vinizambianco 21/04/2024
[sobre sangue de porco, telecinese e raiva feminina]
Depois de um tempo sem ler, voltado a ler, parado a ler, resolvi me auto dar de presente um #kindle, e como primeira investida leitora decidi ler um livro que sempre tive curiosidade de ler, mas nunca consegui colocar as mãos nele, agora com o advento da tecnologia, não apenas consegui, como terminei ele em menos de três dias.
Carrie, sempre foi uma história que me fascinou, primeiro pelo tema dela de bullying e vingança, quanto pelas suas adaptações televisivas que passam de noitão e me aterrorizavam, a história é simples e bastante conhecida, Carrie, uma garota reprimida vive com a mãe fervorosa e é algo das humilhações dos colegas de classe, tudo chega a um ápice quando no baile de formatura resolvem pregar uma ultima peça nela, porém os poderes de telecinese de Carrie também chegam em seu apogeu.
O livro e a narração é rápida e flui de maneira fenomenal, é até esquisito como apesar de não ter tantos capítulos divididos a história caminha muito naturalmente, os personagens são bem escritos, interessantes e até mesmo os ditos vilões conseguem ter um espaço e transformar a realidade na qual estão sendo escritos. Fora que, conforme vai chegando o momento do derramamento de sangue, é criada uma tensão, que por mais que você saiba o que vai acontecer o coração parece chegar a garganta, tive até que interromper a leitura e dar uma respirada logo antes da corda ser puxada. E os acontecimentos posteriores intercalados se encaixam de forma surreal.
E, mesmo sendo uma história que eu já conhecia pelas adaptações e pelo musical, tudo pareceu tão novo que em nenhum momento pareceu maçante ou entendiante. Valeu Papai King. De negativo, talvez apenas o fato da história ser curta e deixar um gosto de querer mais, de ter mais informações sobre a personagem título e os desdobramentos mais posteriores, mesmo com um final fechado e excelente.
Concluindo, a história mesmo tendo mais de cinquenta anos, ainda parece tão fresca quando o sangue sendo derramado na cabeça da nossa protagonista, fresco, pegajoso e não dá pra ser limpado por nada.