Ariadna Oliveira 27/04/2020
Misterioso e surpreendente
Chegou a época da Reunião Anual dos Arqueiros, quando todos os arqueiros do reino de Araluen se acampam juntos para viverem um momento de descontração, com boa comida, bebida, música, e xícaras de café acompanhadas de muito mel. Will não vê a hora de chegar lá e se encontrar com seu antigo mestre. No entanto, Halt se encontra em uma pequena cidade portuária situada fora do domínio do Rei Duncan, muito bem escondida e protegida, mas tudo indica que não por muito tempo, pois nosso querido arqueiro da barba grisalha investiga rumores de que haveria uma suposta seita religiosa com a intenção de exercer o domínio nesse local, como já têm sido feito em outro reino. Será que conseguirão impedir a extorsão dos aldeões e expansão dessa seita? É o que iremos descobrir nesse livro.
O livro tem o início um pouco arrastado e lento, demorei um pouco para conseguir entrar na história. Um novo arco se inicia, por isso é muito focado em planos e estratégia, os personagens ainda estão descobrindo o propósito desses religiosos, e nos vemos a mercê dos acontecimentos, assim como eles, o que se mantém até um pouco mais da metade do livro. Da metade para o final, a história fica muito envolvente e flui muito rápido. Outro ponto de destaque é que se trata de um livro mais maduro em relação aos outros da série, sendo que há mais mortes, e de uma maneira mais explícita que nos livros anteriores. Halt, que sempre foi muito fechado e misterioso, terá que enfrentar fantasmas de seu passado nesse livro, o que nos trará descobertas a respeito de sua origem, vida pessoal e familiar. Horace está mais maduro e sarcástico, e foi o personagem que mais apresentou crescimento e destaque nesse livro, acompanhado de Halt. Mas Will não deixou de ter seus momentos icônicos e dignos de aplausos, nos mostrando que realmente foi aprendiz de Halt, agindo sozinho e com muita competência, atitude e confiança. É um bom livro, mas meu coração ainda é todinho do livro 7.