Resenhas - Moby Dick

myrayyyyyy 07/12/2022

Se eu pudesse, jamais teria lido.
O que pensei que seria uma experiência única, realmente foi: um livro extenso, chato e que só tem algum desenvolvimento nas últimas 15 páginas.
Fim.

Joao.Alessandre 13/11/2022

Moby Dick - jamais esquecerei de você!!
Impactante. Desafiador. Cruel. Gigantesco. Tecnicista. Várias camadas. Épico, trágico. Previsibilidade que surpreendente... adorável!!! Muitas descrições poderiam ser aplicadas ao livro. Todas adequadas e incompletas.
Surpreende e atende as expectativas a edição. Tradução primorosa e ilustrações fantásticas tornam o texto mais "digerível" para nós leitores não especialistas e calejados.

Longas digressoes existenciais,  descrições anatômicas minuciosas, aspectos náuticos peculiares com frequência irritam e tornam a progressão da leitura lenta assim como a embarcação numa tarde de calmaria, modorrenta.

Moby Dick retrata um momento histórico diverso com valores próprios que chocam quando lemos com o "código de ética" da nossa época. Porém é provocativo, perspicaz. Quase nos obriga a um planejamento futuro de releituras e novos mergulhos nesta aventura asfixiante e arrebatadora.

Dernhelm 14/03/2021

Moby Dick
Me interessei por Moby Dick depois de ver uma publicação no skoob, e não me decepcionei com isso. Ao contrário do que eu imaginei, o livro começa com a "mini aventura" de Ishmael, o narrador, até chegar ao principal da estória , a caça à Moby Dick. Em algumas partes me diverti muito com as situações passadas por Ishmael é também por outros personagens. Como uma fã de Júlio Verne, gostei muito do livro trazer informações científicas e descrições das atividades baleeiras (mesmo me perdendo nos termos usados), dando um ar mais realista ao livro. O final ultrapassou minhas expectativas e teorias, me deixando em choque.
Leiam. Simplesmente leiam.

Felipe 29/08/2020

Homem vs Destino
Qualquer lista sobre “Livros mais importantes da história” vai constar Moby Dick e não é para menos. Se quando foi lançado, bem na metade do século 19, não foi bem recebido (apesar de Melville já ser conhecido por obras como Typee ou Mardi), hoje é um clássico que revolucionou a prosa e a narrativa em romances. Influências e referências não faltam em obras que vieram nos anos seguintes até os nossos dias.
Começando pelo fim, já posso adiantar que a sensação ao terminar é de uma conquista há muito devida. Apenas com Ilíada senti a mesma comoção.
Melville traz uma obra que funde o naturalismo com o transcendentalismo de maneira brilhante! Há camadas e camadas de simbologia e alegorias, bem como capítulos inteiramente focados em cetologia(estudo dos Cetáceos, aqui focado nas baleias) que para alguns pode parecer muita informação mas acredite...não é desnecessária .Há referências mitológicas e religiosas, há referências históricas e acadêmicas. Impossível absorver tudo numa única leitura.
Apesar do livro levar o mesmo nome da Baleia, a personagem paira como um fantasma na atmosfera mental dos marinheiros, são poucas as vezes que sua presença é física mas suficientes para mostrar seu poder. Na verdade nas primeiras 100 páginas do livro ainda acompanhamos Ishmael em terra firme.
Ishmael, que também é nosso narrador, passa por uns maus bocados procurando uma estalagem antes de achar um navio para partir em busca de novas experiências. Quando finalmente encontra uma é exatamente a mesma onde dorme Queequeg, um “selvagem” que anda por aí vendendo objetos de um gosto...peculiar. Dos imprevistos do início nasce uma amizade que talvez seja um dos mais bonitos e melhores (apresentação e) desenvolvimentos de personagens e relação que já pude ler.
Ahab, o capitão da Pequod, é um monomaníaco que vai convencer a tripulação a juntar-se a sua causa. Sarcástico, abusivo, concedendo xingamentos como saudações, é praticamente modelo original para o arquétipo de Capitão Ranzinza que vemos em tantas obras. Sendo tudo isso, ainda assim é divertido! Não dá pra segurar um riso em algumas demonstrações da sua “rabugice”.
Melville detalhe tudo da madeira do navio aos costumes dos marujos de forma tão fluida que nós nos sentimos parte da tripulação, tão sujos e molhados quanto eles.
A maneira como ele descreve o “Leviatã” quase nos faz esquecer de que são baleias inocentes sendo assassinadas pelo lucro humano. É tão bem escrito que começamos a enxergar uma monstruosidade quase que numa realidade separada. Uma busca incessante por vingança, uma luta entre bem e mal, homem e destino.
Dica: Recomendo a leitura integral sem pausas longas e sem alternar livros. Você precisa viver no mundo de Melville e Ahab por um tempo pra sentir o peso da história e compreender a discussão. Há também muita informação técnica necessária para capítulos futuros que você provavelmente vai esquecer se passar umas semanas sem tocar no livro.

Jkellyds 21/04/2022

Clássico
Demorei 1 ano para terminar esse livro.
Abandonei faltando 70 páginas, mas esse ano resolvi continuar e finalmente terminei.

O livro é bom, mas eu tive que ter força de vontade para concluir pq no começo eu achei muito tedioso.

É o tipo de livro que não se lê duas vezes.

Ps: torcia muito para a baleia, não vou mentir kkk

Jorge Luiz da Silva 20/08/2023

Além de Moby Dick
A história vai muito mais além de Moby Dick. Diversas outras baleias, personagens famosos e assuntos importantes são citados...

Vitor Dilly 21/01/2023

A baleia e o monstro
Resumo da ópera:


Moby Dick é uma baleia branca.

Capitão Ahab é um monstro.
O verdadeiro e único monstro desta história.

Evy 12/07/2023

FABULOSO!
Moby Dick é uma obra-prima literária que me cativou desde a primeira até a ultima página. Claro que em alguns momentos, as extensivas descrições dos mares, das baleias e das embarcações, tornam a leitura um pouco cansativa, mas os apontamentos do narrador e o fato de eu ter verdadeira paixão pelo mar, me ajudaram a manter o engajamento na leitura, tal qual aconteceu em 20 mil Léguas Submarinas de Jules Verne.

Esta edição da renomada Editora 34, que traz essa capa linda e encadernação super confortável de ler (sou fã mesmo), ainda nos presenteia com um prefácio fabuloso de Albert Camus e uma experiência literária apaixonante. Moby Dick nos transporta para o vasto e imprevisível mundo dos mares, onde acompanhamos a emocionante jornada do capitão Ahab em busca de vingança contra a lendária baleia branca que lhe custou a perna.

O enredo intrincado, repleto de reviravoltas e simbolismo, nos envolve profundamente e nos faz mergulhar em uma atmosfera de suspense e aventura que transita entre gêneros literários diversos: ora parece que estamos lendo uma biografia, ora um texto jornalístico, ora um diário, o que demonstra a maestria literária da narrativa de Melville. Seu estilo detalhado e evocativo pinta imagens vívidas em nossa mente, que praticamente nos fazem sentir as brisas salgadas do oceano, o rangido dos mastros e a energia contagiante dos marinheiros. A escrita fluída e rica em metáforas nos leva a refletir sobre a condição humana, explorando temas universais como obsessão, destino e a eterna luta entre o homem e a natureza.

Os personagens de Moby Dick são verdadeiras obras de arte. Ahab, o capitão enigmático e obcecado, cuja determinação beira a loucura, é um protagonista (embora pra mim, a protagonista seja Moby Dick e o antagonista o capitão) magnético que nos fascina e intriga. Queequeg, arpoador da Nova Zelândia de aparência selvagem e perigosa, demonstra ser um ser humano incrível com uma história de vida triste e complexa, além de ser um ótimo amigo a Ismael, o narrador que determina o tom dessa obra em vários momentos com suas impressões ora cínicas, ora esperançosas. Os demais membros da tripulação, cada um com sua personalidade marcante e suas histórias peculiares, adicionam camadas de profundidade e complexidade à trama. E claro, a estrela do livro (para mim pelo menos) Moby Dick, a lendária baleia branca poderosa e misteriosa que naufraga navios que a perseguem. Sim, eu torci pela baleia durante toda a leitura!

Impossível não fazer uma reflexão sobre o navio baleeiro Pequod e nossa sociedade. O navio, assim como o mundo, é um vasto e complexo cenário onde inúmeras histórias se entrelaçam. Cada personagem a bordo do navio representa uma faceta da humanidade, uma peça que compõe a sociedade com suas divisões por classes, seus preconceitos e obsessão pelo poder. A diversidade de nacionalidades, origens e crenças entre os tripulantes reflete a pluralidade e a complexidade do mundo real.

Moby Dick é um livro que transcende gerações. Sua mensagem sobre a natureza humana e os limites do poder humano ressoa até os dias de hoje. É uma obra que nos desafia a refletir sobre a sociedade, nosso lugar no mundo e em especial sobre nossas próprias obsessões e os sacrifícios que fazemos em busca de nossos objetivos. Destaco ainda a incrível narrativa dos últimos três dias dessa aventura quando finalmente Pequod encontra Moby Dick e a luta entre homem e natureza acontecem.

Uma obra realmente incrível. Super recomendo a leitura!!

morillu 18/01/2022

gostei mas não me conquistou
a história narra as aventuras de ishmael e sua tripulação de um navio baleeiro, em busca da grande e temível cachalote branca (moby dick, que todos já conhecem) e que no passado arrancou uma de suas pernas, seu corpo é marcado por arpões de todos que tentaram tirar sua vida. não foi uma leitura pesada, bastante informativo. recomendo.

Edilene Freitas 15/04/2021

Uma história sobre o que a vingança é capaz de fazer na vida de alguém. Ahab é movido por um sentimento de ódio à baleia branca e nada, nem ninguém ao seu redor é capaz de dissuadi-lo de seu plano de vingar-se de Moby Dick. O livro é arrastado em muitos momentos, vários capítulos poderiam ter sido pulados sem que a história fosse afetada. Não se tornou um preferido, mas gostei de tê-lo concluído.

Aline.Rodrigues 29/01/2023

Um dos livros mais estranhos que li?
Este livro é diferente de tudo que já li. Primeiramente ele é completo em tudo: é poético, é jornalístico, é narrativo. Uma escrita deliciosa, bem-humorada e simples. O narrador conversa com você. Muito diferente do que esperava. Mas, o final? este sim, faz com que a estranheza no decorrer do livro se torne banal.

Nath 06/01/2022

Muito bom finalmente ler esse clássico. Amei e tive ainda melhores experiências com o audiobook. Primeiro do ano.

Gabrielli 11/08/2023

O grandioso épico americano
Não existe nada como Moby Dick e nunca existirá. Quem só enxerga uma caçada nesse livro infelizmente não entendeu o objetivo da literatura.

Por meio de um livro grandioso (como o próprio Melville explica em um dos capítulos, não poderia ser um livro pequeno para tratar de um objeto tão grandioso), o autor traz referências bíblicas e literárias quase infinitas, reflexões filosóficas e espirituais, termos náuticos técnicos e, sobretudo, a busca do entendimento da alma humana.

Para mim, o que há de melhor na obra é isso: o livre-arbítrio contra o destino, o bem e o mal dentro de cada ser humano e a luta contra as forças da natureza. Natureza esta que segue seu curso, independentemente da nossa teimosia.

A releitura do meu livro preferido de todos os tempos só fez com que ele fincasse raízes ainda mais profundas no pódio. Um clássico que merece muito mais do que a alcunha de "um livro sobre caça às baleias", o que infelizmente joga a 'nota' dele lá embaixo. Provavelmente não existe tratado maior contra a caçada do que esse livro: uma ode à natureza que só Melville conseguiria deixar tão poética, e ao mesmo tempo tão sombria e amendrontadora.

Jéssica Passos 27/06/2020

Não tenho palavras suficientes para descrever!
Esse livro me encantou! Não esperava uma leitura tão agradável e reflexiva ao mesmo tempo. Há partes engraçadas, embora a narrativa seja um tanto obscura e cheia de análises psicológicas espelhadas nos personagens do livro.
Existem alguns capítulos sobre cetologia que são um pouco cansativos, mas super interessantes.
A leitura de Moby Dick é mais do que recomendável, ela é necessária! ?

Claudia.livros 15/08/2023

Mais uma obra de arte da literatura mundial concluída com sucesso.
E que obra!

"Trate-me por Ishmael"

No processo de leitura, somos levados pelo narrador, Ishmael, tripulante recém contratado do baleeiro Pequod, a conhecer não só o navio, como sua tripulação, seus companheiros de jornada, os preparativos da viagem e todos os detalhes que fazem parte de uma caça às baleias por volta de 1850. Conhecemos detalhes do navio e seus acessórios de caça. Nessa parte do livro ele mais se parece com um documentário. Alguns podem até achar enfadonho, mas é muito interessante.

No desenvolvimento da história, saímos de Nantucket (EUA) em uma viagem que normalmente demora vários anos para se completar. Ishmael nos apresenta seus companheiros de jornada, como Queequeg, Starbuck, Flask, Stubb, Tashtego e Daggoo e tantos outros.

E quem é o capitão do navio? O capitão é Ahab. Misterioso e cheio de segredos, é Ahab, envolvido em seu projeto de vingança contra a baleia que arrancou sua perna (Moby Dick), que nos leva nessa viagem cheia de desafios, aventuras, de vitórias e de perdas, de espiritualidade vibrante e muita superstição.

Vamos navegando, sentindo seus capítulos como ondas do mar, alguns tranquilos, outros emocionantes, encontrando referências bíblicas e referências literárias de todo tipo pelo caminho. Há Deus cristão e deuses pagãos. Há Shakespeare! O livro todo é de um simbolismo profundo.

E há Moby Dick. Vibrante e arrojada. Solitária, sai pelos oceanos, cuidando da própria vida, mas se vê um grupo de baleias em perigo, avança e destrói os inimigos. É implacável! Os humanos que sobrevivem só aumentam a lenda a seu respeito. É uma potência da natureza. Forte e indomável.

?Oh capitão, meu capitão, nossa temida viagem se completou.?