Desonrada

Desonrada Mukhtar Mai...




Resenhas - Desonrada


55 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


VdeVeruska 06/04/2012

Uma historia triste, porém inspiradora.
Digo isso porque mesmo passando por tanta dor e humilhação, Mukhtar Mai, conseguiu erguer a cabeça e ir atrás de seus direitos, como mulher, como cidadã, como ser humana.
O livro nos conta como foi esse caminho, como ela conseguiu se fazer ouvir, num lugar onde as mulheres são educadas para serem submissas e nunca irem contra as leis machistas ali estabelecidas.
Vale a pena a leitura!
comentários(0)comente



Evy 28/03/2012

Um livro difícil de ler
Uma história brutal e pela sua natureza, revoltante. Mukhtar Mai foi condenada a estupro coletivo, por um crime que não cometeu. Mas contrariando as expectativas, ela decidiu reagir e de forma inesperada, ao invés de cometer suicídio (reação comum entre as mulheres vitimas dessa crueldade) ela resolve lutar por justiça expondo um sistema de castas e séculos de tradição. Depoimento comovente, corajoso, intenso e doloroso.
comentários(0)comente



Evandro 12/01/2012

A dor do outro.
Cada vez que leio algo sobre o sofrimento humano e as muitas mazelas que assolam nosso planeta (principalmente de cunho religioso) fico tão revoltado, sinto tanta dor que me desconheço como humano, Desonrada é um desses livros, que te mostra a dura realidade vivida pelas mulheres em países que a religião é maior do que o estado e os homens são menores do que humanos!
comentários(0)comente



Lynnë 17/10/2011

Incrível relato de força de vontade. Adorei o livro, mas é triste saber que apesar de estarmos no séc. XXI, esse tipo de coisa ainda acontece e é tão comum no mundo todo. Não somente nos países do Islã. Mas em todo e qualquer um, independente da 'escolha' de religião e governo. Somos moedas de troca, não importa quem somos.
comentários(0)comente



Monica Santos 18/09/2011

Mukhtar transformou sua tragédia pessoal em uma causa: a defesa das mulheres em seu país Paquistão.
Sua tragédia pessoal consiste em ter ouvido - na presença de mais de 100 homens da sua aldeia Indiferentes a seus gritos e súplicas, levaram-na para dentro de um estábulo vazio e, no chão de terra batida, violentaram-na, um após o outro.
A tragédia de Mukhtar teria virado apenas mais um episódio sem consequências na longa história de violações dos direitos humanos no Paquistão, mas um jornal regional publicou sua história e a notícia correu o mundo. As autoridades locais se viram forçadas a agirem.
A partir disso, começa então a narração da sua história de renascimento, que será sua luta contra o obscurantismo de sua própria cultura.


comentários(0)comente



Denise Campos 10/03/2011

Acompanhei chocada o drama dessa paquistanesa pela imprensa internacional que divulgou os abusos que ela sofreu: foi condenada por um conselho tribal machista a um estupro coletivo para pagar um "crime" cometido por seu irmão que ousou conversar com uma mulher da casta superior. E abusando mais ainda de sua ignorância por ser analfabeta tentaram aterrorizá-la e manipular suas declarações quando ao invés de se suicidar como a maioria das mulheres vítimas dessa violência fazem, resolveu denunciar seus agressores. Amei ter acesso ao livro e para poder entender sua história através de suas palavra. Lembra quantas mulheres são vítimas de tantos abusos diariamente, é impossível não se revoltar e não ir às lágrimas com esse relato e com vários outros casos que a gente vê acontecendo diariamente. Transcrevo as frases que me tocaram: uma pois como eu ela entende que muito da violência é em decorrência do analfabetismo, ler nos dá poder, nos dá acesso a outros mundos, ampliando nossos horizontes e nossa possibilidades.


"Mais que da relativa pobreza da minha família, pois comida
não nos falta... O que me deixa louca é não saber nada do que está
escrito".

E outra frase sobre como muitas vezes a justiça não é tão justa.

"Com essa barreira de policiais em frente à minha porta,
sou, de certa maneira, prisioneira da minha historia, ainda que tenha triunfado
sobre meus carrascos".
comentários(0)comente



Marina 12/02/2011

"Desonrada" conta a história de uma jovem paquistanesa que é condenada à pena de estupro coletivo, por um crime que não cometeu.
Trata-se de uma profunda crítica ao sistema jurídico do Paquistão, no qual, ao lado de leis e processos legítimos, vige um sistema "legal" tribal.
O caso de Mukhtar Mai não é isolado, centenas de mulheres paquistanesas são condenadas à mesma pena todos os anos, sem nem ao menos terem cometido algum crime. A "pena" lhes é imposta pelos mais diversos motivos, como brigas entre famílias por territórios, casament, e normalmente envolvem questões de honra.
A maioria destas mulheres entra em depressão e vê no suicídio a única saída. Mas esse não foi o caso de Mukhtar Mai. Seu caso toma repercussão internacional por motivos alheios a sua vontade, o que se mostrará como um caminho para o resgate da sua dignidade.
Não se trata de um romante. É um depoimento que merece ser lido por todas as pessoas sensíveis às agressões aos direitos humanos e que querem conhecer a realidade das mulheres em alguns países árabes.
Karen Pereira 16/01/2012minha estante
Tua resenha me deixou com vontade de ler esse iivro, parece ser muito bom! Adoro livros desse tipo, revoltam bastante mas é bom para conhecer a realidade.




Drika 20/01/2011

Exemplo a ser seguido!!
O livro relata a coragem de uma mulher vítma de um estupro coletivo em seu país, diferente de outras mulheres ela não se suicidou correu atrás de justiça, venceu seus medos, virou exemplo e hoje transforma a vida de outras mulheres da sua região.
O livro Desonrada, best-seller, co-escrito pela francesa Marie-Thérèze, narra toda a história de Mai Mukhtar. Para quem quer se aprofundar vale a leitura. No livro fica claro a política deslocada do país, a omissão escancarada da ONU, o poder dos mais ricos, o sofrimento velado de outras mulheres e ainda assim, o bom caráter de alguns indivíduos, que vieram somar e completar essa história. Li em doi dias!Ela foi longe...


"Só nos sete primeiros meses de 2007, 1511 mulheres foram vítimas de estupros coletivo no Paquistão e 176 condenadas a morte “em nome da honra”."
comentários(0)comente



Kelly 14/01/2011

Desonrada
Impressionante como a personagem conseguiu forças para lutar contra leis de seu país. Eu particularmente acho um absurdo essas leis contra as mulheres, seja qual for a cultura. E independente desse tipo de lei, é muito interessante poder conhecer um pouco sobre outras culturas.
comentários(0)comente



Elis 05/11/2010

O que dizer de um livro que você devora em três horas? O que escrever sobre uma história real, que ainda acontece nos dias atuais? Pois eu lhes digo que depois de ler esse livro, você vai saber que ha ocasiões que tudo acontece porque estava predestinado. Sem a coragem de Mukhtar Mai, tudo estaria igual até hoje, não digo que não esteja, mas ela soube fazer a diferença em sua vida e na de muitas pessoas. Conhecem aquele ditado: "- Para mudar o mundo, devesse começar por si mesmo."

Até parece que foi escrito para ela, pois é assim que ela consegue chegar aonde chegou, e ajudar tantas pessoas. Porque ela teve a ousadia, coragem e humildade de começar a mudar por si própria a vida que parecia terminada pra ela, depois de ter acreditado estar pedindo perdão para salvar o irmão.

Os capitulos são tão envolventes que não se consegue para de ler, pois saber como tudo vai resultar, quando se fala em justiça, é uma descoberta que cada cidadão de bem quer saber.

Desejo que ela seje um referência para todas as mulheres que já sofreram alguma ou qualquer violência. E que consigam ter a coragem, para seguir em frente e fazer justiça para si mesmas.

Recomendo....Nota 10!!!!

Beijokas elis!!!!!
comentários(0)comente



Adriana 01/11/2010

Realidade
Compactuo com as palavras de Ronaldo Soares sobre o romance:

"Às vezes, basta que dois
homens entrem em disputa
por um problema qualquer
para que um deles se
vingue na mulher do outro.
Nas aldeias, é muito comum
que os próprios homens
façam justiça, invocando o
princípio do ‘olho por olho’.
O motivo é sempre uma
questão de honra, e tudo
é permitido a eles. Cortar
o nariz de uma esposa,
queimar uma irmã, violar
a mulher do vizinho."

A paquistanesa Mukhtar Mai apertou seu exemplar do Corão contra o peito quando ouviu, na presença de mais de 100 homens, a sentença que o conselho de sua aldeia acabara de lhe impor: um estupro coletivo. Integrante de uma casta inferior, Mukhtar fora até lá apenas para pedir clemência para o irmão mais jovem. Era ele o réu no julgamento. Estava prestes a ser condenado à morte por ter se envolvido com uma mulher de um clã superior, fato nunca inteiramente esclarecido. O líder tribal – que era o chefe do tal clã – ignorou o pedido de Mukhtar, então com 28 anos, e ordenou a punição. Ela foi imediatamente arrastada por quatro homens armados, como "uma cabra que vai ser abatida", segundo sua própria descrição. Eles a agarraram pelos braços e puxaram suas roupas, o xale e o cabelo. Indiferentes a seus gritos e súplicas, levaram-na para dentro de um estábulo vazio e, no chão de terra batida, violentaram-na, um após o outro. "Não sei quanto tempo durou essa tortura infame, uma hora ou uma noite. Jamais esquecerei o rosto desses animais", conta a paquistanesa.

Mais do que o desfecho de uma querela tribal, o livro narra como Mukhtar transformou sua tragédia pessoal em uma causa: a defesa dos direitos das mulheres em seu país. E, com isso, tornou-se um símbolo da luta das mulheres no mundo islâmico.

Nos três dias seguintes ao estupro, permaneceu trancada em seu quarto. Não conseguia comer nem falar. Como normalmente ocorre com as mulheres vítimas de violência sexual em seu país, pensou em suicidar-se. "Até hoje eu sinto a dor, mas aprendi a mitigar esse sofrimento", disse Mukhtar a VEJA. "O que me conforta é que abri uma escola para meninas. Quando vejo as alunas estudando e brincando, eu me sinto honrada, é isso que atenua a minha dor." A camponesa pobre e analfabeta, nascida Mukhtaran Bibi, virou uma ativista conhecida mundo afora pelo codinome Mukhtar Mai, que significa "grande irmã respeitada" em urdu, o idioma oficial de seu país. Seu livro, publicado no ano passado, é o terceiro na lista dos mais vendidos na França. Nele, conta como se deu essa transformação. Narra sua luta por justiça e relata as barbaridades cometidas contra mulheres em seu país.

A tragédia de Mukhtar teria virado apenas mais um episódio sem conseqüências na longa história de violações dos direitos humanos no Paquistão. O que mudou seu destino foi uma reportagem, publicada em um jornal da região, contando sua história. A notícia correu mundo, e as autoridades locais se viram forçadas a agir. A polícia a procurou em casa. E ela, numa atitude corajosa, não recuou diante da oportunidade de denunciar seus agressores. Foram levados a julgamento os quatro estupradores e outros dez responsáveis pela sentença ilegal. Embora comum no cotidiano das pequenas aldeias paquistanesas, esse tipo de violência é crime segundo as leis do país. Uma decisão de segunda instância absolveu cinco dos acusados. Mukhtar recorreu, e atualmente o caso tramita na Suprema Corte do Paquistão. A batalha judicial lhe rendeu ameaças de morte e custou a vida de um primo, assassinado pelo clã inimigo.

Mukhtar não desafiou apenas o poder local em Meerwala, um vilarejo de agricultores distante 600 quilômetros da capital do Paquistão, Islamabad, onde quase não há comércio e que só recentemente passou a ter energia elétrica. Ela iniciou um movimento que contesta a condição feminina em seu país e questiona hábitos ancestrais como a jirga, conselho tribal que a condenou ao estupro. Em alegações de desonra, a solução encontrada muitas vezes é impor vergonha à família, por meio de suas mulheres. Elas também são usadas como moeda de troca – duas meninas podem ser dadas a um clã rival para compensar um homicídio, por exemplo. No caso de Mukhtar, tratou-se de um episódio inédito de estupro coletivo. Uma violência ainda maior do que de costume, imposta apenas porque a casta de seus agressores controlava a assembléia tribal.

Embora o Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, ensine que, aos olhos de Alá, homens e mulheres são iguais, em algumas culturas o fundamentalismo distorceu essa visão. E produziu situações que chocam o Ocidente, como meninas proibidas de freqüentar a escola, mulheres impedidas de trabalhar ou condenadas a penas de apedrejamento. "As mulheres reagem de maneira submissa a atos de violência. Encaram isso como se fosse destino", diz Mukhtar. Para o jornal The New York Times, ela é "a Rosa Parks do século XXI", comparação feita com a americana-símbolo do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos. Ainda que movida pela revolta, Mukhtar apostou na educação como forma de mudar a realidade em seu país. Na sua e na de outras meninas na mesma situação. Ela aprendeu a ler e escrever, abriu outras três escolas e começou a dar apoio a mulheres vítimas de violência. Seu maior inimigo passou a ser o obscurantismo.

Parece mais uma coisa sul real, mas sabemos que a vida não é fácil para as mulheres, em geral, ainda mais se pertencentes a sistemas de castas tão cruéis como o da narrativa. Vale a pena ler e se inteirar do sofrimento desta mulher corajosa.

O livro foi escrito a partir de um relato de Mukhtar, colhido pela jornalista francesa Marie-Thérèse Cuny. Editora Best Seller, 154 páginas. Preço R$ 29,90.
comentários(0)comente



Sinésio 23/05/2010

Trata-se de um depoimento comovente e, pela sua natureza, revoltante.

A autora, apesar de toda a humilhação, violência, perseguição, injustiça que sofre, em nenhum momento "culpa" o Alcorão pela manutenção da cultura machista em que vive.
comentários(0)comente



Ricardo Nonato 20/04/2010

Luz no Fim do Túnel.
Livro espetacular,
mostra que a atitude de uma única mulher pode mudar por completo todo um paradigma em relação à submissão das mulheres no Paquistão e nos demais países mussulmanos. Países esses, onde prevalece somente a palavra dos homens, ou seja, as mulheres vivem à margem da sociedade e só fazem o que são orientadas a fazer, desde sexo até a alfabetização. Precisou alguém gritar por socorro, e ir até os extremos para o mundo ouví-la e ver o que de fato acontece nesses países de costumes duvidosos.
Ótima Leitura!
comentários(0)comente



mura 05/04/2010

Um livro pesado mas muito bom.

O livro é narrado em forma de uma grande reportagem na primeira pessoa. A autora faz um relato da sua incessante busca de justiça após ter sofrido um estupro coletivo, num país que onde as mulheres não têm nem direito ao estudo.

Ela busca a condenação dos “animais” que fizeram isso com ela e luta para dar uma pouco mais de dignidade para a as mulheres da sua aldeia e seu país.
comentários(0)comente



Pattie Cardoso 31/12/2009

Muito bom.
Livro retrata a violência contra as mulheres do jeito que ela é: impune. Seja aqui no Ocidente ou lá no Oriente, cada vez mais as mulheres são violentadas e seus agressores saem impune. Algumas tem a coragem, como a Mukhtar Mai, outras não tem essa "sorte".
Gostei muito do livro.
comentários(0)comente



55 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR