O Romano

O Romano Mika Waltari




Resenhas - O Romano


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Rafo 08/03/2010

Contém Spoilers
Este livro foi uma grata surpresa. Comprei-o somente por estar em uma fase de "vício" por romances históricos sobre a Roma Antiga. Na verdade, eu estava procurando "O primeiro homem de Roma", mas como eles não tinham, acabei ficando com "O Romano". O período nem é o que mais me agrada, gosto mais de ler sobre o fim da República, e ao ler a biografia do autor na Wikipedia temi que este pudesse ser um daqueles romances evangelizadores que têm por aí. O finlandês Mika Watari tem o mérito de extrair uma boa história de um personagem que admite-se insignificante, e que atua à margem dos esquemas de poder da época. Porém, temi o tempo todo (como pode ser visto no histórico de progresso) que o autor - a despeito de sua narrativa envolvente - desse um desfecho moralizante e cristão para o romance. Por isso, ao notar que o personagem segue até o final (ou quase) firme em sua convicções me agradou demais. Vale a pena.
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Rick 17/02/2011

Um épico Literário!!!
Um livro fascinante que tece com grande realismo o Império Romano. O autor nos conduz pela magnificiência do império de Nero, dos festivais circenses, onde os cristãos e criminosos eram atiradaos às feras, de bacanais, das guerras e conquistas, das disputas religiosas. Um livro para quem é apaixonado por História. encantador! Apesar de ser uma leitura cansativa, eu recomendo essa maravilha literária,rica em detalhes onde precensiamos cenas fortes e emocionantes.
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Carlos Nunes 06/01/2021

O ROMANO - Mika Waltari
O ROMANO é, de certa forma, uma sequência de O SEGREDO DO REINO, mas trata-se de uma história à parte, não sendo necessária a leitura daquele para entender este. O ROMANO se passa cerca de 8 anos depois, durante o governo do imperador Nero. A gente conhece o filho de Marco, Minuto Lauso Maniliano, que, ao contrário do pai, é um jovem meio (ou totalmente) sem caráter, sem ética. O livro também pode ser considerado um romance de formação, pois acompanhamos a vida de Minuto desde a infância até sua idade adulta. É um relato em primeira pessoa, destinado a seu filho Júlio. Aos poucos, Minuto vai passando pelas várias etapas de ascensão social necessárias a um jovem romano bem-nascido, como o serviço militar (prestado na Bretanha, sob as ordens do comandante – e futuro imperador – Vespasiano, e alguns cargos públicos, entre os quais se destaca o de diretor da Casa dos Bichos – o zoológico mantido pelo imperador para os espetáculos no circo. Entre essas etapas, Minuto se envolve com várias mulheres, tão ou mais imorais quanto ele.
E é especialmente nesses envolvimentos amorosos que percebemos o quanto Minuto é imaturo, deixando-se envolver e manipular por mulher totalmente depravadas e com imensa sede de poder, que se utilizam dele na obtenção de vantagens. Em seus contatos, Minuto se aproxima cada vez mais do poder e de pessoas influentes, especialmente o Imperador Nero.
É um romance histórico bem envolvente, que fala de religião e política, paixão e sexo, traição e guerra. A trama é bem narrada e muito envolvente, é difícil parar de ler essa obra repleta de reviravoltas, por conta da curiosidade de ver até os personagens irão, na ânsia de atingir os seus propósitos. Vamos aos poucos descobrindo a personalidade (perturbada) do personagem e nos enredando na história, bastante indigesta em alguns momentos. Minuto é muitas vezes irresponsável, egoísta e egocêntrico, muitas vezes justificando a si mesmo de seus atos vergonhosos por estar apenas cumprindo seu dever com o Imperador.
A pesquisa histórica é fantástica, o detalhamento não só de Roma Antiga quanto dos acampamentos romanos nas províncias, de cidades gregas, das reuniões secretas dos primeiros cristãos. Tudo o que conhecemos de Roma e do reinado de Nero estão lá, mas Waltari não se rende a conhecimentos já consolidados por outros livros e filmes, mas que hoje em dia já caíram por terra, como por exemplo a tese de que foi Nero que causou o famoso incêndio de Roma. Nero, aliás, aparece aqui bem diferente do imperador caricato de outras obras. Ele é bem mais humano e realista, mais preocupado com seu desenvolvimento como ator, cantor e compositor do que com o governo do Estado. De criança esperta e de futuro promissor, Nero vai aos poucos tendo atitudes que marcaram sua imagem na História como cruel e inconsequente, mas em matéria de loucura ele está bem aquém de Calígula, por exemplo. Isso não impede de que todos os seus atos cruéis não apareçam, aqui, mas dentro de um contexto sócio-político bastante coerente, e não colocados como um simples ato de um imperador insano. E é especialmente nesses momentos que a narrativa fica bem pesada, e as atrocidades do imperador com os cristãos são narradas com bastante realismo. Além de Nero, inúmeros outros personagens históricos aprecem na história, como o filósofo Sêneca e o escritor Petrônio (autor de Satiricon). Um prato cheio para quem gosta de livros sobre o Império Romano.
Vídeo aqui: https://youtu.be/1taBCszZeQE

site: https://youtu.be/1taBCszZeQE
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