Nietzsche Para Estressados

Nietzsche Para Estressados Allan Percy




Resenhas - Nietzsche para Estressados


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Alane.Sthefany 24/05/2022

Nietzsche Para Estressados - Allan Percy
Eu amei as reflexões passadas nesse livro. Eu o li, sem expectativas nenhuma, talvez seja um dos motivos que me surpreendeu ao lê-lo, já que tem uma média de avaliação não muito boa. Para aqueles que gostam de filosofia e metáforas, creio eu que irá amar.
Super recomendo !!! ???

Trechos Preferidos ???
(Resumo do Livro)

"Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa."

Em outras palavras, devemos encontrar um motivo para nos levantar da cama todas as manhãs.

(...) a primeira condição para encontrar-se é saber aonde se quer chegar.

"O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de épocas felizes"

A FELICIDADE É FRÁGIL E VOLÁTIL, pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação.
Após uma semana de céu nublado, um dia de sol nos parece um milagre da Criação. Do mesmo modo, a alegria aparenta ser mais intensa quando atravessamos um período de tristeza. Os dois sentimentos se complementam, pois, da mesma forma que a melancolia não é eterna, não poderíamos suportar 100 anos de felicidade.

Imaginar que temos obrigação de ser felizes o tempo todo e em todo lugar é um grande fator de estresse na sociedade moderna. A negação da tristeza dispara o consumo de antidepressivos e a busca de psicoterapias e nos leva a adquirir coisas de que não precisamos. Não exibir um sorriso permanente parece ser motivo de vergonha.
Contra essa perspectiva falsa e infantil, Nietzsche nos lembra que a felicidade vem em lampejos e que tentar fazer com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.

"Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga."

Como diz Nietzsche, na cidade precisamos representar um papel porque estamos muito preocupados com o que pensam de nós. Mas, ao voltar à natureza, podemos nos dar ao luxo de sermos nós mesmos. Não precisamos nos vestir bem, falar ou atuar de maneira especial. Basta nos deixarmos levar pelo mundo natural em direção ao nosso interior, onde um manancial de tranquilidade nos espera.

"Precisamos pagar pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos."

NIETZSCHE SUGERE QUE NÃO HÁ apenas uma morte ao longo da existência humana. No decorrer da vida, vamos vencendo etapas e devemos morrer ? simbolicamente ? para podermos nascer no estágio seguinte. (...)

O antropólogo catalão J. M. Fericgla comenta o assunto: Sem entrar no mérito da religião, a primeira comunhão era tradicionalmente um rito de iniciação: uma porta simbólica que conduzia da infância à puberdade. Os meninos g anhavam suas primeiras calças compridas após a cerimônia, transformando-se em homenzinhos. Isso coincidia com a permissão para sair à rua sozinhos, mesmo que apenas para comprar pão. O padrinho costumava abrir uma conta-corrente no nome do afilhado.
Também no momento da primeira comunhão os meninos ganhavam seu primeiro relógio, o que significava um controle adulto do tempo.
[...]
Nas conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas de juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que asso-lam as grandes cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar esses fatores, mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando angústia e estresse.
O estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação que fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar de nos preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem de nós e nos divertirmos mais.

Assim como o pescador de pérolas prende uma pedra na cintura e desce ao fundo do mar para buscá-las, cada um de nós deve se munir de desapego, mergulhar dentro de si mesmo e encontrar sua pérola.
Para encontrar essa pérola não é preciso peregrinar à Índia nem se entregar a complexos exercícios espirituais. Basta olharmos tranquilamente para o nosso interior.

"A palavra mais ofensiva e a carta mais grosseira são melhores e mais educadas que o silêncio."

A MAIOR PARTE DAS GUERRAS PSICOLÓGICAS é iniciada mais pelo que não se diz do que pelo que se diz.
Vamos imaginar uma cena: A está chateado com B e parou de falar com B desde que este se esqueceu de lhe dar os parabéns pelo aniversário. A deveria ter dito: ?Você não sabe que dia foi ontem??, mas, como ficou magoado com a falta de atenção do amigo
? que, na realidade, foi apenas um esquecimento ?, resolveu pagar na mesma moeda: o silêncio. B acabou se chateando com A, que de uma hora para outra deixou de atender seus telefonemas e, quando conseguiram se falar, não se mostrou nada gentil.
São comportamentos infantis, porém muito mais comuns do que se imagina. Quantos casais brigam por mal-entendidos que duram dias ou meses até serem esclarecidos? A falta de comunicação também está na origem de muitos conflitos vividos no ambiente de trabalho.
Não dizer as coisas a tempo é um importante fator de estresse no mundo tumultuado em que vivemos, pois possibilita interpretações equivocadas que acabam pesando contra nós.
Nietzsche afirma que é melhor expressar nossos sentimentos ? mesmo sem encontrar as palavras adequadas ? do que ofender com o silêncio.

"Nossa honra não é construída por nossa origem, mas por nosso fim."

As pessoas mais felizes e realizadas são as que sabem aonde querem chegar e têm metas.

"O homem que imagina ser completamente bom é um idiota."

Assumir essa característica da nossa condição nos ajuda a ser humildes e, o que é mais importante, nos faz tomar consciência de quanto ainda precisamos nos aprimorar. Todo fracasso ou erro nos ensina como fazer melhor.
As pessoas mais inflexíveis e perfeccionistas sofrem as consequências de seus atos imperfeitos. Se algo dá errado, costumam colocar a culpa nos outros e fi cam descontrolada quando alguém mostra qualquer falha que possam ter cometido.
Nietzsche nos dá o seguinte conselho: é inútil querermos ser bons o tempo todo e fazer tudo certo ? o que importa é estarmos dispostos a fazer um pouco melhor hoje do que fizemos ontem.
A palavra japonesa wabi-sabi define a arte da imperfeição: no que é incompleto, irregular e antigo existem vida e beleza, pois aí está contido o desejo que a natureza tem de aprimorar a si mesma.

"As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas."

É importante medir o que dizemos e, sobretudo, a quem dizemos.

AQUI ESTÃO CINCO PASSOS
Para aumentar a autoestima: 1. Viva para si mesmo, não para o mundo. As pessoas que não sabem amar a si mesmas buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos.
2. Fuja das comparações. Elas são uma importante causa de infelicidade. Muita gente tem qualidades e atributos que você não tem, mas você também possui virtudes que não estão presentes nos outros. Pare de olhar para os lados e trabalhe na construção de seu próprio destino.
3. Não busque a perfeição. Nem nos outros nem em si mesmo, já que a perfeição não existe. O que existe é uma grande margem para melhorar.
4. Perdoe seus erros. Especialmente os do passado, pois já não podem ser contornados nem têm qualquer utilidade.
Aprenda com eles, para não repeti-los. Aperfeiçoar suas qualidades. Movimentar-se é sinal de vida e de evolução.

"Só quem constrói o futuro tem o direito de julgar o passado"

Todo julgamento esconde o orgulho de quem se considera dono da verdade. Também revela grande insegurança. De sua posição inatingível, aquele que julga se comporta como soberano e crítico das ações alheias.

Podemos observar o mundo de duas maneiras: virando a ca-beça para trás ou prestando atenção no que temos à nossa frente.
E você? Que caminho prefere?

"Alegrando-se por nossa alegria, sofrendo por nosso sofrimento ? assim se faz um amigo"

OSCAR WILDE dizia que não é difícil encontrar pessoas dispostas a se compadecer de nossas provações, mas são raras aquelas que se alegram sinceramente com nossos triunfos.

Por que é tão difícil compartilhar os êxitos? Provavelmente porque, nesses momentos, a comparação é inevitável. Em vez de festejar a boa notícia, o interlocutor pergunta a si mesmo: ?Por que não eu??
[...]
?Quem não sabe julgar o que merece crédito e o que merece ser esquecido presta atenção ao que não tem importância e se esquece do essencial.?

MUITAS PESSOAS BEM-SUCEDIDAS costumam dizer que o êxito é um presente envenenado, já que coloca o privilegiado em posição de semideus, achando que estará sempre por cima. Quando a sorte deixa de sorrir para essa pessoa, de uma hora para outra seu mundo vira de cabeça para baixo.

O fracasso, por sua vez, sempre nos deixa ensinamentos que nos ajudam a melhorar.
Vejamos alguns deles:
? Favorece a humildade e nos ajuda a manter os pés no chão.
? Estimula nossa imaginação e nos leva a explorar novas alternativas.
? Faz de nós pessoas mais reflexivas, evitando decisões precipitadas.
? É um convite para recomeçar, compreendendo melhor o mundo à nossa volta.
? Coloca nossa fortaleza à prova e é um aprendizado essencial para aqueles que se dispõem a alcançar algo.
? Abre novas oportunidades que podem levar ao verdadeiro sucesso, que não conheceríamos se tudo tivesse dado certo de primeira.

"Faça com que seus atos falem por você."

Aproveite as oportunidades. No trabalho ou no seu círculo social, veja cada nova situação como uma oportunidade para aprender. Essa atitude reforçará sua autoconfiança e sua autoestima.

O contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença. Quem parece nos detestar nutre, no fundo, uma admiração oculta por nós. A inveja funciona da mesma forma. A fúria do invejoso sempre se direciona para um êxito.
Schopenhauer, filósofo que inspirou Nietzsche, afirmou o seguinte a esse respeito: ?A inveja dos homens mostra quão infelizes eles se sentem e a atenção constante que dão ao que fazem os demais mostra como sua vida é tediosa.?

"O reino dos céus é uma condição do coração e não algo que cai na terra ou que surge depois da morte"

O objetivo da meditação é esvaziar a mente. Sempre que aparecer um pensamento, imagine que se trata de uma nuvem na qual você põe uma etiqueta com a palavra ?pensamento? e deixa passar sem fazer julgamentos. Os pensamentos não são bons nem maus: são nuvens que passam.

O tratado mais antigo para qualquer tipo de luta nesses casos é A arte da guerra, de Sun Tzu, que chega à seguinte conclusão:
Se conhecer seu inimigo e a si mesmo, ainda que você enfrente 100 batalhas, nunca sairá derrotado. Se não conhecer seu inimigo mas conhecer a si mesmo, suas chances de perder ou ganhar serão as mesmas. Se não conhecer o inimigo nem a si mesmo, pode ter certeza de que perderá todas as batalhas.

O privilégio de ser você mesmo não tem preço

Alguns viajantes comentam a sensação de força que experimenta aquele que se separa do grupo. Enquanto está com os demais, sua vontade se dilui. Mas, quando toma as próprias decisões, em silêncio, ele se sente senhor do seu destino. De repente, percebe que está extraordinariamente atento ao que acontece ao redor.

A medicina menciona as seguintes vantagens orgânicas de um período de solidão:
1. Redução da pressão arterial.
2. Diminuição do ritmo dos batimentos cardíacos e da respiração.
3. Neutralização do estresse.
4. Fortalecimento do sistema imunológico.
5. Recuperação do ânimo.
6. Estímulo da atividade cerebral.
7. Melhora das tensões musculares.

"Nossos julgamentos dizem mais sobre nós mesmos do que sobre aqueles que julgamos."

Cada opinião é uma gota no vasto ocea no do caos e por isso podemos dizer que o homem mais sábio é aquele capaz de passar pelo mundo sem emitir qualquer juízo.
O diretor de cinema japonês Akira Kurosawa lançou, em 1950, a obra-prima Rashomon, sobre o caráter volúvel e caprichoso das opiniões, que demonstra que cada um só enxerga o que quer.
O filme trata do estupro de uma mulher e do aparente assassinato de seu marido. Cada uma das testemunhas do crime ? que incluem o bandido e o marido morto, representado por um médium ? oferece uma versão completamente diferente dos fatos. A conclusão é que não podemos conhecer a verdade.
Da mesma forma que as testemunhas contam a verdade que mais lhes convém, nossa opinião sempre nos denuncia. Ao partilhar um ponto de vista sobre qualquer assunto, revelamos nossas motivações e nossos desejos mais íntimos.

"Não há razão para buscar o sofrimento, mas, se ele surgir em sua vida, não tenha medo: encare-o de frente e com a cabeça erguida"

?a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional?. - Buda

O filósofo lida com a dor e tenta extrair dela um benefício em forma de conhecimento. Mesmo os momentos mais duros da vida, como quando sofremos uma terrível perda, são portas abertas em direção a algo que precisávamos conhecer.
"Se estivermos conscientes de que todo fim é ao mesmo tempo um começo, a dor e o possível sofrimento serão para nós uma escola"
Que nos permitirá entender mais profundamente o que significa ser humano.

Ninguém duvida de que o passado tem influência no que somos, pois, juntamente com nossa herança genética, constituímos o produto de nosso caminhar pelo mundo.
No entanto, o futuro também nos molda, pois, tendo o passado nas costas, construímos o dia a dia de acordo com os objetivos que estabelecemos para nós mesmos.
O ideal seria fazer com que o futuro não esteja muito distante de nossos atos ? pois isso nos levaria ao terreno da eterna fantasia ? e cuidar para que o passado não seja uma carga demasiado pesada.
Viver no passado às vezes pode se transformar em uma doença.

A evocação de bons momentos do passado pode ser uma fonte de prazer, mas, quando se torna um hábito, acabamos nos privando do presente, que deveria ser a fonte de nossas lembranças futuras.

Manter abertas as feridas do passado impede que elas cicatrizem. (...) Além disso, o tempo tende a deformar o acontecido.

"Não deveríamos tentar deter a pedra que já começou a rolar morro abaixo; o melhor é dar-lhe impulso"

Em vez de se opor a uma força contrária ? o que acabaria dobrando a potência do impacto ?, as leis do Universo aconselham a se unir a ela e usá-la para os próprios interesses.

Direcionar a força existente é muito mais efetivo que se opor a ela.

Uma das finalidades deste livro é neutralizar o estresse, uma medida muito útil é evitar tudo o que implique problemas com o que nos cerca, como por exemplo:

? Discutir quando os nervos estão à flor da pele.
? Tentar modificar a opinião de uma pessoa que esteja absolutamente resoluta.

"A maneira mais eficaz de corromper o jovem é ensiná-lo a admirar aqueles que pensam como ele e não os que pensam de forma diferente"

A existência de um grande número de seitas, times de futebol e partidos políticos revela que o ser humano se sente confortável dentro de uma comunidade em que a linha de pensamento é estabelecida de antemão.
Pensar é um trabalho árduo. Não é à toa que não é ensinado nos colégios e a filosofia tem peso quase insignificante no currículo escolar.
A consequência lógica de não pensar é seguir sempre os outros, abrindo mão da capacidade de tomar decisões e traçar o próprio destino.
Além disso, reduzir nossa mentalidade a uma única perspectiva faz com que entremos constantemente em conflito com os que seguem outros caminhos

No final, nos daremos conta de que existem outros mundos dentro do nosso.

Conviver com pessoas viciadas em reclamar é um tormento, pois o desgaste mental e a negatividade desse tipo de personalidade acabam contagiando tudo ao redor.

? Ninguém presta atenção de verdade aos lamentos dos outros.
? Os que insistem em ficar se lamentando sem parar acabam sendo inoportunos, chegando ao ponto de serem evitados pelos demais.
? Expressar uma situação negativa não ajuda a resolvê-la. Na verdade, paralisa a ação

Por trás da negatividade existe um sinal de impotência que não passa despercebido.

Confúcio: ?Os que se queixam da forma como a bola quica são os que não sabem arremessá-la.?

No amor sempre existe algo de loucura e na loucura sempre existe algo de razão

"Quem deseja aprender a voar deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende a voar voando"

Fazer qualquer coisa antes de estar preparado gera estresse e frustração. Como diz Nietzsche neste aforismo, quem espera levantar voo sem antes passar pelo aprendizado básico est á condenado a uma queda da qual não se reerguerá.

O ser humano que conhece suas possibilidades sabe enfrentar as provas que a vida lhe impõe, que são como degraus para que ele alcance os níveis seguintes.

"Quem luta contra monstros
deve ter cuidado para não se
transformar em um deles.
Se ficar olhando muito tempo para o abismo, o abismo olhará para você

"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."

Nietzsche faz referência às dificuldades da vida como uma escola que pode nos endurecer ou até nos transformar em pessoas cruéis, ainda que, no final, essa seja uma opção pessoal.

Contra os determinismos negativos, Viktor Frankl comentou no livro Em busca de sentido que até nas circunstâncias mais adversas o ser humano tem o direito de decidir qual será sua postura diante do mundo. Sobre sua passagem pelo inferno de Auschwitz, Viktor relatou que alguns prisioneiros se embrute-ciam e colaboravam em atos de tortura, agindo contra os próprios companheiros, ao passo que outros consolavam os doentes acamados e dividiam com eles seu último pedaço de pão.

Referindo-se ao conceito budista de dor e de sofrimento, ele afirmou: ?Mesmo que não esteja em suas mãos mudar uma situação dolorosa, é sempre possível escolher a forma de lidar com o sofrimento.?

"São muitas as verdades e, por esse motivo, não existe verdade alguma."

"A mentira mais comum é a que um homem usa para enganar a si mesmo"

NIETZSCHE dizia que ?enganar os outros é um defeito relativamente insignificante?; o que nos transforma em monstros é o autoengano.

Uma forma de mentirmos para nós mesmos ? e grande fonte de estresse ? é imaginar que estamos sempre certos e que o resto do mundo está errado.

Para o ser humano, é muito mais fácil concluir que os outros estão errados do que aceitar o próprio erro.

"Deveríamos considerar perdido o dia em que não dançamos nenhuma vez"

A dança talvez seja a expressão mais genuína da alegria humana.

Os estudos atuais de terapia pela dança demonstram que essa atividade, em qualquer de suas formas, tem várias aplicações curativas:
? Ao dançar, aumentamos a consciência do próprio corpo e entendemos melhor como ele se relaciona com as outras pessoas.
? A dança ativa a espontaneidade e a confiança em si mesmo.
É especialmente indicada para pessoas tímidas, pois serve como uma forma alternativa de comunicação.
? Dançar alivia as tensões, tanto físicas quanto psicológicas.
? A dança nos permite conhecer nossos sentimentos ao expressá-los como movimentos no espaço.

Dicionário de linguagem não verbal ? O que significam nossos gestos?
? Acariciar o queixo: reflexão antes de uma decisão.
? Cruzar os braços: atitude defensiva.
? Inclinar a cabeça para a frente: interesse pelo que se ouve.
? Entrelaçar os dedos: autoridade, espera por reações.
? Esfregar o olho: dúvida, incredulidade.
? Mexer no cabelo: insegurança, desejo de seduzir.
? Comprimir os lábios: desconfiança, desagrado.
? Levar a mão à bochecha: avaliação, reflexão.
? Levar as mãos aos quadris: disposição para fazer ou dizer algo importante.
? Esfregar as mãos: antecipar algo que está por acontecer.
? Tamborilar: impaciência, pressa.
? Olhar para o chão: não acreditar totalmente no que está sendo dito.


? Abrir as mãos com as palmas voltadas para cima: sinceridade, inocência.
? Cruzar as pernas, deixando um dos pés em movimento: chateação ou impaciência.
? Sentar-se na beira da cadeira: vontade de ir embora.
? Sentar-se com as pernas abertas: atitude relaxada.
? Unir os calcanhares: medo, apreensão.

Encontrar o equilíbrio no momento de agir não significa ter medo nem falta de iniciativa, mas alcançar um horizonte suficientemente amplo para entender que a verdade ? e, o que é ainda mais importante, a conveniência ? nunca será encontrada nas posturas radicais.

?A virtude consiste em saber encontrar o meio-termo entre dois extremos.? - Aristóteles

SOBRE A AMIZADE, NIETZSCHE recomenda: ?Seja para seu amigo um leito de repouso, mas um leito duro, como uma cama de campanha.?

Sem dúvida, nossos companheiros mais valiosos são aqueles capazes de festejar nossas vitórias, como dizia Oscar Wilde, mas também aqueles capazes de nos fazer enxergar que estamos equivocados.
As pessoas que nos advertem sem levar em conta o que esperamos escutar, apenas pelo nosso bem, são as que nos permitem melhorar.
Esta seria a definição de um bom amigo: alguém diante do qual podemos nos comportar de forma autêntica e que nos ajuda a vencer os obstáculos da vida.
E muitos desses obstáculos somos nós mesmos que colocamos no nosso caminho.

Por isso, os grandes líderes da história não se deixaram levar por bajuladores, mas escolheram, para ficar ao seu lado, pessoas capazes de transmitir a própria opinião sobre as coisas. Com companheiros assim, multiplicamos nossa compreensão do mundo e, consequentemente, nosso poder.

O FILÓSOFO JIDDU KRISHNAMURTI discorre da seguinte maneira sobre o que significa amar:

Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo.

"A arrogância por parte de quem tem mérito nos parece mais ofensiva que a arrogância de quem não o tem: o próprio mérito é ofensivo"

Nietzsche faz referência ao perigo da comparação, com a qual sempre perdemos.

A comparação e a inveja que a acompanha refletem uma admiração mal administrada.

O sucesso de um companheiro de trabalho não significa nosso fracasso. Ao contrário, nos mostra o caminho que devemos percorrer. Quando substituímos a inveja pelo desafio, os méritos e as qualidades dos outros se transformam em um convite para nossa superação.

A melhor comparação é a que fazemos com nós mesmos.

De onde estamos, podemos aspirar à conquista do lugar que gostaríamos de ocupar.

"Quem não sabe guardar suas opiniões no gelo não deveria entrar em debates acalorados"

?O que quer que precise dizer, diga amanhã.?

O escritor Richard Carlson recomenda:
? É muito melhor lidar de forma inteligente com o mundo do que lutar contra ele.
? Sempre que decidir ser amável em vez de ser o dono da verdade, estará tomando a decisão certa.

No final das contas, se deixarmos de impor nossas opiniões, com o tempo as outras pessoas acabarão percebendo os erros delas sem que tenhamos que nos desgastar com polêmicas vazias.

Segundo Platão, amar é caminhar em busca da parte que nos falta, da velha ?metade da laranja?. Essa visão é questionada atualmente por muitos terapeutas de casais, que dizem que todo ser humano é uma ?laranja inteira? e não deve esperar por ninguém para se sentir completo e realizado.

A verdadeira amizade se fundamenta na admiração e no respeito mútuos.

Um pensamento do escritor e filósofo Albert Camus, que curiosamente também é atribuído a Maimônides, reflete muito bem sobre o segredo da amizade:
Não caminhe na minha frente, porque talvez eu não possa segui-lo. Não caminhe atrás de mim, porque talvez eu não possa guiá-lo. Caminhe ao meu lado e seremos amigos.

Há um trecho no romance "Amor em minúscula", de Francesc Miralles, que fala da impossibilidade de compartilhar verdadeiramente uma experiência:
Imagine que vou fazer uma longa viagem, sem saber quando volto, e você vai até a estação de trem para se despedir de mim.
Se depois nos comunicarmos por carta ou telefone e nos lembrarmos da despedida, não estaremos falando da mesma coisa, mesmo que imaginemos que sim. A minha lembrança e a sua serão diferentes, isso quando não forem exatamente opostas.
Você se lembra de um homem que se afasta em um trem e que acena da janela. Mas eu me lembro de um homem imóvel em uma plataforma e de que ele ficava cada vez menor. É a única coisa que podemos compartilhar: a sensação do outro ficando menor.

A experiência nunca pode ser compartilhada. Ela é servida sempre em frascos individuais.

"Estava só e não fazia outra coisa além de encontrar-se consigo mesmo."

Noa núcleos urbanos,
encontramos cada vez mais solteiros e gente que se sente só. Para evitar que a solidão seja notada, essas pessoas deixam a televisão ligada o dia todo, ficam horas e horas navegando na internet ou se entregam a qualquer outra atividade que dissimule o silêncio.

Acostumados ao ruído do mundo, que confunde tudo, muitos têm medo de estar consigo mesmos. Para evitar esse encontro íntimo, buscam qualquer maneira de se ?distrair?. Mas queremos nos distrair do quê? Deveríamos temer alguma coisa?
Talvez se trate unicamente de não pensar, de evitar perguntas que precisamos fazer a nós mesmos. As transformações nos assustam. E a solidão é, justamente, a pista de decolagem das grandes mudanças, o palco onde nos equipamos para renascer.

?O homem sofre tão terrivelmente no mundo que se viu obrigado a inventar o riso.?

Vejamos os benefícios terapêuticos do humor constatados pela medicina:
? Atua como analgésico.
? Melhora a circulação e regula a pressão arterial.
? É um exercício aeróbico: cinco minutos de risadas equivalem a 45 minutos de exercícios leves.
? Massageia os órgãos internos.
? Reforça as defesas e previne doenças.
? Alivia o estresse e a fadiga.
? Libera endorfina, o hormônio da felicidade.
? Promove o alívio muscular e o bem-estar.
? Ajuda a relativizar os problemas.

"Gosto dos valentes, mas não basta ser um espadachim: também é preciso saber a quem ferir. E, muitas vezes, abster-se demonstra mais bravura, reservando-se para um inimigo mais digno"

Assim como o sorriso traz benefícios óbvios para a saúde, o ressentimento não apenas incide negativamente no estado de ânimo, como também pode desencadear doenças e distúrbios.
A tabela a seguir lista as consequências dos dois estados opostos: Aborrecimento / Perdão
? Aumenta a pressão arterial
? Diminui a pressão arterial

? Gera acidez estomacal
? Facilita a digestão

? Dispara a adrenalina
? Suaviza a respiração

? Dificulta o descanso
? Estimula um sono noturno
reparador

? Favorece o surgimento
? Promove o relaxamento
de úlceras

? Reforça o sistema
? Aumenta o risco de câncer
imunológico

Quase todas as pessoas não estão a nosso favor nem contra nós, mas absortas em si mesmas.

"Para chegar a ser sábio, é preciso querer experimentar certas vivências. Mas isso é muito perigoso. Mais de um sábio foi devorado nessa tentativa"

Voltando ao discurso de Nietzsche, quem entrou e saiu do inferno pode guiar outras pessoas com mais sabedoria do que quem levou uma vida sem sobressaltos. Pelo mesmo motivo, o filósofo alemão duvidava que um clérigo tivesse autoridade para dar conselhos matrimoniais.

"O cérebro verdadeiramente original não é o que enxerga algo novo antes de todo mundo, mas o que olha para coisas velhas e conhecidas, já vistas e revistas por todos, como se fossem novas.

Quem descobre algo é normalmente este ser sem originalidade e sem cérebro chamado sorte"

Marcel Proust afirmou que ?a verdadeira viagem de descobrimento não consiste em buscar novas paisagens, mas sim em ter novos olhos?.
Trata-se de uma capacidade compartilhada por filósofos e artistas: saber encontrar o novo no velho.

Aplicando-se esse conceito ao mundo dos negócios, o empreendedor é aquele que enxerga uma oportunidade onde os outros não veem nada. (...) isso lhes permite perceber o que a maioria ? com o olhar domesticado pela monotonia ? deixa passar.

Do método Dale Carnegie para fazer amigos (e influenciar pessoas):
? É inútil criticar alguém, já que ele inevitavelmente se colocará na defensiva e tentará se justificar. Além disso, ficará ressentido com você.
? Conseguimos resultados muito melhores nas relações sociais ao elogiar de forma inteligente em vez de censurar.
? É muito mais proveitoso e seguro corrigir a si mesmo do que tentar fazer com que os outros se corrijam.
? As pessoas mais populares são as que deixam seus interlocutores falarem e se interessam sinceramente por seus problemas.
? Em vez de censurar os outros, é mais útil entendê-los e procurar saber por que se comportam de certa maneira.
? Você fará mais amigos em dois meses interessando-se pelas pessoas do que em dois anos tentando fazer com que elas se interessem por você.
? Qualquer idiota é capaz de criticar, condenar e se queixar, e a maioria faz isso muito bem.

"O homem amadurece quando reencontra a seriedade que demonstrava em suas brincadeiras de criança"

Hans Christian Andersen disse que ?os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam, mas também para que os adultos despertem?.

"Ninguém é tão louco que não possa encontrar outro louco que o entenda"

Em um artigo dedicado
à sincronicidade ? a teoria das casualidades exposta por Jung ?, existe uma citação de Ernesto Sábato para explicar que as coincidências têm mais a ver com a afinidade do que com uma obscura lógica da sorte. Vamos tomar como exemplo dois amigos que conviveram por muito tempo mas se separaram ao irem morar em países diferentes. Por mais estranho que pareça, eles terão grande possibilidade de se reencontrar em qualquer lugar do mundo que visitem.
E isso acontece por uma razão muito simples: se eles têm gostos e hábitos parecidos, não é improvável escolherem viajar para a mesma cidade ? Tóquio, por exemplo ? na mesma época do ano. Uma vez ali, como os dois têm referências parecidas, irão aos mesmos lugares, no mesmo período do dia.
Quando, após anos sem se ver, se encontram de repente em uma livraria para estrangeiros no bairro de Ginza, os dois dizem:
?Que coincidência!? Mas, na verdade, não poderia ter sido de outra forma.
Por outro lado, como diz Sábato, duas pessoas muito diferentes podem viver uma ao lado da outra e não se encontrarem nunca, nem mesmo na própria rua.

É fácil distinguir os melhores interlocutores, pois eles sabem ouvir sem interromper para expressar sua opinião.

Dê sua opinião somente quando a pedirem. Invadir o território alheio para dizer a alguém o que fazer pode causar atritos. Julgamentos sobre assuntos pessoais só são apropriados quando expressamente solicitados.

"Acredito que os animais veem o homem como um ser igual a eles que perdeu, de forma extraordinariamente perigosa, a sanidade intelectual animal. Ou seja: veem o homem como um animal irracional, um animal que sorri, que chora, um animal infeliz"

O grande impedimento para a felicidade de muitas pessoas em países desenvolvidos é o enorme espectro de necessidades inúteis criado ao seu redor. Parece ser impossível viver satisfeito sem:
? Trocar de carro a cada cinco anos.
? Fazer da casa atual um ?trampolim? para outra maior.

Talvez a felicidade finalmente chegue se conseguirmos tirar fardos dos ombros, vivendo com naturalidade e simplicidade. Precisamos ser um pouco mais como os animais.

"É muito difícil os homens entenderem sua ignorância no que diz respeito
a eles mesmos"

Nietzsche nos diz:
?Somente quando o homem tiver adquirido o conhecimento de todas as coisas poderá conhecer a si mesmo. Porque as coisas nada mais são que as fronteiras do homem.?
Isso nos sugere que não há nada mais difícil e trabalhoso que o autoconhecimento.

Na verdade, toda a filosofia parte da inscrição que os Sete Sábios deixaram no frontispício do oráculo de Delfos:

?Conhece-te a ti mesmo.?

Trata-se de uma ambição que, segundo Erasmo de Roterdã, nos leva a assumir com humildade o fato de que não sabemos nada. Da mesma forma que o copo vazio espera ser preenchido, somente a partir da humildade se pode começar a construir a verdadeira sabedoria. (...) Por isso, conhecer a si mesmo não é necessariamente um ato de egocentrismo.

[...]

Por meio da meditação, os estudantes do zen calam seus pensamentos e tomam consciência da mente vazia que os contém.
Assim como as partículas de um copo de água suja pousam no fundo ? quando paramos de agitá-lo ? e o líquido fica transparente, os pensamentos caem quando a mente não está agitada e a consciência se aclara.

É importante não julgar os pensamentos como bons ou maus. Ao identificá-los simplesmente como ?pensamentos? e deixar que passem, eles se dissolvem para que nossa mente fique transparente ? sem filtros ? como um cristal.

Um poeta escreveu em sua porta: ?Quem entrar aqui me honrará. Quem não entrar me proporcionará um prazer?

Baseamos nossa autoestima na imagem que os outros têm de nós. (...)
Quem não permite que sua felicidade dependa da aprovação alheia está sempre no melhor dos mundos.

A fábula a seguir ilustra bem a posição dependente das pessoas que se sentem incompreendidas em seu ambiente e pensam que em outro lugar seriam mais valorizadas.

Certo dia, uma coruja encontrou um pássaro que lhe perguntou:
? Aonde você vai?
? Estou me mudando para o leste ? disse a coruja.
? Por quê? ? perguntou o pássaro.
? As pessoas aqui não gostam muito dos sons que eu faço. Por isso vou para o leste.
? Se puder mudar sua voz, tudo ficará bem. Mas, se não puder, mesmo indo para o leste, vai acontecer a mesma coisa, pois as pessoas de lá também não vão gostar.

[...]

No livro "A última grande lição", o jornalista Mitch Albom descreve os ensinamentos recebidos do mestre em seus dias derradeiros. Todos eles apontam na mesma direção: no fim, só o que conta é o amor que demos e recebemos.

Na mesma linha, "A lição final", de Randy Pausch, relata a última conferência de um professor da Universidade Carnegie Mellon após saber que sofria de câncer do pâncreas. Entre as questões que ele levanta estão: o que você faria se tivesse poucos meses de vida?
Que sonhos ainda quer realizar? O que o impede de fazê-lo agora?

[...]

? A sorte não dura muito tempo, pois não depende de nós.
Por outro lado, a Boa Sorte dura para sempre, porque nós mesmos a criamos.
? Os ingredientes básicos da Boa Sorte são a força de vontade e a persistência, além de uma dose de ousadia.
? As pessoas bem-sucedidas não pertencem a uma raça distinta: o que as diferencia é sua atitude. O importante é perguntar a si mesmo: o que elas fazem que eu não faço?

"Seus maiores bens são seus sonhos"

WILLIAM FAULKNER dizia
que os sábios têm sonhos grandes o bastante para não perdê-los de vista enquanto os perseguem.

Todo grande feito foi concebido antes na imaginação.

O destino de um ser humano depende do tamanho de seus sonhos. O problema é que muitas pessoas os estacionam na infância ou na adolescência e adotam posturas derrotistas do tipo
?A vida é assim mesmo? ou ?O que posso fazer? Preciso ganhar meu sustento?.
Com essa atitude resignada é impossível fazer qualquer coisa relevante para o mundo. Como sugere Nietzsche em seu aforismo, nada é tão nosso quanto nossos sonhos. Por isso, quando abrimos mão deles, abandonamos também algo muito importante: a capacidade de transformar em realidade nossos desejos mais íntimos.

Faça uma lista com os grandes sonhos de sua vida. Quais se tornaram realidade? Quais fracassaram? Quais você abandonou no meio do caminho? E o mais importante: que sonho você vai tratar como seu objetivo a partir de agora?

"Quem não sabe dar nada não sabe sentir nada"

Quando sentimos que
oferecemos algo ao próximo, de repente tomamos consciência de nosso valor. Ninguém é mais pobre que uma pessoa que não dá nada, pois é na doação que demonstramos nossa riqueza.
Não se trata apenas de bens materiais.
A maior avareza que existe é a do coração.

Assim como acontece com a economia dos países, a prosperidade depende da circulação de riquezas. Quando elas param, perdem o valor e a economia entra em recessão. O mesmo acontece com a riqueza do coração.

Somente as pessoas capazes de fazer o amor fluir em ambas as direções podem se considerar prósperas emocionalmente.

"As ilusões são certamente prazeres dispendiosos, mas a destruição delas é mais dispendiosa ainda"

NO LIVRO "LA EMPRESA FABULOSA", o escritor e publicitário Gabriel García de Oro conta um caso engraçado envolvendo Stanley Kubrick e o poder dos sonhos. Nesse episódio é citado o símbolo clássico dos sonhos impossíveis: as asas de Ícaro.
Todos os loucos por cinema sabem que quando Stanley Kubrick se propunha a fazer algo, ele fazia. Não parava até conseguir, por mais impossível que parecesse.
Certo dia, enquanto dirigia o espetacular Barry Lyndon, sugeriu rodar uma cena somente com a luz de velas. O iluminador, contrariado com o desafio, disse que era totalmente impossível.
E um colaborador fez (Stanley) Kubrick se lembrar de uma história mitológica que o fascinava: o voo de Ícaro.
Stanley Kubrick olhou para todos e disse:
? A fábula de Ícaro só demonstra que a cera não é um bom material para quem quer se aproximar do Sol. Deveriam ter trabalhado mais na fabricação das asas.

[...]

A gratidão é uma condição indispensável para apreciarmos a beleza do mundo.

Algumas pessoas que aparentemente têm tudo se sentem infelizes, ao passo que outras se maravilham com os pequenos grandes presentes que recebem todos os dias.
Entre essas últimas, a americana Hellen Keller, que mesmo cega, surda e muda foi capaz de desfrutar dos sentidos que lhe restavam em experiências quase místicas. São dela as seguintes palavras:

"Use os olhos como se fosse ficar cego amanhã. (...) Escute a música das vozes, o canto dos pássaros, as poderosas notas de uma orquestra, como se amanhã fosse ficar surdo. Toque cada objeto como se o sentido do tato lhe fosse faltar amanhã. Sinta o aroma das flores e o sabor de cada bocado de comida como se amanhã já não pudesse cheirar nem sentir o gosto de nada."

[...]

"Não é raro encontrar cópias de grandes homens. E, como acontece com os quadros, a maior parte das pessoas parece mais interessada nas cópias do que nos originais"

Ser autêntico na vida às vezes envolve dizer o que ninguém espera escutar.
Existe uma história que ilustra bem essa questão. Pediu-se a alguns estudantes que elegessem as Sete Maravilhas do mundo atual. Enquanto os votos eram apurados, a professora percebeu que uma jovem calada ainda não havia mostrado o que escrevera e por isso perguntou se ela estava com problemas para completar a lista.
? Estou ? respondeu. ? Não consigo me decidir. São tantas!
? Bem, então leia o que já escreveu e talvez possamos ajudá-la
? disse a professora.
A menina hesitou antes de responder:
? Acho que as Sete Maravilhas do mundo são: ver, ouvir, tocar, provar, sentir, rir e amar.
A sala de aula ficou em silêncio.
A verdade é que nunca pensamos nessas coisas tão simples e corriqueiras como as maravilhas que verdadeiramente são.

[...]

Não tenho vida nem morte; faço do Eterno minha vida e minha morte.

"Os poços mais profundos vivem suas experiências lentamente: esperam um bom tempo até saberem o que caiu em suas profundezas"

?Caminhar faz com que o mundo seja muito maior e, por isso, mais interessante. Assim temos tempo para observar os detalhes.? - Edgard Abbey

Dizem que CHRISTOPHER WREN, arquiteto encarregado da construção da Catedral de Londres, decidiu passear incógnito pelo canteiro de obras para ver como os pedreiros trabalhavam.
Wren ficou pensativo enquanto observava três operários.
Um trabalhava muito mal; outro, de forma correta; o terceiro, por sua vez, realizava seu trabalho com muito mais força e dedicação que os demais. Sem se conter, o arquiteto aproximou-se do primeiro e perguntou:
? Boa tarde. O que o senhor faz?
? Eu? ? disse o pedreiro. ? Trabalho de sol a sol, num serviço muito cansativo. Não vejo a hora de terminar.
Depois foi até o segundo operário e fez a mesma pergunta:
? Boa tarde. O que o senhor faz?
? Estou aqui para ganhar dinheiro a fim de sustentar minha mulher e meus quatro filhos.
Finalmente, Wren se dirigiu ao terceiro trabalhador:
? Boa tarde. O que o senhor faz?
O pedreiro levantou a cabeça e, com um olhar cheio de orgulho, respondeu:
? Estou construindo a Catedral de Londres, cavalheiro.

"Uma alma delicada se sente mal quando sabe que receberá agradecimentos. Uma alma grosseira se sente mal quando sabe que precisa agradecer a alguém"

Quando praticamos a gratidão, reconhecemos os benefícios recebidos e procuramos devolver à vida algo que ela nos deu.

Uma forma de fazer isso é usando as palavras. No poema ?Prazeres?, Bertolt Brecht fez sua lista de agradecimentos baseada em deleites cotidianos:

O primeiro olhar pela janela ao despertar / O velho livro que volto a encontra r / Rostos entusiasmados / Neve, a mudança das estações / O jornal / O cachorro / A dialética / Tomar banho, nadar / Música antiga/ Sapatos confortáveis / Entender / Música nova / Escrever, plantar / Viajar, cantar / Ser amável.

Como exercício para perceber e agradecer a magia da vida, crie sua lista de maravilhas e pendure-a em um lugar visível da casa, para que não se esqueça das dádivas recebidas.
E procure renová-la a cada mês com os outros prazeres que tiver incorporado à vida cotidiana.

"Não se pode odiar enquanto se menospreza. Não se pode odiar mais intensamente um indivíduo desprezado do que um igual ou superior"

[...]

Quantos homens sabem observar?
E, desses poucos que sabem, quantos observam a si próprios? ?Cada pessoa é o ser mais distante de si mesmo?

A viagem até nós mesmos é sempre a mais longa e tortuosa, pois implica dar muitas voltas para encontrar algo que estava tão perto que éramos incapazes de ver.

Não é por acaso que, das três perguntas existenciais clássicas ? Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? ?, a da identidade venha em primeiro lugar, pois aquele que não sabe quem é dificilmente terá consciência do que deixou para trás ou do destino que tem diante de si.
Tentamos responder à pergunta ?Quem somos?? falando sobre nossa profissão e o cargo que ocupamos, mostrando o carro que dirigimos ou mesmo dizendo qual religião professamos, mas esses elementos estão à margem da verdadeira essência de uma pessoa.

Segundo o grande teórico da arte bélica, Sun Tzu, ?a vitória completa é alcançada quando o exército não luta, a cidade não é sitiada, a destruição não se prolonga por muito tempo e em cada caso o inimigo é vencido graças à estratégia?.

[...]

"Cada mestre não tem mais que um aluno e esse aluno lhe será infiel, pois está predestinado a ser mestre também"

Um dos mais famosos é o que conta a história de um estudante que, acidentalmente, quebrou um vaso de grande valor que pertencia a seu mestre.
Ao saber que ele se aproximava, o aluno recolheu os cacos do vaso e os escondeu sob o hábito.
Quando o professor entrou na sala, o pupilo lhe perguntou:
? Por que morremos, mestre?
? Trata-se de algo natural ? respondeu. ? Tudo tem um princípio e um fim. Tudo deve viver o tempo que lhe convier e nada mais. Depois, deve morrer.
O estudante então deixou cair os cacos do vaso no chão e disse:
? Chegou a hora da morte para o seu vaso, mestre.

[...]

A mitologia grega conta que Pandora abriu a tampa da caixa proibida e aproximou o rosto da pequena abertura, mas teve que se afastar rapidamente, espantada. Uma fumaça densa e negra saía da caixa em espirais enquanto mil horríveis fantasmas se formavam naquelas nuvens que invadiam o mundo e escureciam o Sol.
Eram todas as doenças, as dores, os horrores e os vícios do mundo. Todos saíam da caixa de forma violenta, entrando nas tranquilas moradas dos homens.
Pandora tentou fechar a caixa e evitar que mais males escapassem, para remediar o desastre, mas foi em vão. O destino inexorável se cumpria e, desde então, a vida dos homens foi assolada por todas as desventuras desencadeadas por Zeus.
Quando a fumaça se desfez e a caixa parecia vazia, Pandora olhou para dentro dela e viu um lindo passarinho de asas cintilantes. Era a Esperança. Ela se apressou em fechar a caixa, impedindo que a Esperança escapasse também.

Dessa forma, a Esperança se conserva guardada no fundo de nosso coração.

"O que não nos mata nos fortalece"

Em seus últimos anos,
Sigmund Freud disse as célebres palavras:
?Agradeço à vida por nada ter sido fácil para mim.?

Se a correnteza não nos mata, como diz Nietzsche, acabamos ganhando uma experiência essencial que nos ajudará a salvar a nós mesmos e às demais pessoas em futuras provações.

[...]

?o instante em que a palavra feliz é pronunciada nunca é o instante da felicidade?, talvez porque a felicidade exija uma entrega de todos os nossos sentidos para que possamos vivenciá-la. No momento em que queremos capturá-la, analisá-la e rotulá-la, permitimos que nos escape.
Sobre isso, o escritor e filósofo Eric Hoffer comentou:
?A busca da felicidade é uma das principais fontes de infelicidade.?

Nietzsche nos lembra que, às vezes, só ouvimos o que queremos ouvir, já que o murmúrio das nossas ideias preconcebidas se sobrepõe à realidade.

"Toda vez que me elevo, sou perseguido por um cachorro chamado Ego"

Nosso EGO é uma das principais fontes de sofrimento e estresse a que estamos expostos, já que é insaciável e difícil de ser domado. Nem mesmo os mestres que teorizaram sobre o ego se livraram dele.

[...]

Para ilustrar a tríade otimista-pessimista-realista, um dito popular conta que o otimista inventou o avião, o pessimista não viaja de avião e o realista embarca usando paraquedas.

Provavelmente existem momentos na vida para seguir cada uma das três abordagens. Por exemplo, diante de um projeto pessoal é preciso ser otimista desde o início, mas também pessimista na hora de se prevenir de futuras dificuldades e realista para administrar os esforços que, dia após dia, nos levarão em direção à nossa meta.

Os sonhos são projetados por nosso arquiteto interior, mas, para transformá-los em realidade, é preciso despertar o pedreiro que também vive em cada um de nós.

[...]

Eis o trecho de um poema de Robert Frost:
"Diante de mim havia duas estradas. Escolhi a estrada menos percorrida E isso fez toda a diferença."
Seguindo a mesma linha, M. Scott Peck, em "A trilha menos percorrida", adverte que nada é fácil quando saímos da rota mais comum: ?É humano ? e sábio ? temer o desconhecido, ficar ao menos um pouco apreensivo ao embarcar em uma aventura.
No entanto, é somente com as aventuras que aprendemos coisas importantes.?

O crescimento pessoal é uma tarefa árdua e complexa, que dura a vida toda

Para Peck, é provável que nossos momentos mais sublimes ocorram quando nos sentirmos profundamente abatidos, infelizes ou descontentes. É somente nesses momentos que, movidos pela insatisfação, seremos capazes de sair da trilha já percorrida e buscar respostas mais verdadeiras em outros caminhos.

"Toda convicção é uma prisão"

Existe uma história no livro "La empresa fabulosa", de Gabriel García de Oro, que fala do perigo de nos deixarmos aprisionar pelas certezas que moldam nossa realidade.

Um homem vivia ao lado de uma estrada, onde vendia rosquinhas deliciosas. O negócio ia tão bem que ele já não ouvia rádio, não lia jornais nem dava muita bola para a televisão. Pôde até investir em publicidade e as pessoas não paravam de comprar seus produtos. Os lucros só aumentavam e ele reinvestia cada vez mais em seu negócio.
No verão, recebeu a visita do filho, que voltava da universidade onde cursara uma pós-graduação em administração de empresas. O rapaz, ao ver tudo o que tinha o pai, indagou:
? Pai, você não escuta rádio nem lê jornais? Estamos passando por uma crise enorme. Você vai falir.
O pai pensou: ?Meu filho tem estudos. É bem informado.
Sabe do que está falando.?
Assim, o homem passou a comprar menos ingredientes para reduzir sua produção de rosquinhas. Diminuiu os gastos e cortou o investimento em publicidade. As vendas caíam dia após dia e, em pouco tempo, o negócio entrou no vermelho. Então ele ligou para o filho na universidade e disse:
? Você tinha razão, filho. Estamos vivendo uma crise muito grande.

"Nossa vida nos parece muito mais bonita quando deixamos de compará-la com as dos outros"

"As pessoas se esquecem de seus erros depois de confessá-los ao outro, mas o outro normalmente não se esquece"

NIETZSCHE afirmava que ?são poucos os que não revelam os segredos mais importantes de um ami go?.
Em outras palavras, somos donos do que calamos e escravos do que dizemos. Por isso mesmo devemos tomar cuidado com o que contamos e a quem contamos, pois uma informação que para nós já não é relevante poderá ressurgir no momento menos oportuno.

[...]

Goethe já tinha estabelecido seus oito requisitos para se ter uma vida plena:
1. Saúde o bastante para trabalhar com prazer.
2. Força para lutar contra as difi culdades e superá-las.
3. Capacidade de admitir os próprios erros e se perdoar.
4. Paciência para perseverar até atingir o objetivo.
5. Caridade para ver algo bom no próximo.
6. Amor para ser útil às pessoas.
7. Fé para transformar em realidade as coisas divinas.
8. Esperança para afastar os temores acerca do futuro.

"A melhor maneira de começar o dia é se comprometer a fazer feliz ao menos uma pessoa antes de o sol se pôr"

Seguindo a linha dos livros que tratam da felicidade, "A viagemde Heitor", de François Lelord, conta a história de um jovem psicoterapeuta francês cujo consultório era frequentado por uma clientela fiel e seleta.
Vista de fora, sua posição parecia invejável, mas ele não era feliz. Ao entender que sua infelicidade vinha, precisamente, de não poder fazer seus pacientes felizes, ele se deu conta de que, por mais riquezas que possua e prazeres que desfrute, ninguém está satisfeito consigo mesmo. Isso levou Heitor a fazer várias perguntas a si mesmo: por que não somos capazes de apreciar a vida que temos e passamos o tempo todo sonhando com outra vida melhor? A chave da felicidade está no sucesso material ou no relacionamento com as pessoas?
Para entender o que torna as pessoas felizes, o médico realizou uma viagem pelos quatro cantos do mundo em busca do verdadeiro segredo da felicidade.
Entre as muitas conclusões a que chegou, uma é especialmente simples e iluminada: ?A felicidade consiste em fazer as outras pessoas felizes.?

[...]

Henry David Thoreau, quis experimentar a vida simples e por isso viveu dois anos no meio da floresta. Dessa experiência surgiu seu livro Walden, publicado em 1854 e referência até hoje.
Estas são algumas das conclusões às quais chegou Thoreau em seu retiro campestre:
? A pessoa mais rica é aquela cujos prazeres são os menos dispendiosos.
(Significado da palavra dispendioso: Que demanda muito dinheiro; que ocasiona muitas despesas; caro, custoso)
? Nossa civilização consiste em milhões de seres vivendo juntos, num espaço restrito, em total solidão.
? A natureza é o único local onde um ser humano pode se encontrar consigo mesmo.
? As coisas não mudam ? nós mudamos.
? Seguir a trilha dos próprios sonhos e viver a vida que desejamos é garantia de sucesso.
? Investir em bondade é o melhor negócio que você pode fazer.

"A vida não é muito curta para que fiquemos entediados?"

Eis uma boa receita contra o tédio:
1. Abandone todos os compromissos desnecessários que não trazem mais que tédio e mau humor à sua vida.
2. Afaste-se pouco a pouco de todas as pessoas que se queixam o tempo todo e nunca lhe dizem algo realmente interessante.
3. Pergunte a si mesmo se o seu trabalho é estimulante o bastante ou se você poderia exercer outra atividade mais motivadora.
4. Recupere velhos projetos que sempre quis levar adiante, como aprender um idioma, tocar um instrumento, fazer um curso de teatro etc.
5. Altere as rotinas que regeram sua vida nos últimos anos, mesmo que seja só para experimentar.
6. Frequente outros ambientes, onde poderá conhecer pessoas diferentes.
7. Aprenda pelo menos uma coisa nova a cada dia.
8. Cometa uma pequena loucura de vez em quando.

[...]

"Não atacamos apenas para machucar o outro, para vencê-lo, mas, algumas vezes, pelo simples desejo de adquirir consciência de nossa força"

ESTE PENSAMENTO DE NIETZSCHE está em sintonia com "O Príncipe", de Maquiavel, manual clássico ? e pouco ético, de uma perspectiva atual ? sobre a conservação do poder.

Eis outros conselhos que Maquiavel dá aos príncipes:
? Não se deve atacar o poder quando não se sabe se é possível destruí-lo.
? É preciso corromper ou oprimir os homens, pois eles se vingam de ataques menores, já que não podem se vingar dos maiores.
? As injustiças devem ser feitas todas de uma vez, pois, quando há menos tempo para absorvê-las, elas causam menos danos. Já os favores devem ser concedidos pouco a pouco, para que sejam mais bem apreciados.

[...]

"Quem fica remoendo alguma coisa se comporta de maneira tão tola quanto o cachorro que morde a pedra"

O valor do que fazemos
ou sentimos só pode ser determinado em função de sua utilidade. Se alguma coisa pode ser alterada no presente, vale a pena investir nisso todo o nosso esforço. O problema, como disse Nietzsche, é quando algo que fizemos no passado nos consome, algo que não podemos corrigir.

Esta é a opinião do mestre vietnamita Tich Nhat Hanh: Quando pensamos no passado podemos experimentar sentimentos de arrependimento ou de vergonha, e, ao pensar no futuro, sentimentos de desejo e medo. Mas todos eles surgem no presente e o afetam. Quase sempre, o efeito que nos causam não contribui para nossa felicidade nem para nossa satisfação. Temos que aprender a evitar esses sentimentos. O mais importante é saber que o passado e o futuro se encontram no presente e que, se nos ocuparmos do presente, seremos capazes de transformar o passado e o futuro.

Por isso, em vez de morder uma pedra, é melhor pensar no que fazer aqui e agora, com o que temos, para assim melhorar nossa vida.

[...]

Eis os segredos de um sábio
desconhecido para que seus sonhos se realizem:
? Evite todas as fontes de energia negativa, sejam elas pessoas, lugares ou hábitos.
? Analise tudo de todos os ângulos possíveis.
? Desfrute a vida hoje: o ontem já se foi e o amanhã talvez nunca chegue.
? A família e os amigos são tesouros ocultos ? usufrua essas riquezas.
? Persiga seus sonhos.
? Ignore aqueles que tentarem desanimá-lo.
? Simplesmente
faça.
? Continue tentando, por mais difícil que pareça, porque logo fi cará mais fácil.
? A prática leva ao aperfeiçoamento.
? Quem desiste nunca ganha; quem ganha nunca desiste.
? Leia, estude e aprenda tudo o que for importante na vida.
? Deseje, mais que tudo no mundo, o que você quer que aconteça.
? Busque a excelência em tudo o que faz.
? Corra atrás de seus objetivos ? lute por eles!

[...] Final

LOU MARINOFF pergunta a si mesmo em seu livro Mais Platão,menos Prozac: não seria um grande privilégio poder conversar sobre nossos medos, angústias ou qualquer tipo de afl ição com os cérebros mais privilegiados da história? Certamente sentiríamos um grande alívio espiritual se dialogássemos sobre a morte com Platão ou Descartes. Descobriríamos facetas desconhecidas de nós mesmos se lêssemos Kant, Aristóteles ou Montesquieu.

[É exatamente isso que propõem os filósofos terapeutas. Eles dizem que a psicologia e os medicamentos muitas vezes não bastam para que uma pessoa resolva suas neuroses. Os remédios não fazem com que se deixe de temer a morte, por exemplo, podendo ser contraproducentes em muitos casos.
O aconselhamento filosófico não é uma moda passageira.
Na verdade, há quase 30 anos vem sendo praticado e já alcançou resultados muito satisfatórios em pessoas que sofriam uma decepção após outra com psicólogos ou psiquiatras, que oferecem tratamentos longos, caros, incômodos e, muitas vezes, prescrevem remédios com efeitos colaterais.
Os filósofos terapeutas ajudam seus clientes a identificar o tipo de problema que enfrentam para poder encontrar a melhor solução, que normalmente é o pensamento filosófico mais adequado à personalidade e à formação intelectual do cliente.
Uma das características que distinguem esses conselheiros é o fato de se concentrarem no presente e no futuro, evitando trazer
à tona traumas de infância inutilmente. Afinal, já sabemos que não se pode alterar o passado.
Infelizmente, vivemos num mundo em que tudo é rotulado.
Existe uma síndrome para qualquer coisa. Parece necessário inventar doenças que não existem. Mas os filósofos terapeutas lutam contra essa tendência. Eles se negam a ver transtornos mentais onde eles não existem.]

Em Mais Platão, menos Prozac, Lou Marinoff nos fala do processo PEACE, que em português significa ?paz?. Trata-se de um acrônimo: Problema, Emoção, Análise, Contemplação e Equilíbrio.
Em primeiro lugar, o que devemos fazer é reconhecer o problema. Na maior parte das vezes, já sabemos de que se trata, sendo ele simples ou não.
Em seguida, precisamos identificar as emoções que provocam o problema.
Em terceiro lugar, é necessário analisar as opções que temos para resolvê-lo. O melhor seria neutralizar tanto o problema quanto as emoções que o causaram.
Quando chegamos à quarta parte, temos que retroceder para ganhar perspectiva ? buscando uma visão global sobre o assunto
? e então chegarmos ao quinto passo, o equilíbrio.
Depois de reconhecer o problema, identificar as emoções, analisar as opções que temos e formar uma visão global, estaremos preparados para tomar as decisões mais apropriadas.

Quando os clientes finalmente percebem o tesouro que guardam em seu interior, tomam consciência de que sua vida acaba de se transformar e perdem muitos de seus medos, sentindo-se menos vulneráveis.
Os filósofos terapeutas não focam apenas nos escritos da filosofia ocidental, mas também utilizam os conhecimentos das filosofias orientais, como o hinduísmo, o budismo, o confucionismo e o taoísmo.
Segundo eles, uma pessoa com dificuldade de encontrar um parceiro amoroso ou de escolher o mais adequado deveria consultar a filosofia de Buda ou Lao-Tsé, passando por Aristóteles ou Sêneca.
Quem já tem um parceiro e quer manter a qualidade de seu relacionamento faria bem em ler Thomas Hobbes, Pitágoras, Sócrates ou, ainda que pareça estranho, Maquiavel.
Se é chegado o momento de grandes decisões e precisamos enfrentar o dilema de terminar ou não uma relação, não devemos deixar de consultar Ayn Rand, o Dalai-Lama, Immanuel Kant ou Jean-Paul Sartre.
Se estamos insatisfeitos no trabalho, temos um chefe tirano ou nos sentimos entediados com nossas atribuições, deveríamos ler Voltaire, Rousseau, Aristóteles e também o Bhagavad Gita.
Aos que se encontram na meia-idade, é possível superar a crise com o auxílio de Confúcio e Buda.
Se não sabemos o que fazer da vida, não temos um objetivo ou sentimos um grande vazio, evitaremos decisões equivocadas com os pensamentos de Simone de Beauvoir, Thomas Mann e Rudyard Kipling.
Também é possível superar o mais terrível dos medos: o da morte, seja a nossa ou a de um ente querido. O fato de que algum dia deixaremos de existir pode nos encher de angústia. Vale a pena tentar nos afastar dessa angústia conhecendo as ideias de Simone de Beauvoir, Lao-Tsé, David Hume e Confúcio.

"O conhecimento não ocupa espaço."
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Renata 02/11/2011

Nietzsche para estressados e adormecidos
Esse é um livro para se ler devagar, interrompendo a leitura a cada pouco, para refletir sobre o que se leu, fazendo associações entre o texto e a nossa vida, nossas posturas, nossos valores.
Muitas vezes deparei com "verdades" que já são consolidadas dentro de mim, mas que no entanto estavam como que adormecidas.
Noutras vezes, vi que é possível pensar de maneira diferente sobre assuntos que fazem parte de meu cotidiano.
Um excelente exercício de reflexão.
CACAU TOSTES 17/11/2011minha estante
Realmente este é um livro para se apreciar com reflexão e muita paciencia.
É um livro para reler várias vezes.


Nita 01/06/2012minha estante
Bacana Renata, estou lendo e sinto desse modo. Legal.


Douglas 30/01/2013minha estante
Muito bom mesmo !!


Luiz 07/03/2014minha estante
gostei do livro sempre que posso reeleio para uma reflexao na minha opiniao e uma leitura que agrega conhecimento


cyda.guedes.980 20/07/2021minha estante
Este livro serve para cabeceira,assim quando vai para cama e leva os problemas pro travesseiro.




resenhasdajulia 03/02/2021

Não é um livro para "desestressar" ninguém, mas gostei. A leitura valeu a pena, como exercício de reflexão.
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Paty 24/03/2014

Trata-se de um típico livro de autoajuda. Após cada frase, Percy lança uma análise, a fim de ajudar o leitor a superar seu estresse. Contudo, a abordagem é totalmente contraditória, pois, além de se fazer uma interpretação rasa das frases do filósofo alemão, oferece uma análise dos aforismos às vezes totalmente fora de contexto em relação com o que, talvez, Nietzsche tenha querido dizer. A obra ensina, superficialmente, a meditar, a calar e a falar: daí a contradição.
Recomendo para aqueles que estejam esperando o avião no caos aéreo ou que passem horas num consultório médico ou odontológico, esperando o atendimento.
Pedrinho 30/03/2014minha estante
Sério? Imaginava ser uma leitura totalmente diferente. Valeu pela dica!


Daisy 14/07/2016minha estante
Concordo!




Jéssica | @jehbreda 05/10/2021

Uma boa reflexão
Não costumo ler esse tipo de livro, mas me colocou para refletir em vários momentos.

Acho uma boa leitura para quem,assim como eu, não conhece muito das ideias do filósofo.
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Cleber 02/06/2021

Nietzsche em autoajuda
" Se ficar olhando muito tempo para o abismo, o abismo olhará para voce"

Colocando a filósofia de Nietzsche em lições para o dia a dia, o autor coloca exemplos práticos algumas histórias de inspiração. Valeu pela curiosidade.
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Viviane 18/12/2022

Bom
Não tenho muito a falar sobre esse livro, apenas recomendo. Me fez refletir muito sobre a vida e, tem muitas frases boas e dicas para aderir em nossas vidas
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joaoggur 03/01/2022

Uma fajuta auto-ajuda!
Peguei esse livro pensando que o autor iria explicar Nietzche de uma forma jovial e de fácil entendimento, sem um vocabulário tão rebuscado como nos livros do filósofo, fazendo algo de fácil entendimento.

Bem, até estava certo quando pensei que era de fácil entendimento. Mas fui extremamente surpreendido quando percebi que o livro não era sobre filosofia: era, na verdade, uma mal feita auto ajuda, com míseras partes que realmente fala sobre o grande filósofo.

Não gosto de livros de auto ajuda pois o autor, na imensa maioria das vezes, quer impor as suas táticas para uma vida melhor perante os seus leitores. Esse tipo de livro duvida e ironiza a individualidade humana: impõe para a felicidade ser alcançada perante o método de UMA pessoa em sete bilhões.

O livro é vendido como uma explicação complementar de um grandíssimo filósofo, mas na verdade não passa de uma auto ajuda vergonhosa. Isso foi o que mais me incomodou.
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Fê Madeira 15/02/2012

Nietzsche para Estressados
Não acredito que Nietzsche possa ser enquadrado em uma simples seção de auto-ajuda de uma livraria ou biblioteca. Seria até piada, pois o cara passou a vida inteira questionando seus pensamentos a fim de encontrar a sua “própria auto-ajuda”. E veja o que ele conseguiu! Um vasto legado de teorias filosóficas, embasadas em seus pensamentos mais primitivos.

É importante lembrarmos sempre do contexto social em que Nietzsche viveu; foi criado pelas mulheres de sua família após a precoce morte de seu pai, foi abandonado por seu grande amor, que o trocou por um amigo... Muitas coisas se explicam quando sabemos os motivos os quais as levaram a ocorrer. Então deixe seus preconceitos sobre filosofia de lado e permita que Allan Percy te explique algumas coisas sobre os aforismos* do filósofo em questão!

Em seu livro, “Nietzsche para estressados”, Percy trata através de tópicos, célebres pensamentos de Friedrich Nietzsche, fazendo analogias aos grandes nomes da história como Buda, pensadores como Platão e Proust e também escritores como Oscar Wilde. Além de exemplificar o nosso dia-a-dia. Fica bem fácil entender as máximas dele, quando você pode trazê-las para o seu cotidiano e experimentar sua aplicabilidade.

Veja esse exemplo:

“Toda convicção é uma prisão”

Agora pense: se você mantiver um pensamento do tipo “Gabriela: eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim”, de que vale uma vida inteira? Se você não puder mudar conforme conhece alguém que te apresenta algo novo. Se você não puder se apaixonar novamente por alguém, uma música ou um novo livro?

Você estará preso às suas convicções, certo!?

É isso que Nietzsche quer nos mostrar através de suas colocações, muitas vezes, duras, porém extremamente reais e atemporais.

Há quem diga que o filósofo foi um cara mal humorado. Tudo bem, concordo que a vida dele foi de muitas perdas, como a de muita gente também já foi, é ou será... Mas cabe às pessoas que usem suas dificuldades para encontrar as respostas. E foi isso que Nietzsche fez; ele foi tão bacana que não só as descobriu, mas também deixou as perguntas certas para que nós descobríssemos as nossas verdades.

Voltando ao livro de Allan Percy. Nas doses homeopáticas de “Nietzsche para estressados”, o autor preserva totalmente o pensamento filosófico, muitas vezes utilizando-se de metáforas para explicar uma máxima ou, até mesmo, uma fábula indiana ou chinesa. Allan (e Nietzsche!) acredita piamente que os pensamentos orientais estão alguns anos à frente dos nossos, que a conexão com a terra/Terra, a meditação e o escutar da nossa própria voz interior é capaz de trazer à tona, a ponta de um grande novelo de idéias chamado pensamento.

Eu gostei muito do livro e me vi em diversas situações, nos mais diferentes aforismos*. Mas a máxima de Nietzsche que carrego comigo desde sempre, com certeza, vocês já ouviram por aí... “Aquilo que não me mata me fortalece”

E é isso que eu penso todas as manhãs quando acordo!

Tenho certeza que vocês ficaram curiosos com os pensamentos de Nietzsche… Experimentem filosofar, é amor, na certa!
Marina 22/11/2012minha estante
Amei sua resenha, acho que vc entendeu perfeitamente a idéia do livro. Não vejo problema nenhum em filosofia virar auto-ajuda. Eu acho muito bom isso, como diz no final do livro - muitas pessoas não tem doenças mentais e são consideradas equivocadamente como doentes. Muitas dessas pessoas seriam bem mais felizes se ao invés de tomarem antidepressivos simplesmente filosofar mais um pouco. Muito bom, dei 4 estrelas. Só não dei 5 porque achei que o autor devia ter desenvolvido mais um pouco as ideias.


Marina 22/11/2012minha estante
**simplesmente filosofassem mais um pouco


Douglas 30/01/2013minha estante
O povo vê o termo auto- ajuda com um enorme preconceito. Que permaneçam na inércia ! ;p




Flá 04/02/2022

Esse livro me deixou mais estressada
A proposta do livro é boa, mas não vinculei com a abordagem do autor, que na minha opinião usou um enfoque muito simplório aos recortes aleatórios e descontextualizados de Nietzsche (mas talvez seja justamente esse tipo de enfoque que o tornou famoso...)
Com exceção de 4 ou 5 passagens, as outras 94 ou 95 são muito óbvias e em alguns casos até mesmo tolas.
O anexo chega a ser perigoso, já que oferece o serviço dos filósofos terapeutas como um substituto mais satisfatório, em alguns casos, do que psicólogos e psiquiatras. Oi!?
Quando afirmo que a proposta do livro é boa, refiro-me à introdução da filosofia e reflexão na vida das pessoas, mas só isso mesmo!
No geral eu não indicaria esse livro para ninguém, a menos que você não tenha a menor familiaridade com leitura, pensamento crítico e filosófico sobre a vida, sobre você mesmo e suas idiossincrasias e especificidades.
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Erilane.Rocha 29/12/2023

É bom.

Um livro bem rapidinho com algumas ideias de Nietzsche e complementado com as observações do autor Allan Percy.

Achei interessante. Gosto de filosofia, mas acho um pouco complicado entender alguns textos.

Ano que vem vou me aventurar mais nessa temática.
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Rafael2157 22/05/2023

Se tá procurando filosofia, foge!!
Basicamente eh auto ajuda maquiada com uns aforismos pra tentar se auto justificar

Eu nem sei se é de propósito a deturpação de boa parte das ideias do nitz pra tentar fazer valer os argumentos do autor ou o cara só é burro.
Pra eu conseguir terminar o livro, me obriguei a pensar q ele não seria tao canalha (mas a gente sabe que sim)

Tem quem goste, mas hoje é não Faro
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Laryssa.Bravo 31/12/2022

Para quem quer começar a ler filosofia...
O livro traz diversas frases de Nietzsche, explicados e com analogias a situações de nosso dia a dia.
Através dessas anologias, o autor leva o leitor a pensar sobrr o que leu, e como está diretamente relacionado com situações em que as pessoas podem se identificar, o conteúdo se torna mais fácil de compreender e absorver
São tantas das frases que eu gostaria de transcrever e abordar, mas me contento em resumir em apenas um trechinho: "A vida é simples, nós a complicamos. Tudo o qur precisamos está dentro de nós, e procurar fora só nos traz frustrações e infelicidade".
Ludmila 22/01/2023minha estante
Como faço pra ler


Laryssa.Bravo 18/02/2023minha estante
Esse eu ganhei de presente!
Mas acredito que seja de fácil localização, tanto como midia digital, como física. ?




Bia 06/12/2020

Óbvio demais...
Por mais que eu tente gostar de livros de desenvolvimento pessoal, não consigo kkkkkkk as informações e ensinamentos que esses livros trazem são tão óbvios que cansam. A teoria todo mundo sabe, difícil é colocar na prática...
Ally 24/01/2021minha estante
Concordo! Comprei há anos, comecei a ler e parei, rs. É leitura cansativa mesmo.




JAPA 30/10/2023

Ufa! Terminei ?
43º de 60 > 2023

Pax e bem irmãos!

Procurei doses de filosofia e encontrei bastante autoajuda ?!

Foi bom!

A essência de toda arte bela, de toda arte grandiosa, é a gratidão! Agradeço a Deus por conseguir retomar algumas leituras travadas.

Somos donos do que calamos e escravos do que dizemos!
Por isso, EU devo trabalhar mais ? do que ?!

A opinião sem conhecimento é cega! Quantos achismos kkk
O quanto precisamos melhorar e compartilhar nossos estresses apenas com pessoas DO BEM! ??

A melhor e mais importante vitória é conquistar a si mesmo.

Viva Cristo Rei e Salve Maria!

#VAMOOOOO
#EMUNAH
@editorasextante
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