Claro Enigma

Claro Enigma Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Claro Enigma


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Fuzue 22/04/2024

Eu, o mundo, os efeitos e as sequelas
O sujeito e o mundo andam brigados, às vezes se reconciliam, mas sempre têm conflitos.
Aqui, o eu-lírico de Drummond revela as marcas conquistadas ao longo de sua jornada. A prenda da madureza, o ócio dos amores, a memorável Minas e a lassidão do tempo.
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Mariana 02/04/2024

Carlos Drummond escreveu "claro enigma" durante o auge da guerra fria, no momento em que o mundo se encontrava em constante inquietude pela ameaça inerente de ataques nucleares. Os poemas são uma expressão de seus medos, de seus amores perdidos, de filhos que talvez nunca verá crescer e de filhos que a muito já partiram. Drummond conta sobre a história do Brasil, sobre a cidade de ouro preto, um lugar de tanto sofrimento, lar de lágrimas e desespero, e como o destino do lugar é ruir, como tudo no mundo, já que nada é eterno. Sobre o museu da inconfidência, e como os instrumentos que foram utilizados para torturar os escravizados, os quais hoje não passam de simples exposições. Ao decorrer dos poemas ele expressa seus medos e anseios, suas infindáveis perguntas, que foram feitas ao nada, representando na forma de um fantasma, já que ninguém parecia capaz de respondê-las.
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BiblioMahnia 31/03/2024

Escurece, e não me seduz tatear sequer uma lâmpada
Li no ensino médio e nunca mais esqueci. Os poemas são muito bonitos mas soam desiludidos, me deixaram triste. Descobri depois que um deles foi eleito o melhor poema brasileiro do século XX. Vale a pena ler de novo
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grey.sanys 09/03/2024

Claro enigma
É um livro de poemas muito bom, tem o sentimento do autor nos livros e eu destaquei um monte de frase que me identifiquei
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booksdalaus 28/02/2024

Claro enigma
Marco da maturidade filosófica e poética de Drummond, Claro enigma retorna em novo projeto, com posfácio de Mia Couto.



"E como ficou chato ser moderno. / Agora serei eterno", escreveu Drummond em um poema do livro Fazendeiro do ar, de 1954. Mas esse distanciamento da atitude poética modernista ? com tudo que ela continha de euforia, rebeldia e otimismo ? vinha de antes. Mais precisamente, deste Claro enigma, publicado em 1951, quando o autor se aproximava dos 50 anos de idade.

Os recursos da poesia moderna passam a conviver com formas fixas, entre elas os sonetos, e com esquemas de rimas e metros clássicos na língua portuguesa, como a redondilha, o decassílabo e o alexandrino. O tom jocoso, muitas vezes presente nos livros anteriores, se torna aqui predominantemente grave e elevado.

Como a contradição dos termos no título do livro já sugere, Drummond não buscava um simples retorno à ordem. Um sentido de incompletude, de insolvência, presente em vários poemas, corrói qualquer ilusão de estabilidade. Claro enigma demonstra, acima de tudo, que a maturidade, longe de representar um ponto de vista fixo e seguro, recoloca em outro patamar as inquietações e angústias da juventude.
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Renato420 18/02/2024

Um livro para quem gosta de poesias filosóficas
Se você curte poesias mais filosóficas e com boas referências, esse livro é para você. Mas adianto que a primeira vista pode parecer uma leitura dificil.
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Dressa gratiluz 27/01/2024

Um pouco confuso, mas tem o seu charme...
Não tive uma boa experiência com "Alguma Poesia", também obra de Carlos Drummond de Andrade. Isso porque, tinha expectativas muito altas e o livro acabou me decepcionando, mas decidi com essa leitura dar uma segunda chance ao autor... E em meio a leitura que fiz da obra, acabei gostando. No entanto, é importante deixar claro que algumas das poesias de Drummond são um tanto quanto complexas para serem interpretadas em uma primeira leitura que seja desatenta. Por isso, é importante apreciar o livro com certa calma e buscar informações a respeito das poesias para interpretá-las melhor quando for o caso. Em suma, recomendo a leitura!
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TalesVR 21/01/2024

Melancolia
De longe a faceta mais melancólica do Drummond que li até agora.

Sem as aventuras no sul de Minas, sem descrever suas paixões, sem sacanagem; aqui Drummond reflete sobre os familiares reunidos na mesa do almoço em dia de festa, na praça que tinha frequentado a vida inteira e não tornará a por os pés, nos momentos vividos que só ele sabia o que aconteceu.
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Sara.Goncalves 16/01/2024

AMAR
Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


Isso é Drummond de Andrade!
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Victor108 10/01/2024

Reflexão pura
Os melhores poemas de Drummond, pra mim, estão neste livro. Em sua fase mais existencialista e filosófica, ele nos presenteia com poemas que nos fazem pensar muito sobre nós mesmos. Você vai sair com mais dúvidas do que qualquer outra coisa, mas entendo que este é o objetivo do livro, e, na verdade, é a melhor parte da leitura.
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Senhorita_morland 10/01/2024

Onde Nasci, morri. Onde morri,existo
Minha primeira obra do Carlos Drummond é confesso que gostei bastante, achei q não iria gostar tanto, alguns poemas achei chato, outras achei belíssimos. Acho que tudo está relacionado com aquilo que nos toca a alma.
Sintaxe 10/01/2024minha estante
hehe que bom que gostou




Marcelle 06/01/2024

Deveria ter lido esse livro há muito tempo - para ser mais exata, 10 anos atrás, para meu segundo vestibular. Mas só tive disposição/empenho para lê-lo agora, por não saber apreciar muito bem livros de poesia.

Conforme esperado, alguns poemas me impactaram mais que outros, e no geral a experiência foi bastante positiva e a leitura foi rápida.

?MEMÓRIA

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.?

(p. 26)
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JosA225 31/12/2023

Claro Enigma
Nosso maior poeta, Drummond, mostra o seu valor nesse livro cheio de poemas tirados do dia a dia. A poesia brasileira em seu melhor momento, nas mãos de um mestre do assunto.
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maria1691 19/10/2023

Perfeição em forma de coletanea de poesias.
Eu amei demais ler e conhecer mais poesias desse rei. Não tem muito o que falar, só sentir.



MEMÓRIA

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
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Rafa.alvess 03/10/2023

Tem poemas que me tocaram bastante, mas de forma geral eu não senti conexão com o autor, acho que pelo tipo de linguagem. Pra quem nunca leu Drummond, não sei se esse seria o melhor primeiro livro.
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