Anti-Nelson Rodrigues

Anti-Nelson Rodrigues Nelson Rodrigues




Resenhas - Anti-Nelson Rodrigues


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Luciano Luíz 23/08/2023

ANTI-NELSON RODRIGUES é uma maravilhosa peça teatral escrita por NELSON RODRIGUES. Aqui nada de novo ou diferente, o que é perfeito em sua obra onde vemos o filho mimado do rico querendo a presidência de uma das empresas enquanto o pai acredita que vai morrer e toda semana recebe uma carta onde é acusado de ser 🤬 #$%!& e sua esposa apoia tudo que o filho de 28 anos faz de ruim (inclusive roubar a mãe) como se fosse algo bom porque ela o ama e o pai aos olhos da esposa e filho o odeia.
No mais temos Joice, a moça noiva que a princípio não sabe se ama seu noivo, pois eles vão a igreja, leem a Bíblia e pretendem ser felizes. Então Joice consegue emprego na firma do pai de Oswaldinho e lá o rapaz se encanta pela moça e a quer a todo custo, não importa o valor do cheque que tenha de preencher mesmo que seja para ficar com ela entre quatro paredes por uma hora.
O pai da jovem, Salim, pensa o dia todo na filha e sua preocupação aumenta quando ela diz que na primeira semana de trabalho o novo presidente já lhe ofertara um salário muito maior. Salim, já teve ataque do coração e parece que terá outro porque desconfia que querem comer sua filha virgem e ela tem de resistir.
Enfim, é mais do mesmo da obra rodriguiana. O autor mescla personagens fictícios com pessoas reais (algumas na época não gostavam de ser inclusas nos textos), além da citação de sua própria existência pela boca das personas e isso flui de forma genial. Ou seja, funciona de maneira impecável. Pra quem gosta da escrita de Nelson é leitura obrigatória. Para quem quer conhecer, é um ótimo ponto de partida. Para quem não curte, bem, ignore e nos deixe lermos felizes.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/
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Lukedo 07/09/2021

Anti Nelson Rodrigues (1 leitura) | 6/10

Eu decidi ler essa peça após Vestido de Noiva, que é outra peça do Nelson Rodrigues, graças ao título chamativo. Comparada a esta, Anti Nelson Rodrigues não carrega toda a genialidade da outra e não traz nada de inovador, na verdade tem aspectos que sempre estiveram presentes em suas obras, apesar do título. Os personagens são vivos de uma forma que só o Nelson conseguia conceber, mas acredito que justamente porque ele quis criar essa peça "irônica", o desfecho acabou não me descendo muito bem. O final me foi bem amargo e difícil de digerir, apesar de ouvir que ele é feliz, eu virei a página e simplesmente não podia acreditar que havia acabado.
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Carol Pita 05/09/2021

De anti não tem nada
Olha, hahahaha, eu como leitora frequente do Nelson, não achei essa peça anti ele não, pelo contrário. O mesmo deboche de sempre contido em cada personagem, o plot twist digno de novela mexicana, os personagens todos corrompidos. Amo. Tô com esse projeto de ler todas as peças dele e só falta uma agora, e digo sem nem pestanejar que ele com certeza é meu dramaturgo preferido!
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tray 19/12/2017

Travessuras
Nelson não perde a mão de ser Nelson, mesmo com um final com esperança, ainda tem muito do seu ácido, do seu sarcasmos e das suas críticas a formação do amor e família, um filho que não respeita os pais, que é mimado e que tem sempre a mão o que quer se depara com uma mulher que não lhe dá o que quer, Joice a mocinha que é ingênua, que parece não ter falhas e desejos engole o mocinho com a sua inocência, um texto ardente, Nelson é exemplar em brincar com os nossos sonhos e desejos, vai demorar pra entender Joice e aí está a graça de ler Nelson Rodrigues!
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Fabio Shiva 30/08/2010

O título enigmático pode ser explicado pelo final...
...que não é trágico ou ferozmente irônico como de costume. Nelson justificou o título pela presença da compaixão, tão alheia à sua obra.

Magaldi em sua brilhante análise, observa que essa peça, uma das derradeiras de Nelson, foi escrita com menos vontade de chocar, com mais “serenidade” e menos ousadia. E por outro lado, também com menos “defeitos” (Magaldi considera um defeito o constante recurso de Nelson ao folhetim. Eu não acho isso defeito!).

Fiquei imaginando também como foi a estreia, com José Wilker , Nelson Dantas e Paulo Cesar Pereio contracenando juntos. Espetáculo!

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