Helena

Helena Machado de Assis...




Resenhas - Helena


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Ana Paula 20/02/2024

Iniciando a mudança de estilo de leitura com esse grande Machado de Assis. Helena foi uma história que achei bem interessante
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Máxima 18/02/2024

É tudo sobre amor.
O livro é triste, confesso que de todos do Machado que eu já li, esse não está no meu Top 3.
É aquela questão, amor impossível, sacrifício, família, Amor.... E no final é tudo sobre amor
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DAboraah 17/02/2024

Simplesmente consternada...
Que livro maravilhoso!! Muito instigante, não dá vontade de parar até chegar no final. Aliás, que final foi esse?! ... sem palavras pra descrever. Minhas teorias e suspeitas foram sendo confirmadas ao decorrer da narrativa, mas eu realmente não esperava por esse fim, fui muito iludida achando que não acabaria triste. Só leio os livros desse senhor brilhante pra me chocar, ter raiva e chorar.
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Thais 17/02/2024

Helena
Como não amar Machado? Helena tem um final surpreendente e que com certeza deve ter chocado a sociedade brasileira da época visto que Machado é afiado em suas críticas.
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Larissa 17/02/2024

Da Transição literária: Uma mistura de romance e realismo

Machado de Assis, nasceu na ladeira Nova do Livramento, no Rio de Janeiro, filho de um pintor de paredes e de uma lavadeira. Pouco se sabe sobre sua infância e adolescência. Acredita-se que tenha ganhado contato com os clássicos e grandes obras literárias por intermédio de sua madrinha a Sra. Barroso. Escreveu para folhetins, conheceu e fez amizades com grandes escritores de sua época como José de Alencar. Foi casado com Carolina e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, que foi fundada em 1896. Em 1904, perdeu sua esposa Carolina o que o deixou em profunda melancolia até os quatro anos anteriores a seu falecimento. Em 29 de setembro de 1908, ele falece cercade de seus amigos, intelectuais e escritores da época.

Esse livro conta a história de uma família da elite do Rio de Janeiro, cujo patriarca falece e deixa uma herança reconhecendo como herdeiro não só seu filho legítimo chamado Estácio e sua tia-irma D. Ursula, mas também uma filha tida fora do casamento chamada Helena. Helena é vista inicialmente como uma interesseira, farsante e aventureira, mas que aos poucos acaba cativando toda a família com seu afeto, carisma, sua personalidade e inteligência. O romance tem uma problematização que tirará a paz dos personagens, que é vista como uma situacao na qual não há solução e um desfecho surpreendente, típica dos romances, com uma descarga sentimental.

"Aquele homem gastará muito mais tempo do que nós em caminhar. Mas não é isto uma simples questão de ponto de vista? A rigor, o tempo corre do mesmo modo, quer o esperdicemos, quer o economizemos. O essencial não é fazer muita coisa no menor prazo; é fazer muita coisa aprazível ou útil. Para aquele preto o mais aprazível é, talvez esse mesmo caminhar a pé, que lhe alongara a jornada, e lhe fará esquecer o cativeiro, se é cativo. É uma hora de pura liberdade".

Nessa edição maravilhosa da antofagica, temos como textos complementares o de Maria Júlia Rego, a ilustradora da obra, que fala sobre sua motivação para criar a arte dessa edição. Maria utiliza a gravura como forma de rememorar o tempo histórico no qual Machado escreveu o livro, prestigiando uma de suas profissões, a de ajudante de tipógrafo que fora esquecida propositalmente na sociedade de elite na qual viveu.
O segundo texto é de Adriana da Costa Teles que é pós-doutora em literatura comparada pela USP, ela cita as influências Shakespeareanas nas obras de Machado, que utiliza especialmente das tragédias para criar intextextualidades que não são simples citações, mas que serve para criar um diálogo com situações nas quais seus próprios personagens vivem, criando uma recontextualizacao. Além da questão patriarcal, contraditória e moralista que envolve toda a trama.

O terceiro texto é de Rogério Fernandes dos Santos que é professor de teoria literária e literaturas de língua portuguesa na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) e doutor em Letras pela USP, com tese sobre o romance machadiano. Além de falar sobre as questões do patriarcado e do conservadorismo que é da época em que o romance está inserido, ele também mostra como a questão dos livros que pertencem aos personagens fala sobre a questão social e da personalidade de cada um, um texto muito interessante.

A edição da FTD de 2013, também é muito boa. Além de esclarecer essa questão de ser um romance de transição com nuances românticos e realistas, possui varia imagens do autor, do primeiro livro impresso, do jornal O globo no qual a obra foi publicada nos folhetins de capítulo em capítulo. Vale ressaltar que naquela época a obra só se tornava um livro impresso se fizesse sucesso nos folhetins, diferente de hoje em dia. Narra um pouco da história do romantismo no Brasil e a biografia do autor.

Eu gostei da experiência de leitura, que foi muito rica não só pelos textos complementares mas também pela vídeo aula disponibilizada pela antofagica que é muito rica, aumentando muito o nosso repertório de aprendizagem. Essa não é minha obra favorita do Machado, mas mesmo sendo catalogada como pertencente a geração do romantismo, a obra na verdade é um misto, pois também em seus primeiros romances o autor já colocava em seus textos um pé do que viria a ser sua segunda fase, que seria o realismo. Então existe uma crítica aos padrões da época sim, porém de forma mais sutil, que requer atenção do leitor. Ao notar esses detalhes acabei apreciando mais a leitura. Recomendo muito esse livro, a edição também pois os textos de apoio são maravilhosos e enriquecedores.

Nota: três estrelas e meia.
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Pk_Affonso1408 15/02/2024

O romantismo de Machado de Assis.
Essa é, provavelmente, a obra mais romântica dentre os títulos publicados do autor, mas, sendo Machado de Assis assíduo observador das hipocrisias e das enfermidades de sua sociedade, a história inteira é permeada pelos toques críticos de realidade que embalsamaram suas obras futuras. Para admiradores de plantão, não há sequer a possibilidade de não seguir pistas daquele Machado que ainda estaria por vir e ver nas palavras do ?eu lírico? mais jovem, o que já se conhece do ?eu lírico? mais maduro. O mesmo acontece com as personagens, que são realmente embriões do que seria apresentado em Dom Casmurro. Descobrir a personalidade e a trajetória de Helena é como deparar-se com uma projeção, uma ?encarnação? anterior da própria Capitu. Como se houvesse a necessidade de que uma morresse para dar lugar a outra. (?) ?Se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca?.
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Roberta 14/02/2024

O que é verdade e o que é mentira?
O que é verdade e o que é mentira? Ou melhor, o que é realidade e o que é romantização?

Helena é um livro amplamente relacionado ao Romantismo, e podemos mesmo ver traços dessa corrente literária. Mas, ao decorrer da leitura, percebe-se a tensão entre mentira e verdade. Os acontecimentos são frequentemente questionados por Estácio, que insiste em procurar a realidade e aliar-se a ela. Esse movimento é sempre feito com base na sociedade e seus preceitos morais, incluindo-se entre eles a necessidade de se manter aparências.ele é um pé que temos no Realismo.
Helena, protagonista, é caracterizada como uma perfeita heroína romântica: correta, agradável, amável. Mas, em muitos momentos, é independente, tem seus movimentos próprios. Alguns dizem que ela é o oposto de Capitu. Será? Dadas as circunstâncias, não haveria nela um embrião de Capitu? Por fim, lembremos que em vários momentos ela é caracterizada como morta, com seu corpo desfalecido, olhos semicerrados. O narrador quer que a gente perceba isso. Sendo ela uma personagem facilmente associada ao romantismo, não seria ela própria uma metáfora do Romantismo (agora com letra maiúscula) e sua tradição literária? O narrador parece tensionar realismo e romantismo, evidenciando, página a página, o trágico fim do segundo.

Helena é um livro belíssimo, que tem muitos elementos em suas páginas e pode ser analisado de diversos ângulos. Machado era genial!
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Maria 14/02/2024

Helena..
De princípio, deixo bem claro que a leitura é um pouco complicada. Eu fiz questão de ler com um dicionário por perto.

Esse livro foi bem difícil de se ler e ainda de entender a história. Mas a princípio tende a ser bom. Eu me identifiquei muito com helena, temos uma história bem parecida.

Não tenho muito o que falar sobre o enredo da história, pois não entendi boa parte, mas consegui pegar a história por completo.

Alguns personagens são bem interessantes, como o Estácio e a D. Úrsula. Helena em si pareceu um pouco monótona.

Para entender mais sobre a história, recomendo o uso de dicionário e paciência para entender.
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annikav.a 14/02/2024

Romance romântico do Romantismo
Não é pleonasmo, mas talvez seja forçar a barra atribuir a Helena a alcunha de romântico. Mais adequado seria "trágico", como os vários paralelos a obras shakespearianas evidenciam. Apesar de trágico e "romanesco" (que não é em si defeito, coisa que Machado não parece crer) alguns personagens, como a própria Helena, o Mendonça e o Camargo nos trazem pontualmente comentários sociais que ancoram a narrativa em circunstâncias reais. Outra instância é a das alegorias (livros que cada personagem possui e lê) e simbolismos (formiga e mariposa), elementos que não notei na minha primeira leitura há anos atrás; noto somente agora com a brilhante edição da Antofágica e seus posfácios sempre enriquecedores. Helena é uma personagem extremamente perspicaz, mas ao olhar contemporâneo é fácil desconsiderá-la por sua aparente docilidade e submissão a todos os homens de sua vida - e até a D. Úrsula, que representa essa rigidez social. Eu tive de fazer o exercício consciente de me colocar no lugar de Helena e pesar na balança as opções disponíveis (venhamos e convenhamos, não muitas, ainda mais tendo em vista que sua mãe, Angela, deve tê-la blindado das loucuras juvenis que a própria cometeu ao "fugir" de casa anos antes e cair na pobreza), só para chegar a conclusão de que também padeceria dos mesmos males. A tragédia não só é encenada na situação impossível e desconfortável revelada por uma série de reviravoltas passadas e presentes, como também é encenada vez após outra pelo fato de que, na vida de Helena, a única pessoa que realmente a antagonizou foi o Camargo, em favor da própria filha, cego pelo ciúmes e pelo egocentrismo (no fundo, Estácio está se tornando exatamente igual, com a diferença de ter nascido já rico, portanto não precisar dos estrategemas e chantagens). De resto, cada um dos homens presentes na vida dela falhou mortalmente, tirou a agência e cometeu um ato de violência contra ela. "Nem todo homem", mas sempre um homem. De boas intenções o inferno está cheio, diria Helena hoje.
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missi-dominique 13/02/2024

Ping-pong moral
Gostei não, não recomendo.

Iniciei a leitura desprevenida, não conhecia o enredo desse romance de Machado.

Em suma, o ponto central da obra é um suposto sentimento incestuoso entre supostos meio-irmãos.

Aos meus olhos a construção dessa narrativa soou mal-intencionada. Parece que o propósito geral do livro não é outro senão relativizar a problemática do sentimento incestuoso. A narrativa conduz o leitor a um jogo de ping-pong moral, onde ora parece certo torcer pelo casal e ora parece errado.

O final é uma tragédia manca, sem conexão com a realidade e sem acabamento.

Decepcionante.
EduardaMarquess 14/02/2024minha estante
Poxa, é o próximo de Machado que quero ler, mas sua resenha deixou-me meio encabulada agora.


missi-dominique 15/02/2024minha estante
Oi, Eduarda!
Assim, eu aprecio demais a escrita do Machado. Foi uma avaliação difícil, pois gosto dele. Só que é uma temática reprovável pra mim, sabe? Não vi propósito positivo na abordagem. Essa interpretação é subjetiva, depende muito do que é caro pra ti moralmente. Mas embora seja difícil de admitir, além da questão moral, eu achei mal-acabado.?

Se você for ler, vou acompanhar suas impressões por aqui ?




FabAola50 13/02/2024

Um amor que parecia impossível, mas, de repente tudo muda e isso nos faz acreditar que não impossíveis para um verdadeiro amor ?
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JefersonBOli 12/02/2024

Quase uma telenovela de época
Antes mesmo de presentear-nos com grandes obras realistas, Machado de Assis navegou pelas águas do Romantismo e, apesar de já maduro em idade, seu ímpeto jovial de um escritor romântico rendeu a nós grandes obras repletas de essência do amor. Entre essas obras, encontra-se ?Helena?. Publicado pela primeira vez em 1876.

Machado usa de seu melhor estilo para dar suas sutis "alfinetadas" e criticar as convenções sociais e costumes da época. Algumas passagens, por meio do olhar doce de Helena, expõe visões de mundo com grande valor para os moldes da época, alimentando o livro com ensinamentos críticos e de grande valia para os tempos atuais. Posso citar uma em particular que me tocou profundamente, quando Estácio aponta a um escravo e, debochado, diz a Helena que o dinheiro é capaz até mesmo de comprar o tempo, pois o servo levaria uma hora para fazer um caminho que eles, ricos, fariam em minutos. Helena, então, diz:


" aquele homem gastará muito mais tempo do que nós em caminhar. Mas não é isto uma simples questão de ponto de vista? A rigor, o tempo corre do mesmo modo, quer o esperdicemos, quer o economizemos. O essencial não é fazer muita coisa no menor prazo; é fazer muita coisa aprazível ou útil. Para aquele preto o mais aprazível é, talvez, esse mesmo caminhar a pé, que lhe alongará a jornada, e lhe fará esquecer o cativeiro, se é cativo. É uma hora de pura liberdade."

Impossível não recomendar um livro de nosso ilústre Machado de Assis. Este tírulo, em especial, é como uma boa telenovela de época: apaixonante, instigante, viciante. Acontecimentos e reviravoltas fazem com que as páginas sejam passadas rapidamente e a forma como o autor desenvolve seu enredo em uma linha narrativa tão bem costurada faz com que caiamos direto em uma final surpreendentemente poético. Vale muito a pena conferir.
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