O Último Homem

O Último Homem Mary Shelley




Resenhas - O Último Homem


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Daniela 09/09/2022

Indicado para quem gosta de ler
"O último homem" não é "Frankenstein" e, embora título e sinopse indiquem uma distopia, é um livro clássico, um romance que se enquadra no romantismo, acredito.

O texto classudo de Mary Shelley foi muito bem traduzido e a história, por se passar num futuro distante, 2097, porém observado/criado a partir de um passado tão distante de nós, gera uma dificuldade de conexão com a história. Acredito que por isso a outra resenha tenha o título de "pior livro". Não é.

Trata-se de um livro de texto antigo que precisa ser situado no seu tempo. A partir do momento em que se observa esse detalhe tudo fica mais fácil.

É uma história gostosa de ler. O protagonista conta a sua história de vida, dos seus familiares e amigos. Tem os dramas da época com romances românticos, costumes da vida da monarquia, decadência política, valores e etc. Tem momentos mais monótonos como todo romance longo e antigo, mas os bons momentos prevalecem.

Indicado para quem gosta de ler e não para quem só quer saber o fim da história.

Indicado para quem gosta de ler e não para quem só quer saber o fim da história.
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Juliana 06/05/2013

Por enquanto, este é, sem sombra de dúvida, o pior livro que eu já li.
Klerval 23/10/2013minha estante
Pode dizer por qual razão? É que estou pensando em comprá-lo, mas se for ruim compro algum outro.


Junior Padilha 05/04/2016minha estante
De fato, é pavoroso!


@apilhadathay 27/06/2017minha estante
oi Juliana! Porque não gostou do livro?
Olha, preciso saber se ele é uma Distopia mesmo, como conhecemos hoje, ou se falta algum desses aspectos.

Tem um governo totalitarista? Uma população em situação de calamidade e profundas desigualdades sociais? Existe alguma alteração física nos sujeitos, e tecnologia além do tempo?


Agnaldo Alexandre 22/04/2020minha estante
Thay, mas não é distopia, não tem a menor relação. É sim, um apocalipse ecológico, na qual o ser humano causa demasiada influência no ambiente a ponto de desestrutura-lo, causando o fim da humanidade.




Jéssica Silvestre 12/05/2022

O livro tem uma divisão muito clara, a primeira parte é bem arrastada. É uma leitura cansativa e sem grandes momentos de ação. A ambientação futurista é bem tímida, porque retrata o futuro distante como uma repetição do momento em que o livro foi escrito.
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05/02/2023

Prolixo, mas filosófico e até poético.
O livro começa contando a relação do pai do narrador com o rei e depois da morte de seu pai a situação de penúria em que ele e sua irmã são deixados, o que causa em ambos uma revolta. E esse narrador acaba se tornando meio que um marginal.
Com um tempo, o filho do rei e esses irmãos abandonados se reencontram e se tornam grandes amigos. No decorrer do livros há muitos momentos de felicidades entre todos eles, o filho do rei também tem uma irmã e mesmo com alguns percalços, levam uma vida feliz.
No entanto, uma peste assola a humanidade e isso pode ser o fim da raça humana. Um livro profético, de uma mulher visionária, onde a história se passa no que seria a década de 2090 na visão de Mary Shelley.
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Paulo 23/04/2021

Sabe quando um livro clássico não é feito para você? Você tenta, tenta, tenta e a leitura não sai do lugar? Você lê no quarto, na cozinha, no jardim, de cabeça para baixo, no travesseiro, com barulho, sem barulho, no claro, no escuro? Definitivamente essa foi a minha história de amor e ódio com esse livro. Se você gosta da Mary Shelley ou se você curtiu esse livro, não leia essa resenha. Sério. O meu nível de insatisfação foi violento e não tem absolutamente nada a ver com a edição (que está incrível), nem com a tradução (que está coerente com o estilo de escrita da autora) e nem com os textos de apoio (que ajudam bastante). Meu problema é com a narrativa. E provavelmente algum dos leitores do blog já se identificou com isso. Aquele livro que várias pessoas falam bem e você detesta. O problema não é você. Ler é um ato bem subjetivo e depende de vários fatores: humor, leituras anteriores, influências. Posto isso, se vocês quiserem continuar na resenha, é só seguir lendo.

A história segue a vida de Lionel Verney, um homem que fazia parte de uma família de importância mediana dentro da nova República da Inglaterra. Um lugar onde o sistema político mudou para algo diferente, mas os privilégios nobiliárquicos continuam os mesmos. A história se passa em 2090 em um futuro muito parecido com o nosso. Isso até o momento em que uma estranha praga começa a dizimar a humanidade. Sem saber de onde ela vem e como ela pode ser detida, Lionel e seus amigos se veem impotentes diante de uma ameaça invisível que destrói cidades e vidas. À medida em que vê todos aqueles que lhe são caros morrendo um a um, Lionel encara a difícil realidade: ele pode se tornar o último representante da humanidade na Terra.

Apesar do meu ranço com esse livro, vou tentar contrabalançar prós e contras da leitura. A narrativa é contada bem ao estilo gótico da época, o que não faz o menor sentido por causa do título do livro. Alguém encontrou o relato de Lionel e a partir daí é a voz de Lionel que nos apresenta a história. Ou seja temos uma narrativa em primeira pessoa que nos coloca diante desses personagens e de suas trajetórias. O núcleo principal é formado por Lionel, Idris, Adrian, Perdita e Raymond. Assim como em Frankenstein, Shelley prefere usar um tom mais narrativo e sem o emprego de diálogos ou descrições elaboradas. Sua escrita se vale de apresentar os sentimentos, emoções e pensamentos dos personagens. E, como em qualquer narrativa gótica, ela exacerba essas percepções ao último nível. Se alguém sofre, seu sofrimento é algo que ultrapassa os limites da razão humana, se alguém ama, ama perdidamente o outro. É uma característica da época que a autora segue à risca. Talvez mais do que em Frankenstein. Precisamos lembrar também que O Último Homem pertence a uma fase mais madura da autora e ela mesma considera esse livro como o seu melhor trabalho.

Esse é um daqueles trabalhos lançados no momento certo pela Plutão Livros. Fala de uma pandemia e em como ela pode destruir a civilização. Como os seres humanos se transformam nesse tipo de conjuntura. A autora nunca se dá ao trabalho de explicar cientificamente como surgiu a pandemia, ou sequer como ela é. A gente desconfia de alguns sintomas, mas eles são bem sutis. Até porque a proposta não é analisar a doença em si, mas o que ela traz de consequência social e familiar para a humanidade. Dois dos melhores momentos do livro ocorrem quando ela deixa de lado alguns temas (que eu já vou comentar) e se dedica a explorar o objetivo do livro. O primeiro deles acontece quando o grupo de Lionel que havia deixado a Inglaterra se estabelece em Paris e, com a ausência de Adrian, que havia sido apontado como lorde protetor, se criam diversas facções na cidade. Uma delas é formada por fundamentalistas religiosos que veem na doença uma resposta de Deus aos pecados da humanidade. Um momento bem tenso em que os personagens precisam lidar com estes extremistas religiosos em um ambiente onde a doença poderia acabar com tudo de uma hora para outra.

O segundo momento alto da história é quando Lionel se vê sozinho mais para a frente (não vou dizer exatamente como). As descrições começam a surgir mais porque ele se vê sem pessoas próximas com quem conversar. Então suas divagações são sobre a sua presença no mundo e a importância da humanidade na formação da história. São momentos bastante melancólicos onde a autora usa o espaço para fazer com que nós, leitores, possamos compreender nossa participação dentro da sociedade. E em como podemos ser criaturas frágeis diante do poder da natureza. Não sei se Shelley era uma pessoa pessimista quanto aos rumos da humanidade, mas ela consegue transportar bem a falta de esperança e a inevitabilidade das coisas para dentro da narrativa.

E agora vem a minha rabugice que vai tomar conta dessa resenha. Antes de mais nada eu queria perguntar onde está a ficção científica desse livro. Porque eu não vi. Tirando a temática de praga que assola a humanidade, a narrativa se passa no ano de 2090 que exatamente igual a 1890 com pessoas andando a cavalo, usando cabriolés para se movimentar. Há referências sutis a alguma espécie de engenho voador, mas só aparece uma ou duas vezes na narrativa. Existe também a menção a algumas técnicas agrícolas mais modernas. No mais, a história poderia ter acontecido na própria conjuntura da autora. Não fazia a menor diferença ela tem localizado no século XXI. Se bem que até aí, tudo bem, dá para relevar em prol da qualidade da escrita.

Um segundo problema é o fato de a história demorar demais para acontecer. Apenas a partir de mais da metade do livro, lá em meados da segunda parte é que a doença se faz real. E ainda assim, o ritmo é lento até a terceira parte quando aí sim temos uma preocupação mais séria quanto ao destino de tudo. A praga ela é referenciada a partir de 50%. E o que eles ficam fazendo até lá? Bem toda a primeira parte se parece com um romance de Jane Austen com casamentos, impedimentos, ciúmes, inveja e cortejo. Decididamente eu não entendi até porque a Mary Shelley não era afeita a esse tipo de narrativa em outros trabalhos. Não sei se ela se tornou produto de seu tempo, mas a verdade é que todo esse preâmbulo é sonolento e tedioso. Até porque a sinopse te fala justamente sobre esse dilema da chegada de uma pandemia mortal, destruindo a tudo e a todos. E o leitor não é apresentado a isso por boa parte da história. "Ah, você está sendo chato. O tema é abordado depois". Sim, em um livro de 582 páginas, a partir da 300 começa de fato. Só que até lá a autora já havia perdido a minha boa vontade de ler. Fora que ela emprega parágrafos longos (às vezes de mais de uma página), situações tediosas em que ela descreve os sentimentos de um personagem por mais de 20 ou 30 linhas. O nível de exagero romântico e gótico está lá no topo, o que não contribui com a narrativa.

Para completar o protagonista não protagoniza a história. Por mais de dois terços da narrativa ele fica a reboque do que os outros estão fazendo. Deuses, na primeira parte da história salvo por um capítulo, suas ações não importam para o leitor. É o protagonista mais coadjuvante que eu já vi. Toda a primeira parte tem a ver com a luta de Adrian pelo título de lorde protetor e da relação entre Ambrose e Perdita. Ambrose que, inicialmente, é um rival de Adrian. E logo ganha o protagonismo da história e vemos como se desenrola sua relação com Perdita e a existência da maquiavélica Evadne manipulando tudo nos bastidores. Somente quando a praga começa a afetar a narrativa é que o foco muda e se volta para... Adrian. Ele agora se torna uma espécie de líder para aqueles que estavam fugindo da doença. Mas, e Lionel? Ele continua a ser alguém levado pelas marés da narrativa. No final da segunda parte e em toda a terceira é que ele assume uma posição mais ativa.

Também me incomodam os plots irrelevantes para a história central. E tem muitos. Do nada, Shelley começa a trabalhar algum personagem avulso que não tem qualquer importância para o desenvolvimento da narrativa ou a evolução dos personagens. Aliás, em se tratando de uma pandemia, vemos diversos personagens morrendo. Ou seja, a gente já sabe que aquele personagem é irrelevante e ele morrerá algumas páginas mais tarde. Ou pior quando ela saca um personagem que ela referenciou em algum momento de algum capítulo obscuro e ela dá relevância ao mesmo. Para matá-lo duas páginas mais tarde. E de nada serviu a existência do mesmo além de causar todo um sofrimento, choro e infortúnio que são descritos longamente por várias páginas. Se o sofrimento dos personagens é descrito em mais páginas do que toda a participação deles na história. O que torna toda a questão do emocional algo chato e tedioso. Vemos os personagens sofrendo tantas vezes que isto perde o impacto no leitor.

Enfim, desculpem o desabafo. Mas, eu fiquei vinte dias preso em uma leitura que teoricamente eu levaria quatro ou cinco. E não é que a narrativa tivesse profundidade ou várias camadas de compreensão. É que ela era chata mesmo. Por vários momentos pensei em abandonar a história, mas avancei bravamente pelo enredo. A ponto de dormir por cima do livro, querer atirar meu kindle na parede e gritar de raiva com os personagens. Só vou manter uma nota mais mediana porque vemos uma Mary Shelley mais madura e por causa do timing de publicação do livro. Até porque se não fosse isso, as notas seriam ainda menores. Mas, espero poder pegar algum material agora que me deixe mais animado e menos rabugento.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Mimi 24/11/2022

Achei a leitura bem arrastada e cansativa.

Foi bem difícil terminar.

Apesar do tema do livro ser a peste tema que eu costumo gostar não achei uma leitura tão agradável.

"Quando o amor não for mais parente do ódio só então haverá irmandade"
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Junior Padilha 19/02/2015

Poucas vezes vi tanta pobreza de imaginação.
Horrível!
Junior Padilha 19/02/2015minha estante
Ah, sim, e a tradução é bem capenga.


@apilhadathay 27/06/2017minha estante
É a edição da Landmark?




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JCnaWeb 11/06/2021

Longo e bem lento
Esse é um livro pra quem tem paciência de ler, se envolver com os personagens...a história principal começa bem tarde, e vai andando lentamente....você se entrosa com apenas uns poucos personagens verdadeiramente.
A tradução desse volume é absolutamente problemática, melhora lá pra mais da metade, parecendo que outra pessoa continuou...
Não é um livro feliz ou pra quem não tem saco de desenvolvimento de uma história.

Eu recomendo a leitura mas procure outra edição.
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