Todo terrorista é sentimental

Todo terrorista é sentimental Márcio Menezes




Resenhas - Todo Terrorista É Sentimental


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Pefico 20/08/2011

Drogas, MPB, Sexo e Políticos Assasinados por Amadores
Todo Terrorista É Sentimental

Em Todo Terrorista É Sentimental, Márcio Menezes nos remete ao Rio de Janeiro nos anos 90 e à vida de sexo, drogas e MPB daquela geração. Nossos protagonistas são universitários de classe média, média-alta, que um dia se revoltam com a injustiça social e decidem resolver o problema com as próprias mãos. O problema não é a falta de dinheiro do país, mas o desvio de verbas pelos políticos. A solução é simples: mata-los.

Eu gostei bastante do começo do livro, Márcio Menezes tem um humor muito rico e um estilo de escrita bastante elaborado. Além disso, seus personagens são complexos e cômicos e não ficaria surpreso se eles tivessem sido baseados em pessoas reais. Adorei também as referências à música da época e acho que terão grande apelo para quem era universitário no Rio no começo dos anos noventa.

No entanto, na medida em que a estória desenvolve e a questão dos assassinatos dos políticos segue adiante, o enredo fica meio vazio. O final, então, desaponta. Uma pena para uma estória que começou tão bem. Em todo caso, recomendo bastante esse livro pra quem está caçando um bom escritor brasileiro contemporâneo.
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 20/12/2013

Terrorismo ou justiça?

O livro começa narrando, como se fosse uma matéria de jornal, a morte de três políticos cariocas, em setembro e dezembro de 1994 e janeiro de 1995.
Cito e Gonzáles são amigos que se conheceram na faculdade de Jornalismo. São declaradamente de esquerda e após presenciarem a morte de uma vendedora ambulante em uma praia do Rio de Janeiro e descobrirem que a morte dela estava associada ao consumo de um remédio alterado que era fornecido pelo Estado, os dois amigos decidem que a situação não poderia ficar daquele jeito.
Assistindo uma partida de futebol no estádio do Maracanã, criam o Comando Terrorista Anti-Corrupção. Que consistia basicamente em fazer justiça com as próprias mãos. Queriam justiça pela morte de dona Angelina, a ambulante que havia morrido em seus braços, vítima da corrupção política.
Suas primeiras duas vítimas são mortas com uma bomba e a terceira vítima é morta por envenenamento com o auxílio de um elemento feminino que entrou para o Comando: Ana . E o quarto atentado volta ser com bomba também.
Depois do quarto atentado escrevem uma carta para a imprensa, assumindo seus atos terroristas e com isso exigem o fim da Lei de Impunidade Parlamentar que impede que os políticos sejam julgados como pessoas comuns.
O livro terminou de uma forma bem satisfatória, apesar do destino trágico de um dos membros do Comando.
Há erotismo, há sexo, drogas e rock'n roll e há o despertar para o questionamento de como está a situação política do Brasil. Apesar dos acontecimentos do livro serem datados no ano de 1994 e 1995, ter o espaço amostral no Rio de Janeiro, tudo é muito atual. De tal forma que você fecha o livro e se pergunta "será que isto aconteceu mesmo ?", mas na orelha do livro já adverte: "qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência".

site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2013/12/resenha-todo-terrorista-e-sentimental.html
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Eduarda 08/01/2023

Fora da minha zona de conforto
Nunca pensei que eu ia ler um livro contemporâneo Brasileiro e li

Um bando de universitário tentando fazer justiça com as próprias mãos

É legal o jeito que eles tratam cada morte maaaas não é muito aprofundado
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Clara 04/03/2023

Uma leitura interessante mas pouco divulgada
Encontrei esse livro por acaso na biblioteca da faculdade durante as férias, e foi um dos meus melhores achados de janeiro.
Gostaria muito que esta obra se torna-se um clássico contemporâneo, uma vez que trata sobre uma excelente temática: a confusão moral entorno de justiça e terrorismo. Ao longo de todo o livro, o autor apresenta elementos que fazem o próprio leitor entrar nesse dilema no qual os personagens da trama se encontram. Cabe ressaltar o bom trabalho de construção da história com o período histórico no qual a mesma passa, fazendo uma crítica direta a corrupção do governo Collor mas também da política brasileira num geral.
Contudo, apesar de ter adorado a premissa do livro e o desenrolar da história, o livro não consegue obter minha avaliação de 5 estrelas devido ao final pouco desenvolvido, dando a sensação de um "final largado", e não um final que estimula a imaginação do leitor sobre o destino das protagonistas.
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