Aline Fraenkel 28/08/2013
Resenha completa em: http://sobrelivroseletras.blogspot.com
Frostbite não é um livro de terror, porém é uma história em que os lobisomens são tratados como os monstros sedentos de sangue que são.
Não tem como falar muito sobre a história sem dar spoiler, portanto vou contar praticamente o que consta na sinopse: Chey está perdida no Norte do Canadá, em meio a floresta, e encontra um lobisomem - que a morde e a transforma em um deles. Ela então entra em contato com ele, na forma humana.
Os lobisomens, nesse livro, são mais lobos enormes do que um híbrido. A visão que nos é passada, na verdade, é a de um animal extremamente feroz e raivoso, em contrapartida ao humano que o abriga dentro de si.
A transformação é a parte mais diferente de todas. Ao invés do grotesco processo de rasgar a pele, alongar dedos, garras e focinho, ela se dá de forma um tanto poética, como se o espírito se despisse da humana e trajasse a pele de loba.
Lua cheia é apenas um mito. Toda vez que a lua surge no céu, Chey se transforma em loba. E isso faz com que a maldição pareça pior, mais desgastante e inconveniente.
A história é simples, mas muito sólida. Justamente por isso, também, o autor se aprofunda nos acontecimentos e, principalmente, nas sensações e sentimentos dos personagens. E isso é muito bom quando se tem,não só humanos, mas animais sendo descritos detalhadamente. É perceptível a mudança drástica nos pensamentos da Chey humana e da Chey loba, até mesmo na maneira como o autor escreve.
Os personagens, principalmente Chey, são muito bem construídos. Ela possui inúmeras fraquezas, sente medo quase o tempo todo, porém é forte e destemida. Mesmo enfrentando situações horríveis, do começo ao fim, ela continua a lutar pela sua sobrevivência, pelo controle de sua sanidade e em busca de paz interior.
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