Babbitt

Babbitt Sinclair Lewis




Resenhas - Babbitt


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Marcos606 10/12/2023

Publicado em 1922, a acusação contundente do romance aos valores da classe média americana fez de Babbitt um sinônimo de adesão a um modo de vida conformista, materialista e anti-intelectual.

Após seu romance Main Street, Sinclair Lewis voltou-se para outro ícone da vida americana, desta vez o arquétipo do empresário de classe média, imortalizado na figura de George F. Babbitt, um próspero corretor de imóveis de uma cidade no meio-oeste.

Babbitt é um conformista convicto que está profundamente insatisfeito com sua vida, mas não está disposto, no final, a desafiar o status quo. O romance é uma crítica aos valores da classe média americana e à conformidade e ao materialismo que Lewis acreditava terem definido a cultura pós-Primeira Guerra Mundial nos Estados Unidos.

Sua vida deveria lhe dar todos os confortos, porém, falta algo, um evento vira o mundo de Babbitt de cabeça para baixo e o força a examinar sua existência confortável. Quando seu melhor amigo é preso por atirar na própria esposa, Babbitt começa a questionar e a se rebelar contra alguns dos valores que sempre defendeu. Ele começa a se associar a um grupo de boêmios, tem um caso, torna-se amigo e defende publicamente um político liberal que ele havia trabalhado anteriormente para derrotar nas eleições locais. A guinada de Babbitt de uma incerteza para outra permite ao leitor ver além das torres de escritórios brilhantes, para um tipo de vida americana mais corajosa, mais sóbria, mais humana. Sua rebelião, porém, é breve porque lhe falta a força interior necessária.

O triunfo de Lewis reside em pegar um personagem que ninguém poderia gostar – o empresário americano presunçoso, conformista e agressivamente preconceituoso – e evocar não apenas o humor farpado, mas também o sentimento humano vívido. Babbitt funciona como uma crítica política, perfurando o véu presunçoso usado pelo capitalismo americano entre guerras, mas transcende a mera sátira divertida. A vida na cidade fictícia do livro tem uma profundidade surpreendente; como tal, lembra-nos o poder redentor de olhar para além da ideologia para as relações humanas subjacentes
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Rafael.Camozzato 13/09/2023

Demorei quatro meses para efetuar a leitura, pois a faculdade consome toda a minha vontade de viver! No entanto, Lewis é um escritor extremamente inteligente, que página a página faz o leitor criar um ódio ao babbitt e ao estilo preconceituoso de vida que vive um americano médio. Em relação ao desenvolvimento do protagonista, que me deixou meio pensativo, penso que foi a intenção do escrito, ainda mais pós a última frase que formeta o sentimento da evolução do babbitt.
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cassy 15/03/2023

Babbit
Babbit é um livro extremamente complicado de se entender por suas palavras antigas e etc. Babbit é um burguês salafraio que odeia pobres KKKKKKe a verônica e mrya e os "socialistas" sao oq salvam o livro de ser um completo tedio por lutarem por seus direitos e tals, tirando isso não achei grande coisa não.
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Sid Dantas 26/02/2023

Babbitt quer algo a mais
Um clássico esquecido que não tem edições novas há um bom tempo, no entanto, o livro é muito bom!

Se passa nos anos 1920, entramos num mundo que não existe mais pra nós, mas os anseios do ser humano em relação a existência nada mudaram (e eu acho que nunca mudará).

Babbitt quer ser "feliz" e sua vida rotineira com uma esposa e dois filhos não é o suficiente. Dono de uma corretora de imóveis, conservador e ótimo orador, ele se sente injustiçado e acha que merecia "mais", acha que sua esposa não o entende e é entediante. Então vai em busca de aventuras, numa clássica crise de meia idade.

O livro se passa no meio da lei seca, mas o consumo de álcool é constante, a história mostra o ser humano nas suas especialidades principais: hipocrisia, corrupção e traição.
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Babu 23/04/2022

Maravilhoso!
Um livro que retrata a vida monótona de Babbitt, um imobiliário da classe média lá dos anos 20, bem quando o socialismo vs capitalismo estava pegando fogo.

Babbitt é o retrato perfeito do cidadão patriota, religioso, homem da casa, o símbolo da virilidade, etc... Mas, por meio de reflexões sobre o que o sistema o obrigou a ser, ele percebe, aos poucos, que nunca fez escolhas por si mesmo, tudo sempre foi imposto, como se fosse um cão adestrado.

Chega a um ponto crítico no qual ele começa a quebrar as próprias regras e até mesmo simpatizar com os socialistas, a tentar entender os motivos de todas a greves agitadas pelos mesmos... E acaba sendo duramente criticado pelos amigos por culpa disso.

Livro incrível, atemporal, crítico e cômico!

Eu gostei demais ?

?????
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camilaxxx 05/08/2021

burgueses safados insuportáveis
Nossa mas a raiva que eu passei lendo, Babbitt maior hater de pobre que eu já vi KKKKKKKKKKK
Veronica, Myra e os "socialistas" (que na verdade só estavam lutando pelos direitos dos trabalhadores) únicos que salvam livro meu Deus.

Numa análise séria, Babbitt e seu grupinho de amigos homens em roupas sociais eram e são o simbolismo da classe média alta estadunidense no período pré/durante Guerra Fria. A forma como lemos seus entendimentos da vida e como eles pensam chega a assustar, pois é perceptível que a alienação política, social e religiosa é exatamente a mesma que perpétua na realidade hoje em dia.
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ChrisGally 06/08/2019

As nuances do capitalismo
Romance publicado em 1922, Babbitt foi premiada com o Nobel em 1930. Li-o, pela segunda vez, em 2019 (a primeira foi por volta da década de 1990). O personagem que dá nome à obra é extremamente complexo. O narrador é onisciente e vai desvelando, ao longo de inúmeras descrições de ambiente, principalmente, a trajetória de um sócio em uma empresa imobiliária. O enredo se passa nos anos 1920, pós-guerra. Aqui e ali, vai se delineando a vida comum de um homem de negócios, que vive entre o trabalho, a igreja e a família. Babbitt possui uma casa de classe média, cuja descrição é detalhada de forma meticulosa, e é casado com Myra, uma “boa esposa”, e com ela tem três filhos, cujos destinos são uma decepção para o pai. Junto a essa vida regrada, o ambiente de infernal do trabalho e da casa, vem a insatisfação do protagoista e a busca por divertimentos em clubes masculinos e reuniões sociais para enaltecer o poder do empresariado de sucesso beneficiados pelo capitalismo agressisvo na pequena cidade de Zenith. Babbit, no entanto, guarda em si, um espírito que acredita na felicidade, na liberdade e numa possível existência de uma tranquilidade onde ele possa decansar. É exatemnte a partir dessa exposição psicológica do personagem que se vai delineando as angústias de uma época, a rotina extenuante e enfadonha, e a mentalidade própria do mundo capitalista que ainda hoje se faz sentir. Nas entrelinhas, há denúncias de quão é hipócrita, absurda e escravizante o modo de vida da classe média, além de apontar para o significado da formação intelectual dos jovens naquele momento, por meio das discussões travadas com o filho Ted que vê o estudo da arte e da literatura como fútil, uma vez que não há aplciação alguma no mundo empreendedor. É portanto, uma obra que desnuda uma realidade pautada na busca incessante de lucro, sucesso, mesmo que por meio da especulação, ignorando a cultura, a filosofia etc por não trazerem esses resultados ao mesmo tempo que denuncia a obscuridade atemporal do modo de vida capitalista.
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Franco 08/07/2017

A força de um nome
Livro muito, mas muito foda, mesmo. Tão foda, que seu nome deveria ser (ou talvez tenha sido à sua época) verbalizado: quem não tem lá sua dose de babbittização aqui e ali? Babbitt como uma referência à mediocridade, à frustração, ao desejo der ser além do que se pode ser (e que nunca pode ser realizado).

A construção do livro é simples e cativante: é o narrar linear de um período de vida do protagonista. De início é um pouco chato (confesso que quase parei de ler), mas aí, quando você pega o 'espírito' da história, é realmente interessante.

É um livro de crítica social, sim, mas também tem aquele quê filosófico e absolutamente depressivo a respeito de nossas vidas e do que fazemos (ou não) com elas. E nisso é que o livro me pareceu mais interessante. Apesar de antigo, de quase 100 anos atrás, ele consegue tocar numa ferida ainda aberta nesse nosso mundo atual, que é o lugar da nossa subjetividade num mundo tomado de referências, regras, deveres, imagens e status pré-estabelecidos, do que uma escolha implica trocentas portas fechadas deixadas para trás. E como é difícil achar esse lugar da subjetividade, e mais ainda construí-lo de modo satisfatório! E Babbitt, coitado, feito uma bola de sinuca, bate e rebate, vai e volta.

Quanto ao desfecho, me pareceu um pouco fácil demais. Até meio apressado, dada a tranquilidade serena com que o autor ia apresentando o dia a dia do protagonista. E por isso não dou 5 estrelas. Porém, ainda assim, é um desfecho interessante e que não compromete o famoso 'conjunto da obra'.

É, enfim, um livro para quem gosta de crítica social, de depressões filosóficas, e de um personagem que nos inspira piedade pela sua fraqueza e raiva pela sua idiotice.
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Dani 21/01/2017

Babitt _ uma resenha simples.
O livro retrata a vida de um imobiliário nos Estados Unidos, nos anos 20. Babitt cheio de ideais progressistas abomina socialistas e comunistas junto com seus amigos que representam a sociedade classe média alta de Zenith. Ele idealiza o homem americano e procura seguir os preceitos relacionados que estabelece.
Livro atemporal. Muita ironia na sequência de fatos. Ao meu ver, retrata perfeitamente muitos dissabores cotidianos.
O início é um pouco sofrível, pois ele faz todo o trabalho de caracterização e contextualização da personagem, mas depois a leitura flui.
Com certeza, é um livro que proporciona, além do prazer da leitura, muita reflexão e conhecimento.
Paulo 21/01/2017minha estante
Boa resenha : )




Tássio 29/10/2014

Muito bom!
Bem, o livro é uma excelente crítica ao americano, ou melhor, à sociedade americana da classe média. Embora ambientado nos anos 20, dá-se as críticas e ao contexto, devidamente repaginado, um caráter atemporal.

George F. Babbit, personagem central, é um americano de meia idade, pai, conservador, republicano. Vive sua rotina ditada pelas regras e pelas conveniências sociais, às quais lhe trazem um grande orgulho e um grande vazio existencial.

A partir da reflexão, cada vez mais pulsante dentro dele, dos motivos e dos porquês de ser um humano tão bem adestrado a sua realidade, Babbitt passa a romper, gradativamente, com todos os paradigmas que a vida lhe impõe.

Um livro sensível, introspectivo, uma agradável leitura.
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Lima Neto 21/03/2009

um livro fantástico, um relato simples de um membro da classe média norte-americana, com seus vícios, desejos, ambições e angústias.
Sinclair Lewis tornou-se um expoente na literatura de seu país po quebrar regras, por ter sido o primeiro a expor as pessoas de seu país, como nenhum outro escritor havia feito até então.
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