Daughter of Smoke and Bone

Daughter of Smoke and Bone Laini Taylor




Resenhas - Daughter of Smoke and Bone


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Nakaly Oliveira 19/08/2020

Anotações silenciosas
Confesso que por livre e espontânea vontade eu não teria me disposto a ler esse livro. Porém, quando vi o projeto de leitura coletiva organizado por pessoas que admiro, acabei permitindo aceitando essa possibilidade.
Eu jurava que não iria gostar, que lerei exatamente a meta de cada dia e talvez até com esforço. Eu não sei bem porque desse meu preconceito, mas eu o tinha.
A realidade foi diferente, graças a Deus!
Eu atrasei no primeiro dia, mais que compensei no segundo e quando vi estava em 94% da leitura antes da primeira discussão. Se isso não revela o quanto eu fiquei interessada pela trama, talvez minhas palavras o façam.
? A trama toda é cheia de mistérios que a cada página encabula o leitor e o incentiva a avançar páginas a procura de respostas para as perguntas;
? De certa forma, no início eu fiquei um tanto quanto irritada com a protagonista por ela ser tão ignorante quanto à sua própria história, mas por fim eu acabei relevando isso;
? A mudança do foco narrativo com toda certeza foi um dos pontos que mais me cativou. Pude até certo ponto entender também o que Akiva passou, o que sentia e foi emocionante;
? Que final foi esse? O livro claramente termina de forma que quase te obriga a ler a continuação. Eu que sou uma pessoa muito curiosa estou me segurando para não atropelar outras leituras para ler o restante dessa triologia;
? Gostei muito da construção de mundos da autora, no fim eu não consegui não me apaixonar por todos.
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Karol Almeida 02/08/2020

Tecnicamente uma releitura (já que tinha lido antes em português) mas com uma percepção completamente diferente da primeira. É sempre um desafio ler um livro de fantasia em inglês, e a teacher curiosa que sou, não posso ver uma palavra estranha que já vou tentar entender o significado e uso, então demorei bem mais para ler que o normal. Ao ler devagar, consegui entender aspectos do livro que talvez tenham passado despercebidos na primeira vez. Que livro profundo. Apesar de ser um livro de fantasia, ele trás mensagens lindas sobre amor, amizade e esperança. Karou, essa personagem linda, carismática, corajosa e maravilhosa nos mostra que precisamos saber muito mais para que os nossos pré conceitos sobre alguém não se tornem julgamentos errados. É um livro lindo, com reviravoltas incríveis e personagens secundários que merecem o universo inteiro. Triste demais que a intrínseca não tenha dado tanto valor a uma história tão incrível!
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Mayhematnight 19/07/2020

Disarming
At the very start the reader is told ?Once upon a time an angel fell in love with the devil. It did not end well.? That certainly became the truth but the way that it is done is both wonderful and infuriating. The romance is the stuff of fate, but still beautiful in its unlikeliness. The cliffhanger ending is somewhat maddening but still done in a semi realistic manner that leaves you wanting to read the rest. The writing can get a little confusing with the cross cutting taking you into the past and future without any signal, but it still fits, somehow. The writing in and of itself is beautiful, lovely, and well structured.
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Nati156 02/07/2020

Bom, poderia ser melhor
Acredito que o livro pecou ao focar demais em tentar convencer o leitor que existe um romance épico e uma química inquestionável entre os personagens principais. Eu amei a Karou, amei o plot e o mundo fantástico criado nesse livro, mas as cenas de romance foram cansativas e forçadas, pelo menos pra mim. Me pareceu muito "instalove" e "destinado", que, apesar de eu AMAR romance, não me desce.

É isso.
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Caroline 06/06/2020

Pior romance da história
Ok, talvez eu devesse levar em consideração que essa história tem uns 10 anos de existência e esse romance na base da agonia e sofrência era tendência. CONTUDO, eu não engulo a existência desse "casal" e de um personagem tão porta quando o Akiva.

No momento, não lembro qual personagem detesto tanto na vida, mas ele é um. Fraco de mente e vontade própria. Parece uma pena velha (ou poeira) e se move com o vento. Fraco fraco fraco.

Zuzanna é a única preciosidade desse livro: amiga, companheira, compreensiva, engraçada, debochada, artista, criativa. Perfeita, nunca errou. Karou deveria conviver só com ela.

E temos a Karou. Tenho pena dessa guria (como creio que era a intenção da autora). Mas tenho ainda mais pena por ela ter caído num romance a lá Peri e Ceci (o Guarani), beeeeem do irritante.

Queria taaaaaanto que nos próximos livros ela não voltasse pra esse saquinho de lixo considerado par romântico... Veremos.
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Bia | @intothisbook 17/06/2019

resenha intothisbook - Daughter of Smoke and Bone
Karou é uma jovem que cresceu entre dois mundos completamente diferentes. De um lado, leva a vida de uma humana comum, que tem aulas de arte, uma melhor amiga chamada Zuzana e um ex-namorado irritante. Porém, por trás dos seus cabelos naturalmente azuis e as estranhas tatuagens nas mãos, Karou foi criada por uma família de quimeras. Que a ensinou como viajar através dos portais, por esses dois mundos e a importante missão de coletar dentes para o seu mentor Brimstone. Até que, estranhas marcas negras começam a aparecer nas portas das casas quimeras, gravadas pelo fogo de seres alados, trazendo uma grave ameaça para as criaturas.
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Karou é do tipo de protagonista que eu adoro, sendo ousada, inteligente e autossuficiente. Mesmo a Laini Taylor pegando temáticas que já vimos diversas vezes como, amor proibido e anjos versus monstros, a história tem uma originalidade que me deixa impressionada! Além disso, a construção de mundo e o arco dos personagens é impecável. Esse livro foi lançado aqui com o nome de ?Feita de Fumaça e Osso? pela editora Intrissica e eu super recomendo a leitura
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Nati 08/03/2018

"Once upon a time, an angel and a devil fell in love.It did not end well."
Sabe aquele livro que você se arrepende por não ter lido antes? Esse é definitivamente um desses! Que história, que livro! Laini Taylor escreve de uma forma muito bonita e envolve, quase poética. As descrições do mundo que ela criou são super imaginativas e bem líricas e tinge tudo com uma qualidade meio de filme noir. A história em si é cativante e original, o leitor fica ávido para descobrir mais à medida que as coisas aqui vão se desenrolando e determinados fatos vão vindo à luz. Os personagens também são bem construídos e complexos, e nenhum é o que parece no início da história - cada um deles, inclusive, tem um propósito na trama, serve para algo dentro da narrativa. Gostei MUITO a forma como a autora entrelaçou o passado e o presente, sem apelar pra uma chuva de flashbacks, o que deixaria a narrativa meio cansativa. O livro é recheado de plot twists que me deixaram de queixo caído e o final é uma torrente de emoções - daqueles que te deixam com as mãos comichando pra pegar o próximo volume e saber o que acontece.

Já tinham me falado muito bem dessa trilogia, mas eu sempre tive um pé atrás, até porque não é uma série muito comentada no booktube ou nos sites de livros por aí a fora (o que é uma pena, porque todo mundo deveria conhecer essa história). BURRA que fui, porque agora estou apaixonada e quero sair por aí falando desse livro pra todo mundo. Ansiosíssima para as continuações e para pegar Strange The Dreamer também da autora!
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Lauraa Machado 11/10/2017

Não era o que eu esperava
Já disse que eu tenho um problema enorme chamado não ler as sinopses dos livros inteiras antes de começar a ler? Depois de ver resenhas de pessoas em quem eu confio completamente para gosto de livro, comprei essa trilogia sem nem saber direito sobre o que era. "É sobre anjos," foi tudo que eu falei para mim mesma (até tentei ler a sinopse com atenção, mas não cheguei a entender nada direito). E que a autora é super elogiada pela escrita.

Vou admitir que fiquei um pouco com medo disso da escrita dela, porque tem gente que elogia a escrita da Tahereh Mafi na trilogia Estilhaça-me e eu achei péssima. Mas não precisava desse medo todo! Laini Taylor realmente escreve muito bem, principalmente porque a narração fica completamente natural, não forçada como a da Mafi.

Essa foi só uma nas várias surpresas que eu tive sobre o livro. Quer dizer, quando dizem que o autor escreve muito bem, eu imagino que o livro vá ser pesado e complicado, mas a narração desse foi maravilhosa. Não é exatamente leve, é intensa, mas não pesada. É mágico mesmo como ela te puxa para dentro da história desde o começo. E a autora faz uma coisa que eu adoro, que é te jogar no meio e não explicar tudo de cara, só dar pistas e ir amarrando-as devagar. Queria que ela escrevesse livros não fantásticos também!

Porque, vou admitir, fantasia teoricamente não é um dos meus gêneros favoritos, apesar de eu já ter lido vários livros dele e meus favoritos também serem de fantasia (er, duologia Six of Crows). Na verdade, ultimamente ando gostando mais de livros assim, porque meu desgosto de antes era para livros da fantasia...como este. Não me leve a mal, o mundo dessa trilogia é complexo e nada utópico, o que só ajuda a deixá-lo bem interessante. Mas as criaturas, em compensação, são exatamente o tipo de coisa que me afastava de livros de fantasia antigamente.

Sério, se não fosse pela narração ótima, pela criação do mundo impecável e uma protagonista muito interessante e diferente, eu provavelmente teria detestado esse livro. Mas não cheguei nem a me incomodar de leve com as quimeras esquistas, até estava me divertindo com o quanto tudo isso é bizarro.

No final das contas, o livro é super fácil de ler, porque ele é viciante o suficiente para você nem ver as páginas passando. O romance é bem interessante também, apesar de eu não ter me apegado nem um pouco ao Akiva. As razões para eu não ter dado cinco estrelas são simples. Primeiro, isso de como o mundo simplesmente não ser muito meu estilo me deixa um pouco desconectada com o livro. Acho que foi o que me fez não considerar colocar ele como um dos meus favoritos.

E a outra razão é que, apesar de ter adorado o emaranhado de memórias entre a narração, quando chegou na parte da Madrigal, eu fiquei um pouco entediada. De primeira, não gostei muito dela, mas depois acabei entrando na sua história. O problema é o resultado de tudo. Sempre vou estar do lado da Karou e vai ser difícil aceitar a mudança que o clímax do livro trouxe.

Aliás, aquele final me fez sentir um pouco idiota, porque ele estava super claro, mas só cheguei a pensar no que tudo aquilo significava quando o Akiva falou com todas as palavras! Como eu sou besta! Haha, mas achei ótimo, perfeito para me fazer correr para o segundo!
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spoiler visualizar
Ana.Paccola 01/04/2017minha estante
Resenha sensacional. Vc conseguiu definir o que eu senti. Obrigada.




Murphy'sLibrary 05/08/2012

Num primeiro olhar, você pode achar a Karou uma garota bem esquisita. Seu cabelo é azul—mesmo que ela não o tinja—, ela tem tatuagens em suas mãos, e de vez em quando ela desaparece por uns dias. Ela vive em Praga, frequenta a Art Lyceum of Bohemia—uma escola privada das mais caras—, e está sempre carregando consigo um caderno, onde desenha lindas e fantástica imagens. Seu ex-namorado é um babaca que a está perseguindo, tentando reatar o relacionamento.

Quando olhada mais de perto, no entanto, você vai descobri que ela não é só esquisita. Ela é muito mais do que esquisita. Os desenhos em seu caderno, que sua única amiga, Zuzana, acha que são ficção, na realidade são retratos de criaturas reais, chimaeras. Ela foi criada por essas fascinantes criaturas, que parecem meio humanas, meio bestas: Brimstone, Issa, Twiga e Yasri. Brimstone de vez em quando a chama para fazer algumas coisinhas pra ele: normalmente para comprar dentes. Ela não sabe o que ele faz com os dentes, mas ela meio que já desistiu de conseguir respostas dele para suas perguntas. E é Brimstone quem lhe dá pedidos, ela sempre usa um colar de pérolas e cada pérola lhe concede um desejo. Como alguém assim pode ser apenas esquisita, certo?

É claro que as coisas ficam ainda mais estranhas—e você achou que não era possível? Depois de quase morrer quando estava fazendo um serviço para Brimstone em Marrakesh, essa estranha criatura angelical começa a persegui-la. Ela não sabe por que ele está atrás dela, e também não sabe muito da sua própria história.

Depois de ver tanta gente falar de Daughter of Smoke and Bone, decidi ver o que de tão bom tinha esse livro. E preciso confessar, eu não me arrependi—talvez eu apenas me arrependa de não ter lido antes! A mitologia criada pela Taylor é intrigante. Karou é interessante e você fica sempre querendo saber mais sobre ela. No entanto, achei alguns dos flashbacks desnecessários. Às vezes eles mostravam coisas que você já sabia, isso me deixou um pouco entediada, próximo do fim do livro. Apesar disso, acho que é uma ótima história, e estou ansiosa pra ler mais dessa trilogia!
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julia 23/05/2012

daughter of smoke and bone
Esse livro me surpreendeu bastante, de uma maneira boa. Eu começei a ler com uma atitude meio cética pois me parecia outro livro teen bobinho de amor.
Na verdade a história é muito interessante e original, com elementos da mitologia que me fez questionar criaturas que são sempre vistas como "ruins" e "monstros".
A primeira metade do livro é melhor que a segunda parte, pois o romance que se desenvolve tira um pouco o foco da história. Em questão de romance, esse me pareceu um pouco superficial (muito concentrado apenas na aparencia fisica um do outro - bitch please) mas não foi cansativo e nem cliché. Eu gostei muito desse livro pois o final não era previsivel, eu realmente me surpreendi, as persoangens são faceis de gostar, eu realmente me preocupava com o que ia acontecer com Karou (menina da capa e protagonista). Anyway, esse livro é um dos melhores do genero que eu já li e eu recomendo muito muito! :)
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Juliana 23/03/2012

Mentecaptos Por Livros | mentecaptosporlivros.blogspot.com
Daughter of Smoke and Bones foi uma total surpresa, absolutamente diferente do que eu esperava.
Criativa, misteriosa e com cabelo azul que ela jura que cresce da sua cabeça assim, Karou é uma estudante de artes que vive atualmente em Praga com sua família adotiva, e que viaja pelo mundo em questão de segundos a serviço de Brimstone, sua figura paterna, para recolher dentes através de portais. Isso mesmo, dentes. Para quê? E o que Brimstone faz com eles? Ela não sabe, e sempre que pergunta recebe uma resposta vaga que deixa bem claro que sua família chimera (aham, chimeras) não tem a intenção de explicar. Ela coleciona idiomas como presentes de aniversário e tem tatuagens curiosas nas palmas de suas mãos. E então, em uma dessas "viagens" ela topa com um estranho nas ruas vivas e movimentadas de Marrakesh que tenta matá-la sem mais nem menos, a total sangue frio. Por que? Karou não sabe. E então o suspense se dá início.
Eu realmente não pretendo dar detalhes da história aqui, já que um dos melhores aspectos do livro é o constante surpreender do leitor, então, se oriente pela sinopse. É o suficiente.
Primeiro, a escrita da Laini Taylor. É incrível o modo em que ela descreve os cenários de DoSaB(realmente, não dá para ficar repetindo o título inteiro toda vez aqui) as ruas e restaurantes de Praga, a bagunça colorida dos mercados de Marrakesh, a noite parisiense... Pude imaginar vividamente Karou andando por elas, sentir a chuva fria de Praga e a adrenalina das cenas de ação. E a angústia, ah, a angústia.
Teve um momento no livro em que eu entrei em pânico; depois de várias páginas lindamente escritas e originais, o enredo de repente toma um rumo completamente diferente do qual estava e aparece aquela bobagem reciclada toda de "garota encontra garoto ridiculamente bonito e eles se apaixonam perdidamente". Foi aí que eu entrei em pânico, entende? Estava já me preparando para a total ruína de um livro que começou tão cheio de potencial e aí BANG - tapa na cara da Juliana presunçosa. A história se estica, expande e começa a revelar diversas camadas que postas juntas mostram o porque de... bem, tudo.
Esqueça tudo o que Sussurro, Fallen, Halo e todos esses livros de anjos, céu, inferno e demônios te contaram. Laini Taylor pegou essas ideias tão exaustivamente usadas por outros escritores e as reformulou de modo que as histórias de anjos caídos e demônios terríveis são, de fato, apenas um detalhe mal interpretado de uma verdade um tanto maior. E quão incrível é isso? Eu tenho que tirar meu chapéu pra essa garota.

"Era uma vez, um anjo e um demônio se apaixonaram. Isso não terminou bem."
[Excerto, primeira linha do livro antecedente ao capítulo 1.]

Mas a maior impressão que eu tive de DoSaB foi o modo em que a autora girava e retorcia o enredo de um capítulo para o outro. Desde a primeira página a história te prende, e por umas boas 80 páginas o que temos é a apresentação do mundo de Karou, a incrível e mística cidade de Praga e o mundo além da porta que leva a outra dimensão onde sua família mora. Tudo isso salpicado com uma dose saudável de humor e uma atmosfera de conto de fadas (estou falando dos de verdade, não da versão Disney, ok? Não que eu esteja menosprezando a Bela e a Fera, but anyway) e uma certa leveza adolescente. E então, a autora nos transporta para outra realidade, com um tom completamente diferente de narrativa que me deixou por vezes desorientada, para um mundo violento e mágico dominado por uma guerra milenar entre duas espécies cansadas da carnificina mas que sentem um ódio antigo uma pela outra ... e em que uma chimera e um anjo se apaixonaram. E como diz a primeira linha do livro, "Isso não terminou bem."
O final foi o que definiu a personalidade da história toda. Nós sabíamos que algo grande, triste e trágico estava para ser revelado mas mesmo com todas as pistas, a ficha só caiu quando a protagonista entendeu o que tinha acontecido então basicamente eu estava surtando junto com ela e repetindo "Não, não acredito nisso!" e foi o que aconteceu logo após que fez de Daughter of Smoke and Bone algo acima dos outros livros YA do gênero. A autora conseguiu resgatar a história do cliché e ao invés apresentá-la como um livro de fantasia cheio de guerras trágicas e personagens genuinamente melancólicos.
Resumindo: O livro teve seus pontos baixos, e algumas partes um pouquinho, hum, bobinhas, mas no geral é uma história especial e rica em mágica no sentido mais puro da palavra mas que deve ser lida com a mente aberta e sem expectativas baseadas nas toneladas de livros YA paranormal que temos hoje em dia por aí.
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beatrizlins61 20/12/2011

Daughter of Smoke and Bone é diferente, muito bem escrito,mas ao mesmo tempo, super clichê.

Nossa protagonista é Karou, uma estudante de arte com um ex-namorado bizarro e uma vida mais bizarra ainda. O problema é que ela tem um trabalho peculiar – fazendo serviços para Brimstone, um chimaera, que praticamente a criou. Ela tem que comprar dentes para ele – de animais, ou de humanos, às vezes – por razões desconhecidas. Brimstone pode exigir sua presença a qualquer minuto, e ela deve obedecer. Isso dito, Karou, não tem muitos amigos, já que não pode revelar nada sobre sua vida.

Em um serviço, ela encontra Akiva, um serafim misterioso que tenta matá-la. Há uma guerra acontecendo há milênios, entre os chimaera e os serafim, e Karou fica bem no meio do fogo cruzado quando Akiva a vê saindo da loja de Brimstone. Afinal, quem é essa garota, que se associa com os chimaera, e tem hamsas – tatuagens especiais – em suas mãos?

Karou consegue escapar de Akiva, mas não tira o misterioso e lindo serafim da cabeça. E meses depois, eles se encontram novamente. Só que dessa vez, Akiva não está tentando machucá-la.

Desde o primeiro momento em que se viram, existe algo atraindo Akiva na direção de Karou, mas ele não sabe o que. Ele só quer entender quem ela é.

Toda a parte de “somos inimigos” do relacionamento deles é ótima. Um romance baseado em ódio e uma guerra que explodiu há milênios é atraente aos leitores. Mas só quando o dito “ódio” persiste, digamos, por cinquenta páginas, mais ou menos, de conflito constante entre o casal. Não um romance que se desenvolve em horas.

Akiva é um serafim, e não tem sido capaz de sentir emoções por muito tempo. E de repente, Karou inclinando sua cabeça faz com que ele sinta algo. Essa mudança abrupta de personalidade no personagem não se adéqua ao livro. A estória é maravilhosa, de verdade. Mas depois que o romance foi introduzido, toda a trama envolvendo o que aconteceu com Brimstone e os outros personagens é colocada de lado. E tudo que vemos é como Karou se sente sobre Akiva, como Akiva se sente sobre Karou, e basicamente tudo gira ao redor deles.

Não é chato, mas eu queria ver mais do lado independente de Karou, mais do lado frio de Akiva. Pode ser mórbido, mas relacionamentos co-dependentes estão se tornando muito comum na literatura jovem-adulto. E Deus, eu odeio muito esses relacionamentos. Claro, o amor é você precisar do outro com a sua alma, mas também é sobre auto-aceitação, desenvolvimento de personalidade, e só um amadurecimento geral nos personagens. Eu não vi muito disso em Daughter of Smoke and Bone.

Se você leu esse livro, provavelmente vai dizer “Mas há uma razão muito grande para o amor deles ser assim”. E eu concordo com você. Depois de vários capítulos de flashbacks, nós finalmente sabemos o por quê de Akiva amar Karou, etc etc. Isso realmente diminuiu meu descontentamento, vendo todas as perguntas e duvidas sendo respondidas. E é por isso que eu estou dando uma classificação de 4/5 estrelas a esse livro. Porque se não houvesse uma explicação muito convincente, eu provavelmente o daria 2 estrelas.

(Nota: Essa resenha também pode ser encontrada no blog A Whole World in Pages - BR).
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