Moby Dick

Moby Dick Herman Melville




Resenhas - Moby Dick


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Marcos606 03/04/2023

"Me chame de Ismael". O narrador, como seu equivalente bíblico, é um pária. Ismael, que se volta para o mar em busca de significado, transmite ao público a última viagem do Pequod, um navio baleeiro. Em meio a uma história de tribulação, beleza e loucura, o leitor é apresentado a diversos personagens, muitos deles com nomes de ressonância religiosa. O capitão do navio é Ahab, que Ismael e seu amigo Queequeg logo descobrem que está perdendo a cabeça. Starbuck, o primeiro companheiro de Ahab, também reconhece esse problema e é o único no romance a expressar sua desaprovação ao comportamento cada vez mais obsessivo de Ahab. Essa natureza da obsessão de Ahab é revelada pela primeira vez a Ismael e Queequeg depois que os proprietários do Pequod, Peleg e Bildad, explicam a eles que Ahab ainda está se recuperando de um encontro com uma grande baleia que resultou na perda de sua perna. O nome dessa baleia é Moby Dick. O Pequod zarpa e a tripulação logo é informada de que esta jornada será diferente de outras missões baleeiras: desta vez, apesar da relutância de Starbuck, Ahab pretende caçar e matar o bestial Moby Dick, não importa o custo.

Ahab e a tripulação continuam sua jornada movimentada e encontram vários obstáculos ao longo do caminho. Queequeg adoece, levando à construção de um caixão em antecipação ao pior. Depois que ele se recupera, o caixão se torna um bote salva-vidas substituto que acaba salvando a vida de Ismael. Ahab recebe uma profecia de um membro da tripulação informando-o de sua futura morte, que ele ignora.

Uma das maneiras de apreciar a complexidade do romance é através dos nomes que Melville deu a seus personagens, muitos dos quais são compartilhados com figuras religiosas. A primeira linha de Moby Dick identifica Ismael como o narrador; Ismael era o filho ilegítimo de Abraão e foi expulso depois que Isaque nasceu. Ahab, de acordo com a Bíblia hebraica, foi um rei mau que levou os israelitas a uma vida de idolatria. O navio que salva Ismael, o Raquel, leva o nome da mãe de José, conhecida por interceder para proteger seus filhos. É Raquel, conforme descrito no Livro de Jeremias, quem convenceu Deus a acabar com o exílio das tribos judaicas por idolatria. O resgate de Ismael por Rachel em Moby Dick pode, portanto, ser lido como seu retorno do exílio causado por sua cumplicidade (porque ele estava na tripulação do Pequod) na idolatria de Ahab pela baleia. O uso desses nomes por Melville dá ao romance uma rica camada de significado adicional.

A própria baleia é talvez o símbolo mais marcante em Moby Dick, e as interpretações de seu significado variam do Deus judaico-cristão ao ateísmo. Na própria mudança da narrativa de uma missão de herói para uma tragédia, Melville preparou o palco para uma ambiguidade intencional.

O próprio Melville era versado na caça à baleia, tendo passado algum tempo a bordo do Acushnet, um navio baleeiro, que lhe deu experiência em primeira mão. Ele também fez uma enorme quantidade de pesquisas, consultando várias fontes científicas, bem como relatos de eventos históricos que incorporou a Moby Dick. Em particular, a história de Essex fascinou Melville - e talvez tenha servido como sua principal inspiração para o romance. O Essex, um navio baleeiro, foi atacado por um cachalote em 1820. O navio afundou e muitos tripulantes foram perdidos imediatamente ou morreram de fome enquanto aguardavam o resgate por quase oito meses.

Melville fez amizade com o escritor Nathaniel Hawthorne (A Letra Escarlate) durante a escrita de Moby Dick, o que o levou a revisar dramaticamente a narrativa para torná-la mais complexa. O romance é dedicado a Hawthorne por causa disso.
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73 03/04/2023

? - ??? - ?
Terminei de ler é só queria falar que o livro e muito bom, nn sei como NN tinha Pegado pra ler antes 0-0, Enfim... Recomendo muito pra quem gosta de uma pegada de fantasia com aventura ou até mesmo uma pegada de piratas, as Cenas do livro são muito boas e te faz ficar curioso para ver oque aconteceu. ((Só pra avisar que eu gosto mais da Cachalote)). .????.
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Dudu Menezes 01/04/2023

Lição para a vida...
Existe outra saída! Qual? O mar! Disso sabia Ismael, que não é o protagonista de Moby Dick, mas, como narrador-personagem, nos oferece as motivações para embarcar no Pequod e conhecer Ahab - o velho capitão do navio.

Um homem que, assim como eu e você, tem uma obsessão. Pode ser que a sua esteja ainda oculta, mas um dia ela vai emergir do seu inconsciente, como uma baleia que vem à superfície porque precisa "respirar".

A partir daí não terá volta. Você vai dedicar a sua vida a perseguir a sua "baleia branca". Não descansará até que possa conseguir a sua "vingança" pessoal.

Ahab desenvolveu esse fascínio pela caça à Moby Dick porque, em outro momento, ela lhe arrancou a perna. É assim com cada um de nós. Só nos lançamos no "mar da vida", em busca da nossa "grande aventura", quando descobrimos qual parte nos foi arrancada, desde que nascemos, porque de alguma forma precisamos que ela nos seja restituída!

Até quando Ahab constrói a prótese para a sua perna, ela é feita do osso de uma baleia! É a metamorfose da vida, irmã gêmea da morte, que se funde ao nosso corpo e nos provoca rumo ao desconhecido, "ao monstruoso", ao que nos causa o maior dos medos, e que, justamente por tudo isso, nos conduz, em botes precários, ao impossível.

E, se estamos no terreno do impossível, da utopia, da nossa incapacidade de compreensão total do mundo, como não lembrar de Dom Quixote e do seu "mergulho" em direção à aventura mais humana de todas: a busca por liberdade, igualdade e justiça?

Claro que Moby Dick tem outro contexto histórico, que remete ao final do século XIX, tendo como escritor um norte-americano, Herman Melville, que tece duras críticas ao projeto expansionista dos Estados Unidos. Sim! O contexto é importante. Mas a "loucura" de Ahab e Dom Quixote tem algo que encontra a nossa própria loucura. Uma busca, sem fim, pelo inatingível, mas que, ainda assim, é a centelha de vida que nos impulsiona rumo ao mais profundo das nossas convicções, como se para lá estivéssemos sendo conduzidos, sem chance de voltar.

Um convite ao incrível poder da incerteza. Um lugar que só a literatura é capaz de nos levar; seja "preso" à uma baleia ou "montado" em um cavalo!
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aninha590 25/03/2023

O Mar Escrito de Melville
Apesar de ser, sem dúvidas, uma leitura desafiadora e até cansativa em partes, consegui me divertir muito navegando dentre as páginas de Melville. Com uma temática curiosa para seu tempo - devido à falta de conhecido popular sobre a aparência e o funcionamento de uma baleia no século XIX - o autor brilha em sua peculiaridade e traz o conhecimento cientifico para dentro das páginas.
Misturando misticismo, luto, raiva e vingança, Melville consegue criar uma narrativa brilhante e que, definitivamente, vai me fazer pensar por algum tempo. Achei extremamente interessante as alegorias religiosas e as mudanças bruscas de estilo literário entre os capitulos (que mudava de Peça para Narrativa frequentemente).
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Campodeverao 20/03/2023

Tipo, livro enorme para pouca história. Dá pra dividir em dois livros: a enfim história e o livro didático. Cansativo até. Tirando metade do livro, até que é bom.
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Lara 18/03/2023

História interresante
Gostei do livro, tem mensagens importantes e um final impactante. É uma releitura do livro original, com personagens interresantes, mas que se perdem ao longo da história.

O livro é narrado por Ismael um marinheiro a bordo de um navio que caça baleias, o capitão Acab teve uma perna arrancada por um cachalote branco, chamado Moby Dick. Ele busca vingança contra o animal, mas até onde ele pode ir para conseguir isso?
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Dafny2 14/03/2023

Pequod
É uma leitura difícil e precisa de muita concentração, muitas vezes me peguei caindo no sono mas não por ser um livro ruim. O livro me mostrou um Capitão cego de vingança levando seus companheiros de jornada até o fundo do oceano, ele teve o que mereceu.
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Soliguetti 14/03/2023

Uma leitura dividida
Moby Dick, de Herman Melville, é um livro que com certeza deixará muitos leitores divididos em suas opiniões. Para alguns, é um clássico atemporal e uma das maiores obras-primas da literatura americana. Para outros, pode parecer uma leitura cansativa e repetitiva em certos momentos.

Apesar de ter começado de forma promissora, com uma narrativa cheia de detalhes e curiosidades sobre a vida no mar e sobre as baleias, o livro começou a se tornar repetitivo a partir da segunda metade. A obsessão do capitão Acab por Moby Dick acaba se tornando cansativa.

Ao mesmo tempo, alguns personagens importantes, como Queequeg, acabaram se perdendo na narrativa. Talvez isso tenha sido uma consequência da amplitude da história, que abrange muitos personagens e muitos aspectos da vida no mar, mas ainda assim, é um ponto que merece ser destacado.

É importante ressaltar que Moby Dick foi escrito em uma época em que livros como esse eram vistos como uma grande aventura e uma fonte de conhecimento sobre a vida no mar e sobre as baleias. No entanto, isso não muda o fato de que a obra pode parecer estranha ou desinteressante para alguns leitores modernos.

Embora não tenha sido uma leitura perfeita para mim, ainda assim é uma obra importante e fascinante em muitos aspectos, que vale a pena ser lida e apreciada por aqueles que se interessam por aventuras épicas e clássicos literários.
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Manoel 11/03/2023

Gostei bastante, li a versão resumida que tinha na biblioteca da escola (190 páginas), mas com clássicos eu sinto que é mais importante entender a mensagem e a história em si, do quê buscar tanto as versões originais. Uma leitura que eu pretendia ter a anos e posso dizer que foi uma leitura divertida, principalmente pra quem gosta de algo relacionado ao mar, personagens interessantes, a obsessão do capitão Ahab, que acaba ignorando o principal objetivo da viagem e desenvolvendo uma psicose em Moby Dick. A grande baleia branca fora sendo trabalhada durante todo o livro, sua grandeza e maestria, é uma tremenda emoção ao leitor finalmente encontrá-la, me senti em meio ao infinito oceano lendo o livro, recomendo demais.
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Mary Maia 10/03/2023

Clássico - Bom ?
Meu planejamento esse ano é ler algumas obras clássicas.
Não dá para dizer que o livro é maravilhoso, mas eu curti. Preciso deixar claro que tenho uma queda por esses assuntos (mar, animais marinhos, navios etc) e isso faz com que eu tenha uma tendência a gostar mais do que não.
Vale a pena? Claro!
Só não pense que você vai ter a experiência literária da vida.
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Clara 10/03/2023

Livrinho complicado viu não vou mentir. Ele começa muito bem, queria tanto que a amizade do Ismael e do Queequeg fosse mais desenvolvida ao longo do caminho. E ele termina maravilhosamente, fiquei muito emocionada e impressionada com o final. O problema é tudo que acontece entre o começo e o fim.
É arrastado, desnecessário, pouca coisa acontece, capítulos e mais capítulos descrevendo a baleia, as pessoas, o navio? é difícil não desistir.
Ainda to debatendo internamente se vale a pena a persistência de ler 100 capítulos chatos pra ler os últimos 5 que são lindos.
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Luciana1005 03/03/2023

Moby Dick
Moby Dick foi uma surpresa literária! Primeiro, porque minha vontade de ler esse clássico era zero. Por trazer um tema delicado, como a caça às baleias, tinha muito receio de ficar emocionalmente mal com a leitura.

Eis que o universo literário segue me surpreendendo! Ao dar uma chance para Moby Dick me permiti mergulhar em um texto com diferentes estilos narrativos! Ele está entre as minhas MELHORES leituras do ano passado.

O livro é narrado em primeira pessoa por um personagem chamado Ishmael. E o que dizer de Ishmael? ? Em linguagem informal: Ismael é uma figura!!! Além dele, Melville dá vida a personagens interessantíssimos. A construção do Capitão Ahab é maravilhosa, ele ajuda a trazer uma atmosfera misteriosa e fantasmagórica para a trama. A representatividade de Queequeg é única, ele levanta muitas reflexões sobre preconceitos. O xenofobismo e o racismo são pontos altos nas passagens que envolvem esse personagem.

Também tive a oportunidade de conhecer detalhadamente (mesmo!) um navio baleeiro, cachalotes e detalhes da caça às baleias, atividade que na época , era uma profissão EXTREMAMENTE perigosa e que rendia um lucro considerável para a economia mundial. A sociedade da época compactuava com a exploração desses homens que iam para o mar, com o objetivo de ganhar o sustento de suas famílias e muitas vezes não voltavam. Em um texto da edição da editora Antofagica, Caetano W. Galindo, ressalta que Melville tinha plena consciência do cinismo, do absurdo e da crueldade do comércio baleiro. Acho que dá para entender a grandiosidade dessa reflexão, neh!?

O que mais me encantou na narrativa foi a capacidade que Melville tem para dar vida para as cenas de ações. São passagens muito reais e bem escritas. O texto é dinâmico, tem movimento, tem VIDA!

E não posso deixar de trazer a citação de Albert Camus que sabiamente diz que as obras de Melville traçam uma experiência ESPIRITUAL de intensidade inigualável e que são em alguma medida simbólicas. É isso!

Simplesmente AMEI fazer a leitura de Moby Dick. Meu apego por ele vai muito além de ter gostado da história. Está muito mais relacionado a tudo que me ensinou e a experiência de leitura que me proporcionou!

??????????
Alexsander.Rosa 03/03/2023minha estante
Sua resenha me fez querer ler esse livro kakakaka eu tava com um pé meio atrás pra ler, mas agora estou muito curioso sobre essa história ?


Nah S 03/03/2023minha estante
Adicionei na minha lista pq sua resenha já me levou pra dentro do livro! J




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