Resenhas - Dom Quixote

Fábio 29/07/2011

Entre o pistilo e o almofariz não enfies o nariz - Provérbios de Sancho Pança

Dom Quixote é uma obra que dispensa apresentação, livro que os mais renomados autores leram e foram influenciados, sendo tema de filme, música, obra de arte, literatura, enfim, até estatuas dos personagens foram feitas. Não foi a esmo que em 2002 foi eleito o melhor livro do mundo.

Miguel de Cervantes usa uma narração dinâmica e descrições primorosas em que o protagonista, Dom Quixote, influenciado pela literatura medieval, após devorar vários livros, vendendo até parte de sua terra para comprar sempre mais e mais livros de cavalaria, se sente dentro desse mundo mágico que só a literatura oferece com tanto primor, ajudado pelo seu fiel escudeiro Sancho Pança saem em busca de aventuras.

Dom Quixote usa todo seu conhecimento ilimitado sobre cavalaria para resolver as vicissitudes que encontra pelo caminho, usando até mesmo sua fórmula secreta para as dores em geral o balsamo de Barrabás. A história é dividida em duas partes, a primeira é mesclada com novelas extraordinárias, que só por elas já valem a leitura, em contrapartida a segunda, essas novelas são retiradas, pois muitos leitores, como o próprio autor diz, acham enfadonhas, pois querem saber somente as aventuras do Cavaleiro da Triste Figura.

A história é narrada pelo personagem fictício Cid Hamete Benengeli, filósofo maometano, o que deixa o romance mais interessante, pois Dom Quixote na segunda parte do livro sabe que Cid está escrevendo sua história. Alguns erros e contradições são encontrados na primeira parte, como o sumiço da maleta de dinheiro que Sancho acha, mas na segunda parte através do Bacharel Sansão Carrasco, esses erros são explicados. Há boatos que essas contradições foram feitas de propósito, uma vez que Cervantes com esta obra critica os romances de cavalaria da época, que por sinal também eram cheio de contradições.

Dom Quixote vai dos seus desvarios aos ricos discursos durante a história, deixando em dúvida se está ou não louco, já Sancho Pança faz de tudo para governar uma ilha, e sempre com seus rifões para atormentar seu amo. Rir é inevitável, confusão, desordem, barafunda, trapalhice vão do começo ao fim. Está obra é com certeza para todas as idades, para todos os gostos literários, com mais de 400 anos, ainda continua a encantar e a influenciar leitores em todo mundo.

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13marcioricardo 21/02/2023

Que grande viagem!!
Dom Quixote é pra muitos o maior romance da história. E há boas razões para se aceitar essa tese. Pode ser discutível, questão de gosto, mas ninguém pode negar que está entre os maiores.

O título do último capítulo deu-me um aperto no peito e as últimas páginas me custaram, porque sabia que estava acabando esta grande jornada com as aventuras do Cavaleiro da Triste Figura e seu fiel escudeiro. Vão deixar saudades.

Apesar de denso, muito me ri. E sei que quando me lembrar da história, dos duques e outros personagens, mas acima de tudo de Dom Quixote de la Mancha e Sancho Pança, bem como seus respectivos companheiros cavalo Rocinante e o burro Ruço e, ainda a inesquecível, sem par, mítica, formosissíma e incomparável Dulcineia del Toboso; haverá um sorriso em mim.

O livro é tido como uma crítica aos romances de cavalaria e, com certeza o é. Mas é, muito além disso, uma crítica ao ser humano em geral, pois a maioria das pessoas tem suas lutas quixotescas, suas fantasias, seus delírios e, como demonstra o livro, até pessoas bem formadas e ajuizadas podem perder a razão em determinados temas e fazer outros acreditar nelas e os seguirem. É o que não falta neste mundo..

Obra robusta, completa, onde podemos encontrar muitas reflexões que conhecemos hoje. É longa, minha edição tem setecentas páginas com letras pequenininhas, mas outras têm mais de mil e trezentas. Se vale a pena ? Claro que sim. Merece todos os créditos e estou muito feliz de ter lido este clássico dos clássicos!

Malu591 10/10/2023

?
Eu amo clássicos,mas Dom Quixote não entra nessa lista , é um clássico? É. Mas isso não significa que ele é bom
Imagina um livro de 1328 páginas onde fala de aventuras cansativas e repetitivas , uma linguagem requintada que muitas vezes te cansa , o livro da MUITO detalhe , não é só " a uma fofoca" passa uns 4 capítulos só CONTANDO ESSA FOFOCA que não vai significar NADA , ou quando Quixote escreve uma carta para seu amoe

Gisa 12/12/2023

Dom Quixote
Foi uma leitura bem rápida, leve e divertida. Eu já tinha ouvido falar no Sancho Pança, mas não fazia ideia que esse personagem era desse livro.

Simões 14/12/2021

Que os dragões sejam moinhos de vento
A minha vontade de ler Dom Quixote de la Mancha veio através da música ?Dom Quixote? da banda ?Engenheiros do Hawaii? ? que eu amo muito. Depois de um tempo, descobri que o livro mais vendido após a Bíblia era o livro do Miguel de Cervantes e decidi, por fim, comprar essa obra e finalmente lê-la.

Dom Quixote pra mim foi um misto de sentimentos;
Gostei bastante da história, pude finalmente entender pq ?Dragões eram moinhos de ventos? e até que me divertir bastante com as loucuras e delírios de Quixote. Pude também entender o valor de uma amizade através de Sancho Pança e os seus limites. Pude sentir e me identificar com a paixão que o Alonso Quijano (o personagem antes de ser o Dom Quixote) tinha com a leitura, com sua coleção de livros de Cavalaria e o quanto era julgado por sempre querer ler e viajar através das palavras escritas.

O ponto negativo -ao meu ver- foi a repetição dos acontecimentos em muitos momentos, na grande maioria, quando Dom Quixote e Sancho Pança saiam para suas aventuras, era nítido o que iria acontecer depois da primeira vez, era óbvio que no final alguma ?confusão? iria acontecer. Mas se parar pra pensar e relacionar em qual época o livro foi escrito, sim, merece todo reconhecimento que tem. É uma leitura muito fluida e cativante, um clássico da literatura.

Fuzue 30/06/2023

O Cavaleiro dos Jovens Leitores
O Cavaleiro da Triste Figura encontra novas palavras que contam a sua história. Muito determinado em seu objetivo de se tornar um cavaleiro honrado, Dom Quixote se aproxima mais dessa realização ao se tornar uma Cavaleiro dos Jovens Leitores através desta adaptação de Michael Harrison.
Essa grande narrativa de aventura é uma marco literário, bastante conhecida por pessoas em todo o mundo. A novidade aqui, porém, é a nova roupagem que Michael traz para a história, a fim de torná-la mais acessível para um novo público desse enredo.
A adaptação cumpre a função de agradar quem lê - Miguel de Cervantes, autor do texto original, ajuda nesse quesito, afinal a história é boa. A leitura da adaptação não extingue o desejo de conhecer Dom Quixote e Sancho Pança pelas palavras do autor espanhol, pelo contrário, impulsiona ainda mais este querer.
A versão aqui presente se destaca pelas informações acerca do contexto histórico-social da época de escrita e publicação do texto. Bem como dos impactos no mundo e de sua repercussão primária.

KadidjaK 01/02/2024

Não sei se foi por minhas expectativas, tradução, ou se apenas sou chata mesmo, mas achei o livro mais cansativo que proveitoso. Se via muito mais situações amorosas de outros personagens, que histórias próprias do Dom Quixote. Tem suas partes divertidas, mas tem muito mais dramas alheios.

Carla Verçoza 31/05/2022

Que livro maravilhoso!
"Numa aldeia da Mancha, de cujo nome não quero me lembrar, não faz muito tempo vivia um fidalgo desses de lança no cabide, adarga antiga, pangaré magro e galgo corredor."

Como gostei de ter feito essa leitura, muito feliz pela conquista hehehe. Bem divertido, deu para dar boas gargalhadas.
O primeiro volume, mais do q as aventuras do Dom Quixote e do Sancho, é recheado de inúmeras histórias paralelas, o que não deixa a leitura repetitiva. O senso de humor é delicioso. Boas personagens, que aparecem mais de uma vez e se misturam, parece que todo mundo acaba se esbarrando na hospedaria. Dom Quixote sofre muitas derrotas e apanha muito, Sancho também. As ofensas e xingamentos são um espetáculo à parte.
Destaco o capítulo xiv., o drama dos apaixonados pela Marcela, divertido.

"Eu morro, enfim, e, para que nunca espere sucesso nem na morte nem na vida, pertinaz seguirei em minha fantasia. Direi que acertado vai aquele que ama, e que é mais livre a alma mais rendida à antiga tirania de amor. Direi que minha eterna inimiga bela a alma como o corpo tem, e que seu esquecimento de minha culpa nasce, e que, na segurança dos males que nos faz, amor seu império em justa paz mantém."
"O céu me fez formosa, dizeis, e de tal maneira que minha formosura vos leva a me amar sem resistência, e pelo amor que me mostrais, dizeis e até quereis que eu seja obrigada a vos amar. Eu sei, com o natural entendimento que Deus me deu, que tudo o que é belo pode ser amado; mas não compreendo que, pela razão de ser amado, quem é amado por belo tenha obrigação de amar quem o ama. E ainda poderia acontecer que o amante do belo fosse feio e, sendo o feio digno de ser desprezado, fica mal dizer: - Amo-te porque és bela: deves me amar embora eu seja feio-. Mas, mesmo que as belezas se equivalham, nem por isso haverão de ser iguais os desejos, pois nem todas as belezas apaixonam: algumas alegram a vista mas não subjugam a vontade."

Já no segundo volume, Sancho se torna um pouco mais protagonista. Até sua forma de falar fica um pouco mais firme, mais parecida com a de seu amo, talvez. Porém os ditados populares estão lá, cada vez mais, em todas suas falas. Ao invés de histórias paralelas como no volume 1, aqui ocorre mais são pessoas que, já conhecendo a fama de Dom Quixote, resolvem pregar peças nele e no pobre do Sancho.
Destaque para a parte do governo da ilha. :D

"- O Pança- disse Sancho, antes que outro respondesse- está aqui e o dom Quixotíssimo também, de modo que podeis, dolorosíssima amíssima, dizer o que quereisíssimo, que estamos todos prontos e preparadíssimos para ser vossos servidoríssimos."

Enquanto no primeiro volume a insanidade de Dom Quixote era mais escancarada, no segundo tanto ele quanto Sancho se mostram bastante coerentes em muitas ocasiões, deixando as pessoas intrigadas.
Leiam, vale muito a pena!

Marcio Claver 10/05/2021

Dom Quixote
O clássico narra a vida de um fidalgo obcecado por histórias de cavalaria que abraçou a loucura para viver aventuras fantasiosas.

Felipe 19/12/2020

Dom Quixote - Resenha
Um livro engenhoso como seu personagem principal que dá título. Parece-me que grandes livros são escritos pela experiência de seus autores (quer em vivência em sua vida por partes do enredo ou pela experiência adquirida de proximidades do viver com os que convivem). Durante a leitura pude perceber temas e detalhes diversos, como a sátira aos livros mentirosos e fantasiosos de cavalaria, a busca pela instrução necessária ao bom siso, a loucura e ilusão dos que acreditam em suas verdades de tal modo que anulam qualquer possibilidade da existência de uma contraverdade, o culto a beleza (exaltação ao narcisismo), o drama feminino numa época onde não se podia escolher seus conviventes mas eram dadas por casar por seus pais, o ciúme, a traição, a inveja, o perdão, os amores platônicos onde a paixão ganhava traços de desatino e desventuras quando não correspondida e para arrematar minha percepção a comicidade (que leva o riso frouxo) das cenas em verdadeiras obras de arte quando o leitor se depara com as ilustrações desta versão...enfim o livro trata desses e de uma infinidade de temas de valor para se refletir.

Fernanda 02/08/2023

"? Que me retrate quem quiser
? disse dom Quixote ?, mas não me maltrate, porque muitas vezes a paciência costuma acabar quando a sobrecarregam de injúrias."

Talvez o mais interessante para mim ao pensar nessa história seja o fato desse clássico estar tão presente na cultura pop - seja no homônimo balé de repertório ou na música do Engenheiros do Hawaii, a qual, acredito que não tenha maltratado nosso nobre fidalgo ao começar com: "Muito prazer, meu nome é otário" - e, ainda sim, consegui me surpreender e rir em cada página dessa obra.

A narração, sobretudo, na segunda parte nos provoca as mais diversas reflexões acerca das proposições do autor em escrever essa história - principalmente, ao pensar que está metade foi escrita enquanto resposta as impressões e repercussões do público frente às desventuras dos famosos cavaleiro e escudeiro -, pois nota-se que a sátira não se restringe apenas às histórias de cavalaria ou à loucura por estas despertadas, mas, também, a todos nós, sociedade.

"Não vi nenhum livro de cavalaria com uma história de corpo inteiro, com todos os seus membros, de maneira que o meio encaixe com o começo, o fim com o começo e com o meio; pelo contrário, são escritos com tantos membros que mais parece que tinham a intenção de formar uma quimera ou um monstro do que fazer uma figura bem-proporcionada. Além disso, no estilo são duros; nas façanhas, inacreditáveis; nos amores, lascivos; nas cortesias, grosseiros; prolixos nas batalhas, estúpidos na argumentação, delirantes nas viagens e, por fim, alheios a todo artifício inteligente. Por isso, são dignos de desterro da república cristã, como gente inútil.?

Matheus Andrade 24/12/2023

Dom Quixote De la Mancha
Romance do Cervantes.
Uma mistura de romance, novela, contos, poesias, sonetos, rimas, líricas, críticas literárias e fantasia, tudo em um mesmo livro.

Agora sei que o porquê Dom Quixote será considerado um romance moderno mesmo sendo um clássico antigo. O Miguel de Cervantes, um gênio, para sua época, fez que está obra fosse tão atemporal que o romance se faz parecer que foi escrita em meados do nosso século. Incrível !

O romance está a se passar na Espanha com um personagem principal, o amado, louco e inteligente, (Dom Quixote de la Mancha). O mesmo apaixonado por livros de cavalaria, se inspirará nos mesmo para viver uma aventura na qual imaginará ser realmente um cavaleiro andante, pondo-se em prática sua imaginação aventurando-se em diversas aventuras e desventuras acreditando ser realmente um cavaleiro. E, tendo paranoias, delirios, falta de consciência, neurose, causará tamanhas situações adversas, botando em perigo vidas em que estarem ao seu derredor.

O romance é uma verdadeira obra de arte, com prosas e poesias que aumentam o interesse do leitor a continuar na saga do tão louco mas, inteligente e amavel ao mesmo tempo, Dom Quixote de la mancha e do seu escudeiro, Sancho Pança, o mas discreto e sábio dos escudeiros.

iwhendria 05/10/2023

Eu adorei esse livro por dois motivos; apesar de ser um clássico é bem fácil de se ler e você fica completamente imerso na história. Não acho que é um livro que vai lhe marcar muito masss não é um livro ruim, vale a pena a experiência de ler Dom Quixote, é legalzinho, não tenho nada a reclamar.

Livia Garcia 02/09/2022

Resenha do livro Don Quixote

A história conta sobre as aventuras de um fidalgo cavaleiro, Dom Quixote. Junto com ele, estão seu cavalo Rocinante e seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Dom Quixote cria seu próprio mundo quando começa a ir em diversas aventuras.
Ele vai em busca de justiça e de sua bela donzela imaginária (Dulcineia), igual tinha nas novelas de cavalaria.
Ainda que muitas passagens sejam “invenção” de D.Quixote, o romance possui um caráter b bem realista.
O seu companheiro Sancho apresenta discursos mais realistas que seu D. quixote.
Um livro um pouco complicado de entender na minha opinião
Um livro clássico e na minha opinião um pouco difícil de entender, mas é bem divertido e prende sua atenção.

Gabriela 09/08/2020

Incrível!
Que história!! Simplesmente me diverti demais com as aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança. O final foi emocionante e inesperado. Dom Quixote cumpriu sua missão e permanecerá eternamente vivo através dos livros que relatam sua incrível vida!