O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Daniel 21/12/2023

Os personagens são profundos e suas relações mostram os jogos das classes altas e suas hipocrisias.
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Michele Duchamp 20/12/2023

Meu livro favorito. Levei ele quando passei 3 meses num convento e lia escondido.
Você só acha Julien Sorel detestável porque está lendo ele no contexto errado.
Julien, assim como eu autista, passa a vida exterior e social dele numa performance constante. A história , em si, seria novelesca e superficial caso uma pessoa diferente de Stendhal estivesse escrevendo: basicamente o protagonista, de origem humilde, tem Napoleão como figura paterna, busca a ascensão social, resolve cortejar a esposa do prefeito como forma de validação e está em dúvida sobre qual caminho tomar para galgar na sociedade francesa. Quando Sorel entra no seminário (o negro), pois não era mais viável e prestigioso entrar no exército (o vermelho), as críticas são realistas demais, mesmo em um país e época diferentes como os nossos (o bom e o mal de uma igreja hierárquica e pretensamente imutável).
Stendhal parece o regente de uma orquestra, de repente ele muda o tom da história e você nem percebe o começo da escuridão.
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Amanda Vinco Toneti 19/12/2023

Agridoce
Julien Sorel é o protagonista mais detestável que eu já li, mas o livro é muito bom e retrata bem o clima e a relação entre as pessoas de sua época.
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Erudito Principiante 17/12/2023

A batina e a farda
Optar pela leitura dos clássicos é estar ciente de que a complexidade dessas obras exige um entendimento que leva tempo para se adquirir, diferente do que ocorre com obras mais comerciais que tem a profundidade de um pires. Normalmente quando inicio a leitura de um clássico minhas expectativas são altas e tenho uma tendência a gostar de antemão, porém nem sempre essas expectativas são correspondidas logo de cara... E esse fato aconteceu com a leitura de O Vermelho e o Negro, obra máxima do francês Marie-Henry Beyle (1783-1842), mais conhecido como Stendhal. As aventuras (e desventuras) do jovem Julien Sorel demorou um pouco para me cativar, mas aos poucos fui compreendendo melhor a história que acabou por me envolver totalmente.

A narrativa começa na cidade de Verrières, quando o jovem Julien Sorel, belo e franzino, é indicado para ser o preceptor dos filhos do Sr. de Rênal, prefeito de Verrières. Julien, tratado de forma desdenhosa e bruta pelo pai e os irmãos que o veem como um inútil, tornou-se um latinista graças aos ensinamentos do padre Chélan, o que lhe rendeu a indicação como preceptor.
Julien, possuidor de um aguçado intelecto, oscila entre a carreira eclesiástica e a militar pois consegue enxergar ganhos financeiros e glória pessoal nas duas ocupações. Mas seu grande dilema acaba sendo o amor que surge pela Sra. de Rênal, esposa do prefeito e mãe dos seus alunos. Esse amor proibido (e correspondido) acaba levando Julien a partir para Paris em busca da realização do seus sonhos de glória e grandeza. E na Cidade Luz ele encontra um novo amor...

As lutas interiores de Julien Sorel, tendo como pano de fundo a sociedade francesa da primeira metade do século XIX, nos levam às mais profundas reflexões sobre o amor, a honra, as relações humanas, a responsabilidade para com o outro, etc. Stendhal desenvolve a história de maneira cativante ao mostrar os conflitos internos, sobretudo de Julien. O autor não nos causa tédio com descrições desnecessárias, focando no desenvolvimento dos personagens e suas características.

O final totalmente inesperado e impactante fecha com chave de ouro a obra escrita com tanta maestria por Stendhal, que elevou O Vermelho e o Negro ao patamar de uma das mais importantes obras da literatura francesa. A primeira metade do século XIX na França foi marcada pelas disputas de poder originadas pela queda de Napoleão, o medo das elites remanescentes de acontecer uma nova revolução e a reformulação das novas estruturas de poder. Tudo isso é apresentado no livro, fazendo com que o leitor viaje no tempo e no espaço, ocasionando uma experiência imersiva que apenas os grandes clássicos são capazes de proporcionar.
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Heloyse 16/12/2023

Não sei...
A ideia me pareceu muito boa, mas não gostei da execução.
Parece que, em vários momentos, o autor perde a proposta da narrativa.
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Gilmar 08/11/2023

Stendhal me atravessou de uma forma que eu não esperava
Conheci esse livro através de resenha de booktube, mas, confesso, não havia me interessado o suficiente para ir atrás da leitura. Acabei encontrando-o, assim, numa geladeira literária em Canoa Quebrada. Logo iniciei a leitura e fiquei completamente vidrado. Certamente, ajuda muito se o leitor possuir contexto histórico, mas nada supera a trama do que o próprio protagonista. Julien Sorel é fascinante. Detestável e querido na mesma medida, eu fiquei fascinado pelo personagem. Preciso reler um dia!
Dayvid Simplicio 06/12/2023minha estante
Estou com ele na minha estante há 3 anos e nunca dei oportunidade. Mas agora eu quero?


Gilmar 07/12/2023minha estante
Pois eu recomendo muito. O livro é ótimo, gostei bastante!




Guxta 16/10/2023

O livro entra facilmente na lista dos melhores livros que já li. A escrita e a descrição do ambiente nos transportam para a respectiva época, e o Julien(personagem principal) e suas ações tornam a história extremamente envolvente.
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Ehkew 14/10/2023

Gostei muito dessa leitura mais do que eu esperava. Em alguns momentos senti a leitura cansativa, mas no geral sempre está acotecendo alguma coisa interessante o que me motivou a saber o que iria acontecer. Gostei da construção dos personagens, o Julien é um personagem muito bom embora seja um tanto surtado das ideias.
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Hey_Guga 12/10/2023

A história MAIS bipolar já contada. Amei e odiei :)
Vadiamos, em "Le Rouge et le Noir", pelas dúbias, afirmações e flertes do nosso herói. Monsieur Julien. (Há que se discutir).

Não poderia começar de tal maneira senão expondo o quanto este livro levou-me ao ponto de querer estrangular o primeiro viandante que eu percebe-se ao meu redor. TAMANHA arrogância, TAMANHA ganância, indecisões, não obstante Julien Sorel cada personagem é medíocre e portanto hipócrita. Sim, hipócrita não definiria menos o que por todos é entendido como estampado em "Vermelho e o Negro".

Tendo feito minha explosão, admito que é uma obra extremamente divertida, literária por ela mesma, provoca um ""Retrato"" do que foi o século XIX (Com os exageros que o autor próprio admite), mesmo as abjeções tomadas são um sinal de divertimento que fazem o livro exaurir surpresa e espanto, o que é ótimo.

Decerto que há personas intrigantes nessa obra, conquanto nenhuma nos é mais cara que Sr. Sorel (filho), este jovem que, a princípio, sobrevive senão para respirar ou esporadicamente deglutir um pouco de suas parcas leituras na serralheria de seu pai. Vê-lo tomar cada uma das mais porcas escolhas que se poderiam ser tomadas é, genuinamente, gratificante.
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Karen 12/10/2023

Quanto acontecimento
Para um pobre filho de um operario julian fez muita bagunça, de amante, a estudante de padre, e disso novamente para amante.
O que mais acredito chamar a atenção é a falta de sentimentos reais presentes no pensamento de Julian. Sendo ele extremamente aproveitador e paranoico.
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AnaP14 12/10/2023

.
A obra é uma análise crítica à sociedade francesa, com seus jogos e hipocrisia. Julien é um personagem que busca realizar sua ambição social mas se deixa levar por paixões que acabam interferindo nas vidas de várias outras pessoas. Achei interessante perceber as mesmas críticas do autor na nossa sociedade.
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Elouiza2882282 10/09/2023

Romance francês antigo
Um romance de 692 páginas dividido em duas partes(oq eh ruim se vc n tiver acesso à outra parte...),sobre a vida de um jovem e suas emoções,romances e suas aventuras na vida,eu recomendo o livro
Henriquepm111 31/10/2023minha estante
O romance tem 400 ele poucas páginas, mas a segunda parte já começa na p 200, mas o Skoob contou como se ele contesse 400 páginas. Que nem em senhor dos anéis




Giseleonina 01/09/2023

Que nervoso!
"O Vermelho e o Negro" é uma obra clássica da literatura escrita por Stendhal. Quando o autor escreveu esta história, é certo que ele estava refletindo sobre o meu século, não é possível!!
Julien, o protagonista, emerge como um retrato vívido de alguém que, apesar de origens humildes no campo, abraça convicções conservadoras no período de restauração na França. Seu ídolo é Napoleão, e ele até mesmo critica os jacobinos. Entretanto, Julien mantém a crença de que pode escalar socialmente e se tornar um membro legítimo da aristocracia HAHAHAHAH (ou no máximo, máximo, um burguêsinho) em uma época em que os vestígios de uma sociedade estamental pós-Revolução Francesa ainda está presente.
Enfim, Julien é um conservadoras que acredita na meritocracia.
Stendhal também faz críticas à monarquia, ao conservadorismo e à hipocrisia dos jacobinos burgueses que clamam por liberdade, mas somente até certo ponto, ao longo do livro.
Quanto a Julien, inevitavelmente, o ambiente de penúria o impulsiona a sonhar com a fuga de sua classe social, mesmo que isso signifique pisar nos outros, corroendo-se no processo. Isso apenas reforça a crítica perspicaz do autor à sociedade da época.
Inclusive, esse foi um trecho que me marcou bastante:

"[...] um romance é um espelho que passeia por uma grande estrada, reflete a seus olhos o azul do céu, a lama do atoleiro da estrada. E você acusará o homem que carrega o espelho no alforje de ser imoral! Seu espelho mostra a lama, e você o espelho! Seria mais correto acusar o grande caminho onde está o lamaçal, e mais ainda o inspetor de estradas que deixa a água estagnar-se e o atoleiro formar-se".

Achei interessantíssimo essa passagem, talvez uma das melhores e mais profundas... Seria o romance uma representação fiel da vida? Existindo tanto as partes bonitas (céu azul) quanto as partes feias e problemáticas (lama do atoleiro)?
O interessante dessa analogia é a acusação ao homem que carrega o espelho por mostrar a lama do atoleiro, mas o erro não está no espelho e a representação honesta da realidade, mas sim nas condições da estrada (a sociedade) que permite a formação do atoleiro (problemas e aspectos negativos).
Portanto, a crítica (até para nós, nos dias atuais) sugere que, em vez de culpar o espelho, seria mais racional culpar a estrada em si (a sociedade) e, mais ainda, o inspetor de estradas (aqueles que têm poder e influência para criar ou solucionar problemas na sociedade). Portanto, a verdadeira responsabilidade deve ser direcionada às condições sociais que levam a esses aspectos negativos.
E, a partir do ponto de vista mais atual, as condições que levam aspectos negativos da sociedade refletirem no romance é, sem dúvida, a desigualdade e violência de gênero, assim como a falta de maiores empenhos na solução desses problemas.
De qualquer forma, o livro nos leva a refletir sobre as relações humanas, as de classe, e, claro, também sobre a guilhotina ????? (eu passei muito nervoso com o Julien e seus romances)
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Mikaelle.Guedes 22/08/2023

Me supreendeu
Em alguns momentos achei maçante mas a historia em si é muito boa. A escrita é ótima mas confusa em alguns momentos mas de modo geral foi um surpresa que não esperava nada e gostei.
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Maria 22/08/2023

?Hoje a abstracção já não é a do mapa, do duplo, do espelho ou do conceito. A simulação já não é a simulação de um território, de um ser referencial, de uma substância. É a geração pelos modelos de um real sem origem nem realidade: hiper-real.? Simulacros e Simulação - Jean Baudrillard


Vocês já tiveram a experiência de ler o final de um livro duas vezes ininterruptamente? Eu recentemente tive a minha experiência com O Vermelho e o Negro de Stendhal.

O sucessor d?O Conde de Monte Cristo não prometia muito nas resenhas rasas que eu havia lido e ouvido, mas entregou uma experiência de fim de sessão no psicólogo. Para quem não vivenciou a sensação muitas vezes é assim: Você sai tonto, achando que está confuso com algo que diz não entender mas na verdade é a sua resistência quando você se depara com um insight que vai te tirar daquela cadeia de repetições que impulsionaram sua angústia. Para Nietzsche, Stendhal foi um dos últimos psicólogos franceses, o que exemplifica um pouco a experiência acima.

Julien Sorel incomoda. Incomodou a aristocracia de sua narrativa, incomodou a burguesia por ter alcançado sua patente e o amor representativo de Mathilde e incomoda ao leitor porque é tão divertidamente cru que dentro de seus jogos mentais você prefere acreditar que não é igual a ele e chamá-lo de hipocrita. Ele utiliza do que é ofertado para sair de sua condição mesmo que seja da religião que não crê ou do exército pós napoleônico. Mas pra mim, le rouge et le noir tá mais para sua condição: a paixão e a desgraça. Baseado em uma situação verdadeira e sem trazer spoilers, vemos um rapaz que era absurdamente bonito e inteligente para sua condição (eu imaginava o Gaspard Ulliel quando estava lendo) e que foi muito protegido e foi muito julgado. Ele denunciou uma sociedade hipocrita e de aparências que não é nada diferente da nossa atual.

?Mesmo, porém que eu fosse menos culpado, vejo homens que, sem se deterem no que minha mocidade possa merecer de piedade, quererão punir em mim, e desencorajar para sempre, esses moços que, nascidos numa classe inferior e de certa forma oprimidos pela pobreza, tiveram a felicidade de dispor de uma boa educação, e a audácia de imiscuir-se naquilo que o orgulho das pessoas ricas chama a sociedade.?

Millions of mind guerillas putting their soul power to the karmic wheel
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