Pedro Avellar 24/12/2021Adeus Eragon...Finalmente terminei esta saga, que eu estava ansioso para saber como seriam os desfechos que os personagens teriam.
Primeiramente, falando sobre o quarto volume de Ciclo Herança, posso dizer que foi uma leitura demorada e um tanto arrastada por algumas vezes.
Não me entendam mal, o livro não é ruim. Tem muitos eventos acontecendo simultaneamente, os quais são importantes dar a devida atenção e importância, mas algumas vezes o autor exagerava em descrever cenas banais, onde nada ocorria.
Dito isso, devo dizer que gostei dos destinos que alguns personagens tiveram, porém queria ter visto um pouco mais sobre isso.
Neste volume, em especial, acompanhamos os Varden caminhando para Urû'baen para a batalha ginal contra o Rei, enquanto busca conquistar outras cidades por onde passam, buscando por mais provisões e evitar serem atacados por diversas direções.
Assim como quase, se não todos, este livro pode ser dividido em alguns arcos narrativos: Batalha de Aroughs, Batalha de Dras-Leona, Eragon em Vroengard, a Batalha Final e, por último, Despedida de Eragon.
Como o próprio nome sugere, os dois primeiros arcos, observamos uma batalha por duas cidades bastante importantes aos planos dos Varden, que planejam passar por elas e evitar, através da dominação, ataques pela retaguarda e flancos.
O arco onde Eragon e Saphira partem para o lar dos antigos Cavaleiros de Dragão, onde buscam uma maneira, uma arma, para derrotarem Galbatorix foi bastante interessante no sentido em que mostram como a cidade foi destruída pela guerra entre o Rei e seus Renegados e os Cavaleiros que os confrontaram.
A Batalha Final, onde todo o destino de Alaegesia seria decidido, deixou um sentimento bastante ambíguo... Por um lado, acompanhamos Roran e os exércitos dos Varden buscando tomar Urû'baen; do outro, temos a jornada de Eragon, Saphira, Arya e os elfos protetores por Galbatorix, a fim de derrotá-lo. Enquanto, da parte de Roran e dos soldados, temos bastante ação e desespero por parte dos personagens, as partes de Eragons mostram-se mais calmas, apesar da tensão em que os personagens se encontram, dados aos caprichos e arrogância do Rei de agir para com seus inimigos.
Por último, temos um prólogo demasiado grande, com cerca de 15% à 18% do livro. Este prólogo, em minha opinião, foi demasiado longo e, por diversas vezes, desnecessário, isto é, diversas passagens não me pareceram importantes e, ao mesmo tempo, massantes.
O final dos personagens principais deixa um gosto agridoce, mas entendo que cada um deveria realizar seu papel a fim de melhorar e reconstruir o Império e a si mesmos.
SOBRE A SAGA:
De maneira generalizada, temos uma história com bastantes elementos que me agradam, como as diversas raças e criaturas que compõem este universo e a magia e sua estrutra. Além, é claro, da boa e velha Jornada do Herói.
Contudo, tenho de citar o ritmo lento e cansativo que os livros exercem... Apesar do meu apreço pelos elementos citados acima, demorei bastante para me conectar à história e, ainda, prosseguir com as leituras dos diversos volumes.
Sinto que, caso o autor optasse por reduzir cada volume, pelo menos em 40%, a história poderia transcorrer da mesma maneira, porém teríamos um ritmo um pouco melhor na leitura.