Kate 30/11/2014Retirado do Blog Conversando com Dragões
Um garoto com toda sua inocência inerente dos seis anos sai escondido dos pais para brincar de cavaleiro no local chamado Passagem do Rei.
Enquanto atacava um dragão imaginário viu pelo canto do olho um pedaço de tecido vermelho. Com a curiosidade que também é inerente à sua idade, foi ver o que seria aquilo. Encontrou, então, uma jovem nua, deitada de costas. Demorou alguns segundos para perceber o que um adulto veria rapidamente, que a moça estava morta.
Patrik tinha saído de férias para acompanhar as últimas semanas de gravidez de sua esposa Erica. Mas quando o telefone o chama de madrugada ele concorda em ir ao local de um crime para ver se há algo que pode fazer.
Ao chegar à Passagem do Rei e ver o corpo sem vida de uma jovem, Patrik jamais adivinharia os caminhos tortuosos que esta investigação tomaria.
Embaixo da jovem jaziam dois esqueletos, que tornariam o crime mais misterioso. Patrik, apesar de não ser detetive sênior do departamento, é chamado para assumir o caso. Isto deixa alguns detetives mais velhos com o calo inchado.
Mas seu chefe se mostra sábio ao indicá-lo para assumir a investigação, pouco depois descobre-se que um erro, devido à falta de comprometimento com o trabalho, de um dos detetives mais velhos levam ao atraso na identificação da vítima. Patrik fica furioso e mesmo sendo mais jovem não se acanha em chamar a atenção dos que fizeram besteira. Sua atitude o firma como líder mas enfurece ainda mais seus colegas.
Com a identificação da jovem, descobre-se que ela aparentemente sumiu após fazer certas perguntas sobre um crime cometido há mais de vinte anos. Um crime que dividiu uma família ao meio. E, que, coincidentemente ou não, foi o que levou à morte as duas jovens das quais os esqueletos jaziam abaixo da vítima atual.
Siv e Mona, duas jovens, desapareceram a vinte anos atrás e nunca mais foram vistas. Até agora.
Tanja, a vítima mais recente, possuía passaporte alemão e nenhum motivo para estar fazendo perguntas sobre crimes tão velhos. Os detetives não conseguiram ligá-la de nenhuma maneira aos crimes anteriores. Então, resolvem voltar a investigar os crimes de vinte anos para ver se alguma luz surge no final de túnel.
Mas isto significa mexer em um ninho de vespas.
Há vinte anos atrás, Gabriel Hult ligou para a polícia dizendo ter visto seu irmão Johannes com uma das meninas desaparecidas. Johannes foi encontrado enforcado dias depois e isto gerou uma guerra dentro da família. As pessoas do lado de Johannes culparam Gabriel por seu suicídio e se desligaram do resto da família.
A família Hult sempre foi um pouco estranha, o patriarca Ephraim foi por muito tempo conhecido como o Pregador. Ele dizia que seus dois filhos, Gabriel e Johannes, possuíam poderes de cura, que foram perdidos após entrarem na puberdade.
Será que acontecimentos tão antigos podem exercer tamanha força na atualidade???
Mais uma moça desaparecerá e a polícia terá que correr contra o tempo para evitar mais mortes e descobrir o motivo que faz este assassino matar.
Uma trama envolvente e intrincada, com muitas reviravoltas, segredos, surpresas e com um final de tirar o fôlego.
A literatura nórdica começa a ganhar respeito mundial. Esta trama de Camilla Lackberg foi muito bem escrita e ganhou minha admiração. Pretendo ler o que mais da autora aparecer por aqui.
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