Quarto

Quarto Emma Donoghue




Resenhas - Quarto


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naniedias 16/06/2011

Quarto, de Emma Donoghue
Jack é apenas uma criança em seu aniversário de cinco anos. Mas ele não é uma criança como outra qua
lquer. Ele nasceu no Quarto e nunca saiu de lá. A Mãe está lá desde que tinha 19 anos - ela já tem 26 agora. E o Velho Nick vai ao quarto quase todas as noites e faz a cama ranger. Enquanto isso, Jack fica no Guarda-Roupas, mas nem sempre ele está dormindo - às vezes, ele fica acordado contando os dentes (são vinte) ou os rangidos da cama (que são muitos, muitos).
Ele pensa que o Lá Fora não é real - que tudo que está na televisão não existe. Que há apenas o Quarto e o Espaço Sideral.

Mas as coisas irão mudar.
Depois de ficarem dois dias sem eletricidade (e de terem passado muito frio), a Mãe decide que não dá para continuar com essa situação (até porque o Velho Nick está desempregado, e o Banco pode executar a hipoteca).
Ela e Jack conseguem sair do Quarto. Foi difícil, mas não tanto. O difícil agora é tirar o Quarto dos dois.

O que eu achei do livro:
O que acharam da minha sinopse? A primeira parte (antes do espaço) foi uma tentativa (não muito bem sucedida, infelizmente) de contar a história como o Jack contaria.
Esse incrível livro - Quarto - é contado pelo pequeno Jack - que acaba de completar cinco anos. Você irá se apaixonar pelo menino - ele é, ao mesmo tempo - a criança mais inteligente e mais ingênua que você jamais conheceu. Em muitos momentos age como um adulto, em outros, parece uma criança de dois anos. Emma Donoghue conseguiu criar personagens muito realistas - chega a dar medo. Parece que ela está contando uma história real.
Aliás, essa história é muito parecida com outras histórias reais que, infelizmente, já ouvimos serem contadas por aí.
Eu não consigo distinguir qual é a parte mais chocante - se é quando eles ainda estão presos ou quanto eles são soltos. Não é fácil encarar o mundo real depois de sete anos em cativeiro. Ainda mais difícil é encará-lo quando você nunca o viu.
É simplesmente incrível acompanhar Jack e sua Mãe nessa história embriagante.
Emma Donoghue escreve de forma sublime. Conseguimos realmente pensar que é Jack que está contando a história - usando palavras difíceis para uma criança (mas ele não é uma criança normal) e pensando coisas absurdas, mas engraçadas. A leitura é super dinâmica e fluidia. O livro é tão bom que você não conseguirá largá-lo até chegar a última página.
Copiei dois trechos do livro, para vocês sentirem um pouquinho do mundo de Jack. O primeiro é ele explicando sobre o jantar do dia.
"Esta noite escolhi espaguete, e tinha também brocólis frescos, que eu não escolhi, mas é que eles fazem bem pra gente. Cortei os brócolis em pedaços com a Faca de Zigue-Zague e de vez em quando engolia um, quando a Mãe não estava olhando, e ela dizia 'Ah, não, onde foi parar aquele pedaço grande?', mas não estava zangada de verdade, porque as coisas cruas deixam a gente supervivo."
O segundo trecho é a visão de Jack sobre o quadro Guernica. Eles tinham, no Quarto, algumas pinturas (na realidade, algumas reproduções de pinturas, retiradas da caixa de cereal matinal) e uma delas era Guernica.
"A Mãe acha que Guernica é a melhor obra-prima, porque é a mais real, mas na verdade ela é toda bagunçada, o cavalo fica berrando com uma porção de dentes, porque tem uma lança cravada nele, e depois tem um touro e uma mulher segurando uma criança molenga com a cabeça virada ao contrário, e uma lâmpada que parece um olho, e o pior é aquele pezão grande no canto, que eu sempre acho que vai me pisotear."
Quarto é simplesmente um livro maravilhoso! Apesar da situação ser bem cruel, da vida ser bem difícil - é apaixonante acompanhar a luta dessa mãe para cuidar do seu filho e depois as dificuldades dos dois para se adaptarem ao mundo real. É intrigante, delicioso, perfeito!

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 7

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SuKa 17/06/2011minha estante
Parabéns...nao é fácil fazer resenha nao...vc foi muito bem...fiquei com bastante vontade de ler o livro.


Helder 29/06/2011minha estante
Adorei sua sinopse. " O dificil é tirar o Quarto dos dois". E de nós também. Foi a melhor frase que li em todas as resenhas aqui. Ainda nao terminei a leitura, pois tenho que trabalhar, mas já chorei muito! E achava que La Fora tudo seria "Felizes para Sempre", mas não é nada disso. A Autora é mesmo fenomenal. Além de nos mostrar aquele mundo claustrofóbico, tb nos mostra as consequencias de tanta maldade.


Mariana 09/09/2011minha estante
Acabei de ler este livro e preciso dizer o quanto me fez refletir sobre a minha propria vida. A minha relação com meu filho (4 anos) pode ser bastante cansativa, mas eu estou valorizando muito mais cada minuto que passamos juntos e gozamos de tanta liberdade, alegrias e prazeres. É preciso valorizar o que temos, cuidar, preservar. Simplesmente lindo!


Sarah 20/04/2012minha estante
Comprei hoje o livro e estou louca para começar a ler. Depois desta sua resenha então....


naniedias 01/05/2012minha estante
Nossa, não tinha visto nenhum desses comentários, por isso só estou respondendo hoje ^^

Suka, fico feliz que tenha gostado da resenha. O livro é muito bom - vale a pena ser lido!

Helder, acho que o Lá Fora não ser um conto de fadas é o melhor nesse livro - afinal de contas não é tão simples mesmo, ainda mais para a criança que nunca havia conhecido outra vida.

Mariana, deve ser ainda mais difícil ler esse livro quando se é mãe.

Sarah, espero que tenha gostado do livro (se já terminou de lê-lo) - é uma história muito boa ^^


Sthephanie.Schulz 09/02/2013minha estante
"Ela e Jack conseguem sair do Quarto. Foi difícil, mas não tanto. O difícil agora é tirar o Quarto dos dois."

Essa frase resume o livro. Muito boa a sua resenha!


Erica 19/12/2013minha estante
Nossa esse livro é incrível de bom!


Livânia 11/03/2016minha estante
Não queria ler o livro por medo dele ser muito triste... de me fazer mal... sabe como é... quando é com criança, é mais triste ainda. Mas depois de ler sua sinopse, fiquei com vontade, quero ler.




Beatriz 07/04/2016

Emocionante
Pra resenha completa e com Gif no link abaixo.

Minha história com o livro começou quando fui intimada a assistir ao filme O Quarto de Jack. E como eu sabia que havia o livro, não havia deus no mundo que me faria assistir antes de ler, então corri procurar um exemplar e ler antes de ser amarrada ao sofá.

Eu li em menos de 10h, em uma sentada. Quando dei por mim, já havia terminado, foi rápido. O tempo parou enquanto eu lia. Eu gosto muito de livros com visões infantis, e apesar do livro ser escrito por um adulto, ainda tem aquela inocência e doçura da vida.

O livro:

Quarto é narrado inteiramente por Jack, um menino de 5 anos que tem todo o seu mundo dentro de um quarto. Aquilo é tudo o que ele conhece e vai conhecer, as pessoas de sua vida são sua mãe e o velho Nick, que ele nunca vê. Mas ele se diverte e é muito feliz nesse lugarzinho, sua mãe, que ele chama de Mãe e em nenhum momento ouvimos falar o nome dela, faz de tudo para que ele seja feliz e conheça as coisas.

""É esquisito ter uma coisa que é minha e não é da Mãe. O resto tudo é de nós dois. Acho que meu corpo é meu, e as ideias que acontecem na minha cabeça. Mas as minhas células são feitas de células dela, quer dizer que eu sou meio dela. E também, quando eu digo pra ela o que estou pensando e ela diz pra mim o que está pensando, nossas ideias de cada um pulam na cabeça do outro, que nem lápis de cera azul em cima do amarelo, que dá verde.""

É interessante como coisas banais, para crianças são especiais. Jack gosta da TV, de assistir Dora Aventureira, mas sabe que não pode assistir muito pois seus miolos podem derreter. Tem o Guarda-Roupas, que é onde ele vai dormir, apesar de sempre acordar na Cama. Cada objeto, cada pequena cosia para ele é especial, é como amigos. É muito emocionante ver essa inocência em seu olhar, o que deixa a leitura muito fluida e prazerosa.

""Quando eu tinha quatro anos, eu achava que tudo na TV era só TV, aí eu fiz cinco e a Mãe desdizeu que uma porção de coisas eram só imagens do real e falou que o Lá Fora era totalmente real. Agora eu estou no Lá Fora, mas acontece que um monte dele não tem nada de real.""

Mas assim que ele completa 5 anos sua mãe vem com um papo estranho, de que existem coisas a mais lá fora, fora da Claraboia, coisas como Primos, Tios, Avó e Avô. E ele fica assustado, não consegue ligar com tudo isso, é muita coisa, muito estranho. Mas o pior de tudo é quando sua mãe inventa umas coisas estranhas, e diz que eles precisam fugir, mas pra que fugir? O quarto é bom, tem tudo o que eles precisam. Mas sua mãe insiste que não, que aquilo é ruim comparado com o que podem ter.

""O La Fora tem tudo. Agora, toda vez que eu penso numa coisa, como esquis ou fogos deartifcio ou ilhas ou elevadores ou ioios, tenho que lembrar que eles sao reais, acontecem todos juntos de verdade no La Fora. Isso deixa minha cabeça cansada. E as pessoas tambem, bombeiros, professores, ladroes, bebes, santos, jogadores de futebol e gente de todo tipo, eles todos estão mesmo no Lá Fora. Mas eu não estou lá, eu e a mãe, nós somos os únicos que não estão lá. Sera que ainda somos reais?""

E é com essa promessa de que existe cosias melhores que ele aceita fazer a cosia mais corajosa que já fez na vida.

Opiniões:

O livro, como eu disse é pequeno, e não trata de estupro, nem de sequestro, trata de conhecer o mundo. De enxergar as coisas com olhos inocentes. Nos da a oportunidade de ver as coisas com aquele véu magico que existe nos olhos das crianças, mesmo as coisas feias e horríveis.

Além disso, em todo lugar que eu olho para as crianças, os adultos quase todos parecem não gostar delas, nem mesmo os pais. Eles chamam os filhos de lindos e tão bonitinhos, mandam as crianças fazerem tudo de novo para eles poderem tirar fotos, mas não querem de verdade brincar com elas, preferem tomar café conversando com outros adultos. Às vezes tem um bebezinho chorando e a Mãe dele nem ouve.

A relação de Jack com sua mãe é preciosa e pura, nos emocionamos e nos revoltamos com a Mãe, mas nós a compreendemos, nos apaixonamos por ela também. É com graça que a autora nos faz refletir sobre lugares seguros e sobre o conforto das crianças. Nos faz refletir e refletir a cada pagina sobre a percepção delas.

""No Quarto eu ficava seguro e o Lá Fora é que assusta.""

Tudo o que sabemos do livro é sobre percepção do leitor, o autor deixa pontas soltas e algumas coisas semi esclarecidas. O que faz com que cada pequena informação seja útil e vital para esclarecer completamente o contexto. O resto, que não seja a inocência e percepção de Jack, fica de segundo plano. Mas é lindo, você se apaixona por Jack, sente medo e coragem por ele. Se orgulha dele.

O livro é dividido em partes, temos a parte do Quarto, da fuga, da adaptação do Lá Fora e do depois. E vemos a evolução desse menino, que continua a narrar as coisas através do seu filtro de prioridades, que não é o mesmo do leitor. Vi quem não gostou dessa característica, mas, penso eu, esse é o diferencial do livro. Se quiser ler alguma coisa mais profunda e detalhada sobre sequestro e estupro leia outra coisa.

Algumas pessoas ficaram um pouco incomodadas com a feiura das pessoas mostrada no livro. Como elas parecem egoístas e mesquinhas, mas na verdade a maioria de nós somos assim. O livro é uma criança boa e inocente que nasceu no inferno, não esperem a Madre Teresa vir ao socorro ajudar, pois não é assim que as coisas funcionam. Porque o mundo é feito de pessoas, e pessoas são feias, as crianças não enxergam as coisas com profundidade, não tem a percepção de saber o porque alguém faz o que faz, só questiona o porque fez.

Então, as vezes nos irritamos com as pessoas do Lá Fora, assim como nos irritamos com pessoas do Nosso Mundo. O livro é humano, trata os personagem como humanos, não escondendo seu lado biológico, suas cicatrizes ou sua feiura.

O Quarto é um livro pesado e dramático, que nos faz refletir sobre uma porção de coisas, que foi maravilhosamente escrito pela versão da inocência. Então, vale sim a pena ser lido e discutido, refletido e lido de novo.

site: https://aquimerablog.wordpress.com/2016/04/05/quarto-de-jack-resenha-do-livro/
Ray 19/10/2020minha estante
O nome do livro me lembrava o filme só q eu n sabia q tinha relação,gosto MT desses temas e estou surpresa que tenha o livro




rlc.blurryface 11/12/2022

De coração apertado do início ao fim
Eu já conhecia a história por causa do filme que já assisti zilhões de vezes (como diria o Jack), mas tinha decidido que leria o livro. Queria conhecer a história em todos os seus detalhes e não me arrependo.
Chorei como sempre choro assistindo ao filme. Me emocionei, me arrepiei, fiquei angustiada, sem fôlego e com raiva várias vezes.. mas também senti o amor entre mãe e filho, a dedicação em proteger, tudo pra sobreviver ao inferno em que se encontrava e dar a chance de uma vida real ao próprio filho.
A pureza dessa criança descobrindo o mundo e enfrentando tudo isso.. é muito profundo! Recomendo muito, muito

Obs.: Pra quem não assistiu ao filme ainda, tá disponível na Amazon Prime no momento
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Helder 01/07/2011

“Sair do Quarto foi fácil, difícil é tirar o Quarto deles”...
...E de nós também. Como já disse uma skoobiana entre as resenhas abaixo.

Prepare-se para uma nova experiência. Ela é dolorosa, claustrofóbica, mas muito bonita. Entre no Quarto e conheça Jack e sua alegria ingênua e infantil, e a Mãe e sua extrema força interior. Você nunca conheceu ninguém assim, mas infelizmente eles podem ser reais. E pensar isso dói mais ainda.

A Mãe criou um mundo para Jack dentro do Quarto, e ali ele era extremamente feliz, com seus 4 livros com figuras, sua planta, a cobra de casca de ovos, o móbile de macarrão, as obras de arte das caixas de cereais, os 5 lápis de cores, as aulas de ginástica correndo de um canto ao outro com dezesseis passos, os cafés da manhã com os cereais contados, os almoços com brócolis e os jantares com vagens.O sorriso de Deus, o espaço sideral, a massa de farinha. Dias completamente tomados de atividades. E tudo na sua rotina. Dia para fazer limpeza, dia para lavar as roupas, dia para pedir presente. Hora para tomar café, hora para fazer ginástica, hora para ver TV, hora para almoçar, hora para jantar e principalmente hora de ir dormir no armário, pois o velho Nick vai chegar. O Velho Nick, vinha a noite, então Jack ficava no armário, onde contava seus 20 dentes e depois contava os rangidos da cama. E a extrema felicidade do mundo de Jack me trazia uma extrema tristeza e falta de ar.

Tentei entrar no Quarto devagar, mas não consegui. Fui sugado. Na primeira noite foram 115 paginas. Nunca tinha visto tanta ternura misturada com tamanha crueldade. Ficava sem ar, e com lágrimas nos olhos, e tinha que tirar o Jack e a mãe de lá. E no dia seguinte, só consegui parar quando eles saíram do Quarto.

Calma, não estou estragando sua leitura te contando o final do livro. Não faria isso nem que o Velho Nick me ameaçasse desligando a energia e os legumes e frutas derretessem e ficassem gosmentos. Ainda estamos na metade do livro.

Na nossa mente pequena, achamos que chegou ali o Final Feliz. Afinal a liberdade! Mas a autora mostra que não é assim tão simples.
Se este livro tivesse sido escrito há 20 anos, acharíamos que era um livro de ficção quase científica ou suspense policial, pois achávamos que somente uma mente muito criativa poderia inventar uma estória assim, porém o século XXI nos mostrou que isso existe, e não faz parte de mentes criativas, mas sim de mente extremamente deturpadas, malignas e perversas.

Mas a intenção da autora não é discutir o que leva alguém a fazer isso com outra pessoa, mas sim quais são as conseqüências e marcas deixadas por este tipo de crime. E sempre sob o olhar ingênuo de Jack, ela vai nos mostrando as conseqüências desta enorme maldade: A curiosidade mórbida das pessoas, os sentimentos dos pais que achavam que tinham perdido uma filha, como aceitar o “fruto” daquela maldade, o julgamento das pessoas, o “voltar a vida” da Mãe e o “começar a vida” de Jack.

Ir a um shopping com seus espaços enormes, andar num elevador, um pouco menor que um quarto. Tomar sorvete, sentir o sol, sentir a chuva, ver um cachorro, os carros que vem no sentido contrário, brincar de Lego, ir ao parquinho, ir ao dentista, tomar banho de chuveiro, desperdiçar comida, não jogar sujeira no lixo.

É incrível que muitas coisas pareciam ser melhores dentro do Quarto. A Mãe, com seu extremo amor conseguiu ensinar coisas incríveis a um menino de 5 anos, que sabia ler, escrever, contar e cantar musicas, além de conseguir preparar sua própria comida nos dias que a Mãe ficava “fora”.

“Quando eu tinha quatro anos, eu achava que tudo na TV era só TV, aí eu fiz cinco e a Mãe desdizeu que uma porção de coisas eram só imagens do real e falou que o La Fora era totalmente real. Agora eu estou no Lá Fora, mas acontece que um monte dele não tem nada de real."

Entre no Quarto você também. Como disse, a experiência é muito forte, muitas vezes cruel e outras vezes extremamente ternas. Você NÃO vai sair com a alma tranqüila e lavada, mas com certeza sairá com muitos pensamentos em sua cabeça e levará o Quarto com você por um bom tempo.
Realmente preciso de tudo o que tenho? Preciso dar tantas coisas para meu filho? Porque perdemos tanto tempo com coisas inúteis. Evoluir da idade da pedra foi um benefício ou uma perda?
E segue uma das melhores passagens do livro para pensarmos:

"No mundo, eu noto que as pessoas vivem quase sempre tensas e não têm tempo. Até a Vovó sempre diz isso, mas ela e o Vopô não têm emprego, então eu não sei como as pessoas empregadas fazem o trabalho e toda a vida também. No Quarto, eu e a Mãe tínhamos tempo para tudo. Acho que o tempo é espalhado muito fino em cima do mundo todo, feito manteiga, nas ruas e nas casas e nas pracinhas e nas lojas, por isso só tem um tiquinho de tempo espalhado em cada lugar, e aí todo mundo tem que correr pro pedaço seguinte" Jack, Sr Cinco Anos.

Leiam!!!
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Carol Bispo 18/07/2021

Assisti o filme a muito tempo atrás e tinha gostado muito e fiquei interessada em saber como o livro seria, finalmente li e não me decepcionei, gostei bastante.

Pensei qual nota daria e fiquei confusa, pois um ponto muito importante e positivo pra mim do livro é por ele ser pelo ponto de vista do Jack, ao mesmo tempo que em alguns (poucos) momentos eu fiquei um pouco cansada e entediada do que ele tava pensando e queria ter o ponto de vista da Mãe. Mas esse é o diferencial da obra e se quisermos nos aprofundar no resto esse não é o livro pra isso.
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Thalita.Romolu 30/05/2021

Como descrever o que se sente lendo sobre uma situação de sequestro, cativeiro e liberdade quando a história é contada por uma criança de 5 anos?
O quarto é um livro muito angustiante e ao mesmo tempo não tão assim por ser narrado por Jack.
A visão do menino sobre o mundo dele, que é onde ele nasceu e o único lugar que ele conhece até então, e a visão dele do mundo lá fora, é realmente impactante.
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Nadíly 09/06/2020

Incrível
A ideia do livro era excepcional e foi executada com perfeição.
Uma leitura intensa que te envolve com a personagem e não consegue largar o livro até chegar ao fim.
Com certeza um dos melhores livros que já li.
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Gii 22/03/2021minha estante
Eu fiquei angustiada vendo o filme, imagina ler o livro....




Paty 28/01/2014

Esse é um livro sobre como amar pode ser a tarefa mais árdua de todas e também a mais compensadora.
Mona 11/02/2014minha estante
Perfeito!




Cissa 20/08/2011

Cinco Estrelas
Para escrever uma resenha para o livro "Quarto" de Emma Donoghue, procurei alguma palavra que dissesse o que senti ao ler essa história.
Pensei em: diferente, maravilhosa, excelente, notável, incrível e tantas outras mas achei que deveriam ser todas juntas pois só assim conseguiria definir o que achei.

A autora Emma, usou um estilo intimista que nos leva direto ao mundo do menino Jack, um garoto de cinco anos muito valente e que amava demais a Mãe. Ele nos conta como vê o seu mundo, como sente a vida e como encara as dificuldades que seu destino lhe impôs.

Apaixonar-se por Jack é inevitável. Começei a leitura e ficava cada vez mais difícil deixar o livro de lado. Uma história densa, forte e diferente de todas as história modernas que tenho lido. Tem suspense, humor, medo, raiva, esperança e amor na medida certa.

Falar sobre "Quarto" e não cometer spoiler é difícl, portanto deixo para que os leitores fiquem na expectativa e que se possível o leiam e entenderão bem melhor o quero dizer.

Terminei a leitura e me pego sempre pensando em Jack, na Mãe, no mundo que eles tiveram que viver e no que tiveram que criar para que a loucura não destruisse suas vidas. Coragem, força, amor, são os sobrenomes de Jack, um menino forte e corajoso que todos nós deveríamos ter dentro de nós.

karlasampaio 24/08/2011minha estante
Cissa, você conseguiu descrever exatamente o que estou sentindo com o livro. É apaixonante!


*Rô Bernas 21/02/2012minha estante
Cissa..sabe que até agora este livro não me empolgou? Acho que sou muito insensível rsss


Cissa 21/02/2012minha estante
Ro, você não é insensível não, é que tem histórias que não nos prendem mesmo. Isso acontece comigo tb. rs




TAYNA181 12/07/2023

Quarto
Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
Jadinha 12/07/2023minha estante
Esse livro é chocante, cruel e aí mesmo tempo tão fofo. Como pode isso??




George. 31/12/2021

Livro razoável, mas de certo modo interessante
Livro é razoável em relação às ações - não tem muitas!!

Trata de um assunto muito sério (sequestro e cárcere privado), passado de modo suavizado por um menino de 5 anos encantador (Jack) por cárcere vivido por ele e sua mãe.

A parte reflexiva sobre tudo que conhecemos e fazemos no mundo/sociedade é tratada de forma muito encantadora pelo Jack!!

Recomendo a leitura pra quem quer ler um livro menos dinâmico e mais infantil e reflexivo acerca do nosso mundo ?
Julia2881 31/12/2021minha estante
ainda não li esse livro, mas o filme é bem pesado


George. 31/12/2021minha estante
O filme é bom?? Você gostou?


Julia2881 31/12/2021minha estante
É mto bom sim, eu gostei bastante!


George. 31/12/2021minha estante
Legal. Vou querer assistir então ??




Gabriel 14/12/2021

"Somos como pessoas num livro que ele não deixa mais ninguém ler"
Esse livro é tão simples na forma de sua escrita mas ao mesmo tempo é tão difícil de digerir e acompanhar sem perder os vários detalhes que a autora deixa ao longo da leitura.

"Quarto" já era uma história que eu conhecia devido ao filme (que é incrível), mas em nenhum momento deixou de me surpreender. A narrativa sob o ponto de vista do Jack deixa tudo muito mais interessante.

Durante toda a história a autora deixa várias "migalhas" espalhadas (pequenas dicas sobre coisas que aconteceram ou que poderiam ter acontecido) e é interessante de mais "pescar" essas dicas que ela solta ao longo da leitura. O livro é extremamente angustiante nas partes iniciais e nas finais.

Todo o drama que envolve a vida do Jack e da Mãe é muito bem construído. Gostei mais do livro do que da adaptação porque os momentos da recuperação da "mãe" foram muito mais densos e coerentes ao que se daria na realidade.

É uma leitura extremamente pesada para quem pega as dicas nas entrelinhas e também uma história bela e emocionante de como uma mãe, vivendo numa realidade sub-humana, é capaz de tornar a vida de uma criança suportável e ao mesmo tempo tirar forças à partir da existência do filho para ter esperança de um dia reaver a sua liberdade.
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