The Well of Loneliness

The Well of Loneliness Radclyffe Hall...




Resenhas - O Poço da Solidão


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Cat Williams 05/03/2024

"I want a Life, and yet I'm always afraid."
"Lord, what a fool of a world we live in."
"Life's worse than death."
"She felt blind when she tried to look into the future."
"God's cruel; He let us get flawed in the making."
"A gruesome companion to have, a dead heart."
"Her thoughts slipping back to her childhood, would find many things in her past that perplexed her. She had never been quite like the other small children, she had always been lonely and diconnected, she had always been trying to be someone else - that was why she had dressed herself up as young Nelson (...) Alone - it was terrible to feel so much alone - to feel oneself different from other people."
"(...) there was nothing to hold her, she was free - what a terrible thing could be freedom. Trees were free when they were uprooted by the wind; ships were free when they were torn from their moorings; men were free when they were cast out of their homes - free to starve, free to perish of cold and hunger."
"Yes, it was trying to get her under, this world with its mighty self-satisfaction, with its smug rules of conduct, all made to be broken by those who strutted and preened themselves on being what they considered normal. They trod on the necks of those thousands of others who, for God knew what reason, were not made as they were; they prided themselves on their indignation, on what they proclaimed as their righteous judgments. They sinned grossly; even vilely at times, like lustful beasts - but yet they were normal! And the vilest of them could point a finger of scorn at her, and be loudly applauded."

A sensação de desolamento e vazio nesse livro são constantes desde as primeiras páginas até o fim, e isso é o que faz desse livro, além de várias coisas, ser uma experiência completa e dolorosamente inesquecível; é o tipo de obra que não se tem como sair a mesma pessoa depois de ler. Os assuntos que são propostos em "The Well of Loneliness" são, em maioria, incrivelmente bem retratados, como a sensação de estar separado de um mundo que não permite que se gravite além de seu sistema, mas também a constante rejeição desse mesmo sistema, criando esse paradoxo social e humano na existência de pessoas como a Stephen, o amor pelas coisas simples, as crises de fé que são inevitáveis para qualquer um que, de alguma forma, se vê olhado de baixo pelo resto do mundo, a sinceridade com que a personagem tenta segurar as coisas, mas, na maior parte das vezes, é como se tentasse segurar água entre os dedos, a ingratidão do destino e de Deus por permitir que as pessoas nasçam com defeitos que ele mesmo condena, as reflexões criativas da Stephen enquanto vê a escrita como uma forma de fugir do mundo, mas, posteriormente, como uma forma de se manter firme nele. É um livro difícil de ler em vários aspectos, mas vale a pena a jornada.
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Paulinha 01/12/2023

Incrível
Esse livro é tantas coisas, corajoso, incrível, triste
Me apaixonei por Stephen e torci tanto para dar tudo certo, mas esse não é um livro feliz, é um livro pesado e de muito sofrimento!
É classificado como um livro lésbico mas, na minha interpretação Stephen era um homem trans? Com várias características autistas, mas interpretação né.
Super indico a leitura
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bonfimpiva 13/11/2023

PERFEITO!!!!!
única reclamação é que eu descobri ele num site que indicava livros lésbicos e não acho que esse livro possa ser caracterizado como tal, a partir da interpretação fica muito nítido que Stephen é um homem trans que não teve o meio nem informação suficiente para se descobrir? ainda mais um livro tão antigo
mas é interpretação
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Claudio.Berlin 21/11/2022

Um livro inesquecível
O livro versa sobre a vida de uma uma mulher lésbica .
Foi escrito em 1928 , e se mantém atual.
A autora foi de uma lucidez e uma coragem incríveis .
Lendo sobre a vida da autora , e vendo fotos na internet , fica bem claro que a obra tem forte componente autobiográfico .
O poço da solidão é um nome autoexplicativo para o sofrimento da personagem principal.
Perseguições , banimento , exílio , injustiça são situações recorrentes .
A ignorância do assunto naquela época era tremenda ; mesmo assim a autora
consegue expor o assunto de forma clara e lucida .
O termo " invertido " é usado com frequência para se referir aos homossexuais .
Era um termo usado por médicos no fim do século XIX e início do século XX..
Os primeiros 25% do livro , se passam de forma mais lenda . O restante é uma
leitura muito fluida .
Um dos livros mais marcantes que já li !
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Paola 30/01/2022

Densidade esmagadora
Estava lendo outras resenhas do livro e acabei achando, em uma delas, a palavra perfeita para a descrição do mesmo: Denso.

Denso em todos os possíveis sentidos. Denso em emoções, denso em significações, denso em realidade e também denso em páginas (com letras bem pequenas por sinal!!)

É impossível não se emocionar, quando se tem um livro como este, que te transporta a sentir tudo o que for possível, sem pena e sem remorso. A cada página sentimos uma parte de nos quebrar, para assim renascer de uma ou outra esperança.

A história te prende a ponto de você conseguir se ver entendo coisas que talvez antes não lhe fossem claras.

Essa obra é um grito em prol da igualdade, e ao mesmo tempo um pavor crescente que ela nunca chegue.

O livro é para quem se interessa na profundidade atrelada aos sentimos das pessoas do espectro LGBTQIA+, se referindo ao seu desejo de poder ser quem são, sem preconceitos.

Se você procura uma história feliz, não deveria nem sequer tocar neste livro, pois ele, servindo de crítica, não busca mostrar a felicidade neste tipo de relação, mas sim toda a pressão que se tem sobre ela.

Enfim, posso dizer que amei a progressão da obra e que ela possui mais sentimentos do que posso descrever. Demorei a terminar, mas como disse é um livro denso, e a leitura envolve paciência.

Essa história vai muito além de páginas num livro, vai dentro do coração dos muitos que podem se identificar e proclamar que, assim como Sthepen, sofreram por algo que não deveria ser tido como anormal...
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bobbie 26/08/2020

Infelizmente, muito atual.
Publicado em 1928 - a 8 anos de se tornar centenário - este livro, infelizmente ainda é muito atual. Não existem, ainda, as classificações de homossexual ou transexual, que claramente é o caso da protagonista Stephen Gordon: eles ainda eram conhecidos genericamente como "invertidos", mas todos os estigmas e sofrimentos continuam muito atuais. E isso é um grande motivo para nos lamentarmos: pensar que, 92 anos depois, a sociedade avançou tão pouco. O final do livro é de partir o coração, pois retrata com cruel realismo o sacrifício que pessoas como Stephen tinham que fazer por não poderem se encaixar no padrão social de família. Certo, hoje as coisas mudaram um pouco nessa área específica, e isso a custa de muita coragem e sofrimento dos transexuais e transgêneros, mas, em essência, a mentalidade ainda está lá. Existe padrão de comportamento de gênero e suas exclusividades? Existe padrão de família? Essas são apenas duas das questões levantadas por este incrível romance de Radclyffe Hall.
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Amabille.Peruch 24/05/2020

Muitas coisas a dizer sobre esse livro. Espero conseguir um tempinho e um tico de coragem pra escrever sobre em breve blz
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Vit 21/02/2019

Breve resumo do livro e algumas reflexões
O Poço da Solidão é um marco indescutível na história da Literatura Lésbica. Hall, sua autora, coloca muito de si na protagonista do livro, Stephen Gordon. Tendo a ater-me mais à história do livro em si, já que sobre o contexto histórico e a autora existem rios de informações na internet.

Stephen Gordon é uma garota cujo nome foi dado como uma forma de expressar o desapontamento por parte dos pais, já que sua primogênita nascera mulher e não herdeiro. Desde criança, quando desenvolve uma paixonite pela empregada da família, Stephen nota que "algo não está certo". Aqui existe o primeiro resquício de compreensão que viera por parte do pai, que ao ser noticiado da paixonite pela garota, aconselha-a a não contar à mãe do ocorrido. Ambos sabem que haveria represália caso a mãe soubesse. Inclusive, o relacionamento espinhoso com a mãe - que queria que a protagonista fosse mais "feminina" - molda grande característica no livro. O pai, no entanto, lida com a garota de forma bastante tolerante, deixando-a exercer as atividades que realmente a apetecem, como esgrima - atividade predominantemente masculina para a época. Stephen cresce, vai para a guerra voluntariamente e lá se apaixona por uma enfermeira, Mary. Desenvolvem um relacionamento que acaba de forma trágica....

Muitas são as reflexões proporcionadas pel'O poço da solidão.
- Início do grandioso estigma de que as lésbicas têm final trágico, por n razões (Hall acreditava ter nascido "invertida" e inclusive utiliza este termo no livro para referir-se às lésbicas e é extremamente conservadora)
- Se o livro fosse escrito nos dias atuais, trataria do lesbianismo? Hall seria lésbica ou seria transexual?
- Quase cem anos depois, o apelo da autoria no livro segue sendo real. "Deixe-nos existir" é bradado por Hall na narrativa.
- A homossexualidade, na época, era comparada ao incesto e peversão. Até que ponto isso mudou hoje?
- Nas passagens de Stephen criança, zomba-se da garota pela mesma querer fazer "coisas de menino". Nada é tão atual.

O livro me proporcionou extrema reflexão e ligação da época vitoriana ao panorama social e político que vivemos hoje.

De fato, um livro MUITO denso, mas muito importante para nossa história - como lésbicas - e um inegável brado cansado que nos faz presentes. Nós existimos. Sempre existimos. Sempre iremos existir...

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Didi 27/05/2018

Histórico e corajoso
Radclyffe Hall foi corajosa na época em que escreveu e lançou este livro, em 1928.

Este livro foi relançado algumas décadas depois nos idos da década de 1950 e 1960 (pré-Stonewall), que foi uma época onde houve um pequeno boom de livros LGBT nos Estados Unidos. Foi uma época onde acontecia uma perseguição descarada aos LGBTs devido ao Macartismo e a terrível "Lavender Scare". E naquele contexto, o livro foi extremamente importante para as lésbicas daqueles tempos onde muitas publicações independentes foram criadas e circulavam de forma meio clandestina no país.

Falando do livro e do estilo de Radclyffe Hall, ainda contextualizando com o passado, ao lê-lo dá para sentir e entender a importância que este livro teve. Dá até para sentir a emoção que muitas lésbicas da época relataram sentir em entrevistas, sobretudo nos documentários "Before Stonewall" e "After Stonewall". Radclyffe Hall nunca usa os termos "homossexuais" ou "lésbicas", o que nos situa ainda mais na história pelo fato de ambos termos serem ainda muito recentes naquela época do lançamento do livro: ela sempre adota o termo "invertidos".

No mais, a história se desenvolve lentamente. Tão lentamente que não é o tipo de livro que acabamos devorando em poucos dias: leva um tempo, sobretudo se pegarmos uma edição de época - a que tenho e li é de 1951. No entanto, o final da história é meio que repentino, como se a escritora estivesse se esgotado de escrever tudo aquilo ou como se alguém tivesse surgido lá dos editores e falado "hey, isso tudo está longo demais e você não pode ir muito mais além do que já foi".

É um livro que marco como essencial na literatura LGBT. No entanto, não é um livro que eu leria novamente justamente pelo desenvolvimento mais lento da história.
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Marina Hion 27/05/2013

O Poço da Solidão é, antes de tudo, um livro corajoso.
O primeiro que falou sobre o lesbianismo de maneira clara, com uma protagonista que abertamente fala sobre não se sentir mulher, e sobre seu amor e desejo por outras mulheres.
Um livro que infelizmente muitas vezes é esquecido pela crítica e pelo Cânone da literatura inglesa, mas que eu acredito que pelo seu valor, sim.
Não entrou para o meu grupo de livros favoritos e indispensáveis, ou que desejo reler, mais por causa das características estilísticas de Radclyffe Hall que não me agradaram do que qualquer outra coisa, contudo eu indico mesmo assim.
Leia esse livro que trouxe a tona as primeiras discussões dos direitos civis homossexuais, entretanto que também abordou a guerra e as dificuldades do amor na sua forma mais pura de ser.
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