Uma história da leitura

Uma história da leitura Alberto Manguel




Resenhas - Uma História da Leitura


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Josi 28/03/2018

Excepcional
Cativante e curiosa, a História da Leitura é um prato cheio para os amantes de livros. Muitas peculiaridades sobre esse ato tão banal que é ler. A gente não para pra pensar que a forma que lemos hoje não é a única, nem foi a primeira. Um deleite, do início ao fim. Manguel, tal qual um compadre velho conhecido, partilha segredos dignos de alcova. O trecho a seguir em particular me fisgou: "Sentada diante de mim no metrô de Toronto, uma mulher está lendo a edição Penguin de Labirintos, de Borges. Eu quero chamá-la, quero acenar-lhe, sinalizar que também sou daquela religião. Ela, cuja face esqueci, cujas roupas mal notei, jovem ou velha, não sei dizer, está mais próxima de mim, pelo mero ato de segurar aquele determinado livro nas mãos, do que muitas outras pessoas que vejo diariamente." Também sou dessa religião, vamos conversar sobre esse livro mara... Quantas vezes já não tive esse diálogo dentro da minha cabeça. Quantas vezes não me torci toda na condução tentando checar a capa do dito cujo livro que está na mão daquele anônimo ou anônima logo ali. Viagem maravilhosa pelas searas da leitura. Recomendadíssimo!
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Amâncio Siqueira 05/09/2016

História sem fim
O artigo indefinido no título da história da Leitura de Alberto Manguel indica os caminhos que seu autor pretende percorrer: veredas incertas, errantes como os olhos do leitor vagando por estantes que, embora familiares, sempre guardam surpresas, mesmo que sejam as da redescoberta.
Manguel lança mão de sua paixão pelos livros para criar tópicos deliciosos, como as histórias da Leitura do futuro e do roubo de livros, além de capítulos tristes como o dos livros roibidos.
Como todo bom bibliófilo, em muitas passagens deixa evidente que, quando se trata de livros, muitas vezes a informação está em segundo plano.
O leitor sai dessa história com uma paixão renovada e uma lista ainda maior de futuras leoturas, numa busca pela construção da própria história da Leitura.
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Gabriel.Minossi 26/07/2016

O melhor livro pra quem quer ler sobre leituras.
Este livro é um excelente diálogo entre um amante da leitura e quem lê. O autor traça um perfil do ato de ler e com uma linguagem muito simples emociona todos os leitores compulsivos assim como eu. Desde os leitores históricos até como ler, o autor explana fatos históricos com um carisma ímpar.
Recomendo este livro a todos os leitores que amam este ato tão íntimo que é a leitura.
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jota 31/01/2012

História sem fim
Não sei se é possível empregar no extenso panorama criado por Alberto Manguel em Uma História da Leitura, a expressão que celebrizou o historiador francês Fernand Braudel em 1949 (ano em que publicou o livro O Mundo Mediterrâneo à Época de Felipe II), "história de longa duração".

Possível ou não, Manguel vai fundo naquilo que trata - uma história da leitura, desde as primeiras tabuletas sumérias da Antiguidade até o hipertexto nos textos em nossos computadores. Uma história de longa duração que, como o próprio Manguel diz, felizmente não acaba nunca. Não mesmo; quando ele terminou de escrever o livro, em 1995, os e-books e os os aparelhos leitores de e-books ainda não deviam existir. Ou não existiam como os conhecemos hoje.

Este livro é um trabalho profundo, bastante erudito, apresenta uma infinidade de informações e referências, mas não é nunca aborrecido (também é fartamente ilustrado, ainda que apenas em p&b); pelo contrário, estimula, em grande parte do tempo, nossa curiosidade em conhecer mais. Pois Manguel sabe muito bem misturar a longa história da leitura com as histórias ocorridas com ele, amigos, escritores, leitores, etc. Várias delas são bastante engraçadas ou originais. Então, ele não deixa nosso interesse cair em nenhum momento, mesmo nas passagens de cunho puramente historiográfico - felizmente as notas foram todas remetidas para o final do livro; não há rodapés.

Durante a juventude, por cerca de dois anos, Manguel leu livros para o escritor cego Jorge Luis Borges, mas ao contrário do mestre argentino, ele escreve claramente e se há algo de fantástico (o gênero de histórias que consagrou Borges) aqui é exatamente o modo como ele reuniu o conjunto das informações todas que coletou, de uma forma bastante agradável de se ler. Nenhum capítulo é tão extenso ou pesado que nos tire a vontade de lê-lo até o final, sem interrupções.

Além disso, claro, ninguém escreveria uma história como esta se não amasse profundamente os livros. Separado deles por algum motivo, Manguel escreve: "Sei que algo morre quando abandono meus livros e que minha memória insiste em voltar a eles com uma nostalgia pesarosa." Depois prossegue: "(...) Quanto mais decrépita minha memória, mais quero proteger esse repositório do que li, essa coleção de texturas, vozes e odores. A posse desses livros tornou-se fundamental para mim, porque agora sinto ciúme do passado."

Cinco estrelas, claro. Ou mais, se fosse possível.

Lido entre 30.12.2011 e 30.01.2012.
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Joyce Raphaela 10/10/2011

Aborda os processos cognitivos da apreensão do conteúdo informacional derivado da leitura, bem como a história da leitura através dos tempos, desde a antiguidade, citando diversas teorias e autores.
Com uma leitura prazerosa, porém complexa, o autor conduz o leitor atraves da história da leitura de um modo sutil, linear. O livro trata de assuntos que requerem um conhecimento prévio do leitor sobre a temática, o que seleciona o público para o qual se dirige o livro. A leitura é de certa forma complexa, não pela estrutura dos textos ou linguagem utilizada, mas pelo grande conteúdo de informação,especialização e complexidade do assunto.
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Evy 19/01/2011

Um livro contando as experiências de todos os tipos de leitores em forma de fragmentos e contos maravilhosos. Para quem ama ler, assim como eu, é um prato cheio: o encantamento com o aprendizado da leitura, a leitura compulsiva de tudo, o prazer de acompanhar as palavras, descobrir o final da história. Manguel é um mestre. Foi o primeiro livro dele que li e desde então quero ler e ter todos. Leitura super recomendada, em especial o capítulo entitulado "Roubo de Livros". Simplesmente, maravilhoso!

"Adoro olhar para minhas prateleiras lotadas, cheias de nomes mais ou menos familiares"
Bruno T. 19/10/2010minha estante
Olá, Lyani: seu entusiasmo com o livro pesou na minha decisão de adquirí-lo.


Léia Viana 13/11/2010minha estante
Que linda citação!


Dri Ornellas 21/11/2010minha estante
Li a metade dele para fazer minha monografia, estou me devendo a leitura completa! rs


Rose 06/01/2011minha estante
Não conhecia este livro, mas depois da tua resenha resolvi acrescenta-lo a minha lista de leituras futuras... Bjkas :)




Coruja 13/10/2010

Eu não me lembro agora exatamente quem me indicou o autor; ou se li algum comentário em algum lugar que me deixou curiosa - o caso é que estava com esse livro para na estante há alguns dias e, terminada a prova do MPU, acabei por resgatá-lo na frente de vários outros que estavam com preferência na fila...

E foi paixão às primeiras páginas.

Uma História da Leitura é exatamente o que promete o título... e muito mais. A prosa de Manguel é deliciosa, despretensiosa e o livro é recheado de curiosidades e anedotas históricas sobre autores e leitores, não esquecendo das próprias referências pessoais de Manguel sobre a sua história como leitor.

Sabe quando um livro está falando diretamente com você? Quando você se identifica tão completamente com um romance que, mais que um personagem, você se enxerga no livro? Essa foi a sensação que tive lendo Uma História da Leitura, a sensação de me reconhecer a cada linha, de dizer "ei, eu também passei por isso!".

Terminei esse livro quase vibrando, num estado de espírito muito próximo de quando termino de ler Eco, que é uma das minhas maiores paixões literárias. Manguel entrou na minha lista de favoritos e mal posso esperar pela possibilidade de deitar mãos em outros livros dele.

Dizer mais do que isso é estragar a diversão de quem for ler (e eu recomendo MUITO a leitura); fora que cada capítulo merecia um inteiro artigo para comentá-lo. Fica a dica - para quem se interessa por literatura e linguagem, ou para quem simplesmente gosta de uma boa história, não vai se decepcionar com esse livro.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
Bruno T. 19/10/2010minha estante
Ótima resenha, Coruja.
A sua resenha e a do Paulo Silas, logo abaixo, contribuiram diretamente na minha decisão de adquirir o livro.




Paulo Silas 18/06/2010

Entre altas estantes de livros antigos e suas infindas histórias interessantes
Este é um livro para leitores que não apenas apreciam ler, mas que também desejam conhecer um pouco mais desta capacidade que dá asas à imaginação e vida ao inanimado. Entender a evolução da leitura é entender a si mesmo como moderno leitor do século XIX. Poder correr entre as épocas e nelas conhecer suas peculiaridades. Ver os velhos sábios da antiguidade rabiscarem suas ininteligíveis (pelo menos para nós) garatujas. Atravessar as altas estantes de madeiras lotadas de papiros cheios de letras bem curvadas e cuidadosamente delineadas. Ouvir a algazarra duma biblioteca que ainda não conheceu a leitura silenciosa. Compartilhar as descobertas dos novos suportes de escrita. Entender o sofrimento daqueles que devido às disparidades sociais foram jogados às margens do mundo das letras. Sentir o esforço sobremaneira grande daqueles que mesmo sob pressão conseguiram, ainda que às escondidas, ter acesso aos resplandecentes raios de luz que apenas os livros podem emitir. Enamorar-se com as capas douradas e bem preparadas dos livros medievais. Admirar-se da infinidade de coleções de livros que vão se estendendo pelas estantes milenares da biblioteca universal da humanidade. Tamborilar as mãos na ansiedade de ver o desenrolar final de uma história. Digerir rapidamente palavras e linhas. Sorrir ante o inusitado segredo revelado na última página do livro e deixar crescer no coração aquela certeza de que certamente nalguma esquina está a entrada para os mundos que naquelas páginas se contou com tanto ardor e com tanto amor.
Bruno T. 19/10/2010minha estante
Ótima resenha, Paulo.
A sua resenha e a da Coruja, logo acima, contribuiram diretamente na minha decisão de adquirir o livro.


Lize 07/08/2015minha estante
Que linda sua resenha, amei!




naldo 27/12/2009

Excelente
Excelente livro para o que se propõe. Já o li umas três vezes, e volta e meia releio algum trecho, pois é um assunto que me agrada bastante.
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cid 24/06/2009

A leitura tem uma história
Alberto Manguel, fala sobre como a leitura nos afeta. Todas aquelas estórias infantis, que nos preparam para encontros com genios, fadas , lugares encantados. Um mundo que nunca chegará, Falou como todos os ditadores queimaram livros. Entre solenidades e discursos o nazismo queimou livros de Freud, Steinbeck, Marx, Zola entre outros e a junta militar liberada por Pinochet baniu Dom Quixote do Chile.Todos os tiranos temeram os livros. Todos os escravocratas temeram os livros. Gostei do capítulo sobre Frederick Douglas, os escravos e as leituras que os tiranos temem.
E também oferece o pensamento de Virginia Woolf :
“Pois o desejo de ler, como todos os outros desejos que distraem nossas almas infelizes, é capaz de anállise.”
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