Matheus 30/01/2021Começando por aqui a leitura das obras de Stephen King em ordem cronológica.
A escrita é feita em formato parecido a de um documentário, com diferentes pontos de vista e situações sendo narradas, sem separação por seções ou capítulos, sendo as "quebras" na narrativa feitas pelo início de um novo parágrafo (há apenas dois grandes capítulos no livro, e um mais breve que funciona como epílogo). A história acompanha, em alguns momentos, a vida de Carrie White, em outros os relatos de Sue Snell, sua colega de escola, assim como pareceres científicos da comissão que veio a analisar o acontecimento na cidade, entrevistas com sobreviventes da tragédia etc.
É impossível não sentir empatia por Carrie, que passou a vida atormentada pelo fanatismo religioso extremo de sua mãe e sofrendo bullying na escola, até que na noite do baile de formatura o seu dom de telecinesia - manifestado em poucos momentos durante a infância, porém compreendido gradativamente pela garota após um evento traumático no início do livro - irrompe e traz consequências catastróficas.
Há uma introdução muito interessante escrita por King, em que ele fala sobre o contexto de sua vida quando escreveu a história, e sobre as duas garotas que o autor teve como colegas de escola em sua juventude, que serviram de inspiração para a criação da personagem Carrie White.