Menina Morta-Viva

Menina Morta-Viva Elizabeth Scott




Resenhas - Menina Morta-Viva


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Naty 29/04/2011

www.meninadabahia.com.br



Sei o que dizem os contos de fadas, mas estão mentindo.
Contos são exatamente isso, sabe. Mentiras.
Pág. 57

Era uma vez uma garotinha, Alice. Todas eram Alice. As Alices queridinhas do Ray. Era uma vez uma garotinha, ela não estava morta, nem estava viva. Sua voz não era ouvida, todos a olhavam, mas ninguém realmente a via. Ela não queria ser queridinha, ela queria ser livre. E apenas deixar de ser uma menina morta-viva.

Alice tinha quase 10 anos quando foi seqüestrada pelo Ray. Ela era uma garotinha forte, nunca chorava, até conhecê-lo. E ela a transformar numa quase mulher, num quase ninguém. Cinco anos sendo abusada, física e psicologicamente.


'Comece a se desculpar agora, ele diz, e empurra minha cabeça em seu colo. Enfia os dedos com força em meu ombro.
Odeio o Ray. O pensamento surge como a dor e fica latejando, gritando. Odeio, odeio, odeio.
Tinha me esquecido de quanto doem os sentimentos.1
Pág. 143


Ela era sua garotinha, não podia crescer. Quando começou a crescer e seu corpo mudar, foi obrigada a uma rígida dieta, para não crescer, não ganhar peso. Passava fome, usava roupas e sapatos apertados. Era obrigada a tomar pílulas para não menstruar, nunca. Tinha que ir religiosamente à depiladora. Ela não poderia parecer uma mulher, tinha que ser eternamente a garotinha do Ray, senão...

Senão os moradores da Daisy Lane, n° 623, iriam conhecer a ira dele. Ela não poderia deixá-los morrer. E sabe o que é mais engraçado? Sempre acham que a culpa é minha, pensa Alice. Como se fosse fácil fugir e denunciá-lo. Ela sabia o que acontecera com a Alice anterior e seus pais. E ela não podia deixar o mesmo acontecer com sua família.

Ela precisava encontrar uma nova Alice, uma garotinha linda, forte, como ela fora um dia. Ensiná-la a fazer como Ray gostava e assim, finalmente, ser livre.

O que mais a incomodava era: Ray não a matava e também não a deixava livre. Ela vivia num mundo de nada, vegetando, uma marionete nas mãos de um doente. Às vezes sonhava com a faca da cozinha, dilacerando-a, acabando com seu tormento. Era um sonho feliz.

Menina Morta-Viva, de Elizabeth Scott (Underworld, 169 páginas, R$ 39,90), me deixou perplexa, angustiada, deprimida. Ela tem o dom de descrever certas barbaridades de um jeito único. Você sente na pele o horror imposto à Alice. Ficamos chocadas, sufocadas. E o pior de tudo, choramos porque sabemos que como a Alice do livro, há milhões de outras Alices que sofrem o mesmo abuso. Alices reprimidas, mudas de medo. Denunciar é fácil para quem está de fora. A vítima do medo nunca irá denunciar.

Scott é de uma rara sensibilidade, a leitura é dura, mas escrita de maneira genial. O livro mexeu comigo e vai mexer com todos que lerem. É simplesmente impossível ficar apático diante de tanta maldade. Ray é o verdadeiro lobo em pele de cordeiro.

Recomendo.

Adoro, P.S, como já repararam. Então lá vai mais um:

P.S.: Capa lindona, né? Achei super bem-feita; depois que terminei o livro e fui olhar pra ela... foi agustiante. Só digo isso.
Cris Paiva 29/04/2011minha estante
Ahh... não vou ler não. Morro de medo dessas coisas, depois vou passar os proximos 20 anos remoendo a história.


Natasmi Cortez 20/06/2013minha estante
Obrigada Naty por sua resenha tão bem escrita...
Nem preciso ler para ficar chocada...
Uma das coisas que mais me choca nessa vida é justamente o abuso sexual de menores...
Esse livro parece chocante e não quero ler...
Pode parece extramente ridículo, mas eu leio pra ficar feliz!!Obrigada mais uma vez !!


Nil 17/12/2013minha estante
Eu li a sua resenha e me interessei pelo livro. Realmente a temática é forte, mas o livro é tão bem escrito, com personagens tão envolventes que entrou para os meus favoritos.


Nati 03/01/2015minha estante
Amei sua resenha. Bastante instigante mesmo, mas o livro parece ser tão forte que acho que não estou preparada para lê-lo.




Beatriz Gosmin 10/02/2012

Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.com :)
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Se você é sentimental e se abala muito fácil, recomendo que não leia este livro.
Eu sou assim, e o livro me tocou de forma que há muito nenhuma história conseguia.
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A história é narrada por uma menina que, aos dez anos fora sequestrada em um passeio escolar num Zoológico aquático. Pelo Ray. Até então fora uma menininha comum, apaixonada por golfinhos e egoísta por não emprestar seu novo gloss para as amigas. Mas depois disso, como ela diz:

" Era uma vez aquele instante em que o mundo de uma garotinha acabou. "


Fora levada para um apartamento a quatro quilômetros de sua verdadeira casa em Daisy Lane, 623. Ganhara do Ray o nome de Alice. Este era seu nome, Alice. Pertencia ao Ray. Amava ao Ray. Seria uma garota boazinha para o Ray. E jamais cresceria.

Ray aparenta ser um homem normal que prefere educar sua filha em casa para as outras pessoas, quando na verdade é um doente (é assim que decidi chamá-lo), louco e psicopata apaixonado por crianças.

Alice é abusada constantemente (fisicamente, psicologicamente e suxualmente), e é quase obrigada a nunca crescer. Ray não gosta que as crianças cresçam.
Agora com 15 anos, ela não pesa mais que 45 kilos para aparentar ser menor do realmente é, e vive a base de danone, o alimento ideal para as crianças, segundo Ray.

"Não crescer nunca.
Talves funcione em historinhas infantis.
Tente dizer isso enquanto uma mão quante e pesada a belisca para se certificar que você ainda é uma criança.
Tente dizer isso quando é impedida de crescer, quando está presa para sempre no que outra pessoa quer que você seja."


É obrigada a se depilar sempre, usar roupas de crianças e a ser uma menina boazinha. A garotinha do Ray. Sempre boazinha e obediente para não ser castigada.

Alice passa os dias em casa sozinha enquanto o Ray tranbalha, assistindo à TV e de vez em quando roubando dinheiro dos vizinhos que deixam notas e moedas à vista na lavanderia para comprar algo para comer.
Ela sente muita fome. O tempo todo. Mas Ray não pode descobrir que ela comeu. E ela também nunca deve mentir. Ele saberia. Ele sempre sabe.

Você deve estar se perguntando por que ela não faz nada. Por que não foge se fica sozinha o dia todo. Porque não conta a alguém. Mas não é assim que funciona.
Na pele de Alice, você saberia.

É uma menina morta-viva. Estranha e até assustadora para quem olha. Mas ninguém pergunta, ninguém vê. Ninguém nunca vê. O que resta a ela é sonhar com sua libertação. E ela anseia por isso.

"Não posso sonhar com nuvens, mas posso ver a faca no balcão da cozinha. Posso sonhar que ela está entrando em mim, me abrindo e me fechando."


O livro é perturbador. Cruel. Sufocante e angustiante.
Você quer ler para terminar logo, sair daquilo, se libertar, mas parece que o final, a última e tão esperada página, não chega nunca.

É terrível ler uma história que te deixa tão próxima de uma cruel realidade vivida por muitas crianças e adolescentes em todo o mundo. Absurdamente perturbador. E ver a indiferença das pessoas, pior ainda.

A autora, em algumas partes do livro fazia uma narrativa rápida sem utilizar vírgulas ou pontuações, o que fazia você ler no mesmo desespero que as palavras queriam transmitir.

E o que eu não consegui chorar no livro todo, com a garganta presa em um nó embolado, se desfez nas últimas páginas. Chorei compulsivamente agarrada ao livro, e após ler a última frase, veio o suspiro, seguido do tão esperado alívio.

Do mesmo modo que ele entrou para os meus favoritos, sinto receio em dizer “Leiam!”. É doloroso demais ler este livro. Mas, para que todos compreendessem e dessem valor ao que vivem e também deixassem de olhar os casos de estrupo que passam na televisão como “mais um”, seria necessário que lessem.

É simplesmente um livro que jamais, nunquinha, sairá da sua cabeça. Não vai ser só mais uma leitura.

Beijos,
Bia.
Lara Martins 18/09/2012minha estante
Adorei a sua resenha. Chego a ficar emocionada com a forma com que você falou do livro. Obrigada por me convencer a lê-lo. Ótima resenha.


Beatriz Gosmin 18/09/2012minha estante
Oi Lara!

Fico feliz que tenha gostado, quando ler ele, venha aqui me contar o que achou!

É uma história simples porém chocante.

Beijos!




William Souza 13/03/2011

É sempre um prazer ler alguma coisa de Elizabeth Scott, uma autora maravilhosa que sabe prender o leitor em suas histórias que são contadas de uma forma diferente, mas muito sábia. História essa que poderia acontecer comigo, com algum familiar ou conhecido. Esse não foi o primeiro livro que li da autora, o primeiro que li foi “Love you, Hate you, Miss You” que é maravilhoso e todo mundo tem que ler. Pena que os livros dela não foram traduzidos oficialmente para o português, mas na internet podemos encontrar esses dois.

"Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu. Era uma vez, o meu nome não era Alice. Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte.Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse.Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela.Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá."

Quando li a resenha desse livro em alguns lugares, fiquei receoso de lê-lo, por tratar sobre pedofilia que é um assunto bem pesado. Mas a Elizabeth nos conduz por um raciocínio e intercala os fatos no passado e no presente, e a cada página nos sentimos como se nós fossemos a Alice.

O tempo todo fiquei com ódio de Ray, ele é uma pessoa que não liga para o que a menina está passando, ele só quer se satisfazer sexualmente, e por esse distúrbio que acredito que ele tenha, faz com que a menina fique do jeito que era quando pequena. Esses psicopatas além de torturar e roubar crianças, ainda implantam medo em suas cabecinhas.

O livro não é fofinho, mas até o fim torcemos para que Alice consiga se livrar desse maníaco. É tão triste ler como uma criança se torna seca e tem seus sonhos e fantasias frustradas desde cedo.
Com esse livro, Elizabeth Scott se consolidou uma das minhas autoras favoritas. É um livro em que você se emociona e te faz ter muitas reflexões desde o começo. Hiper recomendado.

http://viciodecultura.blogspot.com/2010/08/living-dead-girl-elizabeth-scott.html
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RLeitora 10/04/2012

Resenha RLeitora - Menina Morta-Viva
Esta obra, eu comprei em um projeto com a parceria do blog com a Editora Underworld. A melhor aquisição que eu poderia ter feito até hoje. Obra fantástica!

* Sobre o estilo de Elizabeth Scott
Elizabeth Scott tem uma narrativa maravilhosa, rápida, dinâmica. Suas ideias são perfeitas, visto que são muito semelhantes ao que acontece no mundo que vivemos. Definitivamente, alguém que terá sempre espaço em minha estante.

* Sobre a história de Menina Morta-Viva
Como eu cito no vídeo, o livro é formado de contradições de sentimentos e emoções. Com uma narrativa rápida, mas pesada ao mesmo tempo, estas contradições tornam esta obra algo inesquecível. A história de Alice e Ray é tão real e tão agonizante que é impossível ficar indiferente ao que acontece. Ray é um personagem muitíssimo real e contraditório. O leitor não sabe o que esperar de um homem como ele.
A história faz jus ao título, visto que Alice é realmente uma Menina Morta-Viva, apenas o casco.

* Sobre maneira de como a história é contada
A história é colocada em primeira pessoa, e por vezes o leitor fica até meio perdido – visto que Alice, que conta a história, tenta se “esconder” atrás de um pano de fundo de história infantil – infância perdida, inclusive.
A maneira como Alice fala sobre os espancamentos e mesmo sobre o estupro que sofre é aterrorizante. Em momento algum há o sexo explícito, deixo isso adiantado! Mas apenas por suas insinuações, é possível sentir repugnância por Ray. Devastador.

* Aspectos positivos
O fato de a autora ser muito realista. De fato, isso acontece muito hoje em dia, incluindo seu final. Chocante, profundo, real.

* Aspectos negativos
Obra perfeita. Ponto.

* Ortografia, gramática e diagramação
Em alguns momentos a autora não utiliza vírgulas e acredito que seja, exatamente, com o objetivo de deixar o leitor se fôlego, e não por erro. A diagramação é muitíssimo bem feita. Parabéns à Editora Underworld.

* Avaliações de conteúdo e coerência
Obra coerente tanto com a própria história, quanto com a realidade. Perfeita. Devastadora.

Vale MUITO a pena ler... Recomendo, demais!
LidoLendo 29/04/2012minha estante
Acabei de ler hoje! Adorei tbm! E senti exatamente o que vc descreveu: repugnancia, agonia, pena, ódio! Sentia vontade de fazer alguma coisa pela Alice, sei la... nossa, eu adorei! Foi indicação de um amigo e com certeza indicarei para outras pessoas!! Bjo!




Sthephanie.Schulz 03/03/2013

Menina Morta-Viva - Elizabeth Scott
Daisy Lane, 623: O lar de uma doce garotinha de 10 anos, que vivia feliz com seus pais e era apaixonada por golfinhos. Um dia, quando foi ao zoológico com as amiguinhas do colégio, Ray, um estranho, a matou e em seu lugar fez renascer Alice... Uma menina morta-viva, feita de dor, sangue e violação.

.......

Esse foi o meu primeiro contato com a Editora Underworld, famosa pelas lindas capas e pelos incríveis marcadores de página, por sinal, os mais cobiçados entre os colecionadores. Cheguei a ver algumas críticas quanto aos erros de revisão dos livros dessa editora, mas em Menina Morta-Viva eles são escassos, além do design e da apresentação do livro serem impecáveis. E, após a leitura, a capa adquire um significado muito especial. Nota 10 nesse quesito.

Quanto à história propriamente dita, se eu fosse resumir o livro em duas palavras, certamente seriam DOLOROSAMENTE IRRESÍSTIVEL. O livro é triste do começo ao fim. Alice é constantemente violada e ferida, fisicamente, sexualmente e psicologicamente. Seu algoz, Ray, causa repulsa e nojo nos leitores mais apáticos. Entretanto, nada é gratuito ou jogado no papel apenas visando a perplexidade do leitor desavisado...

O mérito de Elizabeth Scott é justamente esse, aliás: não reduzir o seu texto a uma mera sucessão terrível de fatos. É perceptível que cada trecho foi cuidadosamente construído, cada frase solta de Alice, cada pensamento. Na medida em que o ritmo do livro se acelera, os pensamentos de Alice se tornam cada vez mais rápidos, o que faz o leitor sentir o medo e a angústia que a devoram. Nos últimos capítulos, as frases da menina são completamente desconexas, quase sem pontuação ou coerência, tudo de forma proposital.

O atropelo emocional que ela sofre é tamanho que nada em sua vida está em ordem, especialmente no que tange aos seus pensamentos. Mesmo em meio aos delírios mais sombrios de Alice, é impossível não sentir vontade de salvá-la, amá-la, alimentá-la e protegê-la... E, é nesse momento que vem a bofetada final de Elizabeth Scott: Alice poderia e pode ser qualquer menina suja e de olhar perdido que um dia você leitor, já viu na rua, bem como Ray, pode ser aquele abusador de criancinhas que vive perto de você, que nunca levanta as suspeitas de ninguém...!

Senti uma compaixão muito grande por Alice, especialmente pela construção que a personagem tem ao longo do texto. A cada página, o leitor mergulha na vida da menina e torce, efusivamente, para que o feliz pra sempre aconteça. Para que ela ainda saiba o que é ser amada. Para que ela se salve. Para que ela se liberte. Para que Ray não machuque mais ninguém. Mas Elizabeth Scott não atende a essas preces, pelo menos não da forma que sonhamos e esperamos. O que é simplesmente agraciador... E só pode ser devidamente apreciado lendo o livro.

Apesar da sensação estranha, poucas coisas nos marcam tanto quanto aquela secura na garganta que sentimos após finais como o dessa obra... Recomendadíssimo.

.......

Não quero sua mão
Desta vez, eu me salvo sozinha
Talvez eu acorde enfim
Sem ser atormentada diariamente
Vencida por você
Bem quando penso ter alcançado a superfície.
Eu estou morrendo de novo.
(Trecho da canção Going Under - Evanescence)
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Ravete 27/02/2013

Esse livro irá dilacerar seu coração.
A única maneira de explicar as sensações provocadas ao ler esse livro para quem ainda não o leu, é levantando a seguinte situação hipotética: Imagine que no início da leitura, você tem a ponta de uma faca, uma faca bastante afiada, apontada em seu peito, beliscando sua pele. Você sabe desde a primeira página que, continuar a lê-lo, significará que essa faca se aprofundará, penetrará sua pele vagarosamente, dilacerando camada por camada, até que, por fim, chegue em seu coração e faça um grande estrago, acabando com tudo por lá com sua maldita ponta afiada. Mas você lê. Você lê porque a história te prende. Porque você quer ser capaz de mudá-la. Porque você, inconscientemente - ou não -, quer ajudar Alice, quer dizer a ela o que fazer. Você lê porque se torna Alice. Você vive sua história. Sente sua dor. Quase é capaz de sentir-se em sua pele. Quase. Porque, na verdade, ninguém é capaz de realmente vivenciar em sua própria mente, os cinco anos de sofrimento vividos por essa menina. Nem morta, nem viva. Como ela mesma se descreve. Esperando pelo dia em que finalmente será livre.

Ray é, de longe, o maior vilão de toda a história. Esqueça Jason. Esqueça Krueger. Esqueça Jigsaw. Eles não são nada. Sequer podem ser considerados "monstros", se os colocarmos ao lado de Ray. Maldito Ray. Eu sei, eu sei. Estamos falando sobre livros e filmes. Mas o que eu quero dizer, é que se todos eles fossem reais, mesmo com toda a crueldade exibida em filmes ao longo de todos esses anos, eles nunca chegariam perto de assemelhar-se à Ray. Você vai odiá-lo. Sim, você vai sentir uma vontade enorme de tê-lo indefeso em suas mãos, assim como ele teve Alice. Vai se sentir impotente. Indignado. Vai querer poder mudar essa situação. Vai querer poder ter ajudado Alice. Querer que alguém tivesse feito isso. Eu sei, eu sei. É um livro. Mas a dor no peito que você vai sentir (enquanto aquela faca, aquela faca com uma enorme ponta afiada, te dilacera a cada página), é bem real. Então, tente explicar para si mesmo que é apenas um livro quando as lágrimas tiverem inundado o que restar de você ao final dessas 172 páginas. Quando a maldita faca de ponta afiada tiver concluído seu trabalho e acabado com seu coração.
Helder 07/07/2013minha estante
Incrivel!! Otima resenha. Este livro está na minha lista de leituras e imagino que a leitura seja mesmo pesada. Se curtiu esse, recomendo que leia Quarto. A faca tb está lá desde o inicio. Parabéns!


Jack 25/07/2013minha estante
Ótima resenha amiga!! Me deu vontade de ler!!




Aline Stechitti 18/01/2014

"Eu sei o que as histórias de Era Uma Vez dizem, mas elas mentem."
Elizabeth Scott - 172 páginas - Editora Underworld

Torturante...

Comecei a ler esse livro por volta da meia noite e às 3:15 da manhã eu o terminei.

Não consegui dormir tranquila imaginando o que iria acontecer àquela menininha de 10 anos, que em um dia de azar, foi atraída por um pedófilo e levada para viver sob torturas e ameaças diárias.

É. É isso. "A menina morta-viva" é a narração de um pesadelo horrível que matou uma criança e a deixou viva para assistir sua casca vazia sobreviver dia após dia sem a alma. Invisível. Faminta. Machucada. Sem esperanças. Sem socorro. Sem sentimentos. Morta. Mas viva.

A capa que antes de ler eu achava até fofa, agora me dá náuseas. Pedofilia não é um tema muito fácil.

Foi uma corrida tensa pelas palavras. Fiquei louca pra chegar ao fim, sentindo uma agonia desgraçada em pensar a cada segundo que coisas desse tipo realmente acontecem.

Foi uma leitura tão dolorosa, tão REAL, tão rude e estranha. A linguagem é insana, perturbada, rápida e sofrida. Às vezes parece até desleixada, como se eu estivesse dentro da cabeça da menina, vendo suas ideias rodopiarem. Os capítulos são curtos e entraram rasgando os meus sentimentos.

Eu estava em um mundinho colorido lendo Harry Potter esses dias, o que é novidade pra mim, pois nunca me interessei muito por fantasia. Mas, de repente, eu sou puxada desse lugar divertido e me vejo de volta à vida real através desse livro. Ele me deu um tapa enorme na cara, acompanhado de um escandaloso grito de "ACOORDA!!!" e agora eu estou com insônia.

Sabe, acho que livros assim nos aproximam da dor do outro, nos aproximam do mundo real e nos fazem buscar olhar melhor para quem passa ao nosso lado. Realmente mexeu comigo. Mexeu muito mesmo. E o pensamento que não sai da minha mente é: Quem sabe já não vi alguma garotinha dessas por aí e, assim como todos os personagens na história, não a VI REALMENTE e a deixei ir embora?

site: http://alinestechitti.blogspot.com.br/
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Juh 26/10/2011

Angustiante. Creio que essa palavra seja uma definição para o livro. Ele conta o drama de Alice. A menininha que tinha o seu perfeito conto de fadas, até seus quase 10 anos, foi quando Ray a raptou, roubou dela a sua infancia, a sua familia, os seus amigos, e principalmente seu desejo de viver, ele a transformou em menina morta-viva, um MONSTRO, tenho certeza que você irá odiá-lo, durante 5 anos ele abusou dela, abusava todos os dias sem dó e nem piedade, ele a vetou de levar uma vida normal, nao ia a escola, nao falava com ninguém, e a obrigava a tomar remedios para não menstruar, e chocante foi o dia em que ela menstruou e ele a puniu.

"a escuridão estava pressionando contra meu corpo como o Ray faz durante a noite. Impossível de parar. A noite é assim. O Ray é assim. E não sou nada contra eles. Contra ele. Eu nunca fui. A pequena Alice, completamente vazia, tão fácil de ser quebrada em milhões de pedaços. EU JÁ FUI QUEBRADA E REMENDADA tantas vezes que nada mais funciona direito."

Presa naquela vida, se é que podemos chamar isso de vida, Alice fazia tudo o que ele mandava, porque ela sabia que se não o fizesse todos quem moravam na Daisy Lane 623, onde a antiga alice que ela era morava, morreriam, ela sabia o que tinha acontecido a outra alice antes dela e com sua familia, nao correria o risco.

" Abro meus olhos, vejo uma garota, inteiramente preta e azul, com sangue seco ao longo de suas coxas. Manchas marrons avermelhadas sobre os lugares sem pêlos. E é assim que eu nasci. Despida, sem pêlos, coberta de sangue como todos os bebês. Nomeada, banhada, e então depois levada para o mundo."

Ray a diz que ela é sortuda, que ela tem quem cuide dela e que a ama muito. mas que cuidados são esses? QUE AMOR É ESSE? um verdadeiro psicopata. E na frente de outras pessoas apenas se passavam por 'pai & filha', as pessoas o elogiavam, por ele saber cuidar dela, mal sabiam essas pessoas o que ele era quando entravam em casa, Ray não queria que Alice crescesse, e com o tempo seu corpo de adolescente foi se formando, ja quase o de uma mulher, mas ray nao queria uma mulher, queria uma criança, uma 'filha', patético.

Nos seus 15 anos Alice tem certeza de que morrerá. Afinal ela cresceu né, e ray nao quer isso, ele tinha planos para ela. Agora so precisava encontrar uma 'nova alice', alguma criança com uns 6 ou 7 anos, e assim ensinar tudo o que ele gosta. Ele fala para ela de sua morte, mal ele sabe, que é tudo o que ela mais deseja. O que mais anseia, ser livre.

Essa leitura vai deixá-lo entorpecido, irá tocar você, afinal quantas Alices devem existir por ai? o mundo não é cruel so em contos, esse livro nada mais é do que a realidade de mts meninas por ai que passam por isso. Triste. mas SUPER RECOMENDADO!

Recomendadooooo *o*
Lolla 26/10/2011minha estante
Realmente, a realidade de muitas meninas, é triste mas é a verdade.
O livro parece ser muuuuuito bom, agora sua resenha me deixou mais ansiosa pra ler. *-*


Marcelle 03/11/2011minha estante
Realmente a sua resenha passa como o livro deve ser angustiante. Parabéns, sua resenha está ótima!


Kéziah Raiol 28/11/2011minha estante
Amiga a tua resenha tá ótima, bem melhor que o livro, que a proposito não curti muito! kkkkkk




Núbia Esther 19/08/2011

Uma história de fadas ao avesso, se bem que fadas e Alice são palavras que não combinam na mesma frase. É difícil acreditar em finais felizes quando a crueldade e a indiferença humana são esfregadas na sua cara. O que Elizabeth Scott nos apresenta é uma história que provoca incômodo, que nos deixa com um gosto amargo na boca e com medo. Medo de que a indiferença esteja ajudando a criar muitas Alices por aí.

Em Menina Morta-Viva conhecemos a história de Alice, uma garota de 15 anos que foi seqüestrada há cinco por Ray e que desde então sofre abusos intermináveis. Esse homem (que não merece ser denominado assim) faz todo tipo de terror psicológico, é asqueroso, é nojento e é impossível não sentir repulsa por suas ações. Aliás, prepare-se para este sentimento, ele será seu companheiro ao longo da leitura deste livro.

A crueldade de que se é capaz é escancarada, destrinchada, mastigada e tudo que você pode fazer é torcer para que ela tenha um fim. Assim, como Alice, você torce para chegar ao fim da narrativa e ser livre, de um jeito ou de outro. Será que o sofrimento é desculpa para impingir o mesmo a outra pessoa? Sofrer te dá passe livre para fazer outrem sofrer? Essas são questões que sempre estão presentes quando alguma tragédia nos é mostrada nos noticiários. E são questões que Scott deixa nas entrelinhas para refletirmos. Vivenciando a dor de Alice, à qual é proibido até o uso de seu verdadeiro nome, só podemos torcer para não nos acostumarmos. Não se acostumar com a crueldade, não se acostumar com a indiferença…

“A verdade é que a gente se acostuma a qualquer coisa. Você pode achar que não, ter vontade de morrer, mas não morre. Não consegue. Simplesmente vai levando.”

Que isso não seja sempre verdade…

PS: O texto de Scott é de uma delicadeza singular, mesmo descrevendo tanta tragédia e o ótimo trabalho de tradução de Ronaldo Passarinho manteve essa característica. Sem dúvida nenhuma Menina Morta-Viva é um dos melhores livros, dentre os já publicados pela Editora Underwolrd.

[Blablabla Aleatorio] - http://feanari.wordpress.com/2011/05/03/menina-morta-viva-elizabeth-scott/
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Julia3342 18/11/2023

Scott machucou e ainda deu Danoninho de recompensa, ou quase
A primeira coisa a se saber antes de iniciar a leitura desse livro é: você está realmente preparado psicologicamente pra isso?

ATENÇÃO: ESSE LIVRO CONTÉM DIVERSOS GATILHOS! Se você possui sensibilidade a temas como abuso infantil e descrições gráficas, por favor, NÃO leia esse livro!

Esse livro se trata de um tema realmente muito forte. O abuso infantil por um um homem adulto, que ao retirar uma criança de seu lar, a transforma em seu objeto de desejo e realização, retirando dela sua infância, sua vida e sua identidade.

A autora utiliza em sua narrativa elementos que tentam transmitir todos os atos horríveis praticados pelo personagem Ray contra ?Alice? de uma maneira não tão chocante, mas para chocar. Ela descreve as cenas de forma vaga, sem o uso de expressões pejorativas ou descritivas demais, mas ao mesmo tempo, ela passa a clara mensagem do que queria dizer, narrando quão asquerosos são os abusos praticados. Ela faz mais, a autora deixa a cargo de nossa imaginação, o que aquela vaga porém enfadonha descrição de cada ato quis dizer. E isso torna tudo pior pois consegui visualizar na mente cada cena como se estivesse na pele de Alice.

Ele é um livro até curto em si, mas impactante. Fiquei com diversas imagens na cabeça a cada linha lida.

Um lado interessante do enredo, é que a narrativa aborda a visão 100% da vítima. E principalmente, o quanto a opressão por parte daqueles que dizem ajudar.

Embora magistral, é uma leitura pesada, novamente, se você não estiver com um psicológico bom ou for sensível ao tema, NÃO LEIA ESTE LIVRO; para mim, definitivamente um livro de uma vez na vida.
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Vanessa 06/02/2015

Três Lições de Vida
Sabe aquele sentimento de medo e desespero quando algo ruim acontece? Você fica angustiado e consequentemente, quando percebe, se vê com a sensação de que perdeu o fôlego. Precisa parar, beber uma água e pensar. Sem ar, foi assim que terminei a leitura de "Menina Morta-Viva".

O livro é narrado pela própria protagonista, "Alice", que vai contar diretamente para você, o cotidiano de uma menina que aos 10 anos foi sequestrada pelo pedófilo Ray. Devorei o livro em poucas horas, por vários motivos, o principal deles foi o fato de conseguir sentir todas as sensações da personagem. Alice fala em determinado momento sobre as "Três lições da vida":

"1- Ninguém vai vê-la
2- Ninguém vai dizer nada
3- Ninguém vai te salvar."

E assim, a cada linha que se passava eu me lembrava de que não se tratava apenas de um livro, mas sim, de uma realidade que acontece todos os dias com vários meninos e meninas, o que só contribuiu para que livro fosse mais perturbador ainda.

Confesso que o início chegou a me deixar um pouco confusa, pelo menos entre os dois primeiros capítulos, até eu entender realmente quem estava contando a história, porém, ao terminar o livro percebi o quanto isso foi um ponto positivo, pois graças ao seu começo misterioso eu permaneci tensa e curiosa desde a primeira linha. Sobre o final: fiquei simplesmente sem palavras!

Recomendo o livro não só pela ótima narrativa, pelo sabor da leitura ou pelo fato de ser um ótimo livro, mas também, por ser um daqueles livros que faz o leitor pensar no próximo e refletir sobre o que acontece ao seu redor. Como a própria protagonista sugere, muitas vezes são situações em que as pessoas não enxergam e/ou não admitem, simplesmente porque é mais fácil.
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danilo_barbosa 13/06/2011

A destruição da infância
Mergulhar em um romance nem sempre é motivos de sorrisos. Ocasionalmente, um texto chega em nossas mãos para nos incomodar - quando as risadas dão lugar ao choque, dor e mágoa.


Menina Morta Viva (Editora Underworld, 172 páginas) de Elizabeth Scott é um golpe nos nossos sentidos. O grito que fica parado na garganta, prensando nosso coração, e não sabemos como fugir deste sentimento que mexe com as nossas emoções.

Neste livro trágico, você conhece Alice. Uma jovem que reza todos os dias pela paz da morte na sua vida. Quando tinha 10 anos, ela foi sequestrada por Ray, um pedófilo. Trancada e subjulgada física e emocionalmente, ela passa cada dia afundada em angústia e dor, submetida as mais crueis torturas e o constante estupro do seu captor.

O pior é que o tempo passa e ela está crescendo. Os traços de menina estão deixando o seu corpo e nem sempre irá conseguir esconder isso. Ray está se tornando cada vez mais violento ao ver que sua criança, objeto de desejo, está sumindo. Dando lugar a uma mulher...

O que ela poderá fazer?

Tem como definir em poucas palavras um texto como este? Bom, mesmo que tenha me enchido de dor, nunca poderei duvidar que a história é magistral! A autora consegue transportar o leitor para dentro da alma de Alice, compartilhar cada instante que sua alma é despedaçada diante da maldade de Ray.

Ele é um dos mais malditos personagens que tive o (des)prazer de ler... O leitor se sente frustrado em não poder adentrar o universo de Menina Morta Viva e arrancar o poder das mãos deste maníaco. O livro, apesar de fino, você lê com um tato fenomenal. Cada golpe inflingido na personagem é um processo de automutilação para quem lê.

Como o velho ditado do leite tirado das pedras, Elizabeth Scott tira a beleza e a poesia da dor. Aquela alfinetada pungente na carne se transforma em lirismo graças a riqueza do seu vocabulário. E mesmo com lágrimas nos olhos, o leitor não consegue desgrudar os olhos, torcendo para esta Alice que foi parar num lugar bem longe do País das Maravilhas.

Veja resenha completa no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/jjthyg
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Carla Cristina 14/10/2014

Interessante.
Apesar de ter gostado do livro, esperava um pouco mais.
A história em si é chocante, mas qual história de estupro, sequestro, cativeiro não é?
Achei que alguns trechos do livro a autora se perdeu.
Em alguns momentos a narrativa foi lenta e maçante, e em outros, faltou detalhes importantes.
O que gostei e o que me atemoriza é pensar que qualquer pessoa ao nosso lado pode ser um psicopata.
Como ninguém percebeu algo de errado com ele? E com ela?
A menina não frequenta escola, não tem amigos, ninguém estranha nada?
Isso é o que realmente me perturba em livros assim.
Antigamente conhecíamos nossos vizinhos, sabíamos o nome de todos os morados da casa ao lado, podíamos até pedir para olhar nossos filhos, caso precisasse dar uma saída, hoje vc não conhece seus vizinhos, não tem coragem de pedir por ajuda. Estamos vivendo um grau de egoísmo próprio que chega a cegar.
Letícia 07/12/2015minha estante
Resenha perfeita, Carla! É exatamente o que eu senti e analisei com a leitura. A parte mais chocante é o fato de ninguém vê-la, ninguém dizer nada e ninguém salvá-la. A gente acaba se perguntando se talvez há a possibilidade de estarmos próximos de igual situação e não enxerga-la.




Delenzi 04/10/2011

Resenha: Menina Morta-Viva - Impactante e trágico!
Esta é Alice.

Há cinco anos foi sequestrada pelo Ray.

Ela achou que sabia como sua história terminava.

Enganou-se.


Para as pessoas que amam as crianças, e gostam de vê-las envoltas de amor, carinhos e sonhos ternos (a maioria das pessoas quer o bem-estar delas), esse livro não é recomendado para pessoas sensíveis. Pois traz um tema delicado e doloroso que é sobre o abuso e a violência contra a criança, uma menina, é a narradora do livro.

À medida que se vai lendo a história, não tem como esquecer o caso da menina americana Jaycee Dugard, que passou 18 anos em um cativeiro após ser raptada aos 11, em 1991. Ou da Natascha Kampusch, uma garota austríaca que foi sequestrada quando tinha dez anos de idade em 1998, permanecendo sob custódia de seu raptor por mais de oito anos, até sua fuga em 23 de agosto de 2006.

O livro não tem pausa para o alívio cômico, ou momento de ternura, e sim, a cada capítulo é relatado sobre o sofrimento e a angustia da menina que tornou-se adolescente em estado emocional agravante por pelo abuso e violência provocada pelo seu algoz. A história prendeu a minha atenção, trazendo uma sensação angustiante e dolorosa por não pode ajudar a personagem do livro. É impactante; é violento; é trágico. Enfim, o assunto traz um assunto muito espinhoso e delicado: a pedofilia.

Sabem que estou deslocada neste ambiente, que há algo ligeiramente errado a meu respeito. Mas não tomarão nenhuma providência. Não dirão nada, não farão perguntas. Ninguém faz. Ninguém fez. Ninguém nunca fará.

A belíssima capa, apesar da presença do urso de pelúcia, que não aparece em nenhum momento da história. Porém, a capa é metafórica, tem seu significativo em relação à história.Um urso de pelúcia jogado no gramado, com um algodão saindo na cabeça como se levasse um tiro. Tal imagem pode significar a perda da inocência; a violência que destruiu a essência da alma de uma criança. Uma capa, por si só, mostra o há dentro do livro, uma história que mexe os nervos e sentimentos dos leitores.

Enfim, o livro é excelente pela sua linguagem simples, narrada em primeira pessoa. Tem 170 páginas, mas suficiente para mostrar a difícil jornada da menina morta-viva até o seu desfecho trágico final. E lembremos, embora o livro seja uma mera ficção, há muitos casos semelhantes ao redor do mundo. Lá fora, crianças sequestradas estão sob as garras dos seus algozes, pedindo em socorro silenciosamente enquanto os adultos como nós, vivem tranquilamente, rindo, brincando, comendo, namorando; aproveitando a vida a cada instante sem sequer saber a existência dessas crianças presas que sofrem todos os dias, na esperança de um dia encontrar a paz.

Era uma vez, aquele instante em que o mundo de uma garotinha se acabou.


Menina Morta-Viva
Autora: Elizabeth Scott
Editora: Underworld

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