Resenhas - Desonrada

Juju 13/02/2024

Desonrada
Que luta grande essa de Mukhtar Mai por sua dignidade e honra. Eu admiro muito a coragem dela de ter relatado sobre como funcionam as castas no seu país e suas punições por atos cometidos que eles determinam como crime.

Jéssica.Cantelmo 17/11/2023

Um livro que causa dores
Como mulher, me senti extremamente mal em ler esse relato, pensar que há tá tas mulheres que sofrem horrores e que muitas das vezes são feitos com a justificativa de que é em nome de"Deus".
Triste, comovente mas também me deixou encantada pela autora, saber que teve tanta força, persistência e foi atrás do que queria, JUSTIÇA.

leiturasdabiaprado 02/02/2023

Imagina você ser condenada a um estupro coletivo sem nem ao menos ter cometido um crime?!
Impensável, né? Inacreditável, cruel, monstruoso, barbáro... pois é, mas sim aconteceu em 2002 no Paquistão, com a autora desse livro (e tantas outras mulheres também)!
Se isso te causou repulsa te convido a ler Desonrada, é uma história real, atual e que não podemos varrer para debaixo do tapete!
Não tape o sol com a peneira, precisamos que nossa voz também seja coro em defesa das mulheres paquistanesas!

Lu França 22/01/2023

Muito bom!
Triste saber que existe um livro como esse, por ser uma história que não deveria existir para ser contada. Porém, uma leitura muito necessária!

Isabelle Ervilha 14/01/2023

A importância da luta feminina em um mundo ainda misógino
Uma história real de horror e superação que merece muito mais reconhecimento.
Neste livro, acompanhamos o relato de Mukhtaran Bibi, mais conhecida como Mukhtar Mai, uma sobrevivente de um estupro coletivo provocado pela jirga paquistanesa - encontro de líderes regionais, de casta superior, que se juntam para resolver conflitos entre as tribos -.
Seu caso teve repercussão mundial graças a um jornalista local que divulgou a atrocidade cometida, conquistando então a intervenção de ONGs dos Direitos Humanos e Direito das Mulheres que pressionaram o governo para punir os respectivos agressores.
Mukhtar Mai, uma mulher pobre, de casta "inferior" e analfabeta, cruelmente violada e humilhada perante sua aldeia, possui uma admirável e surpreendente força e inteligência, não se absteve de sua busca por justiça mesmo diante de ameaças, persuasões e difamações que enfrentou do início ao fim.
Mukhtar Mai não só lutou por sua justiça, mas também pela justiça das mulheres paquistanesas. Usou o dinheiro da indenização para construir uma escola de ensino gratuito às meninas (até então privadas da educação), sendo esta a primeira escola da região, trabalhando brilhantemente junto com sua amiga Naseem Akhtar, para que estas meninas frequentassem a escola todos os dias. A escola funciona até hoje, 20 anos depois de sua construção, oferencendo ensino, livros e transporte gratuito a meninas e meninos. Sendo ativista dos direitos das mulheres, também recebe todos os dias paquistanesas vítimas da violência misógina oferecendo-as apoio e orientação jurídica juntamente com sua amiga estudante de direito, Naseem Akhtar.

É um livro com uma história triste, revoltante e ao mesmo tempo inspiradora que merece ser lida. Não é um livro apelativo, que foca no sofrimento da vítima, e sim, um livro informativo e muito bem escrito. Nota 10.

??? Você também pode fazer parte desta luta ajudando a manter a escola doando no site oficial http://mukhtarmai.org

Libera 02/01/2023

"Desonrada" traz o relato de mukhtar Mai, que foi vítima de um estupro coletivo no Paquistão.?
?
Filha mais velha de camponeses, sua vida mudou no dia em que homens de uma casta superior decidiram usar seu poder para castigar o irmão mais novo de Mukhtar.?
?
Segundo os homens do clã Mastoi, seu irmão foi visto conversando com uma moça do clã, o que foi recebido como uma ofensa.?
?
Decidiram então que Mukhtar deveria pedir perdão por seu irmão, e assim Mukhtar seguiu com seu pai e seu tio para cumprir sua "obrigação".?
Ao chegar nas terras dos Mastoi, ela foi estuprada por vários homens, sem que seu pai pudesse fazer nada para ajudar.?
?
A luta de Mukhtar começava naquele momento. Luta por justiça por ela e por todas as mulheres que nada podiam falar em defesa própria.?
?
"Desonrada" é um relato de dor e sofrimento, mas também de força e coragem, que traz a tona a história de várias mulheres no Paquistão, e o sofrimento que vai além do estupro, do abuso ou da agressão, pois muitas vezes mesmo conseguindo procurar por ajuda essas mulheres sofrem represália da justiça e às vezes da própria família; quando sobrevivem aos ataques, sofrem ameaças de seus agressores, e acabam desistindo de lutar.?
?
Sem o direito de estudar, são obrigadas a assinar depoimentos em branco (com o polegar), que em seguida são preenchidos a favor dos abusadores.?
?
?
A luta de Mukhtar é um exemplo para as mulheres que não sabem onde procurar ajuda, e acabam desistindo da vida. É uma luz para que as mulheres possam ter esperança. ?

Polly Lucena 21/01/2022

Desonrada
O livro conta a história de uma jovem paquistanesa terrivelmente violentada, isso respaldado por tradições culturais de seu país.

Makhtar é divorciada e vivia na casa dos pais. Sua família vivia tranquilamente em um pequena aldeia e eles pertenciam a casta dos Gujjar, uma casta considerada inferior. Sua vida era simples e pacata, até que seu irmão mais novo desaparece. Ao ser encontrado, ele está sendo acusado de "falar" com uma moça de casta superior, os Mastoi, e por isso foi preso. Para liberar o garoto, os homens da aldeia se reúnem para definir uma forma da família se redimir do erro cometido pelo menino. Depois da reunião, eles decidem que Makthar foi escolhida para pedir o perdão aos Mastoi em nome da família. Ela é levada à fazenda dos Mastoi, mas ao pedir perdão, eles não aceitam. E pior, os homens Mastoi a levam para um lugar fechado e enquanto um faz segurança na porta outros quatro a estupram seguidamente.

Depois do estupro ela fica reclusa, se achando culpada pelo ocorrido, até decidir levar seus agressores a julgamento. A caminhada dessa luta não foi fácil, mas mesmo com todas as dificuldades ela não desistiu, pois para além de sua luta individual, Makhtar representava todas as mulheres do seu país que passaram e passam por isso.

Nessa longa caminhada de sofrimento e preconceito, Makhtar conseguiu realizar o sonho de montar uma escola para meninas em sua aldeia, para que elas não passassem pelo mesmo que ela. Mas sua luta não termina aí, ela continuou lutando para que histórias como a sua não se repetissem e para que as mulheres pudessem ser mais respeitadas em seu país.

Uma história como essa só nos mostra o quanto ainda há que se lutar para que todas sejamos livres, que não podemos descansar, que a luta não é individual e que o feminismo liberta sim, pois é a partir da união de todas em uma só voz que podemos transformar padrões culturais que são perpetuados e que só nos colocam em situação de vulnerabilidade e inferioridade. Por um mundo onde todas as mulheres possam ser livres para ser o que quiserem, respeitadas por ser quem são e que tenham os mesmos direitos e condições que os homens.

Pollyanna Lucena

Wallace17 30/07/2021

SUPER-HEROÍNAS DA VIDA REAL.
A autobiografia de Mukhtaran Bibi, conhecida como Mukhtar Mai que significa "GRANDE IRMÃ RESPEITADA". Sem dúvidas é um daqueles livros que você lê e jamais esquece. O livro é sobre uma paquistanesa condenada ao estrupo coletivo por um sistema irracional de crime de honra. Violentada por 4 homens Mukhtar, esteve a beira do suicídio. Porém, num acesso de consciência ela decidiu não se silenciar (como infelizmente muitas mulheres fazem) e foi lutar por justiça. Travou batalha gigantesca, já que teve que lutar contra todo um sistema político, tribal, religioso e militar que protegem os homens no Paquistão. É mais um exemplo de como o patriarcado consegue se esconder atrás da "cultura" para justificar todos os seus mecanismos de injustiças nesse mundão.

Mukhtar Mai é mais uma mulher inspiradora que fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta

site: https://www.instagram.com/p/BrScgA6HXnV/

Zabi 26/07/2021

Um livro importante
O livro é bem curto, um relato de Mukhtar Mai. Ela explica sua história, sua cultura e sua busca por justiça de forma breve, sem se alongar muito e sem ir em muitos detalhes. Apesar do tema pesado, a leitura não é explícita, então é bem tranquilo para ler.
Gostei bastante.

Fabi.Filippo 19/06/2021

Adorei o livro
O livro nos conta parte da história de Mukhtaran Bibi, da aldeia de Meerwala , da casta dos camponeses Gujjar.
Em 2002, ela foi escolhida por sua família para pedir perdão ao clã Mastoi , uma casta superior de agricultores poderosos.
Seu irmão mais novo havia sido acusado de ter falado com uma mulher da outra casta e estava preso , após ter sido espancado.

Ao longo do livro vemos que isso não ocorreu e na verdade isso foi uma desculpa que os Mastoi inventaram por terem visto o garoto de 12 anos , próximo a fazenda deles.

Mukhtaran sem ter sido consultada previamente vai pedir desculpas e o chefe do conselho tribal atribuiu a pena, a entregou a quatro homens e ainda disse : Ela está aí , façam o que quiserem. Foi brutalmente espancada e estuprada por quatro homens.
Violada e humilhada voltou para casa, pensou em suicídio, pois era uma vergonha para a familia. Sabia que não tinha sido a primeira e nem a última mulher a sofrer tal violência em seu país, e muitas se suicidavam depois. Porém o ocorrido foi comentado entre as pessoas da região e um jornalista estrangeiro ficou sabendo do caso , que foi publicado em alguns jornais do país. Diante disso a policia a pegou para dar queixa. Ela decidiu então lutar para tentar colocar seus estupradores na cadeia, mesmo de frente para todas as dificuldades e injustiças.
Ganhou uma indenização , e juntamente com o apoio de ONG , construiu uma escola incialmente para meninas e depois para todas as crianças. Seus estupradores foram presos e soltos um tempo depois.
Tentei buscar na internet notícias referentes ao caso e o último que encontrei diz que ela havia ganho um recurso que anulava a decisão de soltura dos criminosos.
Hoje Mukhtar é uma importante ativista de direito das mulheres.

Evandro.Calado 03/06/2021

Surpreendente
É tipo de livro que não deveria existir. Não por ser ruim e sim pela história. Uma pena que muitas mulheres sofrem ainda, são tratadas como objetos por alguns homens ainda. ?

dialogonoslivros 25/09/2020

A força e a luta de uma mulher
Mukhtar é uma mulher paquistanesa que por punição à um "crime" que seu irmão cometeu é condenada a sofrer um estupro coletivo. Isso mesmo vocês não leram errado.
O relato forte e triste é escrito por uma jornalista francesa que resolve ajudar Mukhtar a conseguir justiça. Porém nada é fácil, além de precisar enfrentar uma justiça baseada em leis patriarcais, Mukhtar tem outro desafio: ela é analfabeta.
Eu li esse livro com 15 anos, e sim obviamente ele me chocou bastante. Mas a força de Mukhtar é inspiradora. Para quem tem interesse, hoje ela ainda luta pelos direitos das mulheres paquistanesas.

Frase favorita: " Pela primeira vez uma mulher se tornava um símbolo"

Moises Celestino 29/08/2020

"Depoimento chocante"...
Acabei de ler este livro - denúncia, chocante e assombroso sobre a violência cometida de forma desumana e cruel contra as mulheres no Paquistão. O relato da depoente, embora esclarecedor, é triste, desolador e estarrecedor. "Desonrada", no contexto geral, é simplesmente reflexivo e inspirador.

Samuel.Dudu 07/08/2020

Que luta.
Que país lixo, que tradições mais absurda. As mulheres são analfabetas mas quem precisar de educação são os homens o que eles fazem com suas mulheres é horrível. Que outras pessoas possam entrar nessa luta e garantir a outras mulheres uma vida digna!

JP Godeiro 12/05/2020

Trata do depoimento de uma mulher paquistanesa que assim como outras milhares, foi vítima de um sistema tribal, machista e criminal. É chocante tomar conhecimento do que uma mulher pode passar naquele país, especialmente no interior.