Marinus0 24/03/2024
Cinco amigos se reúnem em uma taverna para ficarem bêbados. Até que eles em meio a filosofias, revivem suas memórias "trágicas de amor". Isso parece nada de mais até Álvares de Azevedo revelar as histórias em si. São histórias podres, que mostram as piores faces do homem, como confissões de crime em meio aos seus amigos.
A leitura é meio complicada, mas particularmente não demorei muito para pegar o jeito. O vocabulário é difícil, mas cada capítulo (que são curtos) se reservam para um dos personagens. As vezes não é especificado quem fala ou se um parágrafo é diálogo ou não, mas dá para seguir.
Eu esperava um terror associado ao sobrenatural, quando na verdade é retratado o terror do ser humano. Esses personagens com a visão de mundo conturbada pelo romantismo revelam as coisas mais perversas: estrupo, necrofilia, traição, assassinato, antropofagia, incesto... Não estamos falando de uma história de amor bonitinha.
E ainda no final temos um plot twist muito bom, que eu achei pouco evidente. De modo que só após breve reflexão consegui entender.
Achei uma história boa, mas senti que faltou alguma coisa para me conquistar de fato. É uma daquelas situações em que o livro em si é bom, mas o gosto simplesmente não pega. O que me chateia, pois estava querendo esse livro há anos.