O Suicídio

O Suicídio Émile Durkheim





Resenhas - O Suicídio


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Fernando.Lovato 20/02/2024

Pertinente e desatualizada, porém obrigatória para entender o suicídio
O livro é técnico de sociologia, porém pessoas não especializadas conseguirão ler tranquilamente (se tiverem paciência para as 500 páginas). Se tiver pressa, vá para os capítulos específicos que te interessa.

- Pontos positivos:
. Organização. Durkheim (aka Durk) organiza muito tem o tema, começando por refutar o que ele chama de fatos extra sociais que até hoje predominam na discussão sobre o tema no senso comum para depois propor sua interpretação.
. Escrita amigável e gráficos/quadros didáticos
. Embasamento em estatísticas
. Persuasivo
. Alguns pontos da análise são tão precisos que são válidos até hoje. Ex: suicídio altruísta, egoísta e anômico.

-- Pontos negativos:
. Envelheceu mal em alguns pontos. A sociedade contemporânea é bem diferente da França do século 19. Por isso, algumas conclusões que eram precisas para época hoje não serve mais. Ex: a globalização, diferença cidade vs. campo e alteração do papel social da mulher.
. Algumas estatísticas precisariam de uma melhor fundamentação. Será que o Durk ou o coletor das estatísticas fez o procedimento correto?
. Excesso de estrutura. No eterno debate sobre estrutura (social) vs. subjetividade (indivíduo) no que diz respeito a formação do pensamento humano. Durkheim pende quase em sua totalidade à estrutura. Com isso vem junto os problemas da premissa filosófica.
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Marcos606 08/08/2023

Estudo sociológico empírico no qual Émile Durkheim implementa os princípios metodológicos que definiu anteriormente em As Regras do Método Sociológico. Nessa obra, ele defende a ideia de que o suicídio é um fato social por si só – exerce um poder coercitivo e externo sobre os indivíduos – e, como tal, pode ser analisado pela sociologia. Esse fenômeno, que à primeira vista se poderia pensar ser determinado por razões relativas ao íntimo, ao psicológico, é também esclarecido por causas sociais, determinantes sociais.

As estatísticas mostram que o suicídio é um fenômeno social normal: é um fenômeno regular encontrado na maioria das sociedades e, dentro de cada sociedade, as taxas de suicídio mudam relativamente pouco.

Durkheim se empenhará primeiro em identificar as causas do suicídio para depois propor uma tipologia dos suicídios, de acordo com suas causas.

Durkheim observa que a religião, a família, certas situações políticas protegem contra o suicídio. A religião e a família são instâncias de integração dos indivíduos que os protegem do suicídio ao proibi-los moralmente de comete-lo. A guerra e as revoluções também parecem proteger contra o suicídio: em tempos de agitação pública, as taxas de suicídio tendem a diminuir porque, neste período, os indivíduos estão integrados em torno de grandes questões nacionais que reavivam o sentimento de pertencimento. Assim, uma das causas determinantes do suicídio que emerge é a da integração, fator de proteção contra as tendências suicidas: “O suicídio varia inversamente com o grau de integração dos grupos sociais a que o indivíduo pertence [...] ] Quando a sociedade está fortemente integrada , mantém os indivíduos dependentes dela, considera-os a seu serviço e, consequentemente, não permite que disponham de si mesmos como bem entenderem”. Além da questão da integração, a regulação é a segunda causa que permite contabilizar os índices de suicídio. Se as sociedades se integram, elas também têm um poder de regulação: elas fornecem regras que os indivíduos devem seguir, que ditam sua conduta e lhes fornecem referências. A partir dessas duas principais causas de integração e regulação, Durkheim identifica quatro tipos principais de suicídio.

O suicídio egoísta ocorre quando há falta de integração: o indivíduo não está suficientemente apegado aos outros.
Suicídio altruísta: ao contrário do suicídio egoísta, o suicídio altruísta é determinado por um excesso de integração. Os indivíduos não pertencem mais uns aos outros e podem acabar se matando por dever (suicídios no exército, em seitas).
O suicídio anômico ocorre quando há falta de regulamentação: as normas são menos importantes, tornaram-se mais vagas. Os indivíduos são menos constrangidos, seu comportamento é menos regulado, seus desejos não são mais limitados ou enquadrados.
O suicídio fatalista, por outro lado, ocorre em casos de regulamentação excessiva: a vida social é extremamente regulada, o espaço de manobra individual é reduzido.
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Marcelo217 25/06/2023

Denso e profundo
Li esse livro com propósitos acadêmicos. Não seria um livro que leria de espontânea vontade, mas após terminar, eu saio com uma carga enorme de percepções sobre a morte e a vida em sociedade.

A leitura não foi fácil! Apesar da escrita não ser complexa ou prolixa, as informações são dadas em certos pontos e em outros, sugeridas. Durkheim consegue embasar todos os seus argumentos em uma observação certeira e em dados coletados e discutidos durante todo o livro.

O que eu achava que seria só uma visão sobre a morte na perspectiva cósmica e filosófica, se tornou um livro cheio de informações sociológicas. Há discussões sobre raça e hereditariedade, os processos de imitação social, as relações e os motivos que fazem do suicídio uma mazela social e a classificação do suicídio em três pontos importantes: baseados no egoísmo, altruísmo e na anomia.

E o mais louco é que tudo o que ele falou é possível de se perceber por conta própria. É como se ele tivesse falando o óbvio, mas da forma que ele fala, como as informações são elencadas e a curadoria para relacionar as estatísticas com as discussões, faz desse livro uma grande crítica ao controle do estado sobre o indivíduo. O livro que foi escrito com dados de mais de 100 anos se apresenta com afirmações imaculadas e pontos extremamente imutáveis da sociedade atual. Durkheim, aqui, faz o leitor olhar a sua volta e se perceber como indivíduo sob forte influência social. A existência e a morte são multifacetadas e dependentes das relações interpessoais, coletivas e hierarquizadas em cada modelo socioeconômico.
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Clara 29/05/2023

Uau
Finalmente terminei esse livro. É uma reflexão e uma analise profunda. É um livro mt bom, n sei o q eu esperava mas n era isso. Recomendo pra qm tiver curiosidade
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anaavi 19/01/2023

Sobre o Suicídio
Muito bom, a apresentação de dados concretos tanto as falas e pensamentos do autor, ambas te fazem pensar de uma maneira diferente e criar um certo senso crítico sobre o assunto, uma obra muito construtiva
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Gabi 03/09/2022

Le suicide
Esse livro é uma análise social de fatores que levam ao suicídio, apresenta tabelas e explicações das mais variáveis situações. Durkheim classificou 3 tipos de suicídios e suas características gerais: egoísta, altruísta e anômico. Muito interessante de ser lido.
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Vivs | vivsbookshelf 26/01/2022

Uma análise sociológica sobre o suicídio
É um livro detalhado por diversas análises sociais, histórico e o impacto do suicídio na sociedade. Por conter muitos dados e informações, é uma leitura mais arrastada, mas que precisa ser anotada para não perder o fio de pensamento do autor.

Fiz a leitura por conta dos estudos que estou fazendo, mas realmente não sei resumir tão bem essa obra, sem ser pela referências que salvei. É uma leitura importante para aqueles que estão estudando o assunto, por ser mais didático, recomendo só se você goste mesmo deste tipo de reflexão.
bibooks | Biqueen 27/01/2022minha estante
Meu livro favorito dele ???




Nathan Oak 01/11/2021

Suicídio como Fenômeno social
De um ponto de vista genérico, a sociologia pode ser definida como a ciência da sociedade (ou mesmo dos fatos sociais), e nessa via, Durkheim desempenhou uma profunda análise sobre o fenômeno do suicídio. O autor definiu o suicídio como um fato social, tratando-se de diversos acontecimentos do gênero em uma determinada sociedade, concluindo que as sociedades tem uma predisposição para o suicídio.

Um ponto importante é que esse autor, estudioso do tema, definiu alguns dos entendimentos sobre o suicídio sob um foco sociológico, pensando o homem no interior da sociedade, sujeito a diferentes pressões, leis e costumes em seu contexto cultural.

Quando foi escrita a obra, o tema do suicídio era considerado psicológico mesmo na condição de fenômeno social; o autor propõe demonstrar que o suicídio é um fato social, desencadeado por meio de coerção exterior, independentemente da pessoa inserida na sociedade.

Em sua pesquisa, Durkheim considerou diversos conceitos e normas morais a partir dos ambientes analisados, nos meios sociais, religiosos e políticos. O autor procurou relacionar as taxas de suicídios (provenientes de órgãos governamentais, pesquisas de outros estudiosos e instituições pertinentes à época) e as questões religiosas, culturais, e morais, destacando os pontos mais evidentes, relacionando-os aos elementos factuais a fim de entender a diferença entre as taxas de suicídios.
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lorena 01/09/2021

se vc fosse um suicidio qual vc seria
adorei, e terminei em agosto, que fique claro, ainda nao configura setembro amarelo, o mes no qual a temática é proibida
leticiadelrey 01/09/2021minha estante
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK




Camila 31/07/2020

Mentiu dados mas não mentiu
Apesar de se tratar de um livro repleto de falhas e de manipulações com relação aos dados, qual livro positivista não o é? Não podendo ser isso motivo para desconsiderações com relação à uma das obras mais maduras e completas de Émile Durkheim que, ainda tanto tempo após seu lançamento, trata-se de um dos melhores exemplos do séc. XIX sobre a então novíssima Sociologia.
Apresentando ao longo das mais de 500 páginas as diversas explicações já atribuídas às causas do suicídio em diferentes contextos sociais, Durkheim salienta, por intermédio da comparação entre esses dados, que tais justificativas não podem ser levadas ao último pois a única razão que costura todas essas narrativas é de origem social.
Com "O suicídio", o autor se consagra não só como fundador da sociologia mas também um grande intérprete da nossa realidade, demonstrando que não só de benefícios são formadas as sociedades, sendo a morte, ou melhor, a insuportabilidade da vida, parte dos elementos que perpassam a nossa trajetória social.
Martins 24/09/2020minha estante
Onde você viu que os dados foram manipulados? Preciso saber porque estou fazendo pesquisa e esse livro é uma das fontes




Clio0 21/06/2020

O Suicídio é uma obra científica densa e deve ser lida com cuidado, pois é um escrito de mais de cem anos.

Isso não é propriamente detrator, porém é preciso tomar com um grão de sal os juízos que o autor deixa escapar em certos momentos, bem como os estereótipos de que ele se utiliza para tentar calcar certos argumentos.

A metodologia de Durkheim é apresentada com primor, bem como sua argumentação do suicídio como fato social e a maneira que suas variações são composta no estruturalismo.

Para a época em que foi escrito, onde apenas se iniciavam estudos sobre a depressão e isolamento social, suas observações são bem acuradas sobre o tipo de impacto acarretado nas civilizações modernas - o que só pode ser descrito como perturbador.
Pedróviz 27/02/2022minha estante
Me interessei! Vou providenciar.




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Beatriz Campos 04/12/2016

O Suicídio, Émile Durkheim
A obra “O suicídio” demonstra uma tentativa de Durkheim em consolidar a análise sociológica como uma ciência autônoma e específica, através de um método empírico, buscando dados estatísticos, organizando as informações colhidas, demonstrando certa regularidade em eventos antes tidos como aleatórios e baseando-se nesses elementos para uma sólida construção teórica. Provando que o suicídio, apesar de se apresentar como um acontecimento individual está intimamente ligado a fatores sociais.
Durkheim afirma que as sociedades apresentam em cada momento uma maior ou menor tendência a essa prática. Seu estudo consiste principalmente na tentativa de identificação de fatores determinantes do suicídio dentro dos mais variados meios. O aludido autor busca compreender os fatores sociais que levam o individuo a tal atitude, considerando que o modo como esses fatores refletem na realidade individual dependem muito do modelo de sociedade que se considera.
Diante disso, explica o suicídio por meio da esquematização de três tipificações: O suicídio Egoísta, o Altruísta e o Anômico, sendo a coesão social a grande responsável pela variação entre tais categorias, posto que diante de uma sociedade mais unida e coesa existe uma preponderância do suicídio altruísta, enquanto que na situação oposta os casos de suicídios egoístas e anômicos tendem a ocorrer em maiores proporções.
Nesse diapasão, classifica o suicídio Altruísta como aquele onde o individuo atribui a sociedade ou a uma causa um valor muito maior que o da sua própria existência, abdicando da vida em nome de uma razão maior, em prol do bem social.
O suicídio Egoísta, por sua vez, como aquele em que o ego individual está acima do ego social, sendo o reflexo de uma extrema individualização do sujeito, relacionado muitas vezes ao rompido de laços com a sociedade. Caracterizado principalmente pela busca de objetivos individuais, dentro de uma sociedade consumista, individualista, movida a aparências e a um ilimitado desejo de aceitação social.
Por fim define o suicídio Anômico como aquele decorrente de uma negligencia, quando as normas sociais não conseguem mais regular o ritmo de vida do sujeito, o que culmina em uma ausência generalizada de respeito a tais normas, posto as instituições perdem a efetividade e como consequência as normas decorrentes dessas instituições também deixam de funcionar. Esse tipo de suicídio caracteriza-se principalmente pela ausência de normas que mantem a sociedade unida.
Émile Durkheim é considerado o pai da sociologia, empenhou-se ao longo da vida em transformam o estudo da sociologia em uma ciência, seu método e sua importância são notáveis, posto que pouco se tem avançado nesse campo após sua morte. Um ponto importante observado no livro é o estado de anomia evidenciando uma visão abrangente, o que demonstra que Durkheim enxergava além das causas que seriam mais óbvias no caso o tipo egoísta e o altruísta
Hélio Fontenele 16/09/2017minha estante
Ótimo! Vim tomar conhecimento da obra através do livro "A vida na Sargeta", indico a leitura!




Iuri.Tavares 31/08/2016

Suicídio não psicopatológico
Três tipos de suicídios coletivos
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Lane Lou Salomé 09/08/2011

Meu novo favorito
Um título forte,que para muitos sôa como romance literário,mas não!
O Suicídio é nada mais,nada menos que uma grande obra do sociólogo Emile Durkheim!um dos precursores da sociologia.
Li este livro no primeiro período do curso de psicologia,não como leitura obrigatória,mas por pura curiosidade e interesse,que não obstante tornou-se também em prazer!
Esta obra de Durkheim,mostra que os fatos sociais(e quais fatos sociais) contribuem para que o indivíduo chegue a executar um suicídio e não apenas isso,mostra a complexidade do "termo" suicídio, de forma a segmentá-lo em três abordagens que são caracterizadas pelas causas de seu efeito.Redundantemente digo que ainda não é apenas isso,pois é uma obra que não nos mostra apenas embasamento teórico,mas também embasamento estatístico,com gráficos que faz com que assimilemos ainda melhor os brilhantes estudos de Durkheim com a realidade a nossa volta.
Deixo agora um trecho do livro para despertar em você o interesse em lê-lo:

"Foi dito algumas vezes que,em virtude de sua constituição psicológica,o homem não pode viver a não ser que se ligue a um objeto que o ultrapasse e que lhe sobreviva,e deu-lhe como razão disso uma necessidade que teríamos de não perecer inteiramente.A vida,diz-se,só é tolerável quando percebemos nela alguma razão de ser,quando ela tem um objetivo,e que valha a pena.Ora,o indivíduo,por si só, não é um fim suficiente para sua atividade.Ele é muito pouca coisa.Além de ser limitado no espaço,é estreitamente limitado no tempo.Portanto,quando não temos outro objetivo além de nós mesmos,não podemos escapar à idéia de que nossos esforços estão,afinal,destinados a se perder do nada,pois a ele devemos voltar.Mas a anulação nos apavora.Nessas condições,não conseguimos ter coragem para viver..."

Uma obra maravilhosa,acessível e instigante!
Júnior 07/02/2021minha estante
Ñ sri como comrçar ler o livro




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