Cultura

Cultura Roque de Barros Laraia




Resenhas - Cultura: um conceito antropológico


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Héber 08/03/2013

Afinal de contas, o que é Cultura?
O autor divide seu livro em duas partes sendo primeira delas (Da Natureza da Cultura ou Da Natureza à Cultura) é mais teórica uma vez que ele aborda o desenvolvimento que o conceito de cultura sofreu ao longo dos anos. A segunda parte (Como Opera a Cultura) aborda é mais prática evidenciando como as diferentes culturas influenciam o comportamento social e diferenciam toda a humanidade entre si.
No primeiro e no segundo capítulo do livro Roque Laraia desmistifica antigas formas de explicar os diferentes padrões culturais da humanidade. Inicialmente ele aborda o “Determinismo Biológico” que afirma que a composição física e biológica do homem era o motivo pelo qual eles agiam do modo que agiam. Ele derruba essa ideia com um simples exemplo da divisão sexual do trabalho mostrando que essa relação é diferenciada de cultura pra cultura, embora todas tenham a presença de homens e mulheres. Em seguida ele trata do “Determinismo Geográfico” que o meio em que uma sociedade se encontra determina a maneira como ela vai agir. Mais uma vez ele derruba essa teoria mostrando exemplos de vários povos que compartilham um mesmo ambiente geográfico, mas tem hábitos distintos.
No capítulo 3 o autor trata de como o conceito de cultura começou a ser pensado. Laraia menciona vários nomes que se destacam por serem os primeiros a fazer isso, tais como Edward Tylor, que foi o primeiro a formular um conceito para o termo “cultura”; John Locke, que começou a pensar em nível de relativismo cultural; Jean-Jacques Rousseau que acreditava que a educação era o fator determinante para a existência da cultura entre os homens; e por fim Alfred Kroeber que eliminou de vez o determinismo biológico como o motivo principal para definir a cultura de uma sociedade.
No capítulo 4, possivelmente o mais longo do livro, Laraia trabalha o desenvolvimento do conceito de cultura ao longo dos anos. O grande fato que podemos destacar deste capítulo é a maneira como a academia passou a enxergar as raças humanas. Agora todas as raças eram consideradas realmente humanas. Podemos perceber isso na elaboração de Tylor sobre o conceito de cultura: “a uniformidade que tão largamente permeia entre as civilizações pode ser atribuída em grande parte a uma uniformidade de ação de causas uniformes” (p.30). Isso vai de encontro ao pensamento colonialista de que o negro e o índio não poderiam ser considerados humanos. Tylor assume que existia sim, uma uniformidade de comportamentos sociais em todas as raças. Ao enfatizar esse ponto Roque Laraia afirma que “mais do que preocupado com a diversidade cultural Tylor preocupa-se com a igualdade existente na humanidade”.
Apesar de todas essas formulações serem baseadas na teoria evolucionista não podemos descartá-las por completo. Devemos dar o crédito que merecem, pois homens como Tylor foram acadêmicos que romperam com a mentalidade da época, trazendo igualdade a todas as raças humanas. É certo que eles acreditavam que a diversidade cultural acontecia porque algumas sociedades estavam mais adiantadas no estágio da evolução, mas reconheciam que sua própria sociedade europeia havia passado por esse estágio e com essa mentalidade igualavam todas as sociedades como sociedades humanas.
Franz Boas começa a mudar a essa mentalidade acadêmica reconhecendo que todas as sociedades não podem ter o mesmo padrão para serem avaliadas. Pelo contrário, “cada cultura segue seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou.” (p.36). Com isso ele funda a Escola Cultural Americana com o particularismo histórico.
No capítulo 5 é enfatizado o surgimento da cultura entre a humanidade. A base principal de argumentação do autor é o evolucionismo. Segundo ele a cultura surgiu quando o cérebro do homem primata se evoluiu e passou a ser cérebro pensante. David Pilbeam e Kenneth Oakley defendem que a partir do momento em que o homem se portou ereto sobre dois pés ele teve uma nova perspectiva de visão, sendo isso o fator determinante para ter cultura. Para Lévi-Strauss a cultura se deu quando o homem formulou a primeira regra (nesse caso o incesto, proibição comum a todas as sociedades). Ao formularem esta regra todos os homens deveriam respeitá-la tornando-os, portanto, possuidores de cultura. Leslie White diz que o deu cultura aos homens foi sua habilidade de criar símbolos aos quais eles poderiam atribuir significados. Ao finalizar sua exposição sobre esse tema o autor menciona a tese de Geertz que diz que “a maior parte do crescimento cortical humano foi posterior e não anterior ao início da cultura”, ou seja, à medida em que o homem passa desenvolver níveis complexos de cultura, mais seu cérebro se desenvolvia. Laraia conclui que o homem não é somente aquele que gera a cultura, mas ele é o produto de sua cultura.
O capítulo 6 utiliza o artigo “Theories of Culture” de Roger Keesing como base para descrever os conceitos mais recentes do termo cultura. O autor do artigo destaca dois tipos de abordagens do conceito de cultura: cultura como um sistema adaptativo e teorias idealistas de cultura. Estas teorias idealistas se dividem em três abordagens principais. São elas:
 Cultura como sistema cognitivo: é um sistema onde o indivíduo adquire o conhecimento necessário sobre como opera a sua cultura. Só com posse desse conhecimento ele será aceito pela sociedade.
 Cultura como sistema estrutural: defendido por Lévi-Strauss essa abordagem mostra que a sociedade e as regras que a regem são compostas por diversas estruturas diferentes, nem sempre fáceis de identificar.
 Cultura como sistema simbólico: representada por Clifford Geertz essa abordagem afirma que, ao chegar em uma cultura, o indivíduo está apto para viver mil vidas pois está aberto para aprender novos comportamentos sociais.
Roque Laraia inicia a segunda parte de seu livro com uma das ilustrações mais acertadas para descrever termo cultura, criada por Ruth Benedict: “a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo.” (p.67). No início desta segunda parte ele nos mostra como a Cultura determina a cosmovisão do indivíduo que a compõe. Todos os valores e crenças de uma pessoa serão determinados pela cultura na qual ela está inserida. Assim sendo, não é difícil de imagina que, no contato interétnico, essa pessoa ache sua própria cultura melhor que a do outro. Para o autor, o etnocentrismo ocorre quando um indivíduo vê outra cultura com as lentes de sua própria cultura colocando-se acima do outro. E este é um fato notado em todas as sociedades humanas. Para evitar o etnocentrismo é preciso se aprofundar na cosmovisão do outro para entender o motivo de ele agir da maneira que age. “O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo.” (p.73)
Um assunto interessante que o autor aborda é a questão do envolvimento do indivíduo na sua sociedade. Não é possível que uma única pessoa conheça todos os aspectos possíveis da sua comunidade, ninguém é capaz de tal coisa. O indivíduo precisa sim de um conhecimento mínimo dos padrões de sua sociedade para se relacionar adequadamente dentro dela. Com posse desse conhecimento mínimo ele vai saber não só agir adequadamente, mas também aprenderá a prever as reações positivas ou coercivas da cultura. Esse é um fato que possivelmente não percebemos em nossa sociedade, mas cobramos das pessoas de outras sociedades. Nós enquanto pesquisadores, exigimos que o nosso informante tenha conhecimentos completos da sua cultura para fazermos uma boa pesquisa. Antes de olhar para a cultura do outro precisamos olhar para a nossa.
Roque Laraia intitula o capítulo 4 da segunda parte de “A Cultura tem uma lógica interna”. A princípio é possível confundir os argumentos deste capítulo com aqueles utilizados no capítulo 1, também da segunda parte: “A Cultura condiciona a visão de mundo do homem”. No entanto no capítulo 4 ele está mais preocupado mostrar que cada cultura apresenta explicações plausíveis para eventos do cotidiano do que em explicar a cosmovisão de cada povo. E é essa lógica interna que fornece os arcabouços para essas explicações. “as explicações encontradas pelos membros das diversas sociedades humanas são lógicas e encontram a sua coerência dentro do próprio sistema.” (p.91). Por isso devemos procurar conhecer essa a lógica interna quando chegamos a uma cultura diferente porque só conseguiremos entender as práticas daquela cultura se a observarmos do ponto de vista êmico. O autor diz que “nem sempre as relações de causa e efeito são percebidas da mesma maneira por homens de culturas diferentes.” (p.89). Ao usar a nossa cosmovisão para explicar o mundo do outro incorreremos no etnocentrismo.
Laraia não poderia deixar de concluir seu livro desmistificando um dos maiores mitos em relação às sociedades simples: as culturas são estáticas, os povos nunca mudam. Essa teoria popular é comum pelo fato das sociedades simples serem menos tendenciosas à mudança. O motivo é porque elas estão muito satisfeitas com sua cultura, mas isso não quer dizer que essas mudanças não ocorram.
Existem dois tipos de mudanças culturais que podem ocorrer em uma sociedade. A mudança interna é ocorre lentamente sendo motivada pelo interesse da própria sociedade que decide mudar seu padrão de comportamento para melhor se adaptar ao meio em que vivem. O outro tipo de mudança é mais brusca e ocorre principalmente pelo contato interétnico. O autor menciona que foi através do estudo desse tipo de contato que surgiu o termo “aculturação”. Sabemos, entretanto, que esse termo já não é mais visto como apropriado pelas ciências sociais de hoje, acredito que Laraia poderia ter aprofundado mais na explanação desse conceito mostrando o motivo por não ser mais utilizado pela antropologia atual.
Laraia ainda comenta que essas mudanças culturais causam desconforto para os diversos indivíduos de uma mesma sociedade. Ele cita o exemplo do conflito de gerações onde os filhos já não têm mais o mesmo conceito que seus pais tinham em relação a um determinado fato social. Ele explica bem o motivo desses conflitos ao dizer que “em cada momento as sociedades humanas são palco do embate entre as tendências conservadoras e inovadoras. As primeiras pretendem manter os hábitos inalterados (...). As segundas contestam a sua permanência e pretendem substituí-los por novos procedimentos.” (p.99).
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Anna 28/08/2022

Li por conta da faculdade.
É bom! Principalmente para quem procura entender como determinados costumes podem influenciar na sociedade como um todo.
Me fez mudar alguns conceitos e entender mais sobre a cultura.
fdeluca 28/08/2022minha estante
Que curso vc faz!


Anna 28/08/2022minha estante
Eu curso direito!




@gabrielnscmt 05/08/2021

O quê é cultura?
Este livro de Laraia aborda diversos conceitos e teorias a respeito da cultura, além de mostrar uma analise das sociedades e suas culturas, e relacionar de forma natural ao ambiente que vivemos. Ele ainda divide o livro em duas partes, sobre o determinismo biológico e geográfico. Exemplificando diversos conceitos, e o que de fato é cultura.
Não conhecia o livro, e também não estava nas minhas metas de leitura. Por fim, acabei lendo devido um professor ter passado.
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nlock 03/11/2009

Uma introdução didática
Achei ótimo o livro (pequeno livrinho) "Cultura: um conceito antropológico" porque me ajudou a ententeder e apontou caminhos para o aprofundamento de estudos sobre culturas e diversidade cultural, etnocentrismo, "difusão cultural", debate cultura x natureza, etc.
Além de bastante simples e claro, o livro tem uma bibliografia para estudos iniciais e uma linguagem cativante. Conseguiu os objetivos para os quais foi produzido.
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Ãtala 29/11/2023

Lido para a faculdade. Apesar de não ser um livro que eu leria por livre e espontânea vontade, achei bem interessante e curioso, até mesmo mais "fácil" de ler do que os outros desse estilo que eu já tive contato, um ponto muito relevante foi os capítulos pequenos.
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Emmy.Wosnop 02/04/2022

LARAIA, Roque de barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

O livro 'Cultura: Um conceito antropológico' 14° edição, 2001, de Roque de Barros Laraia, antropólogo brasileiro. É dividido em duas partes onde a Primeira parte nominada de ' Da natureza da cultura da natureza á cultura', é narrado como ocorreu a observação a cerca da formação da cultura, e o que determinaria a cultura, a parte desse questionamento houve duas teorias a do Determinismo Biológico, onde acreditava-se que a forma como as pessoas se manifestam como linguagem, crenças etc., eram determinadas pela sua raça, ou seja, as capacidades e características eram herdadas geneticamente, todavia, os antropólogos afirmam que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.
E a outra teoria é o Determinismo Geográfico, onde acredita-se que o que determina como um grupo age, se manifesta, acredita é determinado a partir do ambiente que as mesmas estão inseridas, mas novamente antropólogos como Boas, Wissler, Kroeber refutaram essa teoria afirmando que há limitações em relação o meio físico afetar a cultura, que o mais comum é pessoas da mesma localidade apresentar diversidade cultural.
A partir desse momento inicia-se a parte conceitual da Cultura como os antecedentes históricos, onde Edward Taylor sintetizou o termo Cultura para designar as realizações humana "tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade", todavia, não é a única definição autores como John Locke e Jacques Turgot , também desenvolveram outros conceitos, e não há nenhum consenso qual é certo ou errado.
Essa primeira parte do livro também engloba a origem da cultura, onde o respeitado antropólogo Claude Lévi-Strauss, fala que a ctura surgiu a parte do momento com a humanidade instituiu a primeira regra (incesto), e para Leslie White, a cultura surgiu a partir dos símbolos (pinturas, comunicação, significados). Já as teorias modernas sobre a cultura é a feita sobre os fragmentos desses conceitos e visões passadas elaborados onde falam que a cultura são sistemas de padrões de comportamento, e que a mudança cultural é feita através da adaptação, e seguem esse raciocínio de comportamento humano e adaptação.
Na segunda parte do livro denominado Como Opera a cultura, aborda como a cultura molda a visão sobre o mundo, o indivíduo vai enxergar as mais diversas situações através da sua cultura o que muitas vezes abre caminhos para uma visão etnocêntrica, onde o indivíduo vai acreditar que a sua maneira de pensar e agir é melhor do que de outros povos, dando margem os mais diversos tipos de violência (racismo, intolerância religiosa e xenofobia), onde deve-se lembrar que existe uma grande diversidade cultural e não uma melhor que outra, cada cultura tem a sua lógica. Apesar de haver o determinismo biológico vale lembrar que a cultura afeta o plano biológico, onde todos os povos têm as crenças, a partir desse princípio é encontrado as doenças psicossomáticas e também a cura dessas doenças através da fé. Outra questão importante é que cada individuo tem um papel na cultura e que normalmente essa participação é exercida pelo sexo masculino mesmo em diferentes culturas é comum observar. É importante lembrar que mesmo com uma grande diversidade cultural, cada cultura possui uma lógica própria e também um é dinâmico e sofrer modificações com o passar dos anos.
Bem, o autor elaborou essa obra de uma forma bem didática, através da utilização de diversos exemplos cotidianos, de uma forma que permite uma compreensão plena acerca do tema e da proposta do livro, que é mostrar o que é cultura, como surgiu esse termo e o que ele engloba. Trata-se de uma obra relevante que permite uma leitura fluida que resulta em uma maior curiosidade sobre o tema e sobre outras obras do autor. A partir dessa obra, foi possível perceber que toda cultura e a sua manifestação pelos povos mais remotos merece uma atenção e a compreensão que por mais distante que pareça apresenta diversas semelhanças com a cultura que vivenciamos. Essa obra também torna possível a compreensão que não há cultura melhor do que outra e que toda manifestação cultural seja por meio de crença, religiosidade até mesmo alimentação apresenta a sua lógica e o seu dinamismo através das gerações. O livro é recomendado para todas as idades e grau de escolaridade, principalmente para quem tem interesse em adquirir novos conhecimentos e se aprofundar na temática proposta.
Mai 02/04/2022minha estante
Li esse clássico na graduação, Ciências Sociais, e foi de grande relevância para descolonizar pensamentos, ampliar horizontes e derrubar preconceitos.
Sua análise foi assertiva, parabéns!




Luiza2527 24/04/2021

Acessível
Uma boa introdução para quem busca começar a entender um dos conceitos antropológicos essenciais: a cultura.

Em uma linguagem acessível e para toda e qualquer pessoa ler, Laraia vai falar sobre o tema, adicionando ideias como a de etnocentrismo, aculturação e difusão.

Uma opinião pessoal aqui: esta é uma leitura com grande poder, apesar de simples. Em "Cultura: um conceito antropológico" é possível começar exercitar a visualização do "outro". Isto é, ver o diferente não em uma perspectiva de bom ou ruim, mas apenas como tal (diferente).
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Raffaello3 05/08/2023

Um Conceito Antropológico
"Cultura: Um Conceito Antropológico" é um livro escrito por Roque de Barros Laraia, publicado em 1986. Considerado uma obra seminal na antropologia, o autor explora de forma abrangente o conceito de cultura e sua importância na compreensão da sociedade humana.

O livro começa introduzindo o conceito de cultura e sua relevância para a antropologia cultural. Laraia explora como a cultura é um sistema complexo e dinâmico que abrange crenças, valores, normas, costumes, linguagem, arte, tecnologia e outras manifestações humanas. Ele destaca que a cultura é fundamental para a adaptação e sobrevivência dos grupos humanos em diferentes ambientes.

Ao longo da obra, o autor analisa a relação entre cultura e sociedade, mostrando como os padrões culturais influenciam a organização social e os comportamentos dos indivíduos. Ele também explora como a cultura é transmitida de geração em geração e como ela pode mudar ao longo do tempo em resposta a fatores internos e externos.

Outro aspecto abordado é a diversidade cultural, com exemplos de diferentes culturas ao redor do mundo. Laraia destaca como as interações culturais podem ser complexas e como o choque cultural pode ser um desafio para indivíduos e sociedades.

O livro também discute a relação entre cultura e identidade, mostrando como a cultura desempenha um papel importante na formação da identidade coletiva e individual. Laraia explora como os valores culturais moldam o comportamento dos indivíduos e como a identidade cultural pode influenciar o senso de pertencimento a um grupo.

Além disso, "Cultura: Um Conceito Antropológico" aborda a cultura em um contexto globalizado, refletindo sobre como a globalização afeta as culturas locais, resultando em fenômenos como hibridização cultural e preservação cultural.

No geral, o livro é uma análise aprofundada e perspicaz sobre o conceito de cultura, apresentando um olhar abrangente sobre a diversidade humana e suas formas de organização social. É uma leitura essencial para estudantes e profissionais de antropologia, bem como para qualquer pessoa interessada em compreender a complexidade da cultura e sua importância na vida humana.
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Caio Mário 12/09/2021

Explicativo e linguagem acessível!
Um livro muito bom para quem estuda Letras e outros cursos de Humanas e Ciências Sociais! Imprescindível para a compreensão dos conceitos iniciais de cultura na perspectiva antropológica e, ainda, o livro é muito bom e realmente tem a linguagem bastante acessível, de fácil compreensão.
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ferreira83 22/09/2021

Cultura: um conceito antropológico
Bem, foi uma leitura para escola, mas eu gostei. É bem esclarecedor, deu para entender direitinho o conteúdo do livro.
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Vic Moro 10/02/2022

Essencial!!!
Aqui temos uma obra curta, porém cheia de informações sobre a natureza da cultura (passando pelas exemplificações de inúmeros sociólogos e antropólogos) e sobre o exercício prático da cultura dentro das sociedades.

É uma leitura muito gostosa, na qual elementos complexos são apresentados de maneira dinâmica - os exemplos práticos, dentro de diversas sociedades, são a melhor parte -, informando, mas, ao mesmo tempo, entretendo.

Gostei muito de embarcar na pontinha do iceberg que é a antropologia, descobrindo não só sobre a evolução do conceito de cultura (dos difusionistas até o particularismo histórico), mas como ela age dentro das sociedades de forma individual e geral.

Além disso, podemos aprender a essência de conceitos como aculturação, xenofobia, etnocentrismo e como a visão eurocentrica é ultrapassada e preconceituosa. Penso que a compreensão desses conceitos seja imprescindível para o mundo em que vivemos hoje, demonstrando que não existem indivíduos ou culturas melhores ou mais avançadas, apenas DIFERENTES.

Gostei muito. Recomendo não só para quem quer aprender sobre a cultura, em si, mas para qualquer pessoa que deseje viver em acordo com os moldes contemporâneos, livre de estigmas, arrogância ou prepotência!!!
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isabel_fmelo 27/03/2023

Antropologia.
Muito interessante os exemplos e teorias que o autor apresenta. Realmente eu não conhecia metade das situações abordadas. Muito massa.
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André 14/11/2010

Cultura, visão de Laraia e seus conceitos antropológicos.
Na introdução do livro “Cultura, um conceito antropológico”, (LARAIA, R.B – 24° edição, Rio de Janeiro: JORGE ZAHAR Ed., 2009) temos o primeiro contanto com uma obra que deseja ser acessível e introdutória para a temática da cultura antropológica. O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira uma discussão sobre a formulação do conceito de CULTURA durante uma trajetória da antropologia como ciência, passando por teorias de diversas épocas e de variados cenários. Entrando na segunda parte, encontraremos a atuação de forma prática da cultura no homem, onde fica evidente a formação cultural de um indivíduo a partir de um molde social pré-estabelecido.
Em sua obra, Laraia discute teorias como o determinismo biológico (diferenças genéticas determinam culturas diferentes) e geográfico (diferenças geográficas determinam culturas diferentes), provando o descaso dessas teorias e como elas foram inutilizadas pela antropologia moderna. Para criar uma base antropológica, o autor fornece definições como o etnocentrismo (olhar social beneficiando e centralizando uma determinada cultura, partindo da perspectiva da cultura própria), endoculturação (processo de aprendizado de uma determinada cultura, onde se inicia no nascimento do indivíduo e termina em sua morte) e aculturação (duas culturas se encontram e uma se sobrepõem a outra. Conceito ultrapassado).
Em suma, cultura é universal a vida social da humanidade, assim se destacando do NATURAL – o que não é relacionado a tradições sociais, tudo o que não é comportamento aprendido e que transcende o domínio das normas, hábitos e costumes. Enfim, tudo que não é particular, – e partindo para a particularidade humana. Utilizo aqui uma definição de Edward Burnett Tylor (1871) – “Cultura é todo o comportamento aprendido, aquilo que independe de uma transformação genética”. Podemos dizer então que cultura é tudo que não é natureza, mas sendo assim NATUREZA uma definição humana, por tanto cultural.
Vemos em alguns casos a cultura de um indivíduo se sobrepondo à biologia, como em doenças psicossomáticas e psicofisiológicas. Colocando como exemplo o popular “leite com manga (popularidade brasileira)”, onde biologicamente a manifestação dessa dor inexiste, mas partindo de uma construção cultural, ela se torna real ao indivíduo.
Cultura, um conceito antropológico é uma obra fascinante de leitura concisa e acessível, tornando-se obrigatória a todos que desejam ingressar na antropologia.
Mambo.dCosta 13/03/2020minha estante
Senhor podes me emviar a vida e a obra da Roque de Barros Laraia para mim, neste momento eu elaboro o meu monografia sobre a cultura no pensamento de ROque Laraia, portanto eu necessito o livro completo do autor Roque Laraia. Obrigado.




Kami 26/08/2021

Muito bom.
O livro é ótimo para se ter uma visão antropológica inicial. É focado para quem não entende tanto de antropologia e por isso emenda com alguns outros assuntos. Ao ler eu tive uma visão completamente diferente sobre os papéis sociais exercidos na sociedade, é bem esclarecedor e ajuda bastante a combater o etnocentrismo.
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Bru 12/08/2023

O livro propõe ser uma pequena introdução sobre cultura e de fato é, inclusive se você foi uma pessoa que prestou atenção nas aulas de história, sociologia e filosofia, não há nada de tão novo em debate. No entanto, ainda é um livro riquíssimo em referência e com uma linguagem acessível.
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