Resenhas - Noite na Taverna

RaAssa12 20/05/2023

Para mim, esse livro evidencia perfeitamente como os homens enxergam o sexo oposto e o conforto que eles sentem de expressar essa visão quando estão diante de outros homens.

Julia 19/05/2023

Me surpreendi
Achei que fosse ser uma leitura difícil e até meio chata mas foi justamente o contrário, muito bom o livro! Cada conto traz uma reflexão apesar de serem todos - um tanto - macabros.

Rafaela.Cruz 15/05/2023

Tragicômico.
Gennaro e Johann foram meus contos favoritos. Os textos são bizarros, engraçados, poéticos... Me surpreendeu positivamente.

aninha 10/05/2023

Assim... como explicar a nota que eu dei?
eu li por causa da escola, e geralmente eu não gosto de ler livro pra escola, mas esse foi diferente. Uma história pior que a outra, caso de polícia, mas eu gostei de ler e não foi uma leitura tão difícil como eu achei que seria.

Larissa2526 09/05/2023

Noite na taverna
É interessante, para dizer o mínimo.

Ok, tudo começa em uma taverna cheia de bêbados que iniciam uma conversa sobre suas vidas pessoais, sobre seus antigos amores, aventuras, desavenças e até mesmo as coisas atrozes que cometeram. E, é claro, tudo isso enquanto pedem mais uma rodada de cerveja e riem um do outro. Um bando de bêbados.

Solfieri: rouba um caixão em que está uma mulher e a beija, mais tarde descobre-se que ela na verdade estava viva. -> vampirismo.
(Mais tarde ela morre de verdade)

Bertram: amava Ângela, o pai dele morreu e ele foi no enterro, porém só chorou de saudades da amada. Quando ele voltou ela estava casada e com um filho. Tanta se suicidar e é resgatado por piratas, se deita com a mulher do comandante. Invasão pirata, abandonar navio, jangada, tempestade, ele, a mulher e o comandante num bote, eles matam o comandante pra comer ele. Os dois restantes fazem vucovuco e depois ele mata ela sufocada.

Gennaro: dorme com a filha do patrão e engravida ela, a garota se mata. Dorme com a mulher do patrão e o patrão tenta matar ele. Ele sobrevive e quando volta em busca de vingança encontra os dois mortos envenenados.

Claudius Hermann: dopa uma mulher pra estuprar ela (faz isso por um mês) sequestra ela e ainda faz ela ficar com ele.

Johann: dorme com a irmã, Giorgia.

Giorgia mata Johann, se mata, e Arnold morre junto com ela.

É isso que acontece, resumidamente.

O livro não é muito descritivo além de fazem uma contextualização básica de cada personagem principal, o resto é mais passado por cima mesmo. Sem jogo de palavras, sem rebuscamento, mas falam de filosofia, a vida, a morte e poemas (e virgens coradas, obv).

Vik 07/05/2023

Quero uma série antológica pra ontem
Esse livro é incrível. Álvares de Azevedo é comparável ao Edgar Allan Poe, seus contos são incríveis, mostram o que há de pior no ser humano. Eu super veria uma série em que cada conto seria um episódio, é totalmente perfeito.

heriks.ribeiro 07/05/2023

Poe
Um trecho: "poesia! Sabeis o que é a poesia?
- Meio cento de palavras sonoras e vãs que um pugilo de homens pálidos entende, uma escada de sons e harmonias que aquelas almas loucas parecem ideias e lhes despertam ilusões como a lua, as sombras."

Amigos estão em uma mesa de bar e começam a narra históricas arrepiantes. As temática são as mais ásperas possíveis como necrofilia, incesto, assassinato...

Apesar de ser um livro pequeno, a leitura é arrastada e não linear.

Não funcionou bem para mim.

Giu Vitoria 02/05/2023

No começo eu não entendi nada, aí foi formando umas imagens na minha cabeça, só um conto não me fez muito sentido mas os outros por mais bizarros caóticos tenebrosos que fossem foram "entendíveis". Pra mim a escrita foi difícil, entendi a história pelo contexto, não por de fato entender tudo que tava escrito, mas consegui terminar.

Lydiane3 28/04/2023

Nada do que eu sabia sobre o livro me preparou para o que eu iria ler! fiquei chocada! ok, me preparou um pouco!
e ainda teve um plot twist no final! ?
se você gosta de Edgar Allan Poe e Oscar Wilde, leia esse livro!
enfim, de primeira, o livro é chocante com o conteúdo macabro, e eu daria uma nota menor... mas quanto mais eu penso no estilo da narrativa, no conteúdo filosófico, no plot twist, nas referências, no contexto ultra romantico da época... mais eu quero dar uma nota maior!

Bárbara 28/04/2023

Outro trabalho de colégio, mas também achei bem interessante. É bem doentio essas histórias só que se baseiam no romantismo de antigamente.

Brenno 27/04/2023

Impactante
Esse livro é uma grande mistura de histórias. Na trama, somos apresentados há um grupo de senhores bebendo em um bar e contando histórias - até então irreais, assim espero - sobre suas vidas.

Cada história é mais maluca que a outra! Temos cadáveres, reis, piratas, de tudo um pouco, mas mesmo fugindo muito da realidade, há um toque grotesco, que faz-nos questionar se aquilo realmente havia acontecido.

Entretanto, igualmente à "O alienista", o livro possui uma linguagem muito difícil. Você deve prestar muita atenção para não se perder, pois é muito fácil que isso aconteça.

Um bom livro!

Victor225 26/04/2023

Foi uma ótima forma de ver o ultrarromantismo em sua essência. Homens reunidos em uma taverna, contando trágicos capítulos de suas vidas. Histórias sempre mórbidas, com experiências-limite tratadas de uma forma crua e seca. Incesto, fratricídio, canibalismo, necrofilia. Tudo de uma forma extremamente romantizada e com um constante apreço pela morte por parte dos que contam.
É muito bom, para mim, que leio muitas obras estrangeiras, ver que a literatura nacional também pode ser interessante e de alto nível.

Luciano Otaciano 24/04/2023

Livro maravilhoso!
Noite na Taverna é apenas uma das melhores produções do horror fantástico já escritas no Brasil. Os contos interligados que compõe a obra abusam de cenas, situações, cenários e acontecimentos que vão do escabroso ao chocante, com pitadas de asco, terror, vilania e loucura.
Principal representante no Brasil do chamado “mal do século”, estilo de literatura que refletia a melancolia, o tédio e a desilusão, e que foi seguida por uma geração de autores mundo a fora, Álvares de Azevedo apresenta aos leitores narrativas improváveis de episódios vividos por cinco personagens. Reunidos em uma taverna, eles se revezam contando situações estranhas de suas vidas. A partir daí, em meio a divagações sobre natureza humana, libertinagem e materialismo, seguem-se relatos de morte, assassinatos, incesto, necrofilia, canibalismo, e atos desesperados. A linguagem de Noite na Taverna, embora reflita o estilo de escrita da época, os anos 1800, é bem envolvente. Mais ainda por se tratarem de narrativas curtas e bem objetivas. Os cinco narradores são jovens de espírito aventureiro e encaram a vida com total desprendimento. O clima de embriaguez em que se encontram se mistura com a ambientação macabra da maioria das histórias resultando em um livro completamente mórbido. É interessante imaginar a recepção de uma obra como essa aqui, mesmo tendo sido publicada postumamente, numa sociedade brasileira que até hoje se mostra extremamente conservadora e puritana com relação a certos assuntos e temas, não é mesmo!?
Ponto curioso, embora cada conto trate da situação vivida por um personagem, a sequência final traz uma ligação entre as histórias encaminhando para um desfecho natural e sem grandes acontecimentos. O clímax do livro não está em seu fim, mas nas conclusões isoladas de cada história.
Aos leitores que apreciam boas histórias de terror, vale a pena se despir de pré-conceitos com os clássicos da literatura e se sentar em algum canto dessa taverna para acompanhar as narrativas. Em resumo, NOITE NA TAVERNA de Álvares de Azevedo não fica nada a dever a autores estrangeiros e entregam qualidade e horror que merecem ser degustados por aqueles que apreciam.
Espero que tenham curtido a resenha! Até a próxima pessoal!

legolas_ 23/04/2023

Depois toda miséria, depravação e pecado, a gente ainda recebe de brinde um suicídio duplo e fratricídio.

tem como ser melhor que isso?

grazi. 22/04/2023

Surpreendente!
Estudar as características dessa segunda geração romântica e ler uma das principais obras certamente foi muito esclarecedor. A escrita é ótima, sempre com um toque de melancolia e acolhimento para a morte. Os contos? Um mais violento e maluco que o outro, mas estou surpreendida pela proposta de autodestruição e idealização que foi cumprida ao longo dos contos. Por mais bizarras e perturbadoras que fossem as histórias, Álvares de Azevedo soube articular a violência com frases filosóficas e que deixam o leitor reflexivo em diversos fragmentos.
Não é cinco estrelas e não me encantou a tal ponto, mas foi interessante observar as características de um dos principais escritores dessa geração.