Raquel Comunale 13/04/2017
De uns tempos pra cá comecei a procurar textos sobre budismo e, quando vi esse livro, decidi que seria um ótimo "primeiro passo". Posso dizer com propriedade que foi uma escolha extremamente feliz da minha parte. O livro é sensacional, de verdade. Primeiro pelo fato de não te obrigar a ler cada capítulo em sequência. Os capítulos fazem links entre si de uma maneira bastante prática permitindo que você comece a ler os assuntos que despertam o seu interesse e, caso fique curioso, veja mais detalhes no outro capítulo. A linguagem e a narrativa são extremamente agradáveis e práticas mesmo com várias palavras sem tradução.
Seria impossível fazer um resumo do assunto então destaquei abaixo os pontos que mais me marcaram ao longo da leitura. Se você não conhece muito sobre o budismo ou tem curiosidade essa leitura é mais do que recomendada. Me fez refletir sobre diversos pontos e ver algumas situações por um ângulo totalmente novo. Amo livros que conseguem nos atingir nesse nível.
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> Budismo é uma religião?
Na prática o o Budismo oferece às pessoas que o praticam uma maneira de encontrar respostas às grandes questões da vida, como “Quem sou eu?”, “Por que estou aqui?”, “Qual é o significado da vida”, “Por que sofremos?” e “Como posso alcançar a felicidade duradoura?” . Contudo, diferente das outras religiões não há um 'deus' ou um sistema rígido de crenças. Muito pelo contrário, os ensinamentos devem ser experimentados por cada um com o intuito de avaliar se fazem ou não sentido na sua visão.
> Amar sem limites
Quando você chega à questão central, o Budismo ensina-lhe que as pessoas que estão ao seu redor estão fundamentalmente interconectadas – inclusive, com você – e são interdependentes – que cada ser ou coisa aparentemente separada, você inclusive, é meramente uma expressão única de uma única realidade vasta e indivisível. Muitas tradições budistas ensinam aos seus seguidores que eles devem cultivar ativamente o amor e a compaixão pelos outros – não somente em relação àqueles que gostamos, mas também em relação àqueles que não são tão queridos.
> A sua mente molda suas experiências
A nossa mente cria, molda e experimenta tudo o que acontece então o que acontece na sua mente é muito mais importante para determinar se você é feliz do que qualquer uma das circunstâncias externas.
Reflita sobre o seguinte ponto: grandes empresas e agências de publicidade gastam bilhões de dólares para te convencer que você vai ser MUITO mais feliz SE tiver o carro do ano, SE beber a cerveja da moda ou SE viajar para o resort badalado do momento. Na prática nada disso pode garantir a sua felicidade mas se você não refletir sobre isso pode acabar investindo tempo e esforço para alcançar um objetivo que você, na verdade, nem queria.
> A causa de todo sofrimento
Todo o sofrimento, sem exceção, vem de um apego cobiçoso – em outras palavras, enquanto você permitir que desejos insaciáveis por isso e por aquilo o controlem, você será arrastado de uma situação de vida insatisfatória para outra, sem nunca conhecer a paz e a satisfação verdadeiras. Ou seja, você acreditar que um imóvel, um diploma ou um relacionamento podem garantir o seu "final feliz" só vai gerar mais insatisfação pois tudo muda o tempo inteiro, inclusive o nosso próprio conceito de "final feliz".
> A mensagem do Budismo é clara:
Prossiga no seu próprio ritmo.
Considere o que funciona para você e deixe o resto.
Mais importante, questione o que você ouve, experimente a verdade por si próprio e torne-a sua.
> Meditação
A meditação é uma maneira de se tornar tão familiar consigo mesmo – com seus pensamentos, sensações, sentimentos, padrões de comportamento e atitudes – que você passa a se conhecer mais intimamente do que você achava possível. Por meio da prática da meditação você pode desencadear reservas internas de tolerância, entendimento e até mesmo compaixão que você nunca soube que tinha.
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