Luh 26/05/2012Resenha retirada do blog Fome de Livros
http://blog.fomedelivros.com.br/2012/05/resenha-escolha-de-elphame.html
A Escolha de Elphame é um livro mediano com uma protagonista que não me cativou nem um pouco. Porém, os personagens secundários do livro e o final maravilhoso salvaram e leitura e me deixaram ansiosa pela continuação da história.
O primeiro capítulo do livro serve de introdução e nos leva a testemunhar o nascimento de nossa protagonista e conhecer o mundo mitológico e mágico de Partholon. O capítulo é um pouco confuso, mas serve ao seu propósito e explica o básico sobre o novo mundo.
Passado o nascimento de Elphame, somos transportados cerca de vinte e cinco anos para o futuro, com a protagonista já adulta, embora por diversas vezes ela ainda me lembre muito uma adolescente.
Elphame não tem uma personalidade muito cativante, parecendo bem irritante às vezes, e como as primeiras 50 páginas do livro focam muito na garota, minha leitura foi bastante lenta e não muito prazerosa. Mesmo quando a protagonista finalmente chega ao castelo MacCallan, um castelo abandonado há mais de 100 anos que a garota escolheu para reformar e transformar em sua nova morada, tudo acontece bem devagar. O que salvou o livro nessa parte, para mim, foram os personagens secundários. Cuchulainn é o irmão sedutor de Elphame e, desde suas primeiras aparições no livro, torna a história muito mais divertida. Muitos outros personagens nos são apresentados, todos vindos de diferentes partes do reino com o intuito de ajudar a reformar o castelo, mas há uma em especial que cativou minha atenção.
"Brenna era jovem, e já tinha sido bela. Elphame podia julgar isso pelo lado esquedo de seu rosto. O lado direito era uma ruína."
Brenna é, para mim, a melhor personagem da história. Uma jovem que havia sido queimada em um acidente quando criança, fazendo com que todo o lado direito de seu rosto e corpo ficassem cobertos de cicatrizes, Brenna foi se revelando aos pouquinhos, mas desde sua primeira aparição foi fácil notar que havia sofrido muito e por isso costumava sentir muita vergonha de sua aparência e às vezes podia ter uma interpretação errada dos acontecimentos ao seu redor. Eu tinha vontade de pegar a mão da personagem e confortá-la, e ficava extremamente irritada quando algo de errado acontecia com ela ou quando ela era teimosa demais para perceber o que estava bem à sua frente.
"Ele era um homem. Um homem alado. Era alto, vários centímetros mais alto do que ela, e o cabelo era de uma estranha cor amarela, como se alguém tivesse domado os raios do sol da manhã, pensou."
É só quando Elphame conhece o formoriano Lochlan, uma espécie demônio que luta constantemente para preservar seu lado humano, que a trama começa a ficar interessante. Infelizmente não posso comentar sobre os acontecimentos que sucedem tal encontro para não dar spoilers da história, mas acreditem em mim: fica muito mais interessante.
Concluindo: Apesar de o início do livro praticamente se arrastar, tamanha a enrolação da autora, o final deste compensa o leitor com diversas reviravoltas, romance inimagináveis e momentos que irão, literalmente, te fazer chorar. No geral é um livro mediano, mas o desfecho da história me leva a acreditar que o segundo volume da série será muito melhor que o primeiro.