A restauração das horas

A restauração das horas Paul Harding




Resenhas - A Restauração das Horas


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Natália 19/07/2021

Vencedor do Pulitzer é o nome
Sempre que eu vejo um vencedor do prêmio Pulitzer, eu sinto uma vontade gigantesca de ler. Isso porque eu amei o livro “O Pintassilgo”, então minha expectativa com vencedores do prêmio são sempre altas. Já resenhei alguns aqui, como o próprio “O Pintassilgo” (no link: https://radialistaeonome.blogspot.com/2021/01/pintassilgo-e-o-nome.html) e “A visita cruel do tempo” (no link: https://radialistaeonome.blogspot.com/2021/01/a-visita-cruel-do-tempo-e-o-nome.html).
O último vencedor do prêmio que li foi o “A restauração das horas”, que ganhou o Pulitzer em 2010.
Achei a ideia do livro muito genial. George, um cara em seu leito de morte, delirando e tendo lembranças da vida, junto com trechos de livros, instruções de conserto de relógios, anotações aleatórias. Acredito inclusive que a parte da história do pai e do avô de George são coisas que ele “acha” que aconteceu, histórias que ele mesmo criou na cabeça. Por que o narrador diz em certo ponto que seu pai nunca contou nada sobre a vida de seu avô, logo, está tudo na cabeça de George, que delira.
O livro é confuso. Afinal, delirar no leito de morte deve ser confuso também. Mas o livro também tem
uma sensibilidade própria, te envolvendo na história.
Confesso que minha expectativa era grande. Gostei do livro, mas esperava um pouquinho mais.
Claro que eu não sei como funciona o cérebro de quem está delirando no leito de morte, com insuficiência renal, sendo envenenado pelo próprio corpo. Mas eu esperava mais delírios mesmo.
O livro é bom, recomendo. Super merecedor do prêmio, claro! Mas leia com calma, relei o que precisar, pra não se perder na história., pois são delírios.

(Resenha publicada originalmente no blog "Radialista é o nome")

site: https://radialistaeonome.blogspot.com/2021/07/vencedor-do-pulitzer-e-o-nome.html
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Flávio 07/05/2021

Gostei
Uma história cativante, angustiante, a história de um relojoeiro, e olha, como autor sabe e apresenta de uma forma agradável seus conhecimentos sobre todo esse mecanismo. Mas a grande atração é esse relojoeiro em seu leito de morte e suas angústias e filosofia...amei
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Yana 03/04/2021

Lindo porém triste
Um livro bom, interessante e de leitura rápida. Possui uma narrativa complexa e, em alguns momentos, até mesmo confusa. Caso você insista, irá se deparar com passagens maravilhosas.
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Érica 03/04/2021

Literalmente não sei o quer falar, apenas sentir
Apesar de não saber muito bem o que falar sobre ele, o livro é belíssimo. Recomendo muito, dá pra ler rapidinho e refletir bastante durante a narrativa. Aprovado pelo clube do livro da @liberextra. 10/10.
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MarcosQz 29/09/2020

Bom, mas fraco.
A história não é ruim, na verdade é uma história muito boa, mas acho que o livro peca em algumas partes que poderiam ser ignoradas, também achei uma narrativa confusa. Não sei se não li direito, mas num contexto geral o livro não agradou tanto.
É interessante ver como George volta no tempo, visitando o passado de seu pai e de seu avô também, como o tempo se quebra diante de sua morte, como sua vida passa por toda sua cabeça em suas últimas horas de vida.
O mais interessante na verdade é são as histórias das vidas de seus antepassados, apenas isso.
Para quem deseja uma leitura rápida, esse é o livro.
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Candace 13/06/2020

Ótimo livro, porém mal escrito
A ideia da história é muito boa e despertou meu interesse logo de cara. Gostei bastante da história e das reflexões que o livro propõe, porém as transições entre o presente, as memórias de George e as memórias de seu pai são muito repentinas, os capítulos são longos demais, não existe linearidade ou ordem cronológica qualquer e os narradores se alternam entre observador e personagem sem nenhum aviso prévio. Tudo isso torna o livro extremamente confuso e a leitura lenta.
É um livro muito rico em questão de conteúdo, porém é preciso atenção e paciência. Apesar de tudo achei que vale a pena a leitura.
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Ingrid 06/04/2020

Não sei se foi porque já comecei o livro com uma certa preguiça dele mas, de cara, achei o nome do personagem principal tosco. E não melhorou muito ao longo do livro. Achei que possui muitas ideias interessantes e que foram, infelizmente, executadas de forma pobre. Mas quem sou eu para falar isso de um vencedor do Pulitzer, não é? No geral, o livro não me agradou e levei muitos dias além do planejado para terminar. A associação da morte do personagem (calma, não é spoiler! É a premissa do livro) com o seu trabalhando restaurando relógios e o fato de tornar o título literal me pareceu bem interessante, mas parece ter se perdido ao longo da história com menções soltas durante o desenvolvimento e ligando principalmente só a passagem decrescente das horas. Isso linkou também com as memórias dele sobre o pai e as memórias do pai sobre o pai. Uma geração de homens com histórias peculiares e que me interessaram mais do que as de George. Não gostei das construções das personagens femininas, apesar de também achar que elas possuíam potencial, como a esposa do pai de George, que caiu meio por acaso em uma vida que nunca almejou. Muitos pontos meio soltos e confusos que me deixaram com perguntas não respondidas ou me fazendo voltar algumas vezes para ver se havia perdido algo da história. Mas não, não perdi nada da história. Eram só acontecimentos jogados ao acaso mesmo. Não detestei o livro, mas não encorajaria a leitura. Uma pena ideias tão boas com execuções tão… meia boca.
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Higor 23/01/2020

"Lendo Pulitzer": sobre a verdadeira literatura que sobressai em meio aos erros técnicos
O rejeitado “A restauração das horas” surpreendeu o mundo ao abocanhar um dos prêmios americanos mais importantes logo na virada da década. Se por um lado é louvável ver que um livro, tido como anticomercial e que não traz lucratividade, onde é publicado por uma editora independente, ganha notoriedade por seu próprio mérito, obrigando os grandiosos a se curvarem para contemplá-lo, por outro lado, todos os defeitos de um livro, que sequer existiriam em um livro de uma grande editora, são expostos, e incomodam.

O que falta para o livro de Paul Harding ser perfeito é justamente o de uma revisão, uma edição para que o livro fosse ainda mais valorizado. É claro que, em se tratando de uma escrita primorosa e de qualidade, esses detalhes ficam em segundo plano, mas é justamente nos detalhes que conquistam o leitor, ou que fazem um livro perder estrelas ou deixar de ser favorito.

As entradas de texto são, ora repetitivas, ora confusas, pois o livro, inicialmente encantador e redondinho, embora inteligente e moderno, que causa dificuldade para leitores preguiçosos, fica confuso e denso.

A proposta inicial, que é a de trazer a baila os pensamentos da vida de George Washington Crosby, um antigo homem que consertava relógios, mas que jaz na sala da própria casa, em uma maca, esperando a hora de morrer, enquanto sua família se reúne ao seu lado, sem parecer se importar com o último adeus dele. O protagonista então dá lugar aos pensamentos do pai, e até mesmo do avô desconhecido, o que, por fim, não se conectam diretamente com Crosby.

A impressão é de que o próprio Crosby dá lugar na maca, para o pai e o avô, para que eles, em seu devido momento, alimentar suas memórias, oscilações, sentimentos e angústias. Tudo muito belo, muito delicado e bem escrito, até porque não deixam de ser interessantes, mas que certamente teriam um posicionamento mais acertado se bem trabalhado.

Uma história invertida, que é contada e trás para frente, “A restauração das horas” é um belo livro sobre saudade, memória e perda, que graças à qualidade do texto, sobreviveu aos erros, ou ausências, de uma produção editorial para chegar, merecidamente, ao lugar onde está.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Pulitzer'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Rodrigo1001 22/06/2019

Confuso e belo (Sem Spoilers)
A Restauração das Horas venceu o Prêmio Pulitzer de 2010 na categoria ficção contra todas as possibilidades. Autor desconhecido, livro pequeno, vendas baixas, forte competição e pouca divulgação. Não obstante, o livro abocanhou o prêmio em um triunfo digno de história de Cinderela.

Com somente 500 exemplares vendidos, Tinkers (seu nome original em inglês) encantou a crítica especializada e o público em geral, que, em uníssono, não hesitaram em exaltar o domínio literário de Paul Harding. Como em um efeito cascata, os grandes jornais começaram a rever o romance, que logo também caiu na boca de autores renomados. Daí em diante, o autor conseguiu emplacar seu livro nas famosas listas de mais lidos na América.

Essa é, em resumo, a história da ascensão de A Restauração das Horas rumo ao estrelato.

Quanto a mim, essa narrativa poética sobre os últimos dias de um moribundo e suas memórias de infância teve certamente seu período de ascensão, porém, inesperadamente e para meu próprio desapontamento, a queda se assomou mais próximo do fim.

Este é um romance difícil, a sintaxe é complicada e a trama, tal como se apresenta, salta ao redor tanto quanto elude qualquer tentativa fácil de identificar uma progressão temporal de eventos.

Buscando quebrar a linearidade da narrativa, o autor joga o leitor de um lado para o outro, levando-o ao passado do protagonista só para arremessá-lo de volta ao futuro no capítulo seguinte. Esse efeito é mais sutil no início, razão pela qual é fácil se apaixonar pela história já nas primeiras páginas, mas torna-se mais intenso (e um pouco incômodo) já a partir da metade.

Com uma escrita belíssima, Paul Harding entrega um enredo sensível e apresenta uma habilidade exuberante para contar histórias, mas os devaneios do autor minaram o meu interesse pelo livro. Me vi lendo frases repetidas vezes, em desespero para entender a mensagem que estava ali, e, não raro, me vi perdido tentando entender o sentido que aquilo tudo queria passar. Sim, este é um livro inteligente e não há como negar a habilidade do escritor, mas algumas passagens se mostraram desprovidas de graça. A metáfora do tempo, embora bonita, não agrega muito quando o autor tenta intercalá-la com passagens de um outro livro escrito em 1783 sobre horologia. É aí que ele se perde.

De qualquer forma, vale a muito a pena lê-lo e perceber, no fim, que o tempo é um ilusionista forasteiro que corre veloz e não espera por ninguém. Você vai gostar, mas, talvez, não tanto para saudá-lo como um vencedor de Pulitzer.

Leva 3 de 5 estrelas.
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Gabriel Failde 22/09/2017

“A Restauração da Horas” chegou em minhas mãos num momento que eu imaginava não ser oportuno. No início, relutei em iniciar a leitura. Eu já havia começado “Os Irmãos Karamázov” e, como nunca tinha lido dois livros ao mesmo tempo, estava receoso de me embaralhar.

À primeira vista, a obra de Paul Harding pode enganar os olhos. São apenas 150 páginas. Mas, apesar de pequeno, o título do prêmio Pulitzer na categoria ficção indicava um presságio de que o conteúdo era gigante.

O Livro conta a história de Geoerge Crosby, um metódico relojoeiro que está morrendo aos poucos em um hospital improvisado dentro de sua casa. Sofrendo com um câncer e insuficiência renal, George passa então os últimos dias de sua vida alucinando e recordando passagens de sua infância.

Muitas de suas memórias estão ligadas a seu pai Howard, que, após um incidente marcante num ataque de epilepsia, abandonou a família, deixando um buraco na existência de George.

A obra foi escrita em um formato não-linear e muitas vezes pode confundir o leitor. Ora o narrador conta a história de George atual, ora volta no tempo, ora pula para a vida de Howard ou migra para primeira pessoa, se transformando nos próprios personagens.

Todo esses fatores somados à escrita quase que poética, detalhista ao extremo e com poucos diálogos podem causar certa desorientação temporal. É preciso atenção e calma para seguir até a última página. Apesar de curto, o romance não é daqueles que se engole em uma ou duas noites.

“A Restauração das Horas” fala sobre pais, filhos, família e, principalmente, o tempo. Em diversas passagens, o autor detalha como funcionam os relógios, peça por peça, em uma alusão ao tempo universal e as amarras que nos prendem a esse mecanismo.

Uma leitura muito complicada, ainda mais quando você está lendo Dostoiévski ao mesmo tempo. Mas, acima de tudo, gratificante.
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Julio.Argibay 24/03/2017

Sonhos
Eu tive um sentimento vago, eterio a respeito deste livro. Me parece um sonho, uma divagacao, algo efêmero, poético, mas ao mesmo tempo sofrido e rude. Uma viagem pelo tempo contando a rotina dos integrantes de uma família rural e humilde.
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Kallyssa 29/08/2016

maluco
um livro bem maluco mesmo! rsrs
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Juliane 25/01/2016

Genética
Paul Harding recente vencedor de um Pulitzer com essa obra, sua de estreia, encanta com o jogo de palavras, com a subjetividade narrativa e com a sensível exploração imagética das sensações e pensamentos contidos nos acontecimentos do romance. Seu livro explora de maneira envolvente os laços entre pai e filho e, assim, metaforiza a continuação da vida, a perpetuidade e a finitude.
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Ricardo Santos 16/10/2015

A poesia e a brutalidade da memória
Não se enganem pelas poucas páginas deste livro. A Restauração das Horas é um romance curto, mas que o leitor dificilmente vai devorar numa sentada. E seria um crime fazer isso. A obra de Paul Harding é um dos mais belos e profundos textos literários das letras americanas da última década. Ganhou o Pulitzer com todo o mérito em 2010. A tradução de Diego Alfaro é muito competente, passando a certeza de que a poesia e as ideias do texto original estão presentes.
O livro deve ser lido com atenção porque sua estrutura não é linear. O próprio autor revelou numa entrevista que o escreveu assim, sem uma ordem definida dos acontecimentos, um tipo de colagem. O que funciona muito bem. O protagonista é um homem idoso e doente que relembra episódios de sua infância difícil e a relação de amor e ódio com o pai, numa região rural e pobre. Aqui o mais importante não é o que se conta, mas como se conta. É uma história sobre família, fracassos e transformações.
ElisaCazorla 16/10/2015minha estante
Sabe qual livro sua resenha me fez recordar? Leite Derramado de Chico Buarque. Você já leu? Acha que tem alguma semelhança?




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