Marcos Nandi 30/04/2022
Leitura gostosa
Um homem, importante diretor de uma companhia de mineração, comete suicídio em seu carro. Porém, um suicídio estranho, já que a arma usada para o suicídio não estava no local. E ao mesmo tempo, a carteira do morto também não estava no local.
Nessa situação, conhecemos o investigador de polícia Spinoza, que trabalhava numa delegacia que nunca havia investigado homicidio, visto que seu raio de abrangência apenas incluía bairos tranquilos.
O homem morto vivia num casamento infeliz com Bia. Que não recebia atenção e carinho de seu marido, e portanto, encontrava refúgio com outro homem.
Junto a isso, uma das funcionárias da mineradora, desaparece depois de avisar para a viúva do morto que tinha informações sobre os supostos motivos da morte. E assim, mais mortes estranhas começam acontecer no livro.
Spinoza, o inspetor, é uma pessoa comum..sem grandes habilidades típicas de detetives, mas isso que o torna legal. Ele é humano, se interessa por suspeitos, cria ilusões na sua cabeça, e é consumista. Além de ter uma autoestima baixa e desconfiança na própria corporação e como a polícia brasileira (o livro se passa nos anos 90, mas pouca coisa mudou) é despreparada e sem um bom financeiro. É um personagem interessante e nem um pouco pedante,senti empatia pelas questões dele.
O livro é impressionante. Parece que são só fatos jogados e que não levarão a lugar nenhum, mas que no fim, tem um desfecho muito bom...apesar de não explicar tudo (o que para mim, não foi um problema).