Complô contra a América

Complô contra a América Philip Roth




Resenhas - Complô contra a América


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Andre.28 07/07/2020

Ficção Histórica Sobre Nazifascismo Nos EUA
Coloquei a resenha no meu blog (link abaixo)

https://osmoseliteraria.blogspot.com/2020/07/ficcao-historica-sobre-nazifascismo-nos.html?m=1
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Diego 17/02/2022

Gostei
O livro tem um enredo que lembra ?O homem do Castelo Alto?, de outro Philip, K. Dick, sendo porém muito mais realístico, uma vez que mistura personagens reais com situações fictícias.
O que aconteceria se os EUA tivessem um presidente simpático ao Eixo à época da decisiva entrada daquele país na II Guerra Mundial? Este é o mote principal do livro, exposto a partir do ponto de vista da população judia americana.
Em alguns momentos achei a obra um tanto quando maniqueísta no sentido de que os democratas eram os bonzinhos e os republicanos, malvados, mas creio me faltar base, no momento, para aprofundar tal crítica.
De toda forma, um livro muito bom!
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Disotelo 30/03/2022

Grande, mas poderia ser maior.
Minha primeira tentativa de ler Roth foi com Casei Com um Comunista, fiquei impressionado com o estilo claro do autor, com a reconstituição histórica objetiva e muito bem caracterizada, mas o autor insiste demais em trazer certas características do personagem e a obra acaba se tornando cansativa.
Aqui Roth não comete o mesmo erro, o começo do livro é excelente, os personagens são bem desenvolvidos, a prosa é mais uma vez objetiva e clara, o único tropeço que eu identifiquei foi na questão sociopolítica.
Veja, temos aqui uma distopia na qual um candidato simpático aos nazistas vence a eleição de 1940 nos EA, atrasando a entra dos EUA na segunda guerra e colocando os judeus americanos em uma situação de risco, o livro foca numa pequena família de judeus em Newark. A reação da família ao candidato é sensacional, é espetacular ver como mesmo alguns judeus da trama passam pano pro candidato, os conflitos familiares resultantes disso.
Mas o autor opta por uma simplificação do contexto político que acaba afetando a verossimilhança do enredo; a facilidade com que Lindbergh chega ao poder, a falta de resistência do congresso americano, o fato da perseguição nazista nos EUA ser focada apenas nos judeus e não atingir outros grupos ainda mais marginalizados na sociedade americana como negros, gays e comunistas, a maneira banal como um certo personagem dá o golpe e depois, rapidamente, é neutralizado. Mas eu entendo que seria difícil que Roth atendesse a todos estes critérios sem prolongar demais o enredo.
É um livro bastante recomendável, inevitável ler sem traçar algum tipo de paralelo com a realidade sociopolítica dos últimos anos.
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Angelica75 21/08/2023

Nota 4.
Sempre MUITO bom ler Philip Roth, sem dúvida um dos meus autores favoritos. A vitória de Charles Lindbergh nunca aconteceu, mas o livro é um exercício de "o que poderia acontecer" caso um apoaidor de hitler (!!) ganhasse a eleição do democrata Roosevelt. Paralelamente, percebemos tudo isso pela ótica de um menino judeu da vizinhança de Newark, o próprio Roth e suas vivências com parentes e vizinhos. Gênio demais.
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regifreitas 01/10/2021

COMPLÔ CONTRA A AMÉRICA (The plot against America, 2004), de Philip Roth; tradução Paulo Henriques Britto.

Escrito no começo dos anos 2000, o romance de Roth, autor falecido em 2018, não deixa de ter ares premonitórios, nestes tempos estranhos em que vivemos, nos quais, mais do que por golpes de estado, têm chegado ao poder governantes declaradamente antidemocráticos, valendo-se do instrumento mais democrático possível: o voto.

No livro, Roth constrói uma história alternativa (ucronia) à história oficial: em 1940 Roosevelt perde a eleição para presidente dos EUA para Charles Lindbergh - herói nacional, e o primeiro aviador a voar sozinho de Nova York a Paris em um monomotor. Lindbergh vence defendendo ser contrário à entrada dos EUA na guerra europeia, além de demonstrar traços de antissemitismo e simpatia para com o regime nazista. Como não poderia deixar de ser, a população judaica dos EUA nutre sérias desconfianças em relação ao novo ocupante da Casa Branca.

Mas o objetivo de Roth não é construir uma distopia tradicional, um EUA marcado pela opressão e pelo autoritarismo explícito do governo em relação aos seus cidadãos. O autor foca mais no microuniverso de uma família judaica, e em como ela sente e reage às mudanças que vão sendo implantadas no país. Lindbergh não se declara publicamente contra os judeus ou toma medidas drásticas contra eles, mas algumas pequenas e sutis resoluções do governo apontam para uma gradativa segregação desse povo dentro dos EUA. O que a presença de Lindbergh realmente faz - assim como a de um Trump ou de um Bolsonaro -, ao ocupar o maior cargo de um país, é estimular e avalizar os discursos de grupos que se sentem confortáveis em alardear seus ódios e preconceitos. Nesse sentido é uma obra muito atual.

É uma boa leitura. Contudo, Roth peca na resolução. Ele acaba caindo em facilitações pouco inspiradas. Nas últimas páginas há uma aceleração de acontecimentos, e até a forma de narrar muda consideravelmente, destoando bastante do restante da obra.
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meninaloris 18/08/2022

Um EUA alternativo
A pesar de hoje em dia ser um pouco difícil acreditar em uma vitória do nazismo, isso podia ter acontecido e esse livro é uma boa representação do processo. Um político populista pode sim levar ao fim da democracia, mesmo que pessoas com o irmão do protagonista, Philip, achem difícil de acontecer. Só não gostei do final, achei que tudo se resolveu muito rápido. Não era só o Presidente Lindbergh o problema desses Estados Unidos alternativo, como o Trump o é no EUA atual; tal qual o trumpismo não acabou porque Trump foi derrotado nas eleições de 2020, o nazismo não teria acabado com o fim da administração Lindbergh.
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Léo 17/06/2021

Pouco do que imaginei, mais do que eu esperava
Esse livro não é o que eu imaginava. Ele é muito mais. Seu tema principal é a paranoia e como ela afeta a vida de um povo, desde uma pequena comunidade até uma nação inteira. Mas o que mais me impressionou foi aquilo que é deixado com a maior sutileza, que é o desconhecimento em relação ao outro, às vezes tão perto, mas desconhecido e, a priori, "condenado". Destas pessoas "estranhas" vêm, por mais de uma vez, a ajuda inesperada e crucial. Isso me levou a refletir sobre como teorias conspiratórias e segregacionistas vingam com mais facilidade quando as pessoas tendem ao individualismo, ou à formação de bolhas, evitando criar laços com quem é diferente. Esse livro também é daqueles que, quando terminado, deixa a impressão de que você fez uma viagem e voltou; essa viagem, ao que parece, é aos EUA de ontem e de hoje. Não é simples usar essa obra como alegoria do Brasil atual, como eu pensava, mas eu a recomendo como autoexame enquanto indivíduo e cidadão.
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Lareska Rocha 20/07/2020

Melhor livro de Philip Roth que li
Ano passado eu li "Pastoral Americana" e logo de cara me encantei pela escrita e pelos personagens tão bem construídos de Roth. A partir daí, eu sabia que iria atrás de outros livros dele e, sem dúvidas, foi uma previsão acertada, pois ele conseguiu subir o sarrafo ainda mais com a expectativa de leitura proporcionada por "Complô contra a América".

Alguns dizem que os grandes escritores são os que estão à frente de seu tempo, os famigerados "visionários". Ao invés disso, eu sempre tive a opinião de que os meus escritores preferidos são aqueles que conseguiram enxergar eventos e sentimentos que já estão acontecendo no presente, mas que ainda não foram percebidos pelos outros, ou que são dificílimos de serem expostos verbalmente, e é exatamente o que o ocorre nesse livro. Se em 2004, quando foi lançada, a obra já parecia estar em total consonância com os tempos da guerra do Iraque, hoje, com pessoas muito reacionárias no poder, o livro ganha ainda mais relevância.

Sua leitura é uma ótima forma de reflexão sobre a tendência que a história tem de se repetir (se não em termos específicos, ao menos em termos gerais), e é justamente por isso que a humanidade deveria aprender com os erros do passado para não incorrer neles novamente. Em suma: vale cada minuto de leitura!
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jota 17/09/2013

Paranoia judaica?
E se em 1940, em vez concederem um terceiro mandato para Roosevelt, os EUA elegessem presidente Charles Lindbergh, o famoso aviador condecorado pela Alemanha hitlerista e que defendia ideias de purificação racial americana?

Os Roth, americanos judeus de Newark, Nova Jersey, atores desta trama ao lado de conhecidos personagens históricos e outros fictícios, com a eleição de Lindbergh começam desde logo se sentindo estrangeiros na própria terra da liberdade.

Não apenas eles, mas outras famílias judaicas, de negros, de imigrantes de várias partes do mundo, etc. E aos poucos, conforme a guerra prossegue na Europa, vamos tendo, em escala bastante reduzida, mas nos moldes do que ocorreu no Velho Continente, a criação de colônias para americanos judeus, perda de empregos, preconceito, perseguição e morte de membros da comunidade judaica, etc.

Nesta ficção distópica (que transcorre no passado, mais ou menos nos moldes do excelente Pátria Amada, de Robert Harris que, no entanto, leva a paranoia nazista bem mais longe), temos não apenas o ambiente político mundial em primeiro plano, mas também as aventuras do próprio autor, o pequeno Philip Roth, e as peripécias por que passam seu pai, a mãe e o irmão mais velho.

Isso compensa, em parte, as escorregadelas que J. M. Coetzee identifica em seu longo artigo sobre o livro. Em Mecanismos Internos, Coetzee destaca alguns problemas que o livro de Roth apresenta por se tratar de um romance realista sobre fatos imaginários: a eleição do simpatizante fascista Lindbergh para a Casa Branca e seu governo durante parte da II Guerra Mundial.

Ele nos mostra que para dar coerência e sequência à trama, Roth vê-se obrigado a alterar a cronologia da guerra e outras coisas mais, que vão comprometer em boa parte a plausibilidade da história que nos conta. Vale a pena uma leitura desse artigo, antes ou depois de ler Complô...

Em certo momento da trama o vizinho Canadá (aliado da Inglaterra e ambos contra a política externa dos EUA, fora da guerra, mas aliados da Alemanha, Japão e Itália), está a ponto de ser atacado pelos EUA, por abrigar judeus americanos “traidores” e colaborar no esforço inglês de debelar o nazismo na Europa. Canadá e EUA são, de longa data, países irmãos, então fica um pouco difícil acreditar nisso, não?

Complô... tem não apenas escorregadelas e drama, mas também momentos muito bem-humorados, protagonizados pelo pequeno Philip e alguns de seus amiguinhos, especialmente o enrolado judeuzinho Seldon e o italianinho de bunda grande, Joey. O que seriam “ratzistas” e “suastiqueiros”? Fácil, não? E assim, também abundam anedotas judaicas, espalhadas ao longo desse longo livro (488 páginas).

Numa delas, o tio de Philip, Monty pergunta ao sobrinho se ele sabe o que é feito com o prepúcio dos judeuzinhos depois da circuncisão. O pequeno responde que não. Então o tio Monty lhe diz: “Pois bem, eles vão guardando, e quando tem bastante prepúcio eles dão tudo pro FBI pra eles fazerem agentes.” Numa outra variação da piada os prepúcios são enviados à Irlanda. Para quê? “Pra eles fazerem padres.” Pois é, lendo e aprendendo. Sempre.

Mesmo com as forçações de barra apontadas pelo Coetzee aqui e ali, penso que apenas uma nota três não demonstraria plenamente o quanto Complô Contra a América me agradou no geral. E mesmo quatro acho pouco, mas injustiça maior os acadêmicos fazem com Roth que ainda não ganhou um merecido Nobel de literatura.

Lido entre 31/08 e 10/09/2013.
Arsenio Meira 09/10/2013minha estante
Excelente, Jota. Aqui a concordância (da minha parte) é total, e irrestrita. Principalmente com os dois últimos parágrafos. É miopia, no mínimo, o fato de o Nobel não ter ido parar na estante de Roth. E injusto. Se Steinbeck, outrora, arrebatou o prêmio, então, a injustiça é flagrante.


jota 09/10/2013minha estante
Amanhã (10/10/2013) ficaremos sabendo se Philip Roth foi novamente preterido pelos acadêmicos. Muitas fichas apostadas em Haruki Murakami, algumas também em Umberto Eco. E eu gosto de vários livros do John Steinbeck, alguns que considero modernos clássicos da literatura americana - começando por As Vinhas da Ira, A Leste do Éden, O Inverno da Nossa Desesperança...


Arsenio Meira 10/10/2013minha estante
É vero, Jota. Bem anotado. Sua resposta alertou-me para uma injustiça involuntária em minhas palavras em relação ao Steinbeck. Dou a mão à palmatória, e reconheço e removo este erro.

Do Steinbeck gosto muito, muito mesmo do romance "As Vinhas da Ira" e principalmente da novela "Ratos e Homens', que é pungente, breve, cortante, retrato da desolação econômica provocada pelo crash da bolsa de NY de 1929, a partir da desolação humana, a exploração sanguinária, predatória, com personagens inesquecíveis, que rendeu uma excelente película, na minha opinião, dirigida e estrelada por Sinise e pelo genial John Malkovich.

São dois grandes escritores. São universos distintos e geniais ao mesmo tempo. Um não deve nada ao outro, e todos somos devedores de ambos (em termos de satisfação cultural.)

Mas Roth, como notou o maior poeta brasileiro vivo, Ferreira Gullar, com autoridade inconteste em entrevista concedida ao velho programa "sem censura", é um mestre, uma prosa incansável, decorrente de sua audácia intelectual e riqueza narrativa.

"Complexo de Portnoy" é um tratado cômico, e para quem tem interesse nos judeus e no anti-semitismo, "Operação Shylock" é o caminho, dentre outras virtudes dos demais romances, já detectadas em suas anotações aqui no skoob.

Se Steinbeck fez jus ao Nobel, e fez, como preconizou o poeta de O POEMA SUJO, Roth faz jus e já devia ter arrebatado o prêmio, pois este filho de judeus nascido em Newark, Nova Jersey criou um universo mais abrangente, que você, Jota, conhece e conhece bem.

Para quem não conhece o Roth, indico sempre suas resenhas. Alguns amigos meus frequentam esta página, apesar de não terem paciência em se habilitar aqui, e em função da minha dica para observarem as suas resenhas, hoje são leitores entusiastas de Roth.




jota 10/10/2013minha estante
Não foi desta vez também: a escolhida de 2013 foi a canadense Alice Munro, "mestre do conto contemporâneo." Nunca li nada dela.


Arsenio Meira 10/10/2013minha estante

É dose. Tenho comigo da Alice Munro "O Amor de uma Boa Mulher", "Felicidade demais" e "A fugitiva". Não os li ainda. Dois comprei e um ganhei. Todos de contos. Gosto muito do conto, enquanto gênero literário. Mas... Não sei. Como não li, não quero cometer uma hipotética injustiça. Todavia, a obra do Roth, totalmente devotada ao desgastante caminho do romance, parece-me mais robusta.




Luiz Roberto Silva 18/02/2024

Atraídos pelo discurso do candidato Lindbergh, os norte americanos votam nele para evitarem entrarem em uma guerra de escala mundial e que seus filhos terminem mortos do outro lado do Atlântico, assim os EUA se alinham aos nazistas.

O aviador Charles Lindbergh, herói norte-americano na primeira metade do século vinte (e mesmo uma vítima da maldade humana e banal em comparação a imagem de idealizada dele) chegou a se referir a Hitler como “um grande homem”, lembrando que Hitler foi capa de uma edição da Times, o que demonstra a total miopia para o que ele era e significava.


Roth escreve uma fábula sobre a política no comando do ódio das massas, de como guiá-lo e endereça-lo, feito uma arma apontada para determinado alvo.

Os aliados de Hitler governam a Casa Branca. Multidões anti-semitas vigiam as ruas. Os judeus de classe média baixa escondem-se nas sombras de seus apartamentos.

Distopias como um foco semelhante, além do "Homem do Castelo Alto" de Dick, são várias na literatura norte-americana, desde Jack London com talvez o exemplo mais antigo "The Iron Heel" de 1908, mas temos Nathanael West "A Cool Million" e o livro que viria a forjar a frase que ironiza a pureza estúpida e ignorante de se acreditar que, aquele que nos faz bem, será bom para todos (ou ao menos para nós) ou, de certa forma, sobre como nos cegamos para os atos da maldade de alguém quando esse alguém os é útil: "It Can't Happen Here" de Sinclair Lewis de 1935. Mesmo John Updike e Gore Vidal parecem beber da fonte de paranoia de Lewis

Roth passou sua carreira a colocar lentes sobre as opressões e hipocrisias conformistas da vida burguesa e suas doutrinas sexuais, comportamentais, geracionais, sempre com uma veia cômica, antipuritanismo, e em “A Mancha Humana”, perguntava como o povo, como cérebro do povo, poderia ter aprendido tão pouco sobre a natureza humana ao longo dos anos, sobre o quanto a massa tinha aprendido tão pouco sobre ser massa.


No livro se lê:

"E, como a eleição de Lindbergh me ensinara muito bem, o desenrolar de um imprevisto era tudo. Visto de trás para frente, o imprevisto implacável era o que estudávamos na escola sob o nome de “História”, uma matéria inofensiva em que todo o inesperado no momento em que ocorrera surge estampado nas páginas como inevitável. É o terror imprevisível que a ciência da história encobre, transformando desastre em epopeia."


O fascismo tomou conta da maior parte da Europa continental durante anos, e este acontecimento foi aterrorizante não só pelas razões óbvias, mas também porque cada país da Europa parecia ter gerado um movimento/sistema fascista próprio, misturando a tradição do país à ideias preconceituosas, de ódio, como se o ódio e o preconceito fossem sua cultura.


Obra assustadoramente plausível.



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Rodrigo de Lorenzi 20/03/2020

A realidade da ficção
Meu primeiro contato Phillip Roth e fiquei bastante impressionado. A escrita é pesada e detalhista, mas não fica chato. Roth alterna momentos de tensão e humor sem que um quebre o ritmo do outro. Sobre a história: é triste, muito triste conseguir conectar paralelos com o Brasil e os próprios EUA. Como todo mundo já está careca de saber, caso tenhamos um novo golpe ou regime totalitário, esse será feito "democraticamente" pelas mãos do povo, que não sabe o buraco que está enfiando ao eleger demagogos e autoritários. Ótimo livro e agora quero ver a série da HBO. Só não dei 5 estrelas porque poderia ter umas 50 páginas a menos.
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LairJr 28/05/2023

Demorei um pouco pra concluir. A leitura se tornou um tanto arrastada e lenta em razão dos inúmeros detalhes e fatos minuciosamente descritos. Quanto à temática, interessante e me motivou a concluir.
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SaBCouto 09/05/2022

Então
O livro é muito bom, gosto muito da história tipo contada dentro dos "E Se", e se tudo tivesse sido de outra forma.
Senti que no final o escritor meio que mudou muito rapidamente de rumo, ficou muita coisa sem ser aprofundada, sem ser explorada, a reviravolta foi muito grande. Mas, ainda assim, entendo que talvez não houvesse muito a enrolar a história, a principal parte de como o ser humano pode ser manipulado por um ideal tão injusto quanto foi o nazismo foi bem detalhada. Por isso, cheguei, até mesmo, a sentir meio parado o começo do livro, quando o autor constrói lentamente, por meio das notícias da rádio e dos acontecimentos com a família, a chegada do antissemitismo na vida do estadunidense....
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m_mesquita 20/06/2020

Os sinais de alerta
Uma leitura indispensável para os dias de hoje, mesmo estando ambientado em outra época (década de 1940, no Estados Unidos). Ainda assim, Roth é muito talentoso em trazer esse cenário de instabilidade e de horror social. O livro mostra como os ataques à democracia e aos direitos vão sendo realizados de modo lento, com pequenas ações. Ainda que para a grande maioria possa ocorrer de forma desapercebida, o discurso de ódio e as restrições de direitos às minorias (sejam judeus, indígenas, negros, mulheres, imigrantes), mesmo quando todo o resto parece normal, são os primeiros sinais de alerta de governos que não pretendem respeitar nenhum limite. Suas primeiras manifestações, inofensivas para muitos, são como um sonar que lançam para medir até onde podem ir.
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