Resenhas - O Vendedor de Histórias

Sara Muniz 19/04/2020

RESENHA - O VENDEDOR DE HISTÓRIAS
O Vendedor de Histórias é um romance do norueguês Jostein Gaarder, um dos meus autores preferidos da vida. Publicado em 2004, o livro conta a história de Petter Aranha, um ghost-writer de criatividade inigualável.

Petter era filho de um casal divorciado e um contador de histórias nato. Desde pequeno, já inventava enredos e personagens de todos os tipos. Por ser extremamente inteligente, Petter se sentia superior aos colegas na escola e, inclusive, aceitava fazer deveres de casa por dinheiro.

Na vida adulta, Petter começa a frequentar bares e cafés, onde conhece vários escritores de sucesso e frustrados. Não demora muito até que ele se torne um ghost-writer, ou seja, ele vendia sinopses e resumos de histórias que criava, e o escritor que comprasse poderia utilizar para escrever seu livro e publicar. Apesar de tudo, Petter Aranha (como o chamavam - Petter Parker? haha) se considerava incapaz de escrever um romance, pois acreditava ter ideias demais o tempo todo, o que o impedia de focar em uma só história.

Certo dia, Petter conhece Maria, uma mulher bem mais velha, mas que faz ele se apaixonar pela primeira vez. Depois de um tempo juntos, ela decide que era hora de parar, mas propõe que ele a engravide. Ela queria ter um bebê e criá-lo sozinha, então ele não poderia ver a criança ou saber o nome. Petter aceita e, após engravidá-la, Maria sai de sua vida e ele continua seus negócios.

Jostein Gaarder criou um personagem de personalidade fortíssima; a partir da narrativa em primeira pessoa, conhecemos Petter Aranha, que sempre se achou superior e que tinha uma mente muito criativa. No desenrolar do enredo, vários dos resumos e pequenas histórias que ele cria são apresentadas a nós, leitores, e aí podemos avaliar esses trabalhos e chegar a conclusão de que ele é realmente brilhante.

Se grandes escritores escrevem livros com dicas de escrita para seus leitores (como Stephen King - RESENHA AQUI), Gaarder faz isso em O vendedor de histórias:

Se uma pessoa ainda não aprendeu a escrever depois de doze anos de escola, nunca é tarde demais para frequentar um curso de redação. Existem muitos, há uma grande demanda por eles. O que falta é ter alguma coisa sobre a qual escrever, e isso não pode ser ensinado nas escolas. Não existem cursos de encontrar alguma coisa sobre a qual escrever. Mas eu estava lá, e essa carência se transformou no meu nicho.
Faltava a muitos iniciantes algo tão fundamental como a experiência de vida. É um equivoco pós moderno achar que você pode escrever primeiro e viver depois. Mas muitos jovens querem se tornar escritores principalmente porque querem viver como escritores. Isso é pôr o carro na frente dos bois. É preciso viver primeiro, e depois decidir se tem algo a dizer. A vida é o fator determinante. Escrever é o fruto da vida. A vida não é o fruto do escrever. (p. 121)

O desfecho da tragetória de Petter é surpreendente, o que só prova que a própria vida dele foi a maior história do livro, e que ele poderia ter criado, inclusive. Esse foi mais um livro genial do autor, embora com uma temática diferente das outras que eu já li. Confira resenhas que escrevi de outras obras de Gaarder:

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS E IMAGENS DO LIVRO, ACESSE MEU BLOG:

site: http://interesses-sutis.blogspot.com/2018/10/resenha-o-vendedor-de-historias.html

LetAcia1103 09/11/2021

Nessa obra, o ponto positivo é a grande criatividade do autor, por isso as três estrelinhas, mas a narrativa infelizmente foi um pouco monótona, quase entediante. não foi uma leitura muito proveitosa e não consegui terminar de ler integralmente, talvez algum dia volte pra tentar de novo.

Bianca Nami 06/01/2010

Esse livro é diferente de tudo que já li do Jostein Gaarder, a temática, o desenrolar, e o fim, principalmente.
As histórias que são vendidas são interessantíssimas, dá até vontade de realmente ler aquele livro depois!
Mas que fim é esse? Tive medo de pensar o que poderia ter inspirado alguém a escrever esse fim!
Diferentemente dos outros livros, não chorei, não fiquei pensativa, não tomei a mensagem como conselho pra minha vida, apenas lamentei.
Enfim, decepção total.

Erika 14/08/2021

Um contador de história
Um homem que vive de suas histórias, que cada vez mais envolve as pessoas ao seu redor com seus contos.

Maria.Luiza 20/12/2023

Jesus que final
O livro é bom. Um pouco cansativos com as narrativas em paralelo. Inclusive pulei, hehehe. Mass se si é uma ótima leitura

Luzz 18/03/2021

Livro criativo e inspirador
Muito muito bom... Várias histórias dentro de histórias. O personagem principal nem se fala, me peguei várias vezes pensando: o que o Aranha faria se visse um escritor falando isso kkkk ele tem uma criatividade fora do comum e passa isso pra quem está lendo. Só perdeu meia estrela pelo final que é meio frustrante

Keka 20/05/2010

Nem romance nem filosofia.
O livro narra a história de um rapaz, muito metido (minha opinião) que se acha melhor do que os outros por possuir uma imensa facilidade em criar histórias. Tem algumas filosofias para não filósofos, um tanto interessantes, como o caso das crianças sem alma, nunca tinha pensado nisso, mas, o que aconteceria se nascesse mais pessoas do que existem almas? Interessante, porém, não achei grande coisa o "romance" central, as historinhas bizarras salvaram minha leitura!

EDexter 12/09/2020

Um livro que me surpreendeu e de um final impactante.
Sabe aquele livro que você começa a ler despretensiosamente?! Bem, esse é o livro. Ele já começa lhe cativar desde do início, com as imaginações de uma criança que adora criar mundos com sua mente criativa e utilizsr todas várias estórias como uma doce fuga da realidade.

Apesar de parecer meio bobo, é um livro que me cativou e do qual devorei praticamente no mesmo dia em que comecei a lê-lo. Não digo que é maravilhoso, até porque algumas partes parecem ser repetitivas, mas a chegada proximo final, lhe ganha de novo e faz com que queira logo descobri-lo. O final até parece meio óbvio, mas nada que acabe com o prazer da leitura.

Brena Sâmela 26/12/2012

Vou salvar isso e desligar. Está tudo preparado. Preparado para o maior de todos os saltos.
"Era fácil demais inventar coisas, era como patinar sobre gelo fino, como fazer elegantes piruetas sobre uma crosta quebradiça de gelo que cobre um lago com milhares de braças de profundidade. Havia sempre alguma coisa escura e fria acenando debaixo da superfície."

Petter foi uma criança solitária, com pais divorciados, sua solidão era opcional, não se enquadrava com as crianças de sua idade ou melhor com a maioria das crianças, não via sentindo as brincadeiras que elas faziam eram muito bobas na sua opinião, preferia ficar sozinho com sua imaginação e com o passar do tempo os meninos de sua rua desistiram de chamá-lo para suas brincadeiras, sua única companhia era o Homem-Metro, um homenzinho pequeno que só ele conseguia vê-lo e que saiu de seus sonhos e não se lembra como foi exatamente como ele conseguiu sair de lá.
Sua imaginação sempre foi ilimitada e tão fluente, que podia inventar histórias com uma capacidade incrível.
Enquanto crescia cada vez tinha certeza ser diferente de outros garotos e da maioria das pessoas com quem convivia, quando acabou o colégio percebeu que não se encaixava em nenhum curso, ou faculdade, como a maioria das pessoas, tinha que ter sua independência financeira.
Começou a vender suas histórias (as histórias fluíam tão rapidamente que ele não tinha capacidade de escrever um romance inteiro era insuportavelmente monótomo para ele enquanto outra história já estaria nascendo) a escritores derrotados, ou com algum bloqueio criativo, vendendo sinopses detalhadas ou não, dependendo do cliente, seu trabalho começou a crescer mundialmente e consequentemente ficando cada vez mais perigoso.
Mas sua vida mudou quando ele conheceu Maria.
Com um final surpreendente e uma narrativa excelente Gaarder acerta de novamente em um livro comovente e emocionante sem duvidas ele é meu autor preferido.

Carol Rodrigues 24/09/2009

Excelente
Jostein Gaarder tem uma maneira muito particular de escrever e suas histórias são sempre surpreendentes!
O livro conta a história de um menino que tem a imaginação mais fértil do que a imaginação dos meninos de sua idade.
Ele cresce sozinho, numa família de pais divorciados e prefere brincar sozinho com a sua imaginação do que se envolver nas brincadeiras bobas e vazias dos colegas e vizinhos.
Petter cresce explodindo de idéias que jorram de sua imaginação e um dia, após a morte de sua mãe, ele percebe que terá que arrumar um modo de viver, já que está realmente sozinho.
Petter torna-se um vendedor de histórias, negociando suas idéias e invenções literárias com escritores sem idéias ou com bloqueios criativos.
Petter tem um breve romance com Maria, única mulher com quem ele verdadeiramente se envolve e eles se separam pouco tempo depois com um pacto pra lá de estranho.
As coisas começam a se complicar, quando seus clientes começam a confabular a respeito de suas atividades e temer que fossem descobertos como escritores sem escrupulos e sem imaginação.
Esse livro é um vôo na imaginação, com certeza! Faz a gente pensar no poder da própria imaginação, na linha que separa a realidade da fantasia!

Recomendadíssimo!

Lilia Carvalho 10/09/2009

Livro bom
O início e o fim do livro são muito bons, mas o autor se perde no meio do caminho!

Fiquei decepcionada, pq amei o Mundo de Sofia e mais ainda O dia de curinga...então fui com toda sede ao pote e me deparei com uma leitura cansativa!

Dou nota 03 ao livro, pq mesmo com a enrolação do livro o final torna o livro um pouco mais interessante e a Panina Manina dá um brilho singular à todas as histórias do Petter!
Leiam e tirem suas conclusões!

Intertextualizada 24/01/2024

Conhecer a história de Petter Aranha foi um misto de emoções. Senti diversas coisas pelo personagem: empatia, raiva, pena, incompreensão, ternura.

A trama me prendeu bastante, e a sua singularidade também. Foi interessante acompanhar a mente de um homem que é sempre tomado pelas ondas mais fortes da imaginação e fantasia, as quais o impedem de viver o mundo real. Gostei de poder ver de perto suas ideias e histórias.

O final do livro, no entanto, foi bem previsível para mim. Logo que bati o olho em algumas passagens já sabia exatamente como tudo ia acabar.

Evelyn 17/10/2013

Acho um livro muito interessante, no entanto, com final tragico!
O personagem principal tem um amigo imaginario chamado homem-metro,(por ter um metro de altura) e que o forca a escrever a propria biografia!
Ele possui habilidade em criar pequenas estorias desde a infancia, e quando adulto vende suas estorias para autores quando estes estao sem inspiracao para escreverem seus livros.
Com o desenvolver de sua biografia, percebemos que ele teve varias situacoes traumaticas, mas sua ultima descoberta a respeito de uma mulher por quem estava interessado e oque mais o surpreende e o perturba!
Nao sugiro este livro para criancas ... e o tipo de leitura para adultos!Pelomenos, na minha opiniao!