Resenhas - Fernando Pessoa

Jackson 03/01/2019

Entender um pouco da vida sócio-cultural de um escritor faz parte para possíveis interpretações, pois as vezes alguns acontecimentos na infância e juventude justifica algumas escolhas - teóricas, temáticas ou sentimentais- do estilo do escritor.
Claro que nem sempre isso -vida pessoal e profissional- se combinam, mas quando se trata de Fernando Pessoa e seus heterônimos podemos considerar essa parte.

site: Meu blog: https://diariodeumfalsoescritor.blogspot.com

Gigio 05/02/2024

Uma revisão da vida e obra de Fernando Pessoa, suas ideias e suas experiências através de seus textos, permitindo aos leitores mergulhar em seu mundo interior e compreender melhor sua complexa personalidade e seu processo criativo. Através desses escritos, conhecemos o homem por trás das múltiplas personas literárias que ele criou.

"Eu minto para me divertir, minto como os diabos, porque sei bem que sou doente e além disso mentir é o que mais prazer me dá."

Andreza Alves 13/09/2014

As transições de Fernando Pessoa
Esse é um livro pra quem tem paciência. Diferente de outras biografias, esta trata de todas as faces de Fernando Pessoa. Passando por ele como pessoa, desde a infância até a sua morte sem um verdadeiro laudo, até seus heterônimos. Leitura envolvente na qual você pode ser capaz de entender como foi a trajetória processual da vida de Fernando Pessoa, suas incoerências, seus conflitos internos, suas paixões e suas escrituras muitas vezes atrás de enigmas. Realmente vale a pena ser lido.

Cássio 29/06/2014

Biografia muito boa, porém ela contém muitas informações sobre a vida de Pessoa que, para mim, são um pouco irrelevantes, como: a comida e a bebida preferida dele, por exemplo. Além disso, ocorre várias digressões(umas boas, outras ruins) ao longo do livro para poder explicar de onde o Fernando Pessoa tirava as ideias para escrever as suas poesias e seus textos, e isso cansa um pouco o leitor.
Salvo isso, conforme já disse, é uma boa Biografia.

Lucas 08/02/2017

Não precisa dum psicólogo
Leia Fernando Pessoa e a angústia de existir se transformará na alegria de busca.

Wagner 06/08/2022

NAVEGAR É PRECISO VIVER NÃO É PRECISO
(...) ?Em 1903, com apenas 15 anos, em inglês escreve peça (Marino) que encerra com um diagnóstico preciso dessa volúpia:

?Eu minto para me divertir, minto como os diabos, porque sei bem que sou doente e além disso mentir é o que mais prazer me dá.?

É seu destino. Quando não mente, os outros mentem por ele.

Assim se dá, por exemplo, com a sentença Navegar é preciso, viver não é preciso ? que Ulysses Guimarães lhe atribuiu, em 1973,
ao início de seu discurso como anticandidato a presidente da República.

No Desassossego, está ideia bem próxima:

?Dizem os argonautas que navegar é preciso, mas que viver não é preciso. Argonautas, nós de sensibilidade doentia, digamos que sentir é preciso, mas que não é preciso viver.

?Só que Navigare necesse, vivere non est necesse vem de bem antes, pronunciada essa frase pelo general e cônsul romano Cneu Pompeu (106-48 a.C.) ? que formou, com César e Crasso, o primeiro triunvirato de Roma. Em meio a uma tempestade, e precisando levar trigo da província para Roma, com essas palavras exortou seus marinheiros a que aceitassem os riscos da viagem. As mesmas que, mais tarde, viriam a ser lema do poeta Gabriele[?]?