza humana, envolta em violência brutal,revolta e sangue.
Jivago: o herói poeta sem razao e constancia , o Ulisses que nunca volta para casa.
Pavel: o herói sem missão .
Lara : a heroína sem história, uma musa, uma Circe que enfeitiça e se desgraça por homens porcos, a beleza perfeita e idealizada,da arte e amor.
Tonia: aquela com a razão e o coração no lugar certo. Uma Penélope que não espera...
Fora de lugar ou tempo, esta é uma das milhares de histórias da Rússia entre revoluções e guerras.
A morte lenta de um romântico que admira Darwin and Schellng ,frente a implosão da sociedade que iria ser tomado pelo coletivismo e unificação ideias e comportamento do governo soviético.
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Sianyar 01/01/2023

"A vida, se o senhor quer saber, não tem necessidade de nós para se renovar e se remodelar o tempo todo, para se refazer e se transformar eternamente. Ela está acima de qualquer teoria obtusa que o senhor e eu possamos inventar a seu respeito."
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Raianny.Moraes 02/12/2022

Gostei, mas que bom que terminei.
Um livro que levou 40 anos para ser escrito e publicado (quase demorei isso pra ler ?), clássico russo, leitura densa, mas muito rica de dentro da ascensão da União Soviética. Recomendo, principalmente para quem já estudou um pouco sobre o assunto. Se não, pode ser que seja muito arrastado e cansativo, capaz de desistir do bonitão aí. É a história dentro da História. Gostei, mas que bom que terminei ?
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Carlos.Eduardo 29/11/2022

Uma odisseia russa
Acompanhar as aventuras e desventuras do médico Iuri Jivago não é tarefa fácil. Pasternak deu a seu herói diversas nuances e inquietudes que enriquecem a experiência de ler esse verdadeiro épico Russo pós revolução.
Não somente Iuri é um personagem complexo, mas complexo é o contexto em que vive e igualmente complexos são aqueles que o cercam, em seu círculo íntimo.
Seja a obstinada e honrada Tônia, fonte da culpa que Iuri carrega; seja Lara, impetuosa, impulsiva e, ao mesmo tempo, aquela que arrebata o médico sem esforços; ou mesmo, Strelnikov, um revolucionário em quem a chama de um ideal jamais se apaga. Todos são personagens de uma complexidade intrínseca.
Seguindo estes personagens, mas sobretudo, através do desencantamento de Jivago com a revolução e de suas inquietudes filosóficas, Pasternak nos mostra sua própria visão sobre esse momento da História Russa, suas críticas e seu próprio ceticismo. Não por acaso esse livro foi censurado na URSS.
O livro é bem detalhista em suas descrições de paisagens e personagens, mas, salvo exceções pontuais, o ritmo é ligeiro e fácil de acompanhar. Contudo, o final é apressado e algumas pontas são amarradas de forma apressada. Fora isso é um livro que indicarei para todos.
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Julio.Argibay 14/10/2022

Nikolai
O jovem Iúri perdeu a mãe quando ainda criança. Após o enterro ele foi levado para o campo, numa localidade chamada Duplianka. Seu pai, Nikolai Nikolaievitch, viaja com ele. No percurso, nos deparemos com a vasta natureza russa, um acidente de trem, assim como surgem vários personagens, além de greves e tudo o mais. Ao chegar ao destino ele vai morar com o professor Gromeko. Neste período, há uma revolução em curso. Barricadas nas ruas, etc e tal. Assim, passam os anos e Iúri se forma em medicina. Ele ainda quer ser escritor. Iúre se casa e tem um filho. Quanto a esta relação familiar, achei pouco explorada na trama ou posso ter passado batido. Não lembro nada sobre a criança e pouco sobre a esposa dele. Mas, já politicamente, a Rússia está em plena revolução e muito instável. Praticamente, todo o romance tem como foco essa visão revolucionária do país. Guerras, perseguições na neve, frio e fome. Finalizando, eu não gostei muito não. Mas, compreendo o valor histórico da obra, relatando os absurdos da guerra e da falta de civilidade durante esta situação. A alma russa. Nós também temos o nosso Sertões. 
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Ana 07/10/2022

Para quem não está acostumado à esse tipo de literatura, pode achar o livro cansativo e maçante, afinal Pasternak era um poeta, mas a obra não deixa de ser maravilhosa e triste ao mesmo tempo.
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lady.loli 07/09/2022

Eu sou suspeita pra falar, pois eu gosto muito de História, mas esse livro é maravilhoso, cheio de detalhes sobre a Rússia do século XX, gosto demais mesmo, além disso, outro detalhe que eu me animo com literatura russa: foco no interior dos personagens, como os ocorridos externos afetam o internam e amo Iúri simplesmente tomando a própria razão e não se deixando levar pelos pensamentos populares, é muito top, eu amo isso, de verdade.
O livro é um pouco arrastado, mas isso é pouco relevante pra mim no geral, a história compensa.
Queria dizer que reflete bastante a realidade atual, onde muitos deixam-se levar pela maioria sem nem buscar a entender o que apoiam.
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Duchesse 28/07/2022

O filme é melhor
O livro é muito bom, mas o filme (de 1968, com Omar Shariff e Julie Christie) é bem melhor.

O livro fala das vidas e dos sonhos despedaçados quando, em 1917, a utopia socialista se torna um pesadelo real e a Rússia se torna URSS.

Como toda grande literatura russa, os fatos ficam praticamente em segundo plano, a narrativa se concentra mais no mundo interno das personagens, sobretudo do Dr Iuri Jivago, numa tentativa de entender o mundo cambiante e as pessoas à sua volta, por isso alguns leitores modernos, não acostumados com essas divagações, podem achar a leitura arrastada.
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djoni moraes 22/06/2022

Gostar ou não gostar deste livro é uma questão de enfoques.
Faço um exercício com esta resenha de separar as minhas expectativas como leitor da grandiosidade histórica desta obra do Pasternak, e confesso que 3/5 é o máximo que eu consigo aqui. Se você é um fã do cinema, com certeza já ouviu falar do filme do Doctor Zhivago, uma longa metragem (e coloca longa nisso!) que foca na história de amor vivida entre o Iuri e a Lara. Se você viu o filme e acha que vai encontrar aqui o mesmo enfoque, preciso te alertar que aí vai começar a primeira decepção.

Na verdade, a história inteira acompanha a vida do Iuri Jivago desde a sua tenra infância até sua vida adulta, na qual exerce a profissão de médico no meio de uma Rússia conturbadíssima no meio da revolução que culminou na fundação da união soviética.

Pasternak era um poeta, então a carga de lirismo nas descrições e nos diálogos é bastante grande. No entanto, alguns diálogos me pareceram um tanto forçados, assim como muitas descrições de lugares e momentos. A beleza do lirismo descritivo se perdia quando chegava aquele sétimo ou oitavo parágrafo em que você chegava à conclusão de que Pasternak já tinha sim conseguido descrever tudo que queria. Isso muitas vezes tornava o Iuri um personagem difícil de agradar ao leitor.

Tá bom, tá bom, só reclamei. Por que então dar 3 estrelas e não zero? Porque depois de algumas quantas páginas, entendi que a missão deste livro é registrar um momento histórico; pintar um retrato filosófico que permitisse amalgamar não apenas o conto de várias vidas no meio da revolução, mas também a revolução em si. Nisso, o Pasternak foi mestre!. Ainda, ele conseguiu fazer isso de uma forma em que ele pudesse deixar seus pensamentos e ideais bem escrachados de uma maneira que ao mesmo tempo permitisse irritar o regime soviético e também deixar bem claro a sua decepção com tudo isso. Vendo deste modo, fica muito claro por que as paixões "românticas" não são exploradas com tantos detalhes - porque elas simplesmente são um pano de fundo.

A decepção do Iuri (e do Pasternak) em relação à revolução é muito clara. Tendo em vista este ponto, posso dizer que o personagem principal deste livro não é o Iuri Jivago e sim uma mãe Rússia que agoniza desde o início da narrativa e é saqueada violentamente pelos interesses de todos os grupos envolvidos. A imagem desta Rússia sendo desnudada é simplesmente agonizante, e a descrição disso nessas mais de 500 páginas, por mais enfadonha que possa parecer em alguns momentos, torna este um livro muito bom no que ele se propõe.
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Bruno.Santos 11/06/2022

Excelente!
Como todo bom apaixonada pela literatura russa, acabei por ler mais romances do século XIX, deixando de lado os livros sobre o período soviético, mas recentemente lendo O fim do Homem Soviético da Svetlana Aleksiévitch, em várias entrevistas Doutor Jivago era citado e como todo curiosidade me coloquei a procura do tal livro, que por meses ficou na estante, sempre a espera para leitura, que enfim chegou.

Um ponto que adorei sobre esse livro, sua ambientação no meio desse rebuliço social que foram as revoluções russas, a primeira guerra e a gripe espanhola. Neste caos os soldados do fronte presos entre alemães e revolucionários vivendo essa profunda incerteza.

Íuri Jivago é um personagem de tantas
camadas, tão estranho e singular que várias lendo, tentei me colocar no seu lugar para imaginar essa ressonância entre ficção e realidade, mas sempre me sentia faltar algo, talvez a alma desse período. Tenho tantas coisas em minha mente agora enquanto escrevo essa resenha capenga, mas me falta palavras para expressar meus pensamentos.

Enfim, o livro é ótimo, fascina ver de outro ponto de vista todo aquele caos da ascenção comunista numa Rússia monárquica, mas a leitura em si é bem densa e é preciso um pouco do foco para se ater às coisas...
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Nati 16/04/2022

Lento, muito lento
Eis um dos livros mais arrastados da vida. Fala muito, fala bonito e pouco acontece. Se a curiosidade é sobre a Revolução Russa, não esperem um Vida e Destino ou Nada de Novo no Front sobre os acontecimentos de 17. Poderia ser explorada de forma mais interessante, mas vira um pano de fundo muito distante; sabemos que existe, mas o que é, como acontece, a dinâmica de tudo, não.

E por falar em interessante, é um livro com uma leva imensa de personagens muito pouco interessantes, com pouco ou nenhum traço de personalidade que me despertasse curiosidade. Tive uma fé imensa na Lara, no começo ia bem, e depois não me importei muito.

A Rússia ao que parece é do tamanho de Madureira e o Dr. Iuri se encontra mais com os amigos do que minha mãe com a turma de 80 do Sul Americano quando vai a feira. Infelizmente meu irmão mais novo não chega do nada pagando minhas contas, Evgraf é um Deus ex machina chato.

O filme é muito melhor.
Ziza 07/05/2022minha estante
Eu abandonei a leitura hoje pois a narrativa não chegava a lugar nenhum. O livro mais chato que li em toda minha vida.




MarcusASBarr 11/04/2022

Nestes últimos três meses o que esteve em minhas mão não foi um romance de época... foi um documento histórico.
A obra, tantas vezes falada e referenciada por minha mãe, não foca em um ou outro personagem — embora tenhamos o fio condutor em boa parte ligado ao enlace amoroso entre o protagonista que dá nome a ela e a Lara... e é impossível não ter o tema do filme nos acompanhando ao longo da leitura —, mas sim em todos os acontecimentos que margeiam suas vidas... e são de um realismo dramático aterrador.
Boris Pasternak nos conduz pelo caos... e com ele adentramos não de forma abrupta, mas conduzidos em meio ao limiar dos acontecimentos que destroçaram vidas... daquele momento até os dias atuais.
Escrever uma obra que se passa no olho do furacão e centrá-lo no que os acontecimentos causaram a pessoas comuns e no desenrolar de suas vidas... esta é uma obra para ser lida com devoção e com o entendimento de que, ao narrar os acontecimentos que são colocados em suas páginas como um registro histórico de testemunhas oculares, o próprio autor selou o seu próprio futuro diante do enfrentamento dado ao autoritarismo que sentiu na pelo.
Então... se vai ler esta obra sem mergulhar de forma humanista em sua história, estará perdendo seu tempo. Aos demais... uma experiência de vida única.
Esta edição é de 1984 e sua tradução exigirá ainda mais do leitor, há uma outra mais recente.
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Julio.Cesar 31/01/2022

Foi muito bom!
Doutor Jivago foi um romance que, de início, achei lento. Contudo, com o decorrer da história, o romance ficava mais dinâmico e mais interessante, atingindo o seu ápice nas últimas partes do livro, com exceção dos poemas, que foram OK.
Quando Jivago começou a se relacionar com a Lara, eu fiquei contra. Mas, no final, acabei me importando mais do que eu esperava com o relacionado dos dois. E também achei o desfecho de ambos os personagens algo bem melancólico, principalmente o da Lara.
É isso. Foi um livro muito bom, recomendo.
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Bruno Palmeiras 22/01/2022

Moroso, mas histórico
O livro é extremamente moroso, em várias partes ele não flui, não há uma sequência clara, não há uma história marcante.
Porém é um grande relato histórico e como foi proibido pelo regime autoritário e assassino stalinista, merece uma boa avaliação.
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