Ordinário

Ordinário Rafael Sica




Resenhas - Ordinário


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Kirla 10/12/2023

Gosto do Rafael Sicca porque tu nunca sabe o que esperar dele. Um non sense com surrealismo e ótimos desenhos.
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mateuspy 27/01/2022

Queria apenas comentar
que o trabalho do Rafael Sicca me lembrou muito uma versão Eraserhead dos trabalhos de um outro quadrinista muito bom, Troche. Enfim, recomendo essas tiras que dão muito pano pra manga!
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Alex 06/12/2016

Criativo
Você acha que tem imaginação até conhecer os quadrinhos do Rafael Sica. O cara viaja... um non sense muito legal.
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Aguinaldo 14/01/2012

ordinário
Encontrei esse pequeno livro de Rafael Sica por um feliz acaso. Conhecia seu trabalho por conta das ilustrações que ele produz para a Folha de São Paulo, mas nunca havia lido em conjunto suas potentes narrativas gráficas. A experiência de ler cada quadrinho é realmente impactante. O leitor pode interpretar cada uma das tirinhas de diferentes formas, dependendo de seu humor, dependendo de das leituras que faz da realidade em que vive. São histórias expressivas, mas não uma expressividade estática, há sempre dinamismo e movimento em tudo que ele apresenta. Se o grafismo das histórias tem muito de surreal e mágico, o conceito que transparece delas, as ideias que o leitor encontra rapidamente ali são muito realistas (e quase sempre terrível). Ele fala de questões típicas do mundo moderno: a solidão, a violência, o medo, a religiosidade e o sexo. Sica alcança produzir algo que força o leitor a pensar e isso é sempre muito bom. [início: 06/01/2012 - fim: 13/01/2012]
"Ordinário", Rafael Sica, São Paulo: editora Companhia das Letras (1a. edição) 2010, brochura 13x21, 128 págs. ISBN: 978-85-359-1777-2
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Tuca. 14/08/2011

O leitor comum
Comento sobre este livro no post do link abaixo. Visitem:

http://bitly.com/jBDbtn
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Marcorigobelli 22/05/2011

Ordinário
A atual safra de autores dos quadrinhos nacionais conta com uma característica que não se via há gerações: o aparente desinteresse por trabalhar com os super-heróis que fizeram parte da vida de todos nós — as deles inclusos. Entre os nomes que despontam temos Rafa Coutinho, os gêmeos Bá e Moon, Rafael Grampá, Rafael Albuquerque, André Dahmer, Arnaldo Branco, André Kitagawa e Rafael Sica.

Durante a década de 1990 e a primeira metade dos anos 2000 houve um êxodo de artistas nacionais prestando serviço às gigantes dos quadrinhos ocidentais (DC, Marvel, Image, Top Cow) e outros em menor número embarcavam no exigente mercado europeu. Porém, de 2006 para cá, o foco dos novos autores brasileiros é produzir suas próprias obras, seus próprios personagens e fugir do estereótipo de super-heróis.

A influência dos grandes cartunistas nacionais como Laerte, Glauco, Iturrusgarai, Angeli e Fernando Gonsales é provavelmente a grande responsável pelo caminho que Sica e seus contemporâneos decidiram trilhar. E trilham muito bem.

Sica começou a publicar tiras em seu blog nos idos de 2009, ali ele apresentou um estilo peculiar com histórias completamente sem falas, em preto e branco e vivendo em uma paródia sádica do dia a dia nas metrópoles. A arte vai do simples e compreensível para a bizarrice orgânica que a mente demora para assimilar e mesmo assim o faz de sua própria forma. O humor ácido desse gaúcho de Pelotas com o tempo ganhou destaque e alcance, até que chegou aqui, na coletânea Ordinário publicada em fevereiro pelo selo Quadrinhos na Cia da Companhia das Letras.

De começo já aviso: Ordinário é uma obra para a compreensão de poucos e, mesmo aos capazes, duas ou três leituras seguidas serão necessárias. A coletânea depende muito da convivência do leitor com o dia a dia de uma grande cidade, seus lados positivos e negativos, seus temores, a solidão, o terror e por que não, sua mágica.

Passado esse obstáculo, o leitor precisa ter a mente aberta para as informações transmitidas e assim poder interpretá-las da melhor forma, porque não creio que Rafael teve a intenção de que houvesse uma só interpretação para cada tira sua, diferentes pessoas vão encará-las de diferentes formas. E cada micro-história contada transmite uma emoção diferente; tristeza, mágoa, lembranças, risadas, raiva, repulsa e indignação. Tudo isso sempre acompanhado de uma certa familiaridade que sentimos por aquela situação em específico.

A arte é peculiar e pode ser uma das principais responsáveis por agradar ou não o público, porque a retratação das pessoas e ambientes é tão caricata e ao mesmo tempo tão crua e sincera que alguns talvez cheguem a se ofender. Porém, o traço de Sica tem também ludismo e inocência que de sua própria forma misturam-se homogeneamente com a acidez, a agressividade e a sinceridade das histórias.

As tiras escolhidas para a coletânea não retratam um tema ou ambiente das metrópoles em específico, mas elas como um todo. E assim, mesmo com sua complexidade, é muito difícil que ao menos uma lhe diga algo ou te arranque uma risada sincera. Até porque, são 128 páginas delas.

Por incrível que pareça, as próprias tiras são o motivo de Ordinário perder um ponto e meio na nota. Independente do quão boas sejam, ainda assim não há nada de inédito na coletânea, são as mesmas histórias publicadas tempos atrás e que estão ao acesso de qualquer um pelo blog. Sei que esse tipo de publicação tornou-se tendência de mercado (André Dahmer que o diga), mas um volume editorial e graficamente tão bem cuidado merecia alguns trabalhos inéditos.

E, como tem virado rotina por parte da Quadrinhos na Cia., a produção do livro é muito acima da média. Não sei se foi proposital, mas ele lembra um Moleskine de capa mole não pautado onde cada página foi preenchida com uma tira. As bordas arredondadas e até o tipo de papel — o mesmo usado nas páginas do caderno, acid-free, mas em uma gramatura maior — remetem ao caderninho hipster que muitos amam e outros odeiam.

A arte da capa e da contra-capa são simples, mas já dão uma prévia do teor do livro. A capa vem com um easter-egg bacana: o título começa a ser lido com o volume em pé e te obriga a deitá-lo para terminar, o que nos prepara para o sentido de leitura, todo o miolo do livro é deitado para que o leitor não tenha que ficar girando o trambolho o tempo todo para ler o belo posfácio do ilustrador gaúcho Fabio Zimbres.

Todas as páginas onde não há tiras são pretas com letras brancas ou uma arte com pincéis em preto e cinza contrastando muito bem e dando um descanso pra mente durante a leitura da coletânea.

Destaque curioso para o logo da Quadrinhos na Cia. com uma cena icônica dos quadrinhos.

Como um todo, Ordinário é indispensável para os fãs do trabalho de Sica e qualquer leitor interessado em tiras que fogem do lugar-comum e nos apresentam o cotidiano de forma crua, sarcástica e inteligente. Porém, pode decepcionar aqueles que procuram por trabalhos novos além dos publicados no blog. Fora que fica uma beleza na estante. =]
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