Histórias de Perdão

Histórias de Perdão Natalie Zemon Davis




Resenhas - Histórias de Perdão


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Ronnie K. 26/03/2009

Quando o riso vence a violência
Esse livro é surpreendente! Trata-se de um análise histórica empreendida pela autora acerca das chamadas cartas de remissão que as pessoas comuns escreviam aos Reis pedindo absolvição pelos homicídios que elas cometiam. A maioria, senao todos os crimes, aconteciam por motivos banais, quase inacreditáveis. Frutos de ofensas, adultérios, provocações, desconfianças. Até parece que Dalton Trevisan bebeu dessa fonte! O barato é que as histórias de violencia eram descritas nas próprias petiçoes endereçadas à sua majestade com detalhamentos da própria ação criminosa assim como sua motivação, e se configuravam como legítimas e irresistíveis narrações. E, maior mérito do livro e o motivo pelo qual deve ser lido por qualquer pessoa, a abordagem do assunto torna toda a coisa não apenas chocante em determinados momentos, mas sobretudo muito, mas muito engraçada. Olha que coisa: um barbeiro estava participando de uma procissão para celebrar a ressureição de Cristo, representando o próprio na encenação, quando ao passar por um certo conhecido, este zombou dele sem motivo algum aparente dizendo: "'Vejo Deus na Terra. Será que teu membro viril e vergonhoso ficou duro enquanto fazias o papel de Deus?'. E proferiu as citadas palavras de forma indecente, arrogante e contrária à honra da cristantade. Às quais o citado requerente respondeu que 'o seu não estava nem muito rijo nem muito quente e que ele era um capado'". Vê se pode uma coisa dessa... Precisa dizer que a refrega terminou em sangue?
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cid 22/06/2009

sistemas melhores e mais justos
Uma viagem no tempo, Histórias de Perdão nos apresenta às cartas de remissão da França no seculo XVI.E a um tempo em que a justiça não fazia diferença entre “assassinato “ e assassinato não premeditado, nem estabelecia penas diferentes para ambos.O juiz levava em conta a dignidade, a idade , do acusado e condições atenuantes , ou em que o homicidio era permitido e prontamente perdoado como a vingança do adultério da mulher ou da filha.
Existem casos em que o assassino alega que matou porque a vitima disse que não era preciso jejuar na quarema. E foi perdoado porque os hereges devem ser punidos. Um homem tomou-se de ira por que o padre entrou no quarto para confessar sua esposa e saiu todo desarrumado. O furioso marido tentou matar o padre, mas como esse se escondeu , voltou e matou a mulher. Será que dá para perdoar ? É bom pensar na teoria da evolução, e saber que estamos melhorando , desenvolvendo sistemas melhores e mais justos.
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