Dani 10/03/2016Era uma vez um corredor, John L. Parker Jr.Eu sempre tinha me interessado por este livro, tanto pela capa bonita quanto pelo fato de abordar um assunto novo para mim. Afinal, sempre vemos na televisão, internet ou jornais sobre corridas e competições, mas não costumamos, de fato, pesquisar sobre o mundo dos corredores. Como é sua rotina? Quão importante é para eles chegar em primeiro?
Portanto, quando comecei a ler, estava com altas expectativas. Pensei que, através desta leitura, poderia conhecer o mundo dos corredores e me apaixonar e emocionar. Não sei porquê, mas o livro me remete á algo que pode emocionar. De fato, não me decepcionei quanto aprender sobre o mundos dos corredores, mas acabei não gostando do livro em alguns pontos.
Quenton Cassidy é um querido corredor e dono de um humor ácido e irônico , capitão da equipe da Southeastern University. É muito respeitado e tem como meta percorrer uma milha em quatro minutos. Nota-se, desde o começo, que ele é fixo neste objetivo, colocando sua saúde e relacionamento com Adrea, sua namorada, em segundo lugar. É difícil entender, eu admito, uma pessoa que até mesmo morreria na pista para chegar aonde quer, mas ao mesmo eu consegui compreender que é este seu sonho e, para ele, tudo que importa. É muito respeitado e tem como meta percorrer uma milha em quatro minutos. Nota-se, desde o começo, que ele é fixo neste objetivo, colocando sua saúde e relacionamento com Adrea, sua namorada, em segundo lugar. É difícil entender, eu admito, uma pessoa que até mesmo morreria na pista para chegar aonde quer, mas ao mesmo eu consegui compreender que é este seu sonho e, para ele, tudo que importa.
Entretanto, o departamento de atletismo da universidade deixa a desejar em vários aspectos, e os atletas decidem fazer um manifesto. Cassidy participa e, por isso, acaba suspenso e começa a contar com Bruce Denton, ganhador de uma medalha de ouro olímpica e ídolo de muitos corredores, para treinar sem parar, abrindo mão de qualquer contato com o mundo exterior, para um dia alcançar sua meta.
Este enredo presente na sinopse, que conta que Cassidy fora suspenso e passara a ser treinado por Denton não é bem o enredo inicial. Isso acontece mesmo mais ou menos metade do livro, o que me incomodou muito mesmo. O foco devia ser Cassidy, mas o autor se perde muito durante a narrativa. Ele conta muitas estórias avulsas, coisas que aconteceram relacionadas à universidade, á outros corredores, funcionários e acaba que "esquecemos" sobre o quê, relacionado á Quenton, estávamos lendo. Houveram muitos trechos dispensáveis. Não que eles fossem cansativos, alguns realmente eram engraçados e traziam estórias interessantes, mas dava para excluí-los sem problemas e focar apenas no personagem principal.
Cassidy, apesar disto que comentei antes, ser focado até demais em seu objetivo, foi um personagem que gostei muito. Seus amigos corredores também foram ótimos personagens, cada um com uma personalidade diferente, e a amizade deles ganha um pouco de destaque.
Conhecemos um pouco sobre Bruce Denton também, e o que mais me chamou a atenção foi o fato de ele ser tão humilde, apesar de ser praticamente uma lenda entre os corredores.
Como eu não conhecia nada sobre corridas, agradeci muito por possuir notas de rodapé sempre que um termo usado mais por corredores surgia. Este é um ponto muito positivo; você não irá ficar "boiando" durante a leitura ou terá que recorrer ao Google toda hora.
O final me agradou, pois eu estava meio incerta quanto ao desfecho. Gostei muito e acho que não mudaria nada. De modo geral, foi uma boa leitura, mas acho que poderia ser muito mais resumida, contar mais sobre Quenton e deixar de fora as estórias sem relevância.
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http://danielabyrinth.blogspot.com.br/2015/04/resenha-era-uma-vez-um-corredor-john-l.html