Nação Crioula

Nação Crioula José Eduardo Agualusa




Resenhas - Nação Crioula


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Pablo 12/01/2024

Ana Olímpia
Nota:
4.0
Data:
2 de janeiro de 2024, Terça-feira.

Personagem Marcante:
Ana Olímpia

Resenha:
Demorei para engatar na história, mas depois da caçada aos jacarés e a morte súbita de um dos viajantes, tudo começa a crescer. Tanto a vivacidade de Fradique, quanto seu discurso abolicionista que só soa mais vivo! Ana Olímpia e sua trama condizem muito com a escravatura, e sua carta no final, sublime.
"Como uma pedra debaixo da água, não sentia a chuva, da mesma forma que aprendi o que é a escravidão só quando senti o que de verdade era a liberdade".
E:
"O mau é como um formigueiro, não algo só, não uma pessoa só, mas várias pessoas agindo de um prol único".
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Melissa 12/12/2023

Esse aqui achei meio um tédio. Escrevendo depois de alguns meses sobre ele, reparei que lembro de poucas coisas muito específicas. Acho que não me pegou muito.
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Lilly 10/09/2022

Cansativo e tedioso em certos ocasiões, o livro também é um pouco confuso, no início é até tranquilo, porém você começa a se "embaralhar" no decorrer da "história"
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Carol 13/03/2022

Releitura
Segunda vez que leio este livro e a leitura foi maravilhosa outra vez. O livro é curto, com capítulos pequenos, e sua escrita é envolvente.

Vale MUITOOOO sair do eixo Europa-EUA e ler textos de autores africanos, como Agualusa (Angola), Mia Couto (Moçambique), Chimamanda Adichie (Nigéria), dentre outros nomes tão maravilhosos quanto. Leituras como essas ampliam nossa cultura
Marlon 17/03/2022minha estante
Concordo com vc, se faz urgente sairmos desse eixo Europa-EUA e nos inteirarmos de outros universos literários, seja da Ásia, da África, da América do sul, e, obviamente, do Brasil. Gostei da resenha, Carol. Tenha uma boa noite.




vivs7 17/02/2022

nação crioula.
um romance histórico e secreto, sobre escravidão, sobre poder, sobre riqueza, sobre o movimento negro em geral. vemos escravocratas, escravos, abolicionistas, lutadores de capoeira, em uma luta mortal por um mundo novo.
leitura reflexiva, mas não gosto muito do formato (em cartas), não me permite me aprofundar muito na história e por isso as três estrelas.
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Lílian 09/09/2021

Uma festa de recursos e referências
Um livro muito bonito esteticamente e muito rápido de ler (ainda mais pra quem anda com a insônia em dia como eu), tanto por ser pequeno quanto por ser envolvente.

Agualusa cata meio mundo de recursos linguísticos, estilísticos, literários e toca a escrever. Aí vem um desfile de intertextualidade, historicidade, humor, sarcasmo, crítica histórico-social e isso e aquilo...

Assim o autor constrói essa obra singular, que é muito simples por concepção, é "só" um romance de missivas, mas um espetáculo pelo conteúdo, pelo modo como é desenvolvido e pelo tema e escolhas de abordagem.
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linne 30/09/2020

Razoável
Livros em formato de epístola sempre me fazem demorar a leitura, então, não me agradou muito.
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Cheiro de Livro 05/05/2016

Nação Crioula
O angolano José Eduardo Agualusa pega emprestado um personagem de Eça de Queiroz, Fradique Mendes, para construir um romance epistolar que mostra o que aproxima Angola, Brasil e Portugal, nações que hoje parecem tão distantes.

Sempre me intriga a falta de intercâmbio literário entre as nações lusófonas, ainda mais porque temos tanto em comum. Pegar um livro escrito por um angolano como o Agualusa e começar a ler quase não se percebe que escrito por alguém que não é brasileiro. As maioria das referencias nos são familiares, o ritmo e a construção da narrativa também. É mais simples compreender um livro escrito por um africano lusófono do que por um português, pelo menos para mim. Não que romances portugueses sejam incompreensíveis, só são diferentes e as diferenças saltam aos olhos o dos africanos não.

Tenho que confessar que não conhecia Fradique Mendes, narrador central do livro e personagem originalmente de Eça de Queiroz, só soube do empréstimo de personagem que Agualusa tinha feito depois de terminar de ler o livro e isso fez com que A Correspondência de Fradique Mendes entrasse na minha lista de futuras leituras. As cartas de Fraquide a Madame Jouarre, a Eça de Queiroz e a nossa heroína Ana Olímpia são o que constroem a narrativa, é um romance epistolar clássico. Vamos conhecendo as aventuras de Fraquide ao conhecer Luanda através de suas impressões enviadas para sua madrinha, particularmente adoro um bom romance epistolar e esse é um deles.

Fradique se apaixona por Ana Olímpia, uma filha de escrava que se casou com o dono da mãe, a primeira vista e é esse amor que vai nortear a narrativa. O marido de Ana Olímpia é um personagem secundário que se impõe por ser um traficante de escravos. O debate sobre a escravidão é um pretexto para se falar sobre como o trafico negreiro e a escravidão foram importantes para a construção da identidade brasileira e angolana e como essa migração forçada de africanos de diferentes tribos e nações nos une a África bem mais do que debatemos por aqui.

Não querendo contar spoilers vou dizer apenas que Ana Olímpia e Fradique vem parar em Olinda e acabam donos de um engenho no Recôncavo Baiano. É aqui no Brasil que o caminho de Fradique se cruza com José do Patrocino e Joaquim Nabuco e a causa abolicionista. O debate com Ana Olímpia que liberta seus escravos nas fazendas e não os da casa é ótimo e tem uma triste semelhança com certos argumentos sobre a lei dos empregados domésticos.

Sou fã do Agualusa, leio todos os seus livros que chegam em terras tupiniquins e esse é um dos que mais recomendo. É desses livros que mostram o quanto perdemos ao não olharmos para os demais países lusófonos, ficamos lendo traduções e acabamos perdendo todo um mundo que nos é tão familiar e que ignoramos na maior parte do tempo.

site: http://cheirodelivro.com/nacao-crioula/
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Inês Montenegro 06/02/2016

Pareceu-me que este livro está para “A Correspondência de Fradique Mendes” (Eça de Queirós) como “Wide Sargasso Sea” está para “Jane Eyre”.
Seguindo o modelo epistolar, muito em voga na ficção do século XIX, espaço temporal da história, Agualusa aproveita a brecha deixada por Eça para desenvolver a personagem de Fradique. Nesta obra, dá-lhe uma vida e acontecimentos nas então colónias portuguesas em África e, mais tarde, no Brasil já independente, criando assim uma subversão na portuguesidade com a trindade Europa-África-América.

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2015/10/24/nacao-crioula-jose-eduardo-agualusa/
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Eliano 21/07/2013

Nação Crioula
O Nação Crioula foi o último navio negreiro a fazer a travessia do Atlântico, portando em seus porões os negros que serviriam de escravos no Brasil. O tráfico de africanos era um verdadeiro atentando contra os direitos humanos. Durante as longas viagens marítimas poucos resistiam às condições miseráveis, às moléstias e aos açoites a que eram submetidos, sabe-se que poucos dias após o embarque, os corpos começavam a se amontoar, e os devaneios dos que sobreviviam eram tantos que começavam a matar uns aos outros e a si mesmos.




Esta obra de Agualusa é antes de tudo uma estória de escravidão, não apenas dos que foram escravizados, mas dos que escravizaram.


Fradique Mendes é o personagem principal, que narra através de cartas, suas andanças, aventuras e sua paixão por Ana Olímpia, uma mulata de Angola, filha de uma escrava com um escravocrata e viúva de um rico traficante de negros que era adepto dos movimentos abolicionistas. Ana Olímpia irá se fazer presente no pensamento de Fradique desde quando ele a conhece e será destinatária de várias correspondências. Ele também escreverá a sua Madrinha madame Jouarre, e a seu amigo Eça de Queirós.


Embora Nação Crioula seja uma obra fictícia, ela nos remete muito realmente a realidade do século XIX, de modo que figuras reais da história do Brasil aparecem, por exemplo, o importante abolicionista brasileiro, José do Patrocínio. Vale ressaltar que Fradique Medes é um personagem criado anos antes por Eça de Queirós e reaparece neste romance, tornando-o um livro recheado de intertextualidade.


É notável a crítica destinada a aristocracia. José Eduardo Agualusa aborda de maneira extremamente poética a questão social de Angola, Portugal e Brasil, expõe o modo de pensar de uma sociedade hipócrita, de maneira que quem estava sob as correntes e selas não eram os prisioneiros, escravos sim, mas livres, porque tinham uma liberdade que seus escravizadores nunca a teriam, a liberdade de espírito.

site: http://nosseuslivrosnosseusdiscos.blogspot.com.br/2012/12/nacao-crioula.html
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Jéssica 02/04/2013

"Ana Olímpia nasceu com efeito escrava, filha de uma escrava. O seu pai, porém foi um príncipe... que apodreceu numa cela..." "Victorino Vaz de Caminha, um velho muito curioso, tomou a mulher (do príncipe)grávida como cozinheira e catorze anos anos mais tarde... casou com a filha, Ana Olímpia"


As cartas são em sua maioria de Fradique Mendes para Ana Olímpia, Eça de Queiroz e Madame de Jouarre. Leitura gostosa, como, já percebi, é característica de Agualusa, acompanhada da imagem Angola-Brasil-Portugal em final de 1868-1888. Vê se claramente um ponto de vista filosófico/político e é possível sentir um pouco do perfume de cada país.


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Val 14/02/2012

Nação Crioula
Nação Crioula do autor, JOSE EDUARDO AGUALUSA, conta a história de um amor secreto: a misteriosa ligação entre o aventureiro português Carlos Fradique Mendes e Ana Olímpia Vaz de Caminha, que, tendo nascido escrava, foi uma das pessoas mais ricas e poderosas de Angola. A história se desenrola entre 1868 a 1900 e é contada através das cartas trocadas por Fradique Mendes e sua madrinha, Madame Jouarre, entre ele e Ana Olímpia e com Eça de Queirós. Em Luanda, Lisboa, Paris e Rio de Janeiro, misturam-se personalidades históricas do movimento abolicionista, escravo e escravocratas, lutadores de capoeira, pistoleiros numa luta mortal por um mundo novo.
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