O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Mil 05/08/2015

Preciso ler novamente
Eu comprei esse livro por indicação de uma professora de literatura quando eu frequentei brevemente a UFOP, lá mesmo eu peguei um na biblioteca mas não consegui ler. Não vou saber escrever uma resenha competente sobre o mesmo, até porque, eu o li em dias e até semanas alternados, portanto, não o entendi muito bem. Achei a história densa e complicada, um romance dramático, cheio de reviravoltas que até então, achei estranhas. Terminei de ler com a sensação de que preciso lê-lo novamente e com mais dedicação para compreendê-lo como deve ser. Sendo um clássico e recomendado, é porque deve ser bom e vai, com certeza, merecer 5 estrelas minhas.
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Patty 06/01/2016

Confesso que nunca tinha ouvido falar neste título quando, passando por um sebo, resolvi comprá-lo para completar um desafio literário. As letras miúdas, o texto rebuscado e as muitas páginas me desanimaram um pouco no início, mas aos poucos a leitura foi me envolvendo.
Para mim, o mais interessante na história do ambicioso Julien Sorel foi ver um pouco das características da época. O romance se passa na França dos anos 1830, e mostra muitos costumes do século, desde trâmites políticos ao comportamento e posição da mulher na sociedade.
Sem dúvidas, um livro interessantíssimo!
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J.Jardini 11/01/2016

Identidade em Crise: uma resenha crítica de O Vermelho e o Negro



Em O Vermelho e o Negro, a princípio, Stendhal nos remete ao habitual ambiente bucólico consagrado pelo movimento romântico do século XIX. Julien Sorel, seu personagem, se mostra, à priori, como um um ente frágil e disperso; um verdadeiro sujeito fragmentado em seu ainda não totalmente desenvolvido processo de individuação; aquele através do qual concretiza-se identidade própria através do devir, da superação das contradições enfrentadas bem como das experiências vividas, no incorrer da maturidade.

A perspicácia de Stendhal sugere-nos, em nítido e expresso conteúdo filosófico permeado em sua obra, não o retrato móvel - e quiçá espalhafatoso - de uma crise identitária mas sim, mais precisamente, faz-nos apreender em seus diversos momentos, as idas e vindas não só de uma consciência moralmente instável mas, de uma verdadeira identidade em crise.

Tal fato teria seu subsídio no truculento ambiente familiar de Julien Sorel. Este, vítima de abusos físicos e psicológicos por parte de seu pai e irmãos, lhe é imposta à livre definição de sua individualidade, uma conflituosa flutuação entre a reprovação de seu comportamento e a violência à ele dirigida por sua aparente “natureza frágil”; destacadamente, frente à primazia de sua inteligência, uma franca dissonância para com os árduos trabalhos braçais da madeireira de seu pai, o velho Sorel.
Esta identidade em crise, absolutamente inseparável da trama principal, coloca à este jovem rapaz, intencionalmente deslocante, sempre imerso em uma noção de movimento, momentos que caracterizam rupturas; deixar sua família, o distanciamento para com o ideal de Napoleão, incursões e dispersões apaixonadas em relação à mulheres, constantes viagens e um incerto câmbio dos meios pelos quais atingirá seus sonhos e Desejos. Este quadro de rupturas fornecerá, esta matéria prima a qual, ao desenrolar de seus momentos culminantes, em desfechos que acompanham ao passo que desafiam o gênero romântico, agem quase como degraus que o elevam a garantir-se personalidade e se tornar um Ser que na medida em que progride torna-se cada vez mais complexo e autêntico.
Este atualizar constante da personalidade e das vontades de Sorel torna toda a história proposta numa inebriante mistura de drama e tragédia; uma progressão rumo à edificação de uma autêntica e marcante personalidade, verdadeira oscilação que entre o Vermelho e o Negro, sobressai-se um Sorel cada vez mais certo de si.

Stendhal não economiza adentrar aos rincões mais obscuros da consciência humana; ganância, joguetes de poder, orgulho, vaidade, prepotência, hipocrisia. Todo entre aprofundamento psicológico meio às podridões moralmente reprováveis da alma humana é marca de um estilo crítico, livre e necessário para com a naturalidade de sua proposta, através de uma sutil, quase gramatical ironia, estes conflitos constituem nada mais do que a própria realidade destituída de grandes alardes. O ser humano emerge aqui, destacadamente em Julien Sorel, como essencial e moralmente relativista, composto de uma intrincada síntese de diversos predicados os quais conferem à obra como um todo, uma verdadeira representação universal.

Neste sentido, a artificialidade própria dos salões franceses ou mesmo o evidente jogo de interesses subordinados da aristocracia provinciana em seus âmbitos propriamente ditos são determinantes; são como verdadeiras exteriorizações desta complexa e contraditória amálgama que o consciente romântico de Stendhal propõe à nossa observação.

Stendhal, como dito, parte de um cenário comum pertencente à uma literatura já há muito explorada e difundida. No entanto, ilustra sua destreza ao integrar, à plenitude de um descritivismo equilibrado, um cativante novíssimo frescor ao roteiro do que seria uma narrativa já esperada. Stendhal adiciona à fórmula romântica um crescendo exponencial de profundidade, bom senso, complexidade e de um imersivo sentimento em constante catarse, o qual perpassa-nos a saga do jovem Sorel.
Este, longe de se enquadrar em moldes de herói romântico, quebra totalmente com as preconizações de estilo e gênero ao ser posto como um ente falho, vítima de uma consciência que oscila entre uma despretensa leveza e o martírio sobre a retenção de suas angústias frentes à impulsividade e o imperativo absolutamente incontingente de seus interesses ideais e carnais.

Sorel longe de quitar-se completamente à uma ‘’futilidade do mundo” e imergir em uma angústia existencial própria, incorpora em si mesmo as mais superficiais vaidades e, assim, denota-se marcante em sua personalidade, a despeito de suas incumbências religiosas, uma cumplicidade para com as paixões mais terrenas, as quais afirmam em si, um caráter egocêntrico, passional e claro, profundamente hedonista. Seu percurso, ao transcorrer da obra, longe de ser maçante e retilíneo é inundado por atentas percepções e articuladas estratégias. Em interessantíssimas digressões de pensamento tomadas das atentas observações de Sorel ou mesmo na figura de um suposto filósofo, estabelecem-se francas interlocuções as quais é confuso afirmar se é Sorel ou o próprio Stendhal que que nos conecta à uma ponte direta entre o desenvolvimento da trama e a necessária detenção de seus momentos específicos, para com o leitor, em uma reflexão quase como conjunta.
Define-se, então, uma marca de estilo autêntica que pela simplicidade empregada em todo seu vocabulário, em sua divisão piedosa de capítulos, e ausência de escrúpulos quanto ao ordinário, qualifica esta obra como uma leitura densa e profunda ao passo que fluida e apreensiva.

Toda a proposta literária elaborada por Stendhal estabelece-se em alicerces que constituem um aprofundamento gradualmente intenso da trama psicológica que se prescreve. Um aglomerado denso, cativante e emocionalmente carregado se traduz não só durante toda a trama mas, destacadamente, ao seu final, num sentimento de profundo êxtase, identificação e eterna separação para com Julien Sorel. Neste ponto, este crítico em específico, acredita em uma interessante aproximação não só da exploração do âmbito moral e imoral em questões práticas bem como toda a edificação constitutiva de Julien Sorel como uma curiosa ressonância entre este mesmo e Willhelm Meister, do romance de formação Os Anos de Aprendizagem de Willhelhm Meister, de Goethe.

Destacando assim, em suas devidas proporções, a profundidade desta obra prima de Stendhal, não obstante, ter-se qualificado como uma das Imortais da Literatura Universal justamente, frente á universalidade e destreza com as quais Stendhal pinta, com científicas dissecações e matizes estudadas, a natureza do ser humano.


site: http://reflexoepoesias.blogspot.com.br/
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Caiubi 27/02/2012

Preciso de uma melhor edição para melhorar a minha avaliação sobre o livro. Martin Claret sempre decepciona na Série Ouro. Leitura exaustiva.
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Shirlei.Stachin 29/10/2014

O vermelho e o negro
Perdido no interior da França, o filho de um comerciante de madeira nutre sonhos de grandeza heroica, sem se dar conta de que ficaram para trás os tempos em que um jovem tenente de artilharia podia tornar-se cabeça de um Império. Este livro é a narrativa desse desencontro histórico, em suas menores reverberações. No rescaldo da derrota de Napoleão, as carreiras são tortuosas e os amores são difíceis. Para chegar a Paris, Julien Sorel passará por um seminário de província, aceitará um posto subalterno junto a uma grande família e será amante de duas mulheres únicas e díspares.
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Raquel Lima 26/12/2009

Deveria ter colocado em vou ler...
Não tenho nada contra...Comecei a ler há muitos anos, ainda muito criança ( e olha que faz tempo isso...rsrsr) e por falta de maturidade literária, eu acredito, não entendia nada...Parei. Hoje não tenho mais o livro, mas vou colocar na lista dos que devo reler...
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Bruna 13/02/2014

Um personagem em carne e osso
Para mim, esse é um personagem completo... sujeito a falhas, não é de caráter excessivamente ruim, nem excessivamente bondoso...está nos moldes humanos, e é exatamente essa a definição de Julien Sorel, que junto com Pip (Grandes Esperanças), representa personagens, acima de tudo, humanos.
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Geli 25/11/2009

Chatinho esse livro...
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Rosângela Luz 26/12/2009

Ser humano
Julien Sorel encarna várias faces que encontramos em pessoas comuns e no meio destas, muitas sutilezas utilizadas ainda na atualidade, a referência do vermelho (realeza) e o negro (igreja), que, mandavam na época retratada e que, apesar das mudanças de nomes e atividades, ainda vivemos com muitos alpinistas sociais destituídos de sentimentos, mas o livro é ótimo para avaliarmos o passado e o presente e por que não para conhecermos as formas de convívio das pessoas.
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Fimbrethil Call 27/02/2012

Crônica interessante
Interessante modo de fazer uma crônica e crítica da sociedade francesa no século XIX. Vemos tudo acompanhando a trajetória de Julien Sorel, um filho de carpinteiro, mas não pobre, odiado pelo pai e e pelos irmãos, que tem a vida em duas fases bem definidas: a primeira na cidade de Verrières, na região de Franche-Comté, e a segunda em Paris. Muito interessante.
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Tarcísio 10/07/2012

Mais de seiscentas páginas de uma literatura clássica, vocabulário rico e, de brinde, um realista e detalhado retrato da Europa do século XIX. Se isso não bastasse, um conteúdo recheado de palavras, frases e trechos filosóficos, disponibilizado ao leitor através da autoanálise dos personagens.

Ótimo, então "O Vermelho e o Negro" merece todos os elogios e indicações. Infelizmente, na minha opinião, não é bem isso. Apesar das qualidades citadas anteriormente, a obra não serve muito como um exemplo de leitura prazerosa. Apesar de trechos interessantes e com um bom ritmo, em vários momentos a leitura torna-se cansativa e sem empolgação. O autor exagera vez por outra nas discussões filosóficas e em estórias que não agregam em nada.

Aos personagens principais, falta-lhes carisma. Como, por exemplo, comparar as inconstantes e orgulhosas Srta. La Mole ou mesmo Sra. de Rênal com a encantadora e arrebatadora Elisabeth Bennet, de "Orgulho e Preconceito"? Sem comparação. Julien Sorel parece-me mais com um rebelde sem causa do que propriamente como um herói romanesco.

Minha indicação do livro seria somente aos amantes da literatura clássica, que sentem prazer não somente com um enredo empolgante mas também com um texto bem escrito, de qualidade cultural indiscutível.
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Fátima 06/06/2012

J. Sorel, filho de carpinteiro, ambicioso, rejeitado desde o berço pelo pai e ignorado pelos irmãos, é enviado à casa do prefeito de Verriéres e contratado como preceptor de seus filhos. Desde então, vive a batalha de enriquecer e conquistar status em meio a burguesia, apaixonando-se pela esposa do prefeito, Sra de Rênal e em seguida, pela filha de seu protetor, Mathilde de La Mole.
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MANO 21/02/2012

O Vermelho e o Negro
Publicado em 1830.

Um dos mais formidáveis personagens da Literatura Mundial: Julien Sorel. Um jovem francês ambicioso, simpatizante dos ideais Napoleônicos, e que vislumbrava alcançar o Poder de duas formas: Ou tornar-se MILITAR, ou CLÉRIGO da Igreja Católica. Sua inteligência e educação refinadas, apesar de sua origmem humilde, o levaram aos melhores círculos da sociedade francesa pós-napoleônica. Sua ambição, no entanto, o levaria a umm caminho sem volta.
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Brisa 26/02/2012

Nunca estamos satisfeitos
Stendhal é realmente formidável ao descrever psicologicamente personagens e situações, quando nos reconhecemos de diversas maneiras.

Mas o que mais me cativou em sua obra foi a frágil condição dos sentimentos humanos... Julien amava e deixava de amar como dormia e acordava: bastava se sentir por baixo, subalterno à Mathilde, e logo se deixava seduzir como só um louco pode. Quando sentia a segurança do amor dessa mulher, rapidamente se sentia superior e logo esquecia as causas que o tinham levado a adorá-la. O mesmo se passou com a senhora de Rênal: é como se o amor feliz tivesse a sina de não ser duradouro, já que o prazer da conquista e do sofrimento é o que davam energia a ele.

No final, acho que ele amou mesmo a sra. de Rênal, apesar de ter precisado sentir remorso para resgatar o terno sentimento.

Consigo enxergar isso nas nossas vidas: somos tomados por uma vontade de ter algo e, logo que conseguimos, a felicidade é efêmera; ou, logo que conseguimos, não nos lembramos porque desejamos tanto aquilo.

Outra ponto que me encantou foi perceber que é da condição humana ter uma autoconfiança tão instável. Precisamos a todo tempo de provas dos outros pra nos sentirmos fortes e capazes. Com a energia de Julien fica mais fácil vencer essas fraquezas. E, nesse aspecto, o caráter militar do personagem o ajuda a ser tão resoluto e fiel aos seus objetivos.

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